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“A expedição de reconhecimento da região amazônica de Pedro Teixeira, entre 1637 e 1639, partiu de Belém. Acompanhado por setenta soldados portugueses e 1.200 índios, Teixeira subiu o rio até o sopé dos Andes, no território espanhol.”

 

(ENDERS, Armelle. A nova história do Brasil. Rio de Janeiro: Gryphus, 2012. p. 61.)

 

Assinale a opção que indica características da ocupação da região amazônica no período em que foi realizada a expedição mencionada.

Resposta:

ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA

Gabarito da banca: Anulada

 

O gabarito preliminar da banca apontava como solução a letra A, mas após os recursos houve a anulação da questão.

  

Qual é o problema da letra A?

 

Oficialmente, entre 1621 e 1623, as capitanias do Maranhão, Grão-Pará, Piauí e Rio Negro foram reunidas pela Coroa Espanhola no Estado do Maranhão. Portanto, não havia o binômio "Estado do Maranhão e do Grão-Pará". Essa nova organização que reuniu as duas principais capitanias só aparece em 1654, quando a União ibérica já havia sido encerrada. Além disso, a criação do Estado do Maranhão obedecia ao objetivo de expansão e ocupação do território do norte do Brasil a fim de protegê-lo das ameaças dos holandeses, franceses e ingleses que organizaram entrepostos próximos ao vale do Rio Amazonas.

  

Por que as demais estão incorretas?

  

Letra B: Após a expulsão de invasores franceses, as tropas portuguesas passaram a contar com uma base militar para incursões contra territórios espanhóis de ocupação rarefeita.

 

Os franceses ocuparam o Maranhão entre 1612 e 1615, sendo expulsos neste ano. Após a expulsão, o Maranhão foi base para expedições que adentraram o vale amazônico. Logo no ano seguinte (1616), uma expedição luso-brasileira fundou uma fortaleza que daria origem ao núcleo de povoamento conhecido hoje como Belém. Entretanto, a ocupação e a presença mais efetiva de Portugal no Amazonas só ocorreu após o fim da União Ibérica, quando novas fortalezas foram fundadas entre 1660 e 1780.

  

Letra C: Em contexto de rivalidade global entre Espanha e Holanda, as expedições holandesas aproveitaram para promover a ocupação militar da região amazônica além-Tordesilhas.

 

As expedições holandesas não ocuparam a região amazônica. Embora possamos reconhecer a presença holandesa em alguns núcleos no norte do Rio Amazonas, eram apenas feitorias e não se tratavam de uma presença efetiva tal como ocorrera no Nordeste brasileiro.

  

Letra D: Instalado em São Luís, um novo governo-geral coordenou as incursões de missões religiosas que dispensavam o apoio militar para realizar a tarefa de salvar o gentio da escravização.

 

São Luís passou a ser a sede do Estado do Maranhão e não era um governo-geral tal como as administrações anteriores estabelecidas por Portugal. O Estado do Maranhão era independente do Estado do Brasil e respondia diretamente à Coroa Espanhola.

  

Letra E: Na Bacia Amazônica, a associação entre missões religiosas e expedições militares serviu para viabilizar, por via fluvial, o escoamento legal da produção de metais preciosos dos Andes.

 

A Espanha embora soubesse do conhecimento das expedições pelo Amazonas, não defendia o interesse dos exploradores luso-brasileiros de escoar a prata dos Andes, uma vez que era monopólio espanhol e seu escoamento se dava pela Bacia do Prata. Os espanhóis pretendiam fiscalizar essas expedições para evitar o contrabando desse minério. Além disso, um dos principais gêneros exportados da região amazônica eram as drogas do sertão, bastante exploradas pelos missionários religiosos.

  

Referências:

 

COSENTINO, Francisco Carlos. "Mundo português e mundo ibérico". In: FRAGOSO, João Luís Ribeiro e GOUVÊA, Maria de Fátima (Orgs.). O Brasil Colonial: volume 2. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 2017.

 

REIS, Arthur Cézar Ferreira. "A ocupação portu­guesa do vale amazônico". In: HOLANDA, Sérgio Buarque de. História Geral da Civilização Brasileira. A época colonial, v.1: do descobrimento à expansão territorial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.

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