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Em relação ao domínio da Holanda no Nordeste brasileiro durante o período colonial, é correto afirmar que:

Resposta:

A alternativa correta é letra E) o fim da Nova Holanda deve-se, entre outros fatores, a uma conjuntura externa desfavorável à Holanda que, por se envolver em guerras sucessivas na Europa, não pôde socorrer seus compatriotas no Brasil, fato este que assegurou a vitória dos luso-brasileiros em 1654.

Gabarito: Letra E

 

O fim da presença holandesa no Nordeste está ligado a alguns fatores, dentre os quais:

 

Mudança na política econômica da Companhia das Índias Ocidentais, empresa que foi responsável pela Expansão Marítima e conquistas territoriais holandesas no Atlântico. Essa mudança de política é derivada dos elevados custos de sustentação de guerras na Europa. Os acionistas da empresa decidiram que era o momento de serem cobrados os empréstimos transferidos aos proprietários de terra após a conquista holandesa. Esses empréstimos foram concedidos para reestruturar os engenhos e a produção açucareira que ficou comprometida.

 

O administrador Nassau acabou pedindo desligamento do cargo e regressando à Holanda. A saída de Nassau motivou ainda mais a organização de um movimento para expulsar os holandeses do Nordeste, começando no Maranhão e ganhando maior relevância em Pernambuco, local mais importante da administração holandesa. Foi nessa capitania que se desenrolou a Insurreição Pernambucana, confrontos entre os luso-brasileiros e os holandeses em uma série de combates que culminaram em derrotas dos holandeses.

 

Além disso, o contexto internacional favoreceu a expulsão, pois a Holanda enfraquecia-se ao enfrentar a Inglaterra, que se transformara em concorrente no comércio marítimo. Os holandeses na Europa não conseguiram socorrer os combatentes holandeses no Brasil. Entre 1652 e 1654, holandeses e ingleses travaram uma guerra com a vitória inglesa. No mesmo ano, ocorreu a expulsão definitiva dos holandeses do Brasil.

 

 Por que as demais estão incorretas?

  

Letra A:   a administração de Nassau caracterizou-se por medidas administrativas de grande importância, como por exemplo: a reorganização da produção açucare ira mediante um sistema de crédito aos senhores de engenho, tolerância religiosa e o fim da Assembleia dos Escabinos, que limitava a participação política dos proprietários rurais pernambucanos.

 

O erro dessa alternativa está em dizer que a administração de Nassau foi responsável pelo fim da Assembleia ou camara dos Escabinos. Foi durante o seu governo que esse órgão foi criado para que os senhores de engenho participassem da vida política.

 

Letra B: a invasão holandesa na Bahia (1624-1625), que contou com o apoio da "milícia dos descalços", liderada pelo bispo Marcos Teixeira, foi desarticulada pela Jornada dos vassalos, frota luso-espanhola mandada à Bahia com a missão de expulsar os holandeses da sede do Governo Geral do Brasil.

 

O erro dessa alternativa é dizer que o bispo Marcos Teixeira apoiou a invasão holandesa, quando, na verdade, ele foi um dos personagens que resistiu ao ataque holandês. Os luso-espanhóis aproveitaram essa resistência local para organizar a Jornada dos Vassalos, uma poderosa esquadra comandada por Fradique de Toledo Osório a fim de expulsar os holandeses da Bahia.

 

Letra C: a invasão holandesa em Pernambuco encontrou grande resistência por parte de grupos armados por Matias de Albuquerque, no arraial do Bom Jesus. O arraial, que passou a ter a adesão cada vez maior de senhores de engenho, foi o lugar onde começou a Insurreição Pernambucana.

 

O erro dessa alternativa encontra-se na menção de que o arraial do Bom Jesus foi o lugar onde começou a Insurreição Pernambucana. De fato, o arraial foi um importante local de resistência contra os ataques holandeses em Pernambuco, mas foi destruído em 1635.

 

Letra D: a Insurreição Pernambucana, movimento de resistência local, contou desde o início com a ajuda da Coroa portuguesa que, após o fim da União Ibérica, tinha todo o interesse em expulsar os holandeses e reassumir o controle sobre a economia açucareira.

 

Devido à trégua elaborada entre Portugal e Holanda, a Coroa Portuguesa não auxiliou em um primeiro momento na resistência local. Basta lembrarmos que Portugal estava em conflito com a Espanha para romper a União Ibérica, em um acontecimento chamado de Guerra de Restauração. Foi nesse contexto que Portugal firmou um acordo com a Holanda.

 

Referência:

 

VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo. História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1997.

 
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