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Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

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1001) No processo de colonização do Brasil, considerações políticas levaram a Coroa Portuguesa à convicção de que era necessário colonizar a nova terra, sendo que a expedição de Martin Afonso de Souza foi um marco dessa nova diretriz.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito: CORRETO

  

No processo de colonização do Brasil, considerações políticas levaram a Coroa Portuguesa à convicção de que era necessário colonizar a nova terra, sendo que a expedição de Martin Afonso de Souza foi um marco dessa nova diretriz.


Boris Fausto. Histórica Concisa do Brasil. São Paulo: Editora Edusp, 2012, p.18.


A respeito desse período e da referida política, julgue o item seguinte.

 
  • A revolução Pernambucana de 1817 se explica, em parte, como uma reação ao centralismo da Coroa, não mais em Lisboa, mas no Rio De Janeiro. Isso ampliou desigualdades regionais e aumentou o descontentamento da elite e de parte da população nordestina com os privilégios dados aos portugueses.

A Revolução Pernambucana (1817) se deu no contexto das grandes transformações do Período Joanino (1808-1821). Com a transferência da família real para o Brasil, instalando a corte no Rio de Janeiro, houve uma importante expansão dos impostos sobre a colônia, que passava a ter de sustentar praticamente sozinha a monarquia portuguesa e as campanhas militares no Prata. Ao mesmo tempo, a reestruturação administrativa e militar da vida colonial implicou num franco favorecimento da nobreza portuguesa sobre a elite colonial, colocando portugueses em postos de comando em toda a colônia, principalmente nas Forças Armadas - desprestigiando as elites locais.

 

Desprestigiados e tendo de pagar mais impostos, os principais nomes da vida colonial em Pernambuco começaram a organizar uma onda de insurreições para proclamar uma república na região, o que contava com o apoio de diversos grupos como latifundiários, clérigos, magistrados, profissionais liberais e estudantes. O clima geral de insatisfação facilitou o alastramento da revolta em direção ao sertão, acionando as elites de Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba a favor das ideias dos pernambucanos. Ainda que cada grupo tivesse suas motivações muito próprias, há de se destacar que as questões eram, no máximo, regionais, não se tratando de um levante para libertar até o Rio de Janeiro, mas sim de um união de elites e de pessoas proeminentes da vida nordestina em favor de um rompimento contra o poder central. Portanto, item CORRETO.

1002) Sobre a Inconfidência Mineira, considere as seguintes proposições:

  • A) somente I, II e IV.

  • B) somente II, III e IV.

  • C) somente I, II e III.

  • D) somente III e IV.

  • E) I, II, III e IV.

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Resposta

A alternativa correta é letra D) somente III e IV.

Explicação

A Inconfidência Mineira foi um movimento que ocorreu em 1789, em Minas Gerais, durante o período colonial brasileiro. As proposições apresentadas devem ser analisadas cuidadosamente:

  • I. O movimento não possuía uma grande frota fortemente armada. Os inconfidentes não tinham uma estrutura militar organizada.
  • II. A Inconfidência Mineira não foi um movimento intelectual que contrapôs a ideia de valorizar o indivíduo à mentalidade coletivista. O movimento foi mais uma reação contra a exploração colonial e a opressão fiscal.
  • III. É correto afirmar que a Inconfidência Mineira não foi uma revolta de caráter popular. O movimento foi liderado por uma elite de intelectuais e proprietários de terras.
  • IV. É correto afirmar que a Inconfidência Mineira não tinha como finalidade acabar com a exploração social interna, que atingia a maioria da população. O movimento visava mais à independência política e à redução da carga fiscal.

Portanto, as proposições III e IV são as únicas corretas.

1003) O Brasil foi colonizado por Portugal a partir de 1500, mas a efetiva exploração do território não começou no mesmo ano. Inicialmente, os portugueses apenas extraíam das terras brasileiras o pau-brasil que era trocado com os indígenas. Na falta de metais preciosos, que demoraram ser encontrados, esse tipo de relação de troca, chamada escambo, permaneceu por algumas décadas. A postura dos portugueses em relação ao Brasil só se alterou quando a ameaça de perder a nova terra e seus benefícios para outras nacionalidades aumentou. A exploração excessiva que era feita pela metrópole portuguesa teve seus reflexos de descontentamento a partir do final do século XVII. Neste, ocorreu apenas um movimento de revolta, mas foi ao longo do século XVIII que os casos se multiplicaram. Entre todos esses movimentos, podem-se distinguir duas orientações nas revoltas: a de tipo nativista e a de tipo separatista. As revoltas que se encaixam no primeiro modelo são caracterizadas por conflitos ocorridos entre os colonos ou defesa de interesses de membros da elite colonial. Somente as revoltas do tipo separatista é que pregavam uma independência em relação a Portugal. Pode ser apontada como uma revolta separatista:

  • A) Guerra dos Emboabas.
  • B) Guerra dos Mascates.
  • C) Revolta de Filipe dos Santos.
  • D) Conjuração Baiana.
  • E) Revolta de Beckman.

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A alternativa correta é letra D) Conjuração Baiana.

A Conjuração Baiana foi um movimento separatista que ocorreu em 1798, na Bahia, e teve como objetivo a independência do Brasil em relação a Portugal. Já as outras opções não se enquadram como revoltas separatistas:

  • A Guerra dos Emboabas foi um conflito entre paulistas e emboabas, que disputavam o controle das minas de ouro em São Paulo.
  • A Guerra dos Mascates foi um conflito entre os mascates (comerciantes) e os senhores de engenho em Pernambuco.
  • A Revolta de Filipe dos Santos foi uma revolta de caráter nativista, que ocorreu em 1720, em Vila Rica (atual Ouro Preto), e foi motivada pela defesa dos interesses dos colonos.
  • A Revolta de Beckman foi uma revolta de caráter nativista, que ocorreu em 1684, no Maranhão, e foi motivada pela defesa dos interesses dos colonos.

1004) A respeito da Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil Colônia em 1789, pode ser afirmado com correção que

  • A) a extinção da escravidão no Brasil era defendida pelo movimento inconfidente.
  • B) entre os projetos dos inconfidentes estava o fechamento dos engenhos e minas.
  • C) a coroa portuguesa propôs a anistia de todos os revoltosos e o perdão das dívidas em troca da rendição incondicional dos inconfidentes.
  • D) a rebelião foi desencadeada em um contexto marcado pela diminuição da produção aurífera e o aumento da cobrança de impostos.
  • E) as lideranças do movimento defendiam a extinção da propriedade privada.

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A alternativa correta é letra D) a rebelião foi desencadeada em um contexto marcado pela diminuição da produção aurífera e o aumento da cobrança de impostos.

Gabarito: ALTERNATIVA D

 

 

A respeito da Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil Colônia em 1789, pode ser afirmado com correção que

  • a)  a extinção da escravidão no Brasil era defendida pelo movimento inconfidente.

A posição dos inconfidentes acerca da escravidão não era clara e tampouco uníssona. Entre os conspiradores, havia, sim, senhores de escravo interessados na manutenção da escravidão. Lembre-se o estudante que o empreendimento da mineração no século XVIII era profundamente associado à mão de obra escrava e que foi nesse caldo de cultura que ocorreu a Inconfidência Mineira. Alternativa errada.

 

  • b)  entre os projetos dos inconfidentes estava o fechamento dos engenhos e minas.

A alternativa é bastante descabida: a sociedade em que a Inconfidência Mineira foi gestada surgiu inteiramente ao redor das minas. A principal atividade econômica e o principal sustento daquelas cidades estavam direta ou indiretamente ligados à mineração. Ou seja, era completamente impensável se falar no fechamento das minas. Além disso, os inconfidentes estavam concentrados na emancipação da capitania das Minas Gerais, na qual o peso dos engenhos era muito menos expressivo do que nas capitanias do Nordeste. Alternativa errada.

 

  • c)  a coroa portuguesa propôs a anistia de todos os revoltosos e o perdão das dívidas em troca da rendição incondicional dos inconfidentes.

A Inconfidência Mineira foi debelada pelas autoridades coloniais antes mesmo que qualquer ato fosse deflagrado realmente. A traição de Joaquim Silvério dos Reis entregou os inconfidentes de maneira que pudessem ser presos antes do início de qualquer movimentação efetiva. Ou seja, não faz sentido falar em "rendição incondicional dos inconfidentes", já que foram todos capturados. Além disso, não houve nenhuma oferta de anistia geral aos inconfidentes, sendo Tiradentes o único a receber a pena capital. Alternativa errada.

 

  • d)  a rebelião foi desencadeada em um contexto marcado pela diminuição da produção aurífera e o aumento da cobrança de impostos.

O movimento mineiro reunia a elite intelectual e econômica de Vila Rica, principal cidade de Minas Gerais, numa conspiração para deflagrar a independência da capitania mineira frente ao domínio português. Entre as principais causas da revolta estava a cobrança de pesados impostos sobre a mineração, mesmo com o grave declínio da atividade mineradora no último quarto do século XVIII. À época, Portugal cobrava, em impostos, tanto a quinta parte de toda produção aurífera na colônia quanto estabelecia que anualmente a capitania deveria pagar uma quantia fixa em impostos (a chamada "Derrama"). Acossados pelos impostos em tempos de declínio, os principais membros da sociedade colonial ligada à mineração planejaram uma revolução para libertar apenas a capitania de Minas Gerais (e não toda a colônia) frente a Portugal, fundando uma república na América. ALTERNATIVA CORRETA.

 

  • e)  as lideranças do movimento defendiam a extinção da propriedade privada.

Como explicado acima, os líderes do movimento compunham a elite econômica e intelectual da sociedade mineira. Ou seja, não tinham o menor interesse na abolição da propriedade privada. Pretendiam, sim, a formação de uma república nos moldes liberais propostos pelos Estados Unidos. Ou seja, a propriedade privada e a livre iniciativa compunham a base dessa sociedade. Alternativa errada.

 

 

Por fim, note o estudante que a simples reflexão sobre quem eram os revoltosos nos ajudava a eliminar praticamente todas as alternativas erradas. Entender que eram da elite mineira logo implicaria no reconhecimento dos seu interesses mais imediatos. Assim, está correta a ALTERNATIVA D.

1005) As Guerras Guaraníticas foram um desdobramento trágico das disputas ibéricas pelo controle da Bacia do Rio da Prata e do intenso tráfico comercial local. Esse conflito, que colocou índios e , jesuítas contra portugueses e espanhóis pela disputa da localidade conhecida como Sete Povos das “‘ Missões, foi originado pelas determinações do seguinte Tratado de Fronteiras:

  • A) Madri (1750).
  • B) Utrecht (1715).
  • C) Badajós (1801).
  • D) Rio Pardo (1761).
  • E) Petrópolis (1903).

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A alternativa correta é letra A) Madri (1750).

Gabarito: ALTERNATIVA A

   

    O Tratado de Madri (1750) foi firmado após o fim da União das Coroas Ibéricas (1580-1640), quando Portugal voltou a ser um Estado independente frente a Espanha e retomou o controle sobre suas colônias pelo mundo. Com o restabelecimento das soberanias ibéricas, era necessário reorganizar as fronteiras entre as colônias na América já que, durante a União, o Tratado de Tordesilhas ficara esvaziado de conteúdo e os movimentos de colonização agiram de maneira mais livre. O Tratado de Madri, portanto, estabeleceu as linhas gerais da separação definitiva entre a América portuguesa e a espanhola. Nesse sentido, uma das principais preocupações espanholas era afastar Portugal do ponto estratégico do estuário do Rio da Prata, já que era o ponto de entrada para o interior dos seus vice-reinados na América do Sul e ponto nevrálgico para o escoamento de carregamentos de metais nobres. Por sua vez, Portugal insistia no reconhecimento e na legitimação de seus avanços coloniais para o interior do continente, defendendo a tese do uti possidetis, segundo a qual os territórios já ocupados deveriam ser reconhecidos como posse formal. Com os conhecimentos cartográficos da época, a negociação se desenvolveu sob crença de que o Rio Paraguai e o Rio Amazonas tinham um ponto de confluência do interior e Portugal conseguiu que fosse reconhecida sua soberania sobre todo o território compreendido entre os dois rios. Como moeda de barganha, os portugueses entregaram aos espanhóis a soberania sobre a colônia de Sacramento (grosso modo, o atual Uruguai), afastando-se do Prata, mas garantindo a posse sobre o território do atual Mato Grosso e da Amazônia. Ao alterar as divisões da região dos Sete Povos das Missões, o Tratado de Madri acionou as tribos Guarani aldeadas na região numa campanha de resistência contra as tropas espanholas e portuguesas. Entre 1753 e 1754, esses choques ficariam marcados como as Guerras Guaraníticas. Observemos, então, as alternativas propostas.

     

    a) Madri (1750). b)  Utrecht (1715). c)  Badajós (1801). d)  Rio Pardo (1761). e)  Petrópolis (1903).

     

    Por fim, cumpre esclarecer que o Tratado de Utrecht reorganizou as fronteiras Norte da América portuguesa; enquanto Bajós e Rio Pardo aprofundavam as discussões sobre os termos em volta do Tratado de Madri. E que o Tratado de Petrópolis consagrou a compra do Acre pelo Brasil junto ao governo boliviano. Assim, está correta a ALTERNATIVA A.

    1006) As últimas décadas do século XVIII foram marcadas por acontecimentos internacionais com reflexos no Brasil. A conjuntura econômica e política agravava a situação do lado de cá do Atlântico, pois tinha início a passagem de um regime de monopólios para o de livre concorrência. A crise do sistema colonial foi explorada por três conspirações capazes de revelar a influência dos ideais de liberdade disseminados pela Revolução Francesa, e a ideia de que uma eventual independência da América portuguesa tomava forma.

    • A) Certo
    • B) Errado
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    A alternativa correta é letra B) Errado

    Gabarito: ERRADO

     

    Tendo o texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) o item seguinte, considerando o processo de independência do Brasil.

    • Enquanto as ideias iluministas, que fundamentaram a Revolução Francesa em 1789, chegavam ao Brasil e incendiavam os movimentos pela independência, que se multiplicavam pela colônia, a independência das treze colônias inglesas da América do Norte foi ignorada tanto nas colônias hispânicas quanto no Brasil.

    Neste item, o avaliador deu algumas oportunidades para que o candidato pudesse acertar, analisemo-las. Primeiro, foi explorada uma falácia muito comum em manuais, que pretendem isolar o Iluminismo à experiência político-intelectual francesa, ignorando a força de pensadores como Adam Smith, David Hume e Immanuel Kant. O universo iluminista atraiu atenções muito além da Revolução Francesa, apesar de essa ter sido, de fato, uma de suas expressões mais extremadas. Portanto, é equivocado tratar a Independência do Estados Unidos como um fenômeno a parte do pensamento iluminista, uma vez que os "pais fundadores" americanos estavam em franco diálogo com a filosofia política do século XVIII, adotando noções como: a tripartição dos poderes (Montesquieu), o direito à revolta contra um regime tirano (J. Locke), o livre mercado e a livre iniciativa (A. Smith) e a importância das liberdades individuais (D. Hume e B. Constant). Não se pode esquecer ainda que Benjamin Franklin, um dos líderes da independência americana, foi um dos mais proeminentes pensadores iluministas na América. Ou seja, o item já estaria errado por divorciar a independência das treze colônias e o Iluminismo.

    Segundo, seria muito duvidoso falar de uma multiplicação de movimentos independentistas na América portuguesa do século XVIII. Os dois principais fenômenos desse gênero no período foram a Conjuração Baiana (1798-1799) e a Inconfidência Mineira (1789), sendo a última debelada antes mesmo do seu início. Ainda que tenham sido movimentos importantes e realmente influenciados pelo Iluminismo, não se pode dizer que qualquer um deles tenha de fato posto em risco o domínio português sobre a colônia. Nessa mesma esteira, é necessário relativizar a adesão ao Iluminismo dos levantes na América hispânica e no Brasil: ainda que houvesse, sim, um influência explícita, não se pode supor que todos esses movimentos desenvolviam as mesmas pautas, tampouco que convergiam para um ponto único. Enquanto a Revolução Haitiana (1791-1804) levantava a bandeira da igualdade para acabar com a escravidão e depor a administração colonial, a Inconfidência Mineira era liderada por membros da elite local, incluindo senhores de escravos, mais preocupados com a independência das Minas Gerais e muito distante de qualquer posição clara sobre a igualdade entre os homens. Ainda nesse âmbito, a experiência americana fez ascender uma nova direção para as demais colônias do continente, já que provava ser viável a conversão de antigos súditos de coroas europeias em cidadãos de legítimas repúblicas americanas. Portanto, colocar todos esses fenômenos como iguais e negar o peso do simbolismo da república norte-americana sobre as experiências coloniais do final do século XVIII na América também são erros bastante importantes.

    Por fim, destaque-se que o item incorre num erro cronológico bastante claro ao relacionar a Inconfidência Mineira à Revolução Francesa. Os acontecimentos brasileiros se concentraram no primeiro trimestre de 1789, enquanto a Queda da Bastilha, símbolo maior e inconteste do triunfo revolucionário francês, só ocorreria em 14 de julho de 1789. Portanto, é cronologicamente impossível que os inconfidentes tenham recebido influência do triunfo dos cidadãos franceses sobre o absolutismo; no entanto, é importante destacar que a experiência francesa seria de grande influência sobre a Conjuração Baiana (1798). Portanto, o item está ERRADO.

    1007) Dez escravos foram presos e incluídos na devassa realizada pelo desembargador do Tribunal da Relação da Bahia, Francisco Sabino Alvares da Costa Pinto […]. Mas a questão não é a quantidade; a questão é que eram escravos.

    • A)  à Inconfidência Baiana.

    • B)  à Sabinada.

    • C)  ao Cangaço.

    • D)  ao movimento de Canudos.

    • E)  à Revolta Tenentista.

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    A alternativa correta é letra A)  à Inconfidência Baiana.

    Gabarito: Letra A

     

    (à Inconfidência Baiana.)

      

    O trecho da questão faz referência a um movimento ocorrido em fins do século XVIII na Bahia e ficou conhecido como Inconfidência/Conjuração Baiana.

     

    A Conjuração Baiana foi um movimento popular que contou com a participação de padres, profissionais liberais (como médicos e advogados), alguns membros da elite intelectual e, sobretudo, pessoas dos grupos sociais mais pobres, como escravizados, negros livres, soldados de baixa patente e vários alfaiates.

     

    O contexto da eclosão da revolta liga-se a grave crise econômica, que empobreceu os habitantes da capitania e de Salvador e gerou protestos contra os tributos impostos pela metrópole. Esse clima favoreceu a propagação dos ideais iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade.

     

    Em 1798, um grupo de populares passou a organizar a revolta. Pregavam a proclamação de um governo republicano, democrático e livre de Portugal; o fim da escravidão e dos preconceitos contra negros e mulatos; a liberdade de comércio e o aumento dos salários dos soldados.

     

    No dia 12 de agosto de 1798, os organizadores da revolta espalharam cartazes pela cidade proclamando o início da rebelião. Entretanto, denunciados por traidores, os participantes acabaram presos. Os líderes foram condenados à morte por enforcamento e seus corpos foram esquartejados e espalhados pela cidade de Salvador.

     

    Dezenas de outras pessoas que apoiavam o movimento acabaram presas, mas sofreram penas menores, como prisão e degredo.

      

    Por que as demais estão incorretas?

      

    Letra B: à Sabinada.

     

    A Sabinada foi uma revolta ocorrida no período regencial, no século XIX, mas não contou com a participação de escravizados. Foi um movimento que reuniu funcionários públicos, artesãos, pequenos comerciantes, militares e soldados oficiais, além de africanos livres. Há uma discussão na historiografia se a Sabinada propunha o fim da escravidão ou não.

     

    Letra C: ao Cangaço.

     

    O trecho da questão menciona que escravos participaram do movimento. Quando o movimento conhecido como Cangaço começou a se formar, a escravidão já havia sido extinta no Brasil.

     

    Letra D: ao movimento de Canudos.

     

    Canudos foi um movimento social ocorrido na Bahia, no contexto do período republicano. Nessa época, a escravidão já havia sido extinta.

     

    Letra E: à Revolta Tenentista.

     

    Essa alternativa não menciona qual foi a Revolta Tenentista, uma vez que não houve uma revolta, mas uma série de levantes tenentistas na década de 1920. Além disso, o movimento tenentista ocorreu nas décadas de crise da república oligárquica, quando a escravidão já havia sido extinta.

      

    Referências:

     

    SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

     

    TAVARES, Luis Henrique Dias. Da Sedição de 1798 à Revolta de 1824 na Bahia. Salvador: EdUFBA; São Paulo: UNESP. 2003.

     

    VICENTINO, Cláudio e VICENTINO, José Bruno. Teláris história, 8º ano: ensino fundamental, anos finais. São Paulo: Ática, 2018.

    1008) A Revolução de 1817, também conhecida como Revolução Pernambucana, foi uma dentre diversas rebeliões populares que antecederam a Independência do Brasil. Dentre as opções abaixo mencionadas, assinale aquela que não corresponde a uma das causas que culminaram na deflagração desta Revolução:

    • A) Queda nos preços do açúcar e tabaco, enquanto importantes produtos de exportação de Pernambuco à época;
    • B) Grande seca que atingiu a região em 1816 acentuando a fome e a miséria, circunstância esta que culminou com uma queda na produção do açúcar e do algodão, que sustentavam a economia de Pernambuco;
    • C) Criação de novos impostos por Dom João VI provocando a insatisfação da população pernambucana;
    • D) A crescente pressão dos abolicionistas europeus, cujas ideias pregavam restrições gradativas ao tráfico de escravos, que se tornavam mão de obra cada vez mais cara, já que a escravidão era o motor de toda a economia agrária pernambucana;
    • E) Presença maciça de portugueses na liderança do governo e na administração pública.

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    A alternativa correta é letra A) Queda nos preços do açúcar e tabaco, enquanto importantes produtos de exportação de Pernambuco à época;

    A Revolução de 1817, também conhecida como Revolução Pernambucana, foi uma dentre diversas rebeliões populares que antecederam a Independência do Brasil. As causas que culminaram na deflagração desta Revolução incluem:

    • B) Grande seca que atingiu a região em 1816, acentuando a fome e a miséria, circunstância esta que culminou com uma queda na produção do açúcar e do algodão, que sustentavam a economia de Pernambuco;
    • C) Criação de novos impostos por Dom João VI, provocando a insatisfação da população pernambucana;
    • D) A crescente pressão dos abolicionistas europeus, cujas ideias pregavam restrições gradativas ao tráfico de escravos, que se tornavam mão de obra cada vez mais cara, já que a escravidão era o motor de toda a economia agrária pernambucana;
    • E) Presença maciça de portugueses na liderança do governo e na administração pública.

    Já a alternativa A) não é uma causa da Revolução de 1817, pois a queda nos preços do açúcar e tabaco não é mencionada como uma das causas que levaram à revolta.

    1009) Assinale a alternativa correta, quanto às afirmativas abaixo, sobre a Insurreição Pernambucana:

    • A) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.

    • B) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.

    • C) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.

    • D) Todas as afirmativas estão corretas.

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    A alternativa correta é letra C) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.

    Gabarito: ALTERNATIVA C

       

      As afirmativas propostas pela banca são um plágio vergonhoso da página Brasil Escola, na qual se lê:

       

      A Insurreição Pernambucana ocorreu no contexto da ocupação holandesa na região Nordeste do Brasil, em meados do século XVII. Ela representou uma ação de confronto com os holandeses por parte dos portugueses, comandados principalmente por João Fernandes Vieira, um próspero senhor de engenho de Pernambuco. Nessa luta contra os holandeses, os portugueses contaram com o importante auxílio de alguns africanos libertos e também de índios potiguares.

      A oposição dos portugueses aos holandeses ocorreu em decorrência da intensificação da cobrança de impostos e também da cobrança dos empréstimos realizados pelos senhores de engenho de origem portuguesa com os banqueiros holandeses e com a Companhia das Índias Ocidentais, empresa que administrava as possessões holandesas fora da Europa.

          

      Como se pode verificar, o douto (porém preguiçoso) avaliador simplesmente copiou trechos de um texto publicado na internet sem inserir nenhuma alteração substancial. Isso faz com que todas as afirmativas estejam corretas, mas cumpre esclarecermos alguns pontos acerca da Insurreição Pernambucana.

       

      Ocorrida em 1645 e 1654, a Insurreição Pernambucana é considerada a primeira manifestação nativista da América portuguesa. Na oportunidade, as relações entre a elite pernambucana e os invasores holandeses estavam sendo esgarçadas pelo acúmulo de dívidas e pelos pesados investimentos holandeses em Recife depois da administração de Maurício de Nassau. Ao mesmo tempo, o restabelecimento do Reino de Portugal independente frente a Espanha voltava a acender sentimentos de pertencimentos amortecidos pela União Ibérica (1580-1640). O enfrentamento à presença holandesa seria capitaneada pela elite pernambucana, envolvendo, no esforço, também indígenas e libertos num sentimento de união geral contra os denominados "invasores".

       

      a)  Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.

      b)  Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.

      c)  Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.

      d)  Todas as afirmativas estão corretas.

       

      Dado que a banca plagiou o texto, ela o assume como fonte idônea de informação. Se é uma fonte aceita, nenhuma das afirmativas pode ser descartada dado que são extraídas sem alteração do texto. Assim, está correta a ALTERNATIVA D.

       

      Nosso gabarito: ALTERNATIVA D

      Gabarito da banca: ALTERNATIVA C

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      1010) As lutas do período colonial são divididas em Revoltas Nativistas e Revoltas Emancipacionistas. Entre essas últimas podemos incluir a

      • A) Revolta de Vila Rica. 

      • B) Revolta de Palmares.

      • C)  Revolta dos Alfaiates.

      • D)  Revolta dos Mascates.
      • E) Revolta de Amador Bueno.

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      A alternativa correta é letra C)  Revolta dos Alfaiates.

      Gabarito: ALTERNATIVA C

       

       

      • As lutas do período colonial são divididas em Revoltas Nativistas e Revoltas Emancipacionistas. Entre essas últimas podemos incluir a

      São consideradas revoltas emancipacionistas aquelas que pretendiam o rompimento dos laços coloniais com Portugal, declarando a independência da colônia na América ou, ao menos, de parte dela. Já as revoltas nativistas são aquelas que ocorreram como forma de reivindicação de mudanças contra o poder colonial, e não propriamente quanto ao fim da colonização em si. Entende-se por "nativistas" porque se supõe a formação de um pensamento nativo em oposição ao português dentro do quadro colonial. Assim, observemos as alternativas propostas.

       

      • a)  Revolta de Vila Rica. 

      Também referida como Revolta de Felipe dos Santos, a Revolta de Vila Rica ocorreu em 1720. O levante eclodiu em decorrência das insatisfações locais contra as estruturas administrativas e tributárias colocadas sobre a capitania das Minas Gerais diminuindo sensivelmente as liberdades econômicas locais e pesando sobre a produção aurífera. Ou seja, estava ligada a um esforço de alteração da administração colonial. Alternativa errada.

       

      • b)  Revolta de Palmares.

      Não existe propriamente uma "Revolta de Palmares" na bibliografia, que prefere tratar como Guerra de Palmares. Tratou-se, fundamentalmente, da resistência quilombola contra o assédio das forças regulares e o avanço dos senhores de escravos. Com combates concentrados na segunda metade do século, o Quilombo de Palmares resistiu a vários ataques, mas acabou debelado em 1695. Alternativa errada.

       

      • c)  Revolta dos Alfaiates.

      Outro nome para a Revolta dos Alfaiates, a Conjuração Baiana (1798-1799) também emergiu das contradições e das dificuldades vividas no ambiente da sua capitania. Salvador vivia ciclos de fome ao mesmo tempo em que a sociedade assumia uma configuração bastante singular: negros e mulatos (livres e libertos) vinham constituindo uma classe de trabalhadores urbanos (muitos deles, alfaiates) e autônomos com importante capacidade de articulação política. Nos anos anteriores, a escassez de alimentos atingiu níveis gravíssimos e deflagrou revoltas e saques em diversos pontos de Salvador. Paralelamente, negros e mulatos compunham cerca de 80% da população da capitania, e a noção de pertencimento e de revolta dos libertos contra a escravidão dava uma capacidade explosiva às mobilizações sociais na Bahia. Influenciados pelos acontecimentos no Haiti, pela Revolução Francesa e pelo pensamento iluminista, esses trabalhadores urbanos conspiraram pela proclamação de uma republica baiana independente, com fortes vínculos com a França revolucionária e livre da escravidão. Ou seja, a revolta tinha como ponto focal as questões mais importantes da vida da capitania, pretendendo libertá-la. ALTERNATIVA CORRETA.

       

      • d)  Revolta dos Mascates.

      No início do século XVIII, Olinda, então capital da capitania de Pernambuco, vivia um delicado declínio de sua produção açucareira e o comprometimento do comércio que sempre sustentou a cidade. Paralelamente, Recife - um subúrbio de Olinda - crescia em importância pela atuação dos comerciantes locais, que praticavam juros abusivos. Em 1710, a Coroa portuguesa autorizou a separação de Recife com a criação de uma Câmara Municipal e de um Pelourinho; provocando a ira dos senhores de engenho, que acabariam invadindo Recife, acusando os comerciantes ("mascates") pela penúria econômica de Olinda. Alternativa errada.

       

      • e)  Revolta de Amador Bueno.

      Ocorrida em 1641, a Revolta de Amador Bueno se concentrou em São Paulo no contexto do fim da União Ibérica (1580-1640). Naquele momento, os colonos paulistas temiam que, com o restabelecimento da Coroa portuguesa, as redes comerciais estabelecidas entre São Paulo e as províncias do Prata fossem afetadas. A solução local foi tentar aclamar Amador Bueno como novo rei para estabilizar as relações com a Espanha, mas o próprio acabaria recusando em favor da coroação de D. João IV de Portugal. Alternativa errada.

       

       

      Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

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