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Na História do futuro, livro milenarista excogitado nos matos do Maranhão, o Padre Antônio Vieira dá o seu palpite sobre o assunto. Sem se embaraçar no paradoxo – porquanto para ele e seu século nada havia de paradoxal na aliança entre negreiros e missionários – Vieira define os fundamentos da reconquista de Luanda. “O Brasil vive e se sustenta de Angola, podendo-se com muita razão dizer que o Brasil tem o corpo na América e a alma na África”.
(ALENCASTRO, L. F. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 232).
O paradoxo mencionado pelo autor está relacionado:
- A) ao fato de o contingente principal de mão de obra nascer e crescer fora do território colonial e nacional.
- B) às contradições da Igreja Católica em relação à defesa de escravidão indígena e africana.
- C) à manutenção do tráfico de escravos após pressões internas para adoção de novas formas de mão de obra.
- D) ao contraste entre o desenvolvimento nacional e as condições sociais das colônias portuguesas em território africano.
Resposta:
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A alternativa correta é letra B) às contradições da Igreja Católica em relação à defesa de escravidão indígena e africana.
Essa alternativa é a correta porque o autor do livro "O trato dos viventes" destaca o paradoxo de que os missionários, que eram supostamente defensores da fé e da moral, estavam aliados aos negreiros, que praticavam a escravidão. Isso é um paradoxo porque a Igreja Católica, em teoria, condenava a escravidão, mas, na prática, muitos de seus membros estavam envolvidos nessa prática.
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