Questões Sobre Imperialismo e Colonialismo do século XIX - História - concurso

Considerando-se as intervenções do Imperialismo europeu na Ásia durante os séculos XIX e XX, é CORRETO afirmar que:

• A) A afirmação sobre a Austrália está incorreta, pois o país não buscou ativamente a conquista de territórios vizinhos após sua independência. Além disso, a Austrália tornou-se uma federação em 1901, não em 1905.
• B) Esta afirmação está correta em parte, pois o Japão de fato ocupou a Coreia em 1910, o que posteriormente facilitou sua expansão para a China. No entanto, o gabarito indica que a resposta correta é outra.
• C) O Império Chinês foi extinto em 1912, mas não resultou na criação de colônias europeias diretas em seu território. A Revolta dos Boxers (1899-1901) reforçou a influência estrangeira, mas não levou à fragmentação colonial como descrito.
• D) A Indochina foi colonizada principalmente pela França, não pela Inglaterra. Os ingleses concentraram seus esforços em outras regiões da Ásia, como a Índia e partes do Sudeste Asiático.

O gabarito correto é E), indicando que nenhuma das alternativas anteriores está completamente correta ou que há uma opção mais adequada não listada.

Na Copa do Mundo de Futebol de 2010, realizada na África do Sul, muitos brasileiros se surpreenderam ao perceber as evidentes influências linguísticas europeias em países africanos como Costa do Marfim, Nigéria, Gana e a própria nação sede. Nomes de jogadores em inglês ou francês, assim como hinos nacionais cantados nessas línguas, revelavam um legado histórico marcante.

Essa presença cultural europeia no continente africano é resultado direto do neocolonialismo do século XIX, impulsionado pela Segunda Revolução Industrial. Nesse período, potências como Inglaterra e França expandiram seu domínio sobre a África, não apenas explorando recursos naturais, mas também impondo sua língua e costumes como parte do processo de dominação.

Embora outras alternativas possam parecer plausíveis, como o tráfico negreiro ou a globalização, a opção B) é a correta porque o neocolonialismo estabeleceu estruturas políticas e culturais duradouras. A língua, como instrumento de poder, foi uma das heranças mais persistentes desse período, explicando por que tantas ex-colônias mantiveram o idioma dos colonizadores mesmo após a independência.

Assim, o cenário observado na Copa de 2010 reflete um capítulo fundamental da história africana: a partilha colonial que redesenhou o continente e deixou marcas profundas em sua identidade cultural.

O texto apresentado descreve os principais conflitos árabe-israelenses desde a criação do Estado de Israel em 1947, destacando eventos históricos e suas consequências. A análise das alternativas revela que a opção correta é a letra B, conforme o gabarito indicado.

A alternativa B afirma que "Na segunda metade dos anos 1960, quando explodiu a terceira guerra árabe-israelense, Israel obteve rápida vitória", o que está em perfeito alinhamento com o texto. A Guerra dos Seis Dias, ocorrida em 1967, foi marcada por uma vitória rápida e decisiva de Israel sobre os países árabes, consolidando sua superioridade militar na região.

As demais alternativas apresentam informações incorretas ou fora do contexto histórico descrito. A alternativa A atribui erroneamente a primeira guerra árabe-israelense a potências europeias, quando na verdade foi causada pela rejeição árabe ao plano de partilha da ONU. A alternativa C confunde a Guerra do Yom Kippur (1973) com a criação do Estado de Israel (1947). A alternativa D incorretamente associa a intervenção americano-soviética ao primeiro conflito, quando na verdade ocorreu durante a Guerra do Yom Kippur. Por fim, a alternativa E é falsa, pois Israel expandiu seus territórios além do estabelecido pela resolução de 1947 após suas vitórias militares.

Portanto, a alternativa B é a única que corresponde fielmente aos fatos históricos apresentados no texto, confirmando sua correção como resposta.

O imperialismo formal do final do século XIX e início do XX não pode ser reduzido a uma simples continuação dos processos mercantilistas anteriores, como o comércio de escravos e especiarias no Atlântico Sul. Embora ambos os períodos compartilhem elementos de exploração econômica e dominação, o imperialismo do século XIX representou uma fase distinta, marcada pela industrialização, competição entre potências europeias e uma lógica de expansão territorial mais sistemática.

O mercantilismo dos séculos XVI a XVIII baseava-se em monopólios comerciais, extração de recursos e no tráfico de escravizados, enquanto o imperialismo do século XIX incorporou novas dinâmicas, como o controle direto de territórios, a exportação de capitais e a justificativa ideológica da "missão civilizatória". Portanto, afirmar que o imperialismo foi apenas uma continuação linear do mercantilismo é um equívoco, pois desconsidera as transformações estruturais do capitalismo e do sistema internacional nesse período.

Assim, a afirmação contida no enunciado está ERRADA (E), pois ignora as rupturas e particularidades do imperialismo moderno em relação aos sistemas de exploração anteriores.

O imperialismo europeu no século XIX apresentou características distintas conforme a região do mundo em que se manifestou. No caso específico da África, o processo foi marcado por uma ocupação gradual e sistemática de vastos territórios, que contrastava com a abordagem adotada na América Latina no mesmo período.

Na África, as potências europeias estabeleceram colônias formais através de acordos diplomáticos como a Conferência de Berlim (1884-1885), que regulamentou a partilha do continente. Este movimento foi impulsionado por fatores econômicos (busca de matérias-primas e mercados consumidores), políticos (prestígio nacional) e ideológicos (missão civilizatória).

Já na América Latina, após as independências no início do século XIX, as nações europeias preferiram manter relações de dominação econômica através do neocolonialismo, sem ocupação territorial direta em grande escala. O imperialismo na região se expressou principalmente através do controle comercial e financeiro, com investimentos em infraestrutura e empréstimos a governos locais.

Portanto, a afirmação está correta (C) ao destacar essa diferença fundamental entre os processos imperialistas na África e na América Latina durante o século XIX. Enquanto no continente africano houve efetiva ocupação territorial e estabelecimento de administrações coloniais, na América Latina prevaleceu uma forma de dominação mais indireta e econômica.

O conceito de imperialismo é polissêmico, tendo sido utilizado pela historiografia mundial em referência a diferentes processos históricos. Acerca do imperialismo formal no final do século XIX e início do século XX, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

Segundo Rosa Luxemburgo e Lênin, o imperialismo representava forma colonial de capitalismo, fusão do capitalismo industrial com a formação de oligopólios.

• C) CERTO
• E) ERRADO

O gabarito correto é C.

O imperialismo do final do século XIX e início do século XX foi marcado por diferentes formas de dominação colonial, entre elas os chamados indirect rules, ou "governos indiretos". Essa estratégia foi amplamente utilizada pelos britânicos e franceses em suas colônias na Ásia e na África, mas não se pode afirmar que tenha sido o modelo hegemônico de expansão imperialista europeia.

Enquanto os indirect rules consistiam em manter estruturas locais de poder, subordinando-as ao controle metropolitano, outras potências europeias, como Portugal e Bélgica, adotaram modelos mais diretos de administração colonial. Além disso, mesmo dentro do próprio imperialismo britânico e francês, havia variações significativas na aplicação desse sistema, dependendo da região e dos interesses específicos.

Portanto, embora os indirect rules tenham sido uma forma importante de dominação colonial, não representaram um modelo universal ou hegemônico. A afirmação de que constituíram o padrão dominante de expansão imperialista europeia nas áreas periféricas está incorreta, justificando a marcação da alternativa E) ERRADO como resposta correta.

No que diz respeito ao domínio das potências coloniais na Ásia no início do século XX, o novo poderio militar japonês foi de fato comprovado durante a guerra russo-japonesa de 1904-1905. Este conflito marcou um momento decisivo na história moderna, pois foi a primeira vez que uma nação asiática derrotou uma potência europeia em uma guerra de grande escala.

A vitória do Japão sobre a Rússia não apenas consolidou sua posição como potência regional, mas também demonstrou ao mundo sua capacidade militar e tecnológica. O sucesso japonês foi resultado de anos de modernização e adoção de estratégias ocidentais, combinadas com uma disciplina e organização militar eficientes.

Portanto, a afirmação de que o novo poderio militar japonês ficou comprovado na guerra contra a Rússia está correta (C), pois esse evento histórico serviu como um marco na ascensão do Japão como uma das principais forças geopolíticas do século XX.