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Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

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1) “A partir do momento em que a Inglaterra – para enfrentar a estagnação econômica, a crise social e a concorrência de novas potências – reforçou laços imperiais e iniciou a corrida colonial, outros Estados seguiram-se rapidamente. A anexação de vastas áreas do mundo ao sistema econômico e político das nações mais industrializadas se fez então em ritmo acelerado”

 

(FALCON, Francisco; MOURA, Gerson. A formação do mundo contemporâneo.

Rio de Janeiro: Editora Campus, 1985, p. 84).

 

Considerando o texto acima, assinale a alternativa que apresenta um dos motivos da expansão apresentada:

  • A) Considerando o livre-comércio da época, as nações imperialistas estavam preocupadas principalmente em garantir o intercâmbio de matérias-primas e alimentos por produtos industrializados;

  • B) Uma das principais práticas da corrida colonial apresentada se expressava pela exportação de capitais para investir em obras públicas e atividades primárias;

  • C) A rivalidade no plano internacional fez com que os europeus acabassem com as divisões territoriais nos outros continentes, pois assim garantiriam o livre-comércio;

  • D) O clima de paz que reinava na Europa fez com que as disputas militares não fizessem parte das disputas territoriais e de mercados;

  • E) A expansão colonial da época teve respaldo ideológico a ideia de “missão civilizadora” que trazia como princípio a ideia de uma superioridade do homem branco, principalmente do anglo-saxão e do germânico;
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2) Podemos afirmar sobre o período da mineração no Brasil que

  • A) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros de toda espécie, que inviabilizaram a mineração.

  • B) a exploração das minas de ouro só trouxe benefícios para Portugal.

  • C) a mineração deu origem a uma classe média urbana que teve papel decisivo na independência do Brasil.

  • D) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou sua exploração.

  • E) a mineração contribuiu para interligar as várias regiões do Brasil, e foi fator de diferenciação da sociedade.
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A alternativa correta é letra E) a mineração contribuiu para interligar as várias regiões do Brasil, e foi fator de diferenciação da sociedade.

Analisando as alternativas:

A) Atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros de toda espécie, que inviabilizaram a mineração.

  • Essa afirmação não é precisa. Embora tenha havido aventureiros e desafios na mineração, não inviabilizaram completamente a atividade.

B) A exploração das minas de ouro só trouxe benefícios para Portugal.

  • Isso também não é verdade. A mineração beneficiou tanto Portugal quanto a economia local no Brasil, embora com diferentes impactos.

C) A mineração deu origem a uma classe média urbana que teve papel decisivo na independência do Brasil.

  • Essa afirmação é parcialmente correta. A mineração contribuiu para o crescimento de cidades e uma classe média, mas não foi o único fator na independência.

D) O ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou sua exploração.

  • Essa afirmação não é precisa. Embora a Inglaterra tenha se beneficiado do comércio de ouro, outros países também estiveram envolvidos.

E) A mineração contribuiu para interligar as várias regiões do Brasil, e foi fator de diferenciação da sociedade.

  • Essa afirmação é verdadeira. A mineração impulsionou o desenvolvimento de rotas comerciais e a integração regional, além de influenciar a estrutura social.

Portanto, a alternativa correta é a letra E. A mineração teve um impacto multifacetado no Brasil, conectando regiões e moldando a sociedade de várias maneiras

3) Ocupações dos vereadores de Salvador, Bahia, 1680-1729

 

Comerciantes proprietários de

terra

Profissionais proprietários

de terra [setor açucareiro]

Pecuaristas e plantadores de

fumo

(S. B. Schwartz, Cia das Letras, 1995)

 

O conjunto de dados da tabela acima mostra que um grupo exerceu o controle da Câmara Municipal de Salvador, ou seja, que um grupo governou a “vila” durante o período, haja vista a função desta instituição na colônia. Trata-se do grupo formado pelos

  • A) senhores de engenho e comerciantes.

  • B) senhores de engenho e lavradores de cana.

  • C) homens ligados às atividades econômicas urbanas.

  • D) burgueses, pelos "não identificados" e por lavradores de cana.

  • E) proprietários de terra em geral.

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A resposta correta é letra E) proprietários de terra em geral.

A tabela mostra as ocupações dos vereadores de Salvador, Bahia, no período de 1680 a 1729. As categorias incluem comerciantes proprietários de terra, profissionais proprietários de terra (setor açucareiro), pecuaristas e plantadores de fumo. Isso indica que os indivíduos que exerciam essas profissões e possuíam terra detinham o controle da Câmara Municipal de Salvador durante esse período.

Portanto, a alternativa correta é a letra E, que engloba todos os proprietários de terra, independentemente de sua atividade econômica específica.

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4) Foi por meio do “Regimento de 1548”, que se instalou e se regulamentou um novo sistema político na colônia portuguesa: o Governo Geral. Em que contexto se inseriu a criação do Governo Geral, no Brasil?

  • A) Na tentativa de centralizar o poder e a administração pública, no fracasso econômico do sistema de capitanias hereditárias, na vulnerabilidade do Brasil às investidas estrangeiras e na inviabilidade de se promover a colonização com recursos particulares.

  • B) Na grande expansão econômica e comercial que Portugal estava passando, devido à intensificação do comércio com o oriente, especialmente com a Índia, o que permitiu uma acumulação de capital por parte da coroa portuguesa para investir no Brasil.

  • C) Na extinção das capitanias hereditárias devido ao insucesso a que elas se submeteram, precisando assim a coroa portuguesa criar uma nova forma de administração para a colônia.

  • D) No equilíbrio da Balança comercial portuguesa, devido à extração do ouro na região de Minas Gerais, o que permitiu acumular capital suficiente para investir na estrutura da administração colonial.

  • E) Na intenção da coroa portuguesa em se desfazer do monopólio real sobre a extração do pau-brasil, dando a incumbência ao Governador-Geral de transferir a comercialização desse produto para as mãos das companhias comerciais.

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Resposta:

A alternativa correta é A) Na tentativa de centralizar o poder e a administração pública, no fracasso econômico do sistema de capitanias hereditárias, na vulnerabilidade do Brasil às investidas estrangeiras e na inviabilidade de se promover a colonização com recursos particulares.

Explicação:

O Governo Geral foi criado em 1548, por meio do Regimento de 1548, como uma resposta às dificuldades enfrentadas pelo sistema de capitanias hereditárias. Este sistema, implantado em 1534, havia se mostrado ineficaz em promover a colonização e o desenvolvimento econômico do Brasil. Além disso, a vulnerabilidade do Brasil às investidas estrangeiras e a impossibilidade de promover a colonização com recursos particulares também contribuíram para a criação do Governo Geral.

O Governo Geral visava centralizar o poder e a administração pública, tornando mais eficaz a gestão da colônia e permitindo uma maior intervenção da Coroa Portuguesa nos assuntos brasileiros. Dessa forma, a opção A é a mais adequada para explicar o contexto em que se inseriu a criação do Governo Geral no Brasil.

5) .”… toda atividade econômica colonial se orientará segundo os interesses da burguesia comercial.” Analise as proposições a seguir e escreva V para as verdadeiras e F para as falsas.


(  ) A grande propriedade monocultora escravista foi a célula fundamental da exploração agrária colonial.


(  ) A produção açucareira desenvolveu-se como uma atividade subsidiária do setor de subsistência.


(  ) A sesmaria, que originou o latifúndio monocultor com a cana de açúcar no Litoral e Brejo e o binômio pecuária- algodão no Sertão, responsabilizou-se pela ocupação do território paraibano.


(  ) A capitania de São Vicente foi, durante algum tempo, um importante centro produtor de açúcar, mas perdeu posição para a empresa nordestina de Pernambuco e Bahia, que se transformaram, no século XVII, nos principais centros açucareiros do Brasil- colônia.


Assinale a alternativa correta:

  • A) V F V V
  • B) V V F F
  • C) V F F V
  • D) F V V F
  • E) V F V F

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A alternativa correta é letra A) V F V V

 

Gabarito: Letra A

 

Vamos analisar proposição por proposição.

 

A grande propriedade monocultora escravista foi a célula fundamental da exploração agrária colonial.

 

Proposição correta, uma vez que a atividade agrária no período colonial e imperial foi feita com base na mão de obra escrava e nas grandes lavouras, seja da cana, do tabaco ou do café.

 

A produção açucareira desenvolveu-se como uma atividade subsidiária do setor de subsistência.

 

Proposição falsa, pois a atividade açucareira era a principal atividade do período colonial, voltada para o mercado externo. A pecuária pode ser considerada um exemplo de uma atividade subsidiária do setor de subsistência.

 

A sesmaria, que originou o latifúndio monocultor com a cana de açúcar no Litoral e Brejo e o binômio pecuária- algodão no Sertão, responsabilizou-se pela ocupação do território paraibano.

 

Proposição correta. O litoral do Nordeste era dedicado à plantação da cana de açúcar. O interior da região passou a ser área destinada à criação de gado. Isso também foi uma tônica na Paraíba colonial.

 

A capitania de São Vicente foi, durante algum tempo, um importante centro produtor de açúcar, mas perdeu posição para a empresa nordestina de Pernambuco e Bahia, que se transformaram, no século XVII, nos principais centros açucareiros do Brasil- colônia.

 

Proposição correta, uma vez que São Vicente foi o primeiro núcleo colonial a iniciar o processo de cultivo da cana de açúcar, mas gradativamente foi perdendo seu espaço para a plantação de cana no Nordeste, que tinha dois centros produtores principais: Pernambuco e Bahia.

 

Portanto, temos como resolução:

 

(V) A grande propriedade monocultora escravista foi a célula fundamental da exploração agrária colonial.

 

(F) A produção açucareira desenvolveu-se como uma atividade subsidiária do setor de subsistência.

 

(V) A sesmaria, que originou o latifúndio monocultor com a cana de açúcar no Litoral e Brejo e o binômio pecuária- algodão no Sertão, responsabilizou-se pela ocupação do território paraibano.

 

(V) A capitania de São Vicente foi, durante algum tempo, um importante centro produtor de açúcar, mas perdeu posição para a empresa nordestina de Pernambuco e Bahia, que se transformaram, no século XVII, nos principais centros açucareiros do Brasil- colônia.

  

Referências:

 

MELLO, José Octávio Arruda. História da Paraíba. Lutas e resistências. A União Editora: João Pessoa. 1994.

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6) Ministro do rei D. José I, Sebastião José Carvalho e Melo, o marquês de Pombal tomou diversas medidas em relação à colônia portuguesa na América. Entre essas medidas estão: a expulsão da Companhia de Jesus do Brasil, a busca por extinguir a escravidão indígena e o estímulo a criação de companhias de comércio, como a do Estado do Grã-Pará e Maranhão (1755-1778) .

 

Assinale a opção que apresenta as finalidades pretendidas por essas medidas.

  • A) Dar maior autonomia para as regiões coloniais para que elas pudessem produzir mais e gerar mais riquezas para Portugal.

  • B) Exaltar os valores do despotismo esclarecido que se mostrava sensível às necessidades dos súditos portugueses.

  • C) Saldar as dívidas da Corte lusitana com os seus credores franceses e flamengos que ameaçavam tomar as alfândegas coloniais como pagamento da dívida.

  • D) Reequilibrar o saldo da balança comercial portuguesa que se encontrava deficitária e dar maior eficiência administrativa ao reino.

  • E) Desenvolver a economia do reino com o objetivo de reunir recursos para retomar a rota das índias.

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Resposta: D) Reequilibrar o saldo da balança comercial portuguesa que se encontrava deficitária e dar maior eficiência administrativa ao reino.

As medidas tomadas pelo Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, tinham como objetivo reequilibrar a balança comercial portuguesa, que se encontrava deficitária, e dar maior eficiência administrativa ao reino. A expulsão da Companhia de Jesus do Brasil visava a reduzir a influência da Igreja Católica na colônia e aumentar o controle do Estado sobre a região. A busca por extinguir a escravidão indígena e o estímulo à criação de companhias de comércio, como a do Estado do Grã-Pará e Maranhão, tinham como objetivo aumentar a produção e o comércio na colônia, gerando mais riquezas para Portugal e reequilibrando a balança comercial.

7) Instruções: Para responder à questão, analise o texto apresentado abaixo.


Não é possível explorar a colônia sem desenvolvê-la; isso significa ampliar a área ocupada, aumentar o povoamento, fazer crescer a produção. É certo que a produção se organiza de forma específica, dando lugar a uma economia tipicamente dependente, o que repercute também na formação social da colônia. (…) A ampliação das tarefas administrativas vai promovendo o aparecimento de novas camadas sociais, dando lugar aos núcleos urbanos etc. Assim, pouco a pouco, vão se revelando oposições entre colônia e metrópole, e quanto mais o sistema funciona, mas o fosso se aprofunda. Por outro lado, a exploração colonial, quanto mais opera, mais estimula a economia central, que é o seu centro dinâmico. A industrialização é a espinha dorsal desse desenvolvimento, e quando atinge o nível de uma mecanização da indústria, todo o conjunto começa a se comprometer porque o capitalismo industrial não se acomoda nem com as barreiras do regime de exclusivo colonial nem com o regime escravista de trabalho.


(Fernando A Novais. In:

Carlos Guilherme Mota. 1822 – Dimensões. São Paulo: Perspectiva, 1972. p. 23)

 

O autor faz referência ao contexto da colonização do Brasil. A análise do texto permite afirmar que o processo de exploração da colônia acabou promovendo condições para

  • A) a criação de leis metropolitanas garantindo a diversificação da produção na colônia.
  • B) o fortalecimento das relações políticas e econômicas entre colônia e metrópole.
  • C) a promulgação de leis metropolitanas de estímulo à produção industrial na colônia.
  • D) o surgimento de movimentos de oposição na colônia contra a metrópole.
  • E) o estabelecimento da igualdade jurídica e política entre a metrópole e a colônia.

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A alternativa correta é letra D) o surgimento de movimentos de oposição na colônia contra a metrópole.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar o que o processo de exploração da colônia acabou promovendo, de acordo com o texto de Fernando A. Novais.

 

A) a criação de leis metropolitanas garantindo a diversificação da produção na colônia.

INCORRETO. O texto não faz referência a leis metropolitanas que garantiam a diversificação da produção na colônia. Na verdade, o autor destaca que a produção colonial se organizava de forma específica, dando lugar a uma economia tipicamente dependente. Isso significa que a diversificação da produção não era uma prioridade, já que a economia colonial estava focada em atender às necessidades da metrópole.

 

B) o fortalecimento das relações políticas e econômicas entre colônia e metrópole.

INCORRETO. O texto não sugere um fortalecimento das relações políticas e econômicas entre a colônia e a metrópole. Ao contrário, o autor menciona o surgimento de oposições entre colônia e metrópole à medida que o sistema de exploração colonial avançava. Isso sugere uma tensão crescente, e não um fortalecimento das relações.

 

C) a promulgação de leis metropolitanas de estímulo à produção industrial na colônia.

INCORRETO. O texto não faz menção a leis metropolitanas que estimulavam a produção industrial na colônia. O autor fala sobre a industrialização como a espinha dorsal do desenvolvimento, mas isso se refere à economia da metrópole, não da colônia. A colônia estava em uma posição de dependência econômica, e a produção estava organizada de acordo com as necessidades da metrópole.

 

D) o surgimento de movimentos de oposição na colônia contra a metrópole.

CORRETO. O texto menciona que, à medida que o sistema de exploração colonial funciona, "vão se revelando oposições entre colônia e metrópole". Isso sugere que o processo de exploração colonial acabou criando condições para o surgimento de movimentos de oposição na colônia contra a metrópole.

 

E) o estabelecimento da igualdade jurídica e política entre a metrópole e a colônia.

INCORRETO. O texto não sugere que o processo de exploração colonial levou ao estabelecimento de igualdade jurídica e política entre a metrópole e a colônia. Em vez disso, o autor fala sobre o surgimento de oposições e um aprofundamento do fosso entre a colônia e a metrópole.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA D.

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8) Observe o gráfico abaixo, relativo à produção de um determinado produto, durante parte do período colonial brasileiro.

(Citado em: FREIRE, Américo et al. op. cit. p. 99.)

Considerando-se o gráfico e o contexto histórico a que ele se refere, é CORRETO afirmar que

  • A) a primeira metade do século XVIII é o momento da mais intensa ação do bandeirantismo prospector, o que explica o aumento da produção nesse período.
  • B) o decréscimo da produção em tela justifica-se pela concorrência antilhana que o açúcar passou a enfrentar, uma vez expulsos os holandeses do Nordeste brasileiro.
  • C) de maneira indistinta, o gráfico pode ser atribuído à produção tanto do açúcar quanto do ouro, desqualificando a idéia de ciclos econômicos que marcou a análise histórica do Brasil.
  • D) no fim do século XVIII, na região aurífera de Minas Gerais, associam-se o declínio da produção tratada no gráfico e o conflito conhecido como Conjuração Mineira.

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Resposta: D) no fim do século XVIII, na região aurífera de Minas Gerais, associam-se o declínio da produção tratada no gráfico e o conflito conhecido como Conjuração Mineira.

Essa alternativa é a correta porque o gráfico apresenta um aumento na produção do produto em questão na primeira metade do século XVIII, seguido de um declínio na segunda metade do século XVIII. Isso coincide com o período de exploração de ouro em Minas Gerais, que teve seu auge na primeira metade do século XVIII e entrou em declínio na segunda metade do século. Além disso, a Conjuração Mineira, um movimento de resistência contra a coroa portuguesa, ocorreu em 1789, também na região de Minas Gerais, o que pode ter contribuído para o declínio da produção.

9) Texto para a questão.


A história do Brasil, nos três primeiros séculos, está intimamente ligada à da expansão comercial e colonial européia na Época Moderna. Parte integrante do império ultramarino português, o Brasil-colônia refletiu, em todo o largo período de sua formação colonial, os problemas e os mecanismos de conjunto que agitaram a política imperial lusitana. Por outro lado, a história da expansão ultramarina e da exploração colonial portuguesa desenrola-se no amplo quadro da competição entre as várias potências, em busca do equilíbrio europeu; dessa forma, é na história do sistema geral de colonização européia moderna que devemos procurar o esquema de determinações no interior do qual se processou a organização da vida econômica e social do Brasil na primeira fase de sua história e se encaminharam os problemas políticos de que esta região foi o teatro.

 

Fernando A. Novais. Aproximações: estudos de história e historiografia. São Paulo: Cosac Naify, 2005, p. 45.

Ponto de partida para a montagem do sistema colonial que envolveu o continente americano, ao longo da Idade Moderna, a expansão ultramarina européia dos séculos XV e XVI expressa, a um só tempo, o aprofundamento do colapso da ordem feudal e o surgimento de uma nova realidade econômica, social, política e cultural — o sistema capitalista — que se afirmaria plenamente mais tarde, com a Revolução Industrial. Relativamente a esse assunto, assinale a opção correta.

  • A) O pioneirismo português explica-se por motivos econômicos. Apesar das dificuldades derivadas da ausência do Estado nacional, lacuna que os portugueses somente conseguiram preencher no século XIX, a força de sua burguesia mercantil impulsionou as grandes viagens em busca de colônias.

  • B) Embora o Oriente oferecesse reduzido atrativo comercial, já que sua produção em muito se assemelhava à européia, a região atraía os mercadores ocidentais pela possibilidade de fornecer mão-de-obra escrava a ser utilizada nas novas colônias americanas.
  • C) O ciclo denominado de Grandes Navegações decorre, entre outras razões, do processo de transformação vivido pelo Ocidente europeu na Baixa Idade Média e marcado pela reativação da atividade comercial, pela crescente monetarização da economia e pelo reflorescimento da vida urbana.
  • D) A descoberta e a conseqüente colonização da América, com os expressivos ganhos materiais daí advindos, foram decisivas para que o expansionismo europeu passasse ao largo do continente africano e, a rigor, se concentrasse no Novo Mundo.
  • E) Infere-se do texto que o sistema colonial introduzido na América foi de tal forma determinado pelas condições e necessidades do nascente capitalismo europeu, ao ponto de inviabilizar, nas colônias, a existência de uma dinâmica interna própria na organização de sua economia.

     

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A alternativa correta é letra C) O ciclo denominado de Grandes Navegações decorre, entre outras razões, do processo de transformação vivido pelo Ocidente europeu na Baixa Idade Média e marcado pela reativação da atividade comercial, pela crescente monetarização da economia e pelo reflorescimento da vida urbana.

Gabarito: Letra C

 

(O ciclo denominado de Grandes Navegações decorre, entre outras razões, do processo de transformação vivido pelo Ocidente europeu na Baixa Idade Média e marcado pela reativação da atividade comercial, pela crescente monetarização da economia e pelo reflorescimento da vida urbana.)

  

As Grandes Navegações situam-se no contexto de transformações político, sociais e econômicas do Ocidente europeu ocorrido entre os séculos XI e o século XIV, período conhecido como transição da Alta Idade Média para a Baixa Idade Média.

 

Antes dos navegadores se lançarem ao mar em busca de especiarias e metais preciosos, podemos destacar algumas condições anteriores que levaram à organização dessa grande onda expansionista europeia.

 

Em primeiro lugar devemos falar da reativação do comércio entre os séculos XII e XIII graças ao aumento da produção agrícola, o desenvolvimento do artesanato urbano e o maior contato com os povos do oriente. Nessa reativação do comércio surgiram novas rotas comerciais que ligavam diversos pontos do território europeu, africano e asiático. Aliás, eram as mercadorias da Ásia as mais cobiçadas no mercado europeu. Serão essas mercadorias e os lucros advindos delas um dos principais pontos que levarão às navegações europeias.

 

Outra consequência da reativação do comércio foi a crescente circulação de moedas usadas para pagar pelas mercadorias. As moedas eram feitas de metal, principalmente, ouro e prata que depois de cunhadas viravam essa forma de pagamento. Houve um momento na Europa que essas moedas ficaram escassas devido à falta de metais. Então, a solução foi importar esses metais da África, local já conhecido pelos europeus e que tinha minas de ouro.

 

E se falamos de comércio, falamos de cidade, pois são os locais por excelência dessa atividade econômica. O comércio faz aparecer as rotas e os pequenos burgos que se espalham pelo continente. É um verdadeiro renascimento urbano, já que no começo da Idade Média houve o esvaziamento das cidades devido às migrações dos povos germânicos e um aprofundamento do processo de ruralização da Europa.

  

Por que as demais estão incorretas?

  

Letra A: O pioneirismo português explica-se por motivos econômicos. Apesar das dificuldades derivadas da ausência do Estado nacional, lacuna que os portugueses somente conseguiram preencher no século XIX, a força de sua burguesia mercantil impulsionou as grandes viagens em busca de colônias.

  

O pioneirismo português explica-se por motivos econômicos e políticos. Não havia dificuldades por causa da ausência do Estado nacional. Os portugueses foram os pioneiros na construção do estado moderno absolutista. Foi justamente o processo de centralização política, que deu poder aos reis em detrimento dos nobres que possibilitou a expansão como uma política do reino português, usando capitais de comerciantes judeus, genoveses e portugueses.

  

Letra B: Embora o Oriente oferecesse reduzido atrativo comercial, já que sua produção em muito se assemelhava à européia, a região atraía os mercadores ocidentais pela possibilidade de fornecer mão-de-obra escrava a ser utilizada nas novas colônias americanas.

 

O Oriente oferecia um grande atrativo comercial. Era dessa região que se obtinham as especiarias, que possuíam alto valor no mercado europeu. 

  

Letra D: A descoberta e a conseqüente colonização da América, com os expressivos ganhos materiais daí advindos, foram decisivas para que o expansionismo europeu passasse ao largo do continente africano e, a rigor, se concentrasse no Novo Mundo.

 

O continente africano também teve a sua participação na expansão marítima. Foi a primeira área planejada como rota pelos portugueses até chegar à Índia. Na África, os portugueses obtinham ouro, marfim e escravos. Esses escravos mais tarde seriam transportados para o continente americano como mão de obra para os empreendimentos coloniais.

  

Letra E: Infere-se do texto que o sistema colonial introduzido na América foi de tal forma determinado pelas condições e necessidades do nascente capitalismo europeu, ao ponto de inviabilizar, nas colônias, a existência de uma dinâmica interna própria na organização de sua economia.

 

Alternativa incorreta, pois as colônias tinham seu próprio funcionamento interno, seja político, social e econômico. Não eram simplesmente áreas complementares das metrópoles. Eram localidades de gestão complexa, onde as autoridades metropolitanas precisavam constantemente negociar e dialogar para assegurar seus interesses. 

  
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10) O Brasil foi colonizado pelos portugueses entre os séculos XVI e XIX. De maneira geral, a colonização se fez subordinada aos interesses econômicos que prevaleciam na Europa Moderna, ou seja, o contexto de formação do sistema capitalista, de base mercantil. Por essa razão, a economia colonial foi organizada de modo a atender prioritariamente, ainda que não exclusivamente, ao mercado externo. Utilizou-se fartamente da mão-de-obra escrava africana e da estrutura latifundiária. Durante mais de um século, a cana-de-açúcar liderou as atividades econômicas coloniais, sobretudo na região nordestina. No século XVIII, foi a vez de a mineração destacar-se; com ela, porções do interior da colônia foram ocupados. Em larga medida, os bandeirantes ampliaram o território português na América, ultrapassando os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas, que Portugal e Espanha assinaram à época dos descobrimentos.

Assinale a opção que apresenta uma característica fundamental da colonização do Brasil.

  • A) As atividades industriais foram essenciais para que a colônia brasileira se desenvolvesse e, com isso, enriquecesse Portugal.
  • B) Graças à cana-de-açúcar, o território brasileiro foi ampliado, ao conquistar áreas antes pertencentes à Espanha.
  • C) A economia colonial brasileira estava voltada, prioritariamente, para o abastecimento do mercado interno.
  • D) As relações de trabalho não-assalariadas responderam pela maior parte da produção colonial brasileira.

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A alternativa correta é letra D) As relações de trabalho não-assalariadas responderam pela maior parte da produção colonial brasileira.

Gabarito: Letra D

 

As relações de trabalho não-assalariadas responderam pela maior parte da produção colonial brasileira.

   

De acordo com Boris Fausto, as relações de trabalho compulsórias são ao lado da empresa comercial e da produção em grandes propriedades, as três mais importantes características da colonização na América Portuguesa.

 

No que diz respeito às relações de trabalho, estas variaram ao longo do tempo. Primeiro com a forma conhecida como escambo, onde os indígenas trocavam sua mão de obra por utensílios de metal, armas e produtos comerciais. A partir da implantação das capitanias hereditárias e dos primeiros engenhos, os indígenas começaram a ser escravizados para trabalhar nas lavouras de cana-de-açúcar. Stuart Schwartz afirma que nas lavouras conviveram formas distintas de trabalho: indígenas escravizados, indígenas aldeados e indígenas que recebiam pagamento em bebidas e roupas.

 

Em fins do século XVI, começaram as primeiras importações de mão de obra escrava africana para o trabalho especializado nos engenhos. Os africanos eram destinados aos ofícios da moenda, mestres do açúcar, purgadores, dentre outras atividades.

 

A transição para a mão de obra escrava se completa nas três primeiras décadas do século XVII, quando o tráfico de africanos era uma atividade altamente lucrativa. Nos séculos seguintes, o Brasil passa a ser um dos maiores receptores de africanos e estes passam a ser a mão de obra predominante no país, realizando atividades no mundo rural, no mundo urbano, na mineração, no comércio e nas construções públicas.

   

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: As atividades industriais foram essenciais para que a colônia brasileira se desenvolvesse e, com isso, enriquecesse Portugal.

 

As atividades agrárias voltadas para a exportação foram essenciais para que a colônia brasileira gerasse lucro para Portugal.

   

Letra B: Graças à cana-de-açúcar, o território brasileiro foi ampliado, ao conquistar áreas antes pertencentes à Espanha.

 

O plantio da cana-de-açúcar ficou restrito ao litoral. A ampliação do território brasileiro foi possível graças à pecuária, às missões jesuítas, à construção de fortalezas e às expedições de bandeirantes em busca de indígenas, quilombos, metais e pedras preciosas. Todas essas atividades constantemente avançavam sobre o território espanhol durante os séculos XVI e XVIII.

   

Letra C: A economia colonial brasileira estava voltada, prioritariamente, para o abastecimento do mercado interno.

 

A economia colonial brasileira estava voltada, prioritariamente, para o abastecimento do mercado externo devido ao Pacto Colonial, ou seja, fornecer gêneros agrícolas, produtos extrativistas e metais preciosos para Portugal.

   

Referências:

 

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.

SCHWARTZ, Stuart. "Escravidão indígena e o início da escravidão africana". In: SCHWARCZ, Lilia M. e GOMES, Flávio dos Santos (Orgs.) Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

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