Leia o trecho a seguir.
“Na década de 30 do século XVI, o incremento das escravizações indígenas forçadas para atender às necessidades da colonização mais sistemática iniciada com as capitanias hereditárias intensificou as guerras na costa brasileira. A violenta reação dos índios, responsável, em grande parte, pelo fracasso da maioria das capitanias, tornou-se uma ameaça ao projeto colonial.”
(ALMEIDA, Maria R. C. de. “Catequese, aldeamentos e missionação”. In: FRAGOSO, João; GOUVÊA, Maria de Fátima (orgs.). O Brasil Colonial. 1º vol. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 436)
A política indigenista da Coroa portuguesa em termos gerais, até a reforma pombalina, é definida como de
- A) combate às populações indígenas por seus princípios pagãos e sua resistência ao cristianismo.
- B) divisão dos índios entre mansos e selvagens, respectivamente aliados e força de trabalho.
- C) conversão forçada sob pena de expulsão da população nativa do território controlado.
- D) aldeamento voluntário com consequente cristianização conduzida pela Companhia de Jesus.
Resposta:
A alternativa correta é letra B) divisão dos índios entre mansos e selvagens, respectivamente aliados e força de trabalho.
A política indigenista da Coroa portuguesa, até a reforma pombalina, era baseada na divisão dos índios em dois grupos: os "mansos" e os "selvagens". Os "mansos" eram os índios que se aliavam aos portugueses e os ajudavam em suas atividades, enquanto os "selvagens" eram os que resistiam à colonização e eram considerados uma força de trabalho a ser explorada.
O trecho apresentado destaca a reação violenta dos índios às escravizações forçadas e às guerras na costa brasileira, o que levou ao fracasso da maioria das capitanias hereditárias. Isso demonstra que a política indigenista portuguesa não era baseada em princípios de combate ou conversão forçada, mas sim em uma divisão dos índios em grupos que poderiam ser aliados ou explorados.
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