Em 1624, quando a notícia da conquista de Salvador pelos holandeses chegou a Lisboa, o governador de Portugal, o conde de Basto, escreveu ao rei em Madri:
[…] porque o Brazil leva todo este reino tras de si, as rendas reais, porque sem Brazil, não há Angola, nem Cabo Verde, nem o pau que dali se traz, nem alfândegas, nem consulado, nem portos secos, nem situação em que se paguem os tribunais, e ministros e seus salários, nem meio de que possam viver, e dar vida a outros, a nobreza, as religiões, misericórdias e hospitais, que tinham nas alfândegas situados os seus juros e suas tenças. E assim foi esse golpe o mais universal que podia padecer o rei, o público e os particulares […]
(Stuart B. Schwartz. “Gente da terra braziliense da nasção”. Pensando o Brasil: a construção de um povo. Em: Carlos Guilherme Mota (org). Viagem incompleta. A experiência brasileira.
Formação: histórias (1500-2000))
O documento mostra
- A) a possibilidade de o governo da União Ibérica ceder espaços coloniais na América para a Companhia das Índias Ocidentais.
- B) como, no decorrer do século XVII, o açúcar produzido no Brasil se transformou na principal riqueza do Império português.
- C) o aumento do interesse português pelo açúcar da América e, em decorrência disso, o desinteresse pela exploração do tráfico negreiro na África.
- D) a fragilidade econômica da América portuguesa, revelada pela incapacidade em conter as invasões estrangeiras.
- E) o descuido português com o Brasil, porque a atenção lusitana estava inteiramente voltada para a costa oriental africana.
Resposta:
A alternativa correta é letra B) como, no decorrer do século XVII, o açúcar produzido no Brasil se transformou na principal riqueza do Império português.
O documento apresentado destaca a importância do Brasil para a economia portuguesa, afirmando que sem o Brasil, não haveria rendas reais, alfândegas, consulado, portos secos, entre outros. Isso demonstra que o açúcar produzido no Brasil era fundamental para a economia portuguesa, tornando-se a principal riqueza do Império português no século XVII.
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