Analisar e compreender o processo de implantação da agromanufatura do açúcar no Nordeste brasileiro, em conexão com o tráfico de escravos e a fixação dos portugueses no território brasileiro, é um dos objetivos do ensino da agromanufatura do açúcar e a escravidão.
De acordo como o Centro de Referência Virtual da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, assinale a alternativa incorreta:
- A) Os escravos que conseguiam a liberdade encontravam em seu ambiente condições para o exercício de direitos civis e políticos.
- B) A grande propriedade rural foi um obstáculo à expansão da cidadania herdado da colônia. Essa realidade ainda está presente em várias regiões do país.
- C) É necessário que os alunos conheçam a política mercantilista vigente em Portugal na época da colonização, de forma específica, e na Europa de maneira geral.
- D) O incentivo à produção açucareira na colônia esteve ligado aos perigos enfrentados por Portugal de perder suas possessões americanas devido à concorrência com outras nações europeias pelo domínio das terras.
Resposta:
A alternativa correta é letra A) Os escravos que conseguiam a liberdade encontravam em seu ambiente condições para o exercício de direitos civis e políticos.
Gabarito: ALTERNATIVA A
Analisar e compreender o processo de implantação da agromanufatura do açúcar no Nordeste brasileiro, em conexão com o tráfico de escravos e a fixação dos portugueses no território brasileiro, é um dos objetivos do ensino da agromanufatura do açúcar e a escravidão.
De acordo como o Centro de Referência Virtual da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, assinale a alternativa incorreta:
- a) Os escravos que conseguiam a liberdade encontravam em seu ambiente condições para o exercício de direitos civis e políticos.
Mesmo após alcançar a liberdade, um ex-escravo não gozava do mesmo estatuto dos homens nascidos livres. Tanto no período colonial quanto durante o Império, havia a figura legal do "negro liberto" ou do "negro forro", que, de fato, já não era mais propriedade efetiva do seu senhor, mas tampouco tinha acesso à plenitude da cidadania. Inclusive, em alguns casos, era possível que o antigo senhor revertesse a libertação de um escravo. Assim, um liberto tinha um acesso mais restrito aos seus direitos civis, mas eram completamente excluídos da vida política - até mesmo porque o exercício natural dos direitos políticos já era algo bastante restrito mesmo no Império. Por ser a única que contém erros, está a ALTERNATIVA CORRETA.
- b) A grande propriedade rural foi um obstáculo à expansão da cidadania herdado da colônia. Essa realidade ainda está presente em várias regiões do país.
De fato, parte significativa da estrutura fundiária brasileira foi estabelecida ainda no período colonial, havendo grande preferência pelo latifúndio. Estrutura esta que foi consolidada no século XIX com a Lei de Terras, que extinguia as terras devolutas e exigia a formalização da posse junto ao Estado. Isso significou a formação de um campesinato em grande medida alijado do acesso à propriedade e distante das políticas públicas efetivas e do bom exercício da cidadania. E, de fato, o latifúndio ainda é uma realidade brasileira em muitas regiões, o que também impede que se estabeleça o cumprimento da função cidadã da terra. Sem erros na alternativa.
- c) É necessário que os alunos conheçam a política mercantilista vigente em Portugal na época da colonização, de forma específica, e na Europa de maneira geral.
É muito difícil avaliar adequadamente esta alternativa. "É necessário" para o quê? O enunciado é completamente falho no sentido de estabelecer um vínculo com as alternativas de uma maneira geral. Mas, de fato, o conhecimento sobre o mercantilismo português e europeu é uma exigência presente nos currículos escolares para se construir uma compreensão sobre o processo de formação colonial brasileira. Sob protesto, sem erros na alternativa.
- d) O incentivo à produção açucareira na colônia esteve ligado aos perigos enfrentados por Portugal de perder suas possessões americanas devido à concorrência com outras nações europeias pelo domínio das terras.
Além de extremamente lucrativa para Portugal por conta do exclusivo de comércio com a colônia, a produção de açúcar na América portuguesa foi uma estratégia importante para promover a colonização efetiva do território. Logo no século XVI, ficou muito claro que as potências rivais não prestariam grande atenção à divisão das novas terras nos termos do Tratado de Tordesilhas e que procurariam, de fato, afirmar uma presença expressiva no continente americano. Além dos evidentes ganhos econômicos, a produção açucareira garantia a Portugal uma base maior de defesa do território colonizado tanto por conseguir organizar melhor as suas tropas regulares tanto por contar com o interesse local dos senhores de engenho para dar estabilidade ao empreendimento colonial. Sem erros na alternativa.
Sem mais, a única que apresenta erros é a ALTERNATIVA A.
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