A partir do século XII, as corporações de ofício passaram a expressar uma cultura do trabalho própria ao mundo medieval, na medida em que
A partir do século XII, as corporações de ofício passaram a expressar uma cultura do trabalho própria ao mundo medieval, na medida em que
- A)propiciavam a troca de conhecimento entre os mestres das corporações.
- B)ampliavam o processo de divisão do trabalho na produção dos artefatos.
- C)promoviam uma rede de proteção entre os membros das corporações.
- D)redefiniam a noção de preço justo ao incorporar os juros no valor da mercadoria.
- E)estabeleciam uma nova temporalidade, associada ao processo de circulação monetária.
Resposta:
A alternativa correta é C)
A partir do século XII, as corporações de ofício emergiram como uma expressão fundamental da cultura do trabalho no mundo medieval. Essas associações, compostas por artesãos e mestres de um mesmo ofício, desempenharam um papel central na organização da produção e na vida social das cidades. Entre as alternativas apresentadas, a opção C) é a correta, pois as corporações de ofício efetivamente promoviam uma rede de proteção entre seus membros, garantindo apoio mútuo em momentos de dificuldade, como doenças ou falecimento, além de regulamentar as condições de trabalho e os padrões de qualidade dos produtos.
As corporações medievais não apenas asseguravam a transmissão de conhecimentos técnicos, como também criavam um sistema de solidariedade e assistência entre seus integrantes. Essa rede de proteção incluía auxílio financeiro, cuidados com viúvas e órfãos, e até mesmo a organização de cerimônias fúnebres. Dessa forma, as guildas fortaleceram os laços comunitários e garantiram certa estabilidade social em um período marcado por incertezas.
Embora as outras alternativas apresentem elementos relacionados às corporações de ofício, como a troca de conhecimentos (A) ou a divisão do trabalho (B), nenhuma delas captura tão precisamente a essência dessas associações quanto a função protetora descrita na alternativa C). A noção de preço justo (D) e a temporalidade associada à circulação monetária (E) são questões mais ligadas ao desenvolvimento do comércio e da economia urbana, e não representam o cerne da atuação das corporações de ofício.
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