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Analise o texto.

 

Não era possível explorar a colônia sem, de certo modo, desenvolvê-la; ainda que esse “desenvolvimento” se fizesse nas linhas de uma economia dependente, não podia deixar de envolver um aumento necessário de população na colônia, e uma complexidade crescente da sociedade colonial – o que começava a abrir a possibilidade de pouco a pouco se manifestar oposição de interesses entre os colonos e a metrópole. Nesse sentido, o perigo secessionista é inerente ao processo de colonização, e com ele se defrontaram todas as metrópoles. Mas, num segundo plano, e dadas as peculiaridades de relação colônia-metrópole, no caso Brasil-Portugal, o simples crescimento demográfico da colônia já se apresentava como algo ameaçador: quando a descoberta dos metais nobres e o início da mineração provocaram um forte movimento populacional para as Minas Gerais, atemorizam-se os dirigentes metropolitanos.

 

(Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial. São Paulo: Hucitec, 1981. p. 142)

 

Uma análise do texto permite afirmar que, no processo de colonização do Brasil,

Resposta:

A alternativa correta é letra A) Portugal, para explorar a colônia, teve que estabelecer as bases do desenvolvimento que, contraditoriamente, acabou despertando ideais de libertação na colônia.

Gabarito: Letra A

 

A questão poderia ser respondida pelos candidatos e candidatas com base na interpretação.

 

O texto menciona que para explorar as colônias, as metrópoles tinham que torná-las produtivas, ou seja, desenvolvê-las.

 

E nesse desenvolvimento certamente precisou dos grupos locais para administração, ocupação e defesa do território, uma vez que não conseguiria fazer isso estando toda a corte e administração no continente europeu.

 

É concedendo o poder da administração aos colonos que a metrópole verá crescer movimentos oposicionistas contra o próprio poder metropolitano, acusado de tirano, sobretudo quando legislava em matéria de economia, ao instituir impostos sobre a circulação das riquezas coloniais.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra B: Portugal não deu autonomia na administração das capitanias hereditárias. Os capitães donatários deveriam seguir as recomendações das cartas de doação e do foral. Não poderiam por exemplo, vender ou trocar as capitanias. Além do mais, as capitanias foram organizadas para estimular a produção inicial do pau-brasil e mais tarde da cana-de-açúcar. Depois é que houve uma diversificação maior na exportação de produtos para a metrópole.

 

Letra C: A Coroa Portuguesa proibiu a instalação de indústrias na colônia a fim de evitar a concorrência com os produtos da metrópole, pois eram trocados pelos produtos coloniais. É o que chamamos de Pacto Colonial: a metrópole garantiria a entrada de produtos industrializados e a colônia destinaria produtos tropicais.

 

Letra D: A ocupação da colônia foi muito mais para evitar a perda do território para outras metrópoles do que para acabar com as divisões internas. O Brasil desde muito cedo foi alvo de incursões de estrangeiros como franceses e holandeses. Era preciso aprofundar a ocupação para garantir que a terra fosse de Portugal.

 

Letra E: Em especial na região das minas, Portugal exerceu um controle maior a fim de evitar o contrabando do ouro o que acarretou menor autonomia para a região. Tanto é que a região das minas ocorreram duas revoltas: a Revolta de Vila Rica em 1720 e depois a Inconfidência Mineira em 1789. Além do mais, em outros pontos do território colonial ocorreram diversas revoltas contra a administração colonial que decretava impostos com alto valor para os colonos.

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