A base das famílias no Brasil desde o período colonial até épocas recentes era o patriarcal, que tem como características, EXCETO:
- A) O pai exercia o direito legal à poligamia, desde que arcasse com todos os proventos de sua família.
- B) O pai exercia poder sobre os seus subordinados, mas também definia o destino de todos os demais entes da família.
- C) O pai determinava com quem as filhas se casariam; preparavam os filhos para assumir as suas funções no futuro, como herdeiros legítimos, ou lhes indicava a profissão.
- D) O pai se submetia à esposa, que não tinha nenhum tipo de direito, apenas aos afazeres domésticos e à procriação – não lhe permitindo nenhuma participação sobre as decisões representativas da família.
Resposta:
ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA
Gabarito: Anulada
Antes do gabarito definitivo, a banca deu como alternativa errada a letra A. De fato, não existia um direito legal exercido pelo pai e chefe da família. Isso não fazia parte de nenhum código legal ou qualquer norma jurídica. O que acontecia era o costume de um pai/chefe de família ter uma relação oficial com a sua esposa, mas também relações extraoficiais com amantes e concubinas.
Entretanto, a letra D também se encontra incorreta, pois em uma família patriarcal, o pai/chefe não se submetia à esposa. Ocorria o contrário: a submissão da esposa ao marido.
A justificativa de anulação da banca foi que a palavra “se” colocada na frase “O pai submetia a esposa” mudou totalmente o sentido, pois na sociedade patriarcal o pai submetia a esposa e não SE submetia. Assim, a alternativa (D) também estaria errada, assim como a (A), portanto, duas respostas possíveis.
Vamos comentar as demais alternativas.
Letra B: O pai exercia poder sobre os seus subordinados, mas também definia o destino de todos os demais entes da família.
Em uma família patriarcal o pai era o chefe e patrão dos seus empregados, ordenando afazeres e definindo o destino dos entes da família.
Letra C: O pai determinava com quem as filhas se casariam; preparavam os filhos para assumir as suas funções no futuro, como herdeiros legítimos, ou lhes indicava a profissão.
O pai da família era o organizador do casamento das filhas, escolhendo o melhor pretendente para manter o prestígio familiar e conseguir posições privilegiadas na sociedade colonial ou imperial. O pai também decidia o que os filhos homens fariam e o que estudariam. Eles eram preparados sempre para assumir os negócios do pai quando da ausência ou falecimento.
Família, patriarcalismo e mulheres no Brasil Colonial
Referência:
DOMINGUES, Joelza Ester. Família, patriarcalismo e mulheres no Brasil colonial. Blog: Ensinar História. Disponível em: https://ensinarhistoria.com.br/familia-no-brasil-colonial/
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