Durante treze anos a família real portuguesa esteve no Brasil, que foi sede do império ultramarino português. Nesse período, diversas medidas tomadas pela corte proporcionaram transformações profundas na economia, na política e na cultura do Brasil. Assim, é correto afirmar que, nesse período, ocorreu
- A) a Confederação do Equador, em 1824, que foi uma rebelião das províncias nordestinas contra o autoritarismo, que pretendia a fundação de uma república por estas partes do Brasil.
- B) a Revolução Pernambucana, em 1817, contra a opressão dos tributos para custear a corte no Rio de Janeiro, que marcou a insatisfação dos brasileiros contra a exploração portuguesa.
- C) a Noite das Garrafadas, episódio que envolveu apoiadores do rei e seus opositores, logo antes de sua abdicação e retorno para Portugal.
- D) expulsão do rei português de terras brasileiras, por sua resistência em aceitar a constituição elaborada pela Assembleia Constituinte e a imposição de uma constituição por ele outorgada.
Resposta:
A alternativa correta é letra B) a Revolução Pernambucana, em 1817, contra a opressão dos tributos para custear a corte no Rio de Janeiro, que marcou a insatisfação dos brasileiros contra a exploração portuguesa.
Gabarito: Letra B
a Revolução Pernambucana, em 1817, contra a opressão dos tributos para custear a corte no Rio de Janeiro, que marcou a insatisfação dos brasileiros contra a exploração portuguesa.
A família real portuguesa se transferiu para o Brasil em 1808 e permaneceu até 1821, quando foi obrigada a retornar para Lisboa em função do movimento constitucionalista do Porto. A questão quer que os candidatos e candidatas identifiquem a alternativa que traz um acontecimento político ocorrido durante a permanência da família real no Brasil, ou seja, entre 1808 e 1821.
A única alternativa correta é a letra C, pois fala da Revolução Pernambucana ou Insurreição Pernambucana ocorrida em 1817. Trata-se um movimento político que se iniciou em Pernambuco e que se estendeu a outras províncias do Nordeste como a Paraíba, o Rio Grande do Norte, Alagoas e o Piauí. O principal objetivo do movimento era garantir a separação territorial e política dessas províncias em relação ao restante do Brasil.
Por que houve essa revolta?
- A transferência da Corte para o Brasil só beneficiou portugueses e quem esteve próximo da Corte, ou seja, as áreas do sul e sudeste.
- A Corte por diversas vezes aumentou impostos que recaíram sobretudo nos nordestinos.
- Pernambuco já possuía um histórico revolucionário desde o século XVIII.
- Seca de 1816
- Queda do preço do açúcar e do algodão e encarecimento do preço dos escravos
- Corrupção do governador da capitania
Com motivos de sobra montou-se, então, uma insurreição, unindo setores dispersos: comerciantes, grandes proprietários, membros do clero, militares, juízes, artesãos, e uma camada de homens livres que lhe conferiu um perfil mais radical e popular.
Os revolucionários tomaram o Recife e implantaram um governo provisório baseado na “lei orgânica” que proclamou a República, estabeleceu a igualdade de direitos e a tolerância religiosa, sem tocar no problema da escravidão.
A Corte consegui acabar com o movimento revolucionário usando de muita violência e punição exemplar a fim de eliminar qualquer nova possibilidade de sedições.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: a Confederação do Equador, em 1824, que foi uma rebelião das províncias nordestinas contra o autoritarismo, que pretendia a fundação de uma república por estas partes do Brasil.
A Confederação do Equador ocorreu fora do período de referência (1808-1821). Ela foi uma resistência ao autoritarismo de D. Pedro I, durante o Primeiro Reinado.
Letra C: a Noite das Garrafadas, episódio que envolveu apoiadores do rei e seus opositores, logo antes de sua abdicação e retorno para Portugal.
A Noite das Garrafadas ocorreu fora do período de referência (1808-1821). Trata-se de um acontecimento ocorrido no Primeiro Reinado, quando o imperador D. Pedro I passava por crises políticas e econômicas. Foi um conflito entre portugueses e brasileiros nas ruas do Rio de Janeiro e que veio a somar como um fator para a abdicação de D. Pedro I.
Letra D: expulsão do rei português de terras brasileiras, por sua resistência em aceitar a constituição elaborada pela Assembleia Constituinte e a imposição de uma constituição por ele outorgada.
D. João VI não foi expulso do Brasil. Em 1821, ele necessitou retornar a Portugal em função da pressão exercida pelas Cortes de Lisboa
que exigiram o retorno do rei para jurar a Constituição liberal elaborada por esse órgão.
Referências:
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2ª edição. São Paulo: EdUSP, 1995.
SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
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