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Sobre a sociedade brasileira no século XIX e a construção do Estado imperial, considere as seguintes afirmações. I – O liberalismo, marcado pela defesa da propriedade privada e livre comércio, foi uma das correntes de pensamento adotadas pelas elites escravocratas brasileiras. II – A unidade nacional, a integridade territorial e a escravidão estão entre os principais pilares da monarquia. III- A nobreza imperial, definida como uma classe social distinta, era um segmento restrito reservado àqueles que possuíam vínculos de consanguinidade com a aristocracia europeia. Quais estão corretas?

Sobre a sociedade brasileira no século XIX e a
construção do Estado imperial, considere as
seguintes afirmações.

I – O liberalismo, marcado pela defesa da
propriedade privada e livre comércio, foi
uma das correntes de pensamento
adotadas pelas elites escravocratas
brasileiras.

II – A unidade nacional, a integridade territorial
e a escravidão estão entre os principais
pilares da monarquia.

III- A nobreza imperial, definida como uma
classe social distinta, era um segmento
restrito reservado àqueles que possuíam
vínculos de consanguinidade com a
aristocracia europeia.

Quais estão corretas?

Resposta:

A alternativa correta é D)

A sociedade brasileira no século XIX e a construção do Estado imperial foram marcadas por contradições e complexidades, refletindo as tensões entre ideias liberais e a manutenção de estruturas arcaicas, como a escravidão. As afirmações apresentadas revelam aspectos fundamentais desse período, sendo as alternativas I e II corretas, conforme o gabarito indicado (D).

A primeira afirmação (I) destaca o paradoxo do liberalismo entre as elites escravocratas. Embora defendessem princípios como propriedade privada e livre comércio, essas mesmas elites dependiam economicamente do trabalho escravo, demonstrando a adaptação seletiva de ideias liberais aos interesses locais. O liberalismo no Brasil imperial serviu mais aos projetos de centralização política e modernização econômica limitada do que à transformação social.

A segunda afirmação (II) corretamente identifica os pilares da monarquia brasileira. A unidade nacional e a integridade territorial foram obsessões do governo imperial, especialmente após as revoltas regenciais, enquanto a escravidão sustentava a economia agroexportadora. A Coroa equilibrou esses elementos, mantendo a ordem social e garantindo a hegemonia das elites agrárias.

Já a terceira afirmação (III) é incorreta. A nobreza imperial não se restringia a laços de sangue com aristocracias europeias, mas era formada por titulados locais – majoritariamente proprietários rurais e burocratas leais ao regime. O sistema de honrarias foi instrumento político para cooptar elites regionais, fortalecendo o centralismo monárquico.

Portanto, apenas I e II estão corretas, evidenciando como o Império brasileiro combinou modernidade política com conservadorismo social, um legado que influenciou profundamente o desenvolvimento nacional.

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