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“Desde a época romântica, continuada pela literatura e pelo cinema fantásticos até a história em quadrinhos contemporânea, os fantasmas fazem parte do cenário obrigatório da Idade Média tal como gostamos de imaginá-la. Uma Idade Média de castelos mal-assombrados, de dragões, de fantasmas ou mesmo de vampiros. Nem tudo é falso nessa imagem não obstante fácil demais: em uma cultura eminentemente religiosa (no sentido em que cada um admitia a existência e o poder de seres sobrenaturais, geralmente invisíveis, mas muito próximos) e familiar à morte e aos mortos, a ‘crença nos fantasmas’ era admitida por todos.”Sobre as atribuições dos vivos em relação aos mortos na Europa Medieval, é correto afirmar que: I) A força da mística cristã conseguiu apagar as marcas de tradições pagãs greco-romanas e “bárbaras” referentes a modos singulares de culto aos mortos, apaziguando a crença nos castelos mal-assombrados e nos vampiros. II) A crença no mundo sobrenatural era experimentada pelos medievais, favorecendo o crescimento de relatos sobre fantasmas que, após o ano 1000, passaram a ser difundidos pelo clero católico, interessado em preservar a memória dos mortos. III) A lembrança acerca dos mortos era uma forma de administrar a dor da perda, na medida em que aplacava as consciências e reforçava a separação entre o mundo dos vivos e o dos mortos. IV) A criação do purgatório pela Igreja Católica, no século XII, implicou no enfraquecimento das práticas de culto aos mortos, o que só seria retomado a partir das Reformas religiosas. Estão corretas:

Desde a época romântica, continuada pela literatura e pelo cinema fantásticos até a história em quadrinhos contemporânea, os fantasmas fazem parte do cenário obrigatório da Idade Média tal como gostamos de imaginá-la. Uma Idade Média de castelos mal-assombrados, de dragões, de fantasmas ou mesmo de vampiros. Nem tudo é falso nessa imagem não obstante fácil demais: em uma cultura eminentemente religiosa (no sentido em que cada um admitia a existência e o poder de seres sobrenaturais, geralmente invisíveis, mas muito próximos) e familiar à morte e aos mortos, a ‘crença nos fantasmas’ era admitida por todos.”

Sobre as atribuições dos vivos em relação aos mortos na Europa Medieval, é correto afirmar que:

I) A força da mística cristã conseguiu apagar as marcas de tradições pagãs greco-romanas e “bárbaras” referentes a modos singulares de culto aos mortos, apaziguando a crença nos castelos mal-assombrados e nos vampiros.

II) A crença no mundo sobrenatural era experimentada pelos medievais, favorecendo o crescimento de relatos sobre fantasmas que, após o ano 1000, passaram a ser difundidos pelo clero católico, interessado em preservar a memória dos mortos.

III) A lembrança acerca dos mortos era uma forma de administrar a dor da perda, na medida em que aplacava as consciências e reforçava a separação entre o mundo dos vivos e o dos mortos.

IV) A criação do purgatório pela Igreja Católica, no século XII, implicou no enfraquecimento das práticas de culto aos mortos, o que só seria retomado a partir das Reformas religiosas.

Estão corretas:

Resposta:

A alternativa correta é A)

O trecho apresentado aborda a relação entre os vivos e os mortos na Europa Medieval, destacando a persistência de crenças sobrenaturais, como fantasmas e vampiros, em uma sociedade profundamente religiosa e familiarizada com a morte. A análise das afirmativas permite identificar quais delas estão corretas de acordo com o contexto histórico.

A afirmativa I está incorreta, pois a mística cristã não conseguiu apagar completamente as tradições pagãs relacionadas ao culto aos mortos. Pelo contrário, muitas dessas crenças persistiram e se mesclaram com o imaginário medieval, como evidenciado pela continuidade de histórias sobre castelos mal-assombrados e vampiros.

A afirmativa II está correta, já que a crença no sobrenatural era parte integrante da mentalidade medieval. Após o ano 1000, o clero católico passou a difundir relatos sobre fantasmas, muitas vezes com o objetivo de reforçar a importância da memória dos mortos e da salvação da alma.

A afirmativa III também está correta, pois a lembrança dos mortos servia como um mecanismo para lidar com a dor da perda e reforçar os limites entre o mundo dos vivos e o dos mortos, mantendo viva a noção de que os falecidos ainda existiam em um plano espiritual.

Por fim, a afirmativa IV está incorreta, uma vez que a criação do purgatório no século XII não enfraqueceu as práticas de culto aos mortos. Na verdade, essa doutrina reforçou a ideia de que os vivos podiam interceder pelos mortos, incentivando orações e missas em seu favor.

Portanto, as únicas afirmativas corretas são II e III, correspondendo à alternativa A).

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