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Ao contrário da Inconfidência Mineira de 1789, a Inconfidência Baiana, ocorrida dez anos depois, contou com a participação de negros escravizados e libertos, trabalhadores pobres e membros da elite, incluindo médicos e religiosos. Dentre as principais exigências do movimento, analise as afirmativas a seguir.

I. Abolição da escravatura

II. Proclamação da República

III. Diminuição dos impostos

IV. Diminuição dos salários.

Assinale a alternativa correta.

Resposta:

A alternativa correta é letra B) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas

Gabarito: Letra B

 

A sequência correta é: I, II e III

 

A Conjuração Baiana foi um movimento político ocorrido em 1798 em Salvador e que leva no nome grande parte dos adeptos: os alfaiates de Salvador. Foi uma tentativa de levante baseado em princípios iluministas e nos acontecimentos revolucionários franceses, principalmente da fase republicana.

 

Vamos analisar as proposições.

 

I. Abolição da escravatura (CORRETA)

 

Segundo Lilia Schwarcz, não há um consenso entre os historiadores sobre o objetivo de libertar os escravizados. Alguns enxergam que havia uma defesa do fim da escravidão (Boris Fausto, por exemplo) e outros afirmam que somente em Salvador e não no Brasil (Patrícia Valim). É certo que havia uma difusão de ideias que pretendia extinguir os preconceitos de cor, transformando os baianos em cidadãos baianos e não em súditos portugueses.

 

II. Proclamação da República (CORRETA)

 

Inspirados na república jacobina francesa, os conjurados pretendiam instalar na Bahia uma República independente da Coroa Portuguesa onde não houvesse distinções sociais e nem preconceitos de cor.

 

III. Diminuição dos impostos (CORRETA)

 

Uma das propostas dos conjurados baianos era a diminuição de impostos sobre determinados produtos essenciais em Salvador, como, por exemplo, a carne, o sal e a farinha de mandioca.

 

IV. Diminuição dos salários. (INCORRETA)

 

Segundo Boris Fausto, uma bandeira dos participantes do movimento era o aumento dos salários, principalmente para os soldados que participaram da conjuração. Patrícia Valim afirma que os soldados lutavam pelo cumprimento de um soldo regular que não estava sendo pago pelos administradores baianos.

   

Referências:

 

BRASIL DE FATO. Entrevista com Patrícia Valim. Disponível em: https://www.brasildefatoba.com.br/2018/08/10/conjuracao-baiana-a-revolta-dos-entes-da-liberdade

 

FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2ª edição. São Paulo: EdUSP, 1995.

 

SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

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