Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

A alternativa correta é letra B) Somente II é verdadeira.

Gabarito: ALTERNATIVA B

O Estado português moderno estabeleceu o sistema de sesmarias na América a partir do século XVI. Com base na bibliografia sobre o tema, analise as afirmativas abaixo e marque a opção correta.

• I. A instituição da sesmaria procurou atender àqueles que já tinham a posse da terra na colônia.

Ora, as sesmarias foram criadas para estimular a ocupação efetiva do território com investimentos pesados na primeira metade do século XVI. Àquela altura, a ocupação territorial era extremamente rarefeita; ou seja, não faz sentido se pensar naqueles que já estavam instalados na América como sesmeiros. Alternativa errada.

• II. O Regimento dado pelo Rei D. João III ao primeiro governador geral determinou que a concessão de sesmarias nas margens dos rios deveria ser feita apenas a pessoas que possuíssem recursos para construir engenhos.

A legislação portuguesa sobre as sesmarias permaneceu confusa e contraditória até praticamente o século XVIII, havendo vários avanços e recuos legais no tratamento da prática. Certo é, no entanto, que, no século XVI, a construção de engenhos era uma prerrogativa exclusiva dos capitães-donatários, isto é, dos donos das capitanias hereditárias. Aos sesmeiros, a faculdade de construir engenhos era limitada à permissão concedida pelo donatário e ao pagamento de pesadas taxas ao senhor da capitania. Além disso, as finalidades da distribuição de sesmarias variavam muito de caso a caso, e nem mesmo as exigências sobre o desenvolvimento da colonização foram sempre adequadamente cobrados pelas autoridades coloniais. Alternativa falsa.

• III. A concessão de sesmaria não podia ser revogada, independente do aproveitamento das terras pelos sesmeiros.

O regime de sesmarias foi sobreposto às capitanias hereditárias para que se viabilizasse uma defesa e ocupação mais efetiva do território. Dentro desse regime, o capitão-donatário (a quem cabia a capitania hereditária) tinha a capacidade de doar unilateralmente terras virgens para os sesmeiros em nome do projeto de colonização. Esperava-se que estabilização da situação fundiária em unidades menores que as capitanias impusesse uma nova dinâmica à vida colonial, facilitando a empresa colonialista já que todos os sesmeiros tanto responderiam à autoridade do capitão-donatário quanto trabalhariam em nome da exploração, ocupação e defesa das suas sesmarias. No entanto, não foi feita legalmente nenhuma exigência em contrapartida da doação; isto é, as terras doadas permaneceram improdutivas ao mesmo tempo em que se criava um novo estamento social com os sesmeiros, que acumulavam poderes e capacidade de influência sobre a vida colonial. Formalmente, persistia a capacidade de revogação das sesmarias, e isso seria usado intensamente no século XVIII, quando a reorganização do Estado português pressionará a colônia por um uso mais efetivo do território. Afirmativa falsa.

Assim, na nossa avaliação, não há nenhuma afirmativa verdadeira.

a)  Somente I é verdadeira.

b)  Somente II é verdadeira.

c)  Somente III é verdadeira.

d)  Somente I e II são verdadeiras.

e)  Somente I e III são verdadeiras.

Portanto, faria melhor a banca se optasse pela ANULAÇÃO da questão.

A alternativa correta é letra E) era amplamente utilizada, no período Pré-Colonial, no corte do pau-brasil, através do escambo.

Gabarito: ALTERNATIVA E

Sobre a utilização da mão de obra indígena no Brasil, é correto afirmar que

• a)  foi numericamente expressiva nas minas de ouro, em razão de sua abundância.

As principais regiões mineradoras, concentradas sobretudo em Minas Gerais, eram abastecidas com mão de obra escrava africana. Lembre-se o estudante de que o comércio negreiro era muito caro e apenas as principais atividades econômicas dispunham de capitais para a compra de escravos - e era este o caso da mineração. Alternativa errada.

• b)  não foi utilizada, em razão da facilidade que o gentio tinha de esconder-se nas matas.

Como fica claro no enunciado, a mão de obra escrava indígena foi, sim, utilizada, mas com grandes dificuldades. Além de não estar integrado na lógica produtivista do colonizador, o indígena tinha todas as facilidades para organizar fugas e levantes contra os senhores, uma vez que dominavam sobremaneira o território e tinham suas formas de organização mantidas até certo ponto. Além disso, ainda que os escravos africanos tenham protagonizado a formação de mão de obra nas áreas centrais, as periferias do sistema colonial foram dominadas pela mão de obra indígena. Lembre-se o estudante que era permitida a escravização de indígenas hostis à presença portuguesa ou à fé cristã. Alternativa errada.

• c)  era utilizada apenas nas casas dos senhores de engenho, como mão-de-obra doméstica.

A mão de obra doméstica também, nas regiões açucareiras, era composta por mão de obra escrava africana. Alternativa errada.

• d)  foi utilizada apenas no plantio da cana de açúcar, pois conheciam muitas técnicas agrícolas. 

Em primeiro lugar, a cana de açúcar era uma espécie estranha na América, não fazendo sentido, portanto, esperar-se que os indígenas dominassem o seu cultivo. No século XVI, estava sendo estruturada a produção açucareira no Nordeste brasileiro. Naquele momento, os preços internacionais do açúcar estavam em franca ascensão, o que aumentava a pressão sobre a expansão da produção nos moldes da plantation na América portuguesa. O primeiro modelo preconizava a escravização de indígenas, mas havia importantes dificuldades na organização dessa mão de obra: os indígenas estavam em seu próprio território e tinham seus laços identitários mantidos, o que facilitava as rebeliões e as fugas em massa contra o trabalho compulsório. Foi apenas com a falência da tentativa de escravização indígena nas lavouras açucareiras que se tentaria a escravização de africanos, esta sim extremamente lucrativa e bem sucedida. Alternativa errada.

• e)  era amplamente utilizada, no período Pré-Colonial, no corte do pau-brasil, através do escambo.

O extrativismo vegetal foi em grande medida realizado por mão de obra indígena. No caso do pau-brasil, as formas de escambo conseguiam atrair trabalhadores indígenas para a atividade extrativista. Mas, conforme aponta a alternativa, isso foi uma fase anterior ao desenvolvimento da colonização efetiva do território. ALTERNATIVA CORRETA.

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA E.

A alternativa correta é letra C) concorrência do açúcar das Antilhas.

Gabarito: ALTERNATIVA C

• a)  mineração.

Ora, a mineração se deu, basicamente, em Minas Gerais, que não era uma região açucareira. Ou seja, o aumento da produção aurífera em nada ofendia à lavoura do açúcar e à sua produção de uma maneira geral. Ainda que o protagonismo econômico tenha se deslocado por algumas décadas do século XVIII para a mineração, isso não significa dizer que tenha ocorrido um enfraquecimento da agricultura nordestina, baseada na plantation da cana de açúcar. Alternativa errada.

• b)  elevação do preço do café.

No século XVIII, praticamente não existia cultivo cafeeiro no Brasil. Ou seja, não faz sentido relacionar as duas coisas num recorte do século XVIII. Além disso, o café prosperaria no Sudeste, não afetando a agricultura nordestina. Alternativa errada.

• c)  concorrência do açúcar das Antilhas.

É essencial que o estudante entenda que, desde o final do século XVI, o açúcar era a principal atividade econômica do Nordeste colonial, principalmente a partir de Pernambuco. Praticamente monopolizando o mercado internacional do século XVII, a produção açucareira nordestina entraria em crise no século XVIII por conta do aumento da concorrência internacional. Ao serem expulsos de Pernambuco, os holandeses conseguiriam se estabelecer nas Antilhas, onde lançariam lavouras açucareiras de grande produtividade. Com um açúcar de melhor qualidade e com custos de produção mais baixos, a produção das Antilhas derrubaram os preços do produto nos principais mercados, inviabilizando a concorrência do produto brasileiro. Seria este o início decisivo do declínio da produção açucareira brasileira, tendência que se confirmaria no século XIX. ALTERNATIVA CORRETA.

• d)  industrialização dos canaviais paulistas.

Ora, a industrialização da lavoura é fenômeno muito posterior ao século XVIII, não fazendo sentido correlacionar esse fenômeno com o período em tela. Além disso, o plantio de cana de açúcar em São Paulo só ocorreria no século XX. Alternativa errada.

• e)  produção de gado nas regiões açucareiras.

Havia clara distinção entre a agricultura e a pecuária no período colonial. Lembre-se o estudante de que, com o sucesso da lavoura açucareira, os rebanhos foram empurrados para o interior do continente. Afinal, os animais poderiam arruinar as plantações, sendo necessário criar um espaço de isolamento entre as duas práticas para resguardar a plantation. Ou seja, não eram atividades concorrentes, mas sim complementares, uma vez que a produção de carne era dedicada ao mercado interno, sustentando, juntamente com a agricultura de subsistência, as zonas agroexportadoras. Alternativa errada.

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito: Certa

No início da colonização, a criação de animais se desenvolveu próximo à área do plantio de cana-de-açúcar. Com o tempo, o gado, os ovinos, equinos e muares passaram a se deslocar para o sertão adentro em função da procura por pastagens e por determinação régia que proibiu a atividade pecuária em locais de plantio de cana.

A pecuária oferecia a força motriz dos engenhos, transporte, alimento e couro, usado na confecção de roupas, calçados, móveis e outros utensílios tanto para os moradores dos engenhos como para as populações das vilas.

A criação extensiva do gado, solto nas terras, requeria sempre novas pastagens, o que favoreceu seu avanço pelo sertão. Já no século XVII, a atividade dos vaqueiros alcançava as capitanias do Ceará e Maranhão, ao norte, e as margens do rio São Francisco, ao sul, regiões onde surgiram importantes fazendas de gado, chamadas currais.

Referências:

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 1995.

VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil,volume 2. São Paulo: Scipione, 2013.

A alternativa correta é letra E) a exploração das drogas do sertão ao longo do vale amazônico tanto por jesuítas, preocupados também com a catequização dos indígenas, quanto por colonos.

Gabarito: Letra E

A questão traz três imagens que apresentam as drogas do sertão.

Essas “especiarias brasileiras” tinham alto valor na Europa e na África, podendo proporcionar grandes lucros a quem as comercializasse.

A ocupação da região amazônica se deu com a fundação de fortes ao longo dos principais rios e também pelas instalações de aldeamentos indígenas feitas por missionários carmelitas, franciscanos e jesuítas que pretendiam catequizar as diversas tribos que existiam nessa localidade.

Ao entrar em contato com os povos indígenas, os religiosos perceberam que eles eram profundos conhecedores da fauna e flora locais, usando-as para alimento, perfumaria e medicina.

Assim, ao mesmo tempo em que travavam contato com os indígenas com o objetivo de convertê-los à tradição cristã, também usavam a mão de obra indígena para extrair as drogas do sertão.

Isso atraiu outros colonos que também buscavam lucrar com as drogas do sertão e com a escravização de indígenas.

Logo surgem conflitos entre os missionários e esses colonos pelo lucro e mão de obra.

Por que as demais estão incorretas?

Letra A: Essa alternativa já remete a um período posterior, quando o Marquês de Pombal era ministro português e decidido a dinamizar o comércio na região criou a Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão.

Letra B: As drogas do sertão eram produtos originários do norte e do nordeste do Brasil e não do sul. Além disso, a posse de algumas terras que estavam sob domínio espanhol só passaram a ser de Portugal após os diversos tratados de limites e fronteiras em função das guerras entre as duas metrópoles.

Letra C: Os vaqueiros e pecuaristas não buscavam as drogas do sertão. Quando fizeram o movimento de interiorizar o Nordeste foi devido à proibição de criar gado no litoral, feita pela Coroa. Assim foi preciso se deslocar para o sertão em busca de pastagem.

Letra D: Os bandeirantes buscavam ouro e pedras preciosas que valiam mais do que as drogas do sertão.

Resposta baseada na fonte:

AZEVEDO, Gislane Campos e SERIACOPI, Reinaldo. História: volume único. São Paulo: Ática, 2005.

A alternativa correta é letra C) Aumentar o controle português sobre as áreas mineradoras.

Gabarito: Letra C

A transferência da capital de Salvador para a cidade do Rio de Janeiro em 1763 está inserida no contexto do período da mineração no Brasil.

O minério de ouro foi descoberto na região de Minas Gerais em fins do século XVII e início do século XVIII. Progressivamente essa área mineradora foi crescendo em população e na economia,tornando-se uma região muito rica.

O desenvolvimento de um novo eixo econômico, deslocando as atividades principais da costa do Nordeste para o Centro-Sul resultou na determinação de transferir a capital para o Rio de Janeiro, bem próximo à área mineradora e de onde a Coroa portuguesa através de autoridades administrativas poderia fiscalizar de perto a mineração.

Por que as demais estão incorretas?

Letra A: Evitar os ataques de piratas que havia em Salvador.

Como vimos, a transferência da capital se deu por motivos econômicos.

Letra B:  Aproximar a administração colonial da metrópole portuguesa.

A transferência visava aproximar a Coroa Portuguesa do controle e fiscalização das minas.

Letra D:  Diminuir a insegurança gerada pelos índios tamoios.

A transferência nada teve a ver com conflitos contra indígenas.

Letra E:  Combater revoltas anticoloniais eclodidas no Rio de Janeiro.

As revoltas anticoloniais ocorreram em locais afastados do Rio de Janeiro como em Minas Gerais em 1789 e em Salvador no ano de 1798.

A alternativa correta é letra B) Somente II é correta.

Gabarito: ALTERNATIVA B

Tomando como ponto de partida o texto “O Sentido da Colonização“, de Caio Prado Júnior (em Formação do Brasil Contemporâneo), analise as afirmativas abaixo e marque a opção correta.

• I. Diferentemente da Espanha, Portugal inicia, logo após os primeiros contatos com os povos indígenas, a efetiva colonização das terras “descobertas”.

A afirmativa contém um erro bastante básico. O sentido da colonização portuguesa nas primeiras três décadas após o descobrimento foi o de estabelecer pequenas feitorias baseadas no extrativismo vegetal, principalmente do pau brasil. Com as rotas comerciais com as Índias gerando grandes lucros, os portugueses não viam nas terras americanas possibilidades imediatas de colonização, afinal, não havia reservas significativas de metais nobres nas primeiras regiões ocupadas. Consequentemente, retardou-se o processo de colonização, que só seria iniciado de forma mais sistemática na década de 1530, quando seriam estabelecidas as capitanias hereditárias. Afirmativa falsa.

• II. Para Caio Prado Jr, a idéia de povoar as novas terras derivou da necessidade de tornar produtivas as feitorias, capacitando-as a fornecer gêneros para os fins mercantis.

O extrativismo vegetal, ainda que lucrativo, estava longe de ser uma atividade comercial que de fato viabilizasse as feitorias e a colonização. E isso gerava um problema fundamental: as terras portuguesas na América estavam expostas a ataques estrangeiros, como já vinha ocorrendo com as incursões francesas e as atividades corsárias no Atlântico. O desenvolvimento de alguma atividade econômica na colônia estava intimamente ligado com o povoamento efetivo do território, transformando decisivamente a conformação colonial. O modelo de monocultura agroexportadora se mostrou viável ainda em meados do século XVI, colocando a plantation como o grande modelo produtivo da América portuguesa. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

• III. No contexto colonial, os metais, mesmo sendo os maiores atrativos para os colonizadores, ocuparam uma posição de pouca relevância nos dois primeiros séculos coloniais.

Já na carta de Pero Vaz de Caminha (1500), o colonialismo português demonstra importante preocupação com a existência ou não de metais preciosos nas novas terras. As conquistas espanholas nos Andes e na América Central animavam um imaginário colonizador em torno das possibilidades de grandes conquistas de ouro e prata no Novo Mundo. No entanto, a América portuguesa só viveria seu ciclo aurífero no século XVIII, sendo as primeiras descobertas de ouro de aluvião e de pedras preciosas em quantidade relevante apenas do final do século XVII. Ou seja, durante os dois primeiros séculos de ocupação territorial, a monocultura agroexportadora e o extrativismo vegetal foram as principais atividades da América portuguesa - além, claro, do tráfico negreiro. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

Assim, são verdadeiras as afirmativas II e III.

a)  Somente I é correta.

b)  Somente II é correta.

c)  Somente III é correta.

d)  Somente I e II são corretas.

e)  Somente II e III são corretas.

Como pode notar o estudante, a douta banca se equivocou ao elaborar o gabarito para a questão. É ponto pacífico na historiografia que a busca por metais preciosos fosse, sim, um vetor importante na colonização, bem como que a mineração só seria uma atividade relevante no século XVIII. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA E.

Nosso gabarito: ALTERNATIVA E

Gabarito da banca: ALTERNATIVA B

A alternativa correta é letra C) Somente III é correta.

Gabarito: ALTERNATIVA C

No contexto colonial, a escravidão indígena foi limitada por diversos fatores. Sobre o tema, analise as afirmativas abaixo e marque a opção correta.

• I. Entre os fatores limitadores da escravidão indígena, não está presente qualquer posição da Coroa Portuguesa.

Na segunda metade do século XVI, a presença jesuíta na América portuguesa já era uma realidade estabelecida e a obra de catequização indígena estava em pleno vigor. No entanto, as incursões dos colonos para captura indígenas para o trabalho compulsório colocavam em risco as reduções jesuítas; afinal, aldeavam grandes quantidades de nativos. A obra de evangelização, portanto, estava em risco, bem como os clérigos estavam expostos ao risco nessas incursões de captura, o que levou a Igreja a pressionar Portugal pela proibição da escravização de indígenas. Em 1570, D. Sebastião, rei de Portugal, proibiu a escravização de indígenas convertidos, limitando a ação àqueles que se recusassem à ação de evangelização. Afirmativa falsa.

• II. Os índios que de fato reagiram à escravidão foram aqueles que habitavam as regiões mais distanciadas do litoral.

A afirmativa parece fazer referência à facilidade de contato que os portugueses tiveram com as nações do tronco Tupi, que ocupavam o litoral numa faixa entre São Vicente e o Recôncavo Baiano. Já as nações do tronco Jé habitavam o interior do continente e alguns pontos da costa e resistiram a qualquer acordo com os portugueses. Ainda que a escravização tenha enfrentado reações por todas as nações, a posição dos indígenas Jé dificultava ainda mais o processo de apresamento, uma vez que seus prisioneiros de guerra não eram entregues aos portugueses como escravos. Num certo sentido, portanto, podemos, sim, pensar que os indígenas do litoral, os Tupi, impuseram menos dificuldades para o processo de colonização. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

• III. Um dos fatores que desencadearam a expulsão dos jesuítas da América Portuguesa no século XVIII foi a sua resistência ao uso da mão-de-obra indígena pelos colonos.

A afirmativa trata de um período marcado pelas chamadas reformas pombalinas, quando o Marquês de Pombal, com grande ascendência sobre a Coroa portuguesa, conseguiu modernizar o Estado português com medidas de centralização do poder e de fortalecimento do Estado. Na América portuguesa, os jesuítas foram considerados um risco para o seu processo de fortalecimento do poder central, uma vez que suas reduções pelo território impediam a presença de autoridades coloniais e desempenhavam importante pressão sobre o cotidiano das capitanias. Por isso, em meados do século XVIII, os jesuítas seriam expulsos da região por Pombal, o que permitiria uma reorganização das relações de força na colônia com franca vantagem para o poder central. Além disso, àquela altura, o centro do trabalho compulsório estava em torno da escravização de africanos, que gerava um lucrativo comércio atlântico. Afirmativa falsa.

Assim, é verdadeira apenas a afirmativa II.

a)  Somente I é correta.

b)  Somente II é correta.

c)  Somente III é correta.

d)  Somente I e II são corretas.

e)  Somente II e III são corretas.

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA B.

Nosso gabarito: ALTERNATIVA B

Gabarito da banca: ALTERNATIVA C