Logo do Site - Banco de Questões
Continua após a publicidade..

Considere o trecho:


A beleza, o mistério e a pompa dos terreiros de umbanda e candomblé pelo Brasil afora, em particular na Bahia, vêm de longe, no tempo e no espaço. Nasceram da cultura e da religiosidade dos negros que deixaram tantas outras marcas profundas em nossa sociedade, desde que foram retirados à força de suas comunidades e aqui desembarcaram em finais do século XVI, trazendo crenças e ritos cuja prática muitas vezes lhes custou caro.


CALAINHO, Daniela Bueno. Nossa história. São Paulo/Rio de Janeiro:

Vera Cruz; Biblioteca Nacional. Ano 2, n. 18, abr. 2005, p.67.


Com base no exposto, assinale a alternativa INCORRETA.

Resposta:

A alternativa correta é letra B) À mistura de tradições diferentes, por vezes até opostas, dá-se o nome de fanatismo religioso, presente nas procissões, nas festas populares, no pagamento de promessas e no culto aos santos


Gabarito: Letra B

 

A questão pede a alternativa incorreta, e é claro que a letra B não é a mais adequada, pois a mistura de tradições diferentes, por vezes opostas, dá-se o nome de sincretismo religioso.

 

O fanatismo religioso ocorre quando um indivíduo ou grupo de pessoas utiliza de crenças e dogmas de uma religião para perseguir pessoas ou grupo de pessoas de credo diferente.


O fanatismo persegue e o sincretismo mescla elementos de várias religiões.


Um bom exemplo de sincretismo é a lavagem das escadarias da igreja do Senhor do Bonfim. Esse evento ocorre em Salvador e reúne católicos e adeptos de religiões de matriz africana como os candomblecistas. É um ritual que ocorre desde os tempos do Brasil colonial, quando ocorriam as festividades em homenagem ao orixá Oxalá. Nessa festividade ocorre a lavagem com arruda e outras ervas de cheiro dos degraus da igreja do Senhor do Bonfim, que é uma representação de Jesus Cristo crucificado. 


Os orixás foram trazidos pelos escravos de etnia iorubá, que foram escravizados na costa do Daomé e da Nigéria.


Como a escravidão era um sistema de opressão, muitas vezes para resistir a esse regime, os escravos utilizavam-se de elementos católicos para manterem vivas as suas tradições de origem, como, por exemplo, a associação entre os santos católicos com os orixás iorubás ou mesmo as diversas procissões de um determinado santo que ganhavam batuques e ritmos africanos.
 

Continua após a publicidade..

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *