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Não houve uma aceitação pacífica do sistema colonial português, o que gerou os movimentos contestatórios. Sobre o ensino dos movimentos de contestação ao poder proposto pelo Centro de Referência Virtual da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.


I.   No caso da Inconfidência Mineira, é possível que o professor discuta como a Revolução Americana inspirou a luta pela não aceitação das medidas metropolitanas consideradas ilegítimas ou abusivas.


II.   No caso da Revolução de 1817, o professor poderá mostrar como os ideais de liberdade e república presentes na Revolução Francesa foram caros aos revolucionários pernambucanos na luta pela destituição do poder monárquico. Além disso, o aluno deve ter noções básicas sobre o período colonial brasileiro, destacando o período do séc. XVIII em Minas Gerais e a vinda da corte no séc. XIX.


III.   O professor poderá trabalhar com a ideia de construção de um mito a partir da percepção de que Tiradentes foi escolhido como mártir e herói de um movimento de libertação do Brasil apenas no momento da Proclamação da República.


Estão corretas as afirmativas:

Resposta:

A alternativa correta é letra D) I, II e III.

Gabarito: ALTERNATIVA D

  

Não houve uma aceitação pacífica do sistema colonial português, o que gerou os movimentos contestatórios. Sobre o ensino dos movimentos de contestação ao poder proposto pelo Centro de Referência Virtual da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.

 
  • I.   No caso da Inconfidência Mineira, é possível que o professor discuta como a Revolução Americana inspirou a luta pela não aceitação das medidas metropolitanas consideradas ilegítimas ou abusivas.

A Revolução America (1776) foi um dos grandes marcos das transformações políticas da América, bem como um grande passo para a prática inspirada no Liberalismo e no Iluminismo do século XVIII. A insurgência americana contra a metrópole por conta de medidas entendidas como abusivas ou ilegítimas era a afirmação de princípios liberais sobre a liberdade dos homens e a legitimidade do poder. E todo esse universo político-filosófico tinha uma reverberação acentuada dentro da Inconfidência Mineira (1789). Apesar de ter sido debelada antes da sua deflagração de fato, a Inconfidência dialogava diretamente com o momento histórico internacional de fragilização do Antigo Regime e a experiência revolucionária americana teve uma contribuição expressiva para isso. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 
  • II.   No caso da Revolução de 1817, o professor poderá mostrar como os ideais de liberdade e república presentes na Revolução Francesa foram caros aos revolucionários pernambucanos na luta pela destituição do poder monárquico. Além disso, o aluno deve ter noções básicas sobre o período colonial brasileiro, destacando o período do séc. XVIII em Minas Gerais e a vinda da corte no séc. XIX.

Também conhecida como Revolução Pernambucana (ou Revolução dos Padres), a Revolução de 1817 tinha grandes inspirações no Iluminismo e no Liberalismo. Questionando primeiramente o alto custo da presença da família real portuguesa no Brasil para os seus súditos brasileiros - afinal, como pode a colônia sustentar a Corte? -, os revoltosos propunham a expansão do questionamento para todo o sistema político: não bastava que o Brasil se libertasse de Portugal, mas era necessário afirmar os princípios republicanos e liberais como um todo. Muito além de raso niilismo, a Revolução Pernambucana defendia uma visão de mundo profundamente republicana, rompendo com as estruturas do Antigo Regime. Dialogava-se, portanto, com os eventos históricos que abalaram a ordem europeia e suas monarquias absolutas no final do século XVIII. Portanto, o ensino desse momento da história brasileira exige que o aluno conheça a circulação desses ideias no período colonial e as tentativas anteriores, como a Inconfidência Mineira, bem como compreenda o peso e as transformações decorrentes da presença da família real portuguesa no Brasil (1808-1821) para que se dê conta da magnitude das forças que moviam esses revolucionários. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 
  • III.   O professor poderá trabalhar com a ideia de construção de um mito a partir da percepção de que Tiradentes foi escolhido como mártir e herói de um movimento de libertação do Brasil apenas no momento da Proclamação da República.

A iconografia e a exaltação em torno de Tiradentes, de fato, só se consolidaria no momento da Proclamação da República. Os primeiros governos republicanos queriam retirar da monarquia (1822-1889) o monopólio simbólico sobre o passado nacional; isto é, era necessário afirmar uma identidade brasileira que fosse anterior à Independência e existisse independentemente da realeza brasileira. A luta brasileira pela libertação, na visão dos republicanos, não poderia ser monopolizada pela figura de D. Pedro I e a sequência monárquica; era necessário transferir essa luta para a ideia de uma identidade nacional maior, formada no confronto direto contra o domínio colonial português. E a esquecida figura de Tiradentes, o único inconfidente mineiro condenado a morte, foi reativada nesse momento: o Brasil já lutava por sua libertação muito antes de 1822, mas a opressão portuguesa era terrível e assassinou um herói dessa identidade brasileira. Com novo e remoto herói, o Brasil podia pensar seu caminho para libertação como algo de seu povo cujos grandes representantes não estavam atados à monarquia. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 

Assim, são verdadeiras as afirmativas I, II e III.


Estão corretas as afirmativas:
a)  II, apenas.
b)  II III, apenas.
c)  II, apenas.
d)  III III.

  

Está correta a ALTERNATIVA D.

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