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Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

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1011) Dois irmãos tomaram o governo da capitania e acabaram com a Companhia de Comércio, fundada para controlar o monopólio do comércio maranhense. Acabaram sendo vencidos e condenados à morte. Esse episódio é conhecido como:

  • A) Guerra dos Emboabas.
  • B) Revolta de Beckmann.
  • C) Rebelião de Vila Rica.
  • D) Guerra dos Mascates.

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A alternativa correta é letra B) Revolta de Beckmann.

A Revolta de Beckmann foi um episódio ocorrido em 1684, na capitania do Maranhão, quando dois irmãos, Thomas e Jorge Beckmann, tomaram o governo da capitania e aboliram a Companhia de Comércio, que havia sido fundada para controlar o monopólio do comércio maranhense. No entanto, eles acabaram sendo vencidos e condenados à morte.

1012) Não houve uma aceitação pacífica do sistema colonial português, o que gerou os movimentos contestatórios. Sobre o ensino dos movimentos de contestação ao poder proposto pelo Centro de Referência Virtual da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.

  • A) I e II, apenas.
  • B) II e III, apenas.
  • C) II, apenas.
  • D) I, II e III.

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A alternativa correta é letra D) I, II e III.

Gabarito: ALTERNATIVA D

  

Não houve uma aceitação pacífica do sistema colonial português, o que gerou os movimentos contestatórios. Sobre o ensino dos movimentos de contestação ao poder proposto pelo Centro de Referência Virtual da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.

 
  • I.   No caso da Inconfidência Mineira, é possível que o professor discuta como a Revolução Americana inspirou a luta pela não aceitação das medidas metropolitanas consideradas ilegítimas ou abusivas.

A Revolução America (1776) foi um dos grandes marcos das transformações políticas da América, bem como um grande passo para a prática inspirada no Liberalismo e no Iluminismo do século XVIII. A insurgência americana contra a metrópole por conta de medidas entendidas como abusivas ou ilegítimas era a afirmação de princípios liberais sobre a liberdade dos homens e a legitimidade do poder. E todo esse universo político-filosófico tinha uma reverberação acentuada dentro da Inconfidência Mineira (1789). Apesar de ter sido debelada antes da sua deflagração de fato, a Inconfidência dialogava diretamente com o momento histórico internacional de fragilização do Antigo Regime e a experiência revolucionária americana teve uma contribuição expressiva para isso. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 
  • II.   No caso da Revolução de 1817, o professor poderá mostrar como os ideais de liberdade e república presentes na Revolução Francesa foram caros aos revolucionários pernambucanos na luta pela destituição do poder monárquico. Além disso, o aluno deve ter noções básicas sobre o período colonial brasileiro, destacando o período do séc. XVIII em Minas Gerais e a vinda da corte no séc. XIX.

Também conhecida como Revolução Pernambucana (ou Revolução dos Padres), a Revolução de 1817 tinha grandes inspirações no Iluminismo e no Liberalismo. Questionando primeiramente o alto custo da presença da família real portuguesa no Brasil para os seus súditos brasileiros - afinal, como pode a colônia sustentar a Corte? -, os revoltosos propunham a expansão do questionamento para todo o sistema político: não bastava que o Brasil se libertasse de Portugal, mas era necessário afirmar os princípios republicanos e liberais como um todo. Muito além de raso niilismo, a Revolução Pernambucana defendia uma visão de mundo profundamente republicana, rompendo com as estruturas do Antigo Regime. Dialogava-se, portanto, com os eventos históricos que abalaram a ordem europeia e suas monarquias absolutas no final do século XVIII. Portanto, o ensino desse momento da história brasileira exige que o aluno conheça a circulação desses ideias no período colonial e as tentativas anteriores, como a Inconfidência Mineira, bem como compreenda o peso e as transformações decorrentes da presença da família real portuguesa no Brasil (1808-1821) para que se dê conta da magnitude das forças que moviam esses revolucionários. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 
  • III.   O professor poderá trabalhar com a ideia de construção de um mito a partir da percepção de que Tiradentes foi escolhido como mártir e herói de um movimento de libertação do Brasil apenas no momento da Proclamação da República.

A iconografia e a exaltação em torno de Tiradentes, de fato, só se consolidaria no momento da Proclamação da República. Os primeiros governos republicanos queriam retirar da monarquia (1822-1889) o monopólio simbólico sobre o passado nacional; isto é, era necessário afirmar uma identidade brasileira que fosse anterior à Independência e existisse independentemente da realeza brasileira. A luta brasileira pela libertação, na visão dos republicanos, não poderia ser monopolizada pela figura de D. Pedro I e a sequência monárquica; era necessário transferir essa luta para a ideia de uma identidade nacional maior, formada no confronto direto contra o domínio colonial português. E a esquecida figura de Tiradentes, o único inconfidente mineiro condenado a morte, foi reativada nesse momento: o Brasil já lutava por sua libertação muito antes de 1822, mas a opressão portuguesa era terrível e assassinou um herói dessa identidade brasileira. Com novo e remoto herói, o Brasil podia pensar seu caminho para libertação como algo de seu povo cujos grandes representantes não estavam atados à monarquia. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 

Assim, são verdadeiras as afirmativas I, II e III.


Estão corretas as afirmativas:
a)  II, apenas.
b)  II III, apenas.
c)  II, apenas.
d)  III III.

  

Está correta a ALTERNATIVA D.

1013) Sobre o tópico “Inconfidências e Revolução de 1817: movimentos de contestação ao poder” e de acordo com as orientações pedagógicas da Secretaria de Educação de Minas Gerais, leia o trecho a seguir e assinale a alternativa correta:

  • A) Balaiada - Sabinada.

  • B) Sabinada - Inconfidência Mineira.

  • C) Revolta Canudos - Revolução Constitucionalista.

  • D) Inconfidência Mineira - Revolução Pernambucana.

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A alternativa correta é letra D) Inconfidência Mineira - Revolução Pernambucana.

Gabarito: ALTERNATIVA D

  

Sobre o tópico “Inconfidências e Revolução de 1817: movimentos de contestação ao poder” e de acordo com as orientações pedagógicas da Secretaria de Educação de Minas Gerais, leia o trecho a seguir e assinale a alternativa correta:

 

Ao longo do século XX, a__________________ foi evocada em ocasiões das mais diversas para legitimar ações do presente. Já a _______________, muitas vezes relegada a segundo plano no processo de construção da independência do Brasil, é hoje vista por muitos historiadores como um importantíssimo movimento de enfrentamento da monarquia.

 

Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas.

a)  Balaiada - Sabinada.

b)  Sabinada - Inconfidência Mineira.

c)  Revolta Canudos - Revolução Constitucionalista.

d)  Inconfidência Mineira - Revolução Pernambucana.

  

Por ter um enunciado muito vago, fica bastante difícil de comentar essa questão seguindo a ordem da alternativa. A pista mais evidente para solucionar a questão estava na baliza temporal da segunda lacuna: haveria de ser um movimento de contestação à monarquia brasileira; ou seja, localizado entre 1822 e 1889. Frente a isso, podemos excluir as alternativas B e D, porque a Inconfidência Mineira ocorreu em 1789, contestando a posição metropolitana sobre Minas Gerais; e a Revolução Constitucionalista ocorreu em 1932, com os paulistas contestando os poderes discricionários de Getúlio Vargas à frente do seu Governo Provisório (1930-1934).

 

Na outra alternativa, temos a Sabinada: revolta liderada por Sabino Barroso e que ocorreu em Salvador, teve um corte mais ligado às classes médias urbanas, que se propuseram em favor de ideias federalistas e republicanas frente aos desacertos do Império sob a Regência. Durando poucos meses entre 1837 e 1838, a Sabinada não conseguiu angariar apoio pelo interior da província e foi rechaçada por tropas imperiais com o auxílio de latifundiários do Recôncavo Baiano. Sitiada Salvador, os sabinos foram derrotados sem apoios numa luta corporal que deixaria cerca de dois mil mortos. O problema maior dos sabinos era contra a falta de legitimidade dos regentes frente ao acumulado de desencontros ocorridos desde a Independência. Seu alcance no imaginário popular é relativamente restrito e não ficou conhecida como um grande levante contra a monarquia, como sugere o enunciado. Portanto, só nos caberia discutir a alternativa D.

 

Também conhecida como Revolução de 1817 (ou Revolução dos Padres), a Revolução Pernambucana tinha grandes inspirações no Iluminismo e no Liberalismo. Questionando primeiramente o alto custo da presença da família real portuguesa no Brasil para os seus súditos brasileiros - afinal, como pode a colônia sustentar a Corte? -, os revoltosos propunham a expansão do questionamento para todo o sistema político: não bastava que o Brasil se libertasse de Portugal, mas era necessário afirmar os princípios republicanos e liberais como um todo. Muito além de raso niilismo, a Revolução Pernambucana defendia uma visão de mundo profundamente republicana, rompendo com as estruturas do Antigo Regime. Dialogava-se, portanto, com os eventos históricos que abalaram a ordem europeia e suas monarquias absolutas no final do século XVIII. Por ter sido a única revolução desse tipo no Brasil que ultrapassou a fase conspiratória para realmente tentar tomar o poder, a Revolução Pernambucana tem sido revisitada por historiadores como um momento especial brasileiro contra a monarquia.

 

De toda forma, ainda nos cabe comentar que a Inconfidência Mineira, apesar de ter sido abortada ainda na conspiração, gerou todo um imaginário político importante, que foi amplificado consideravelmente pela propaganda republicana no século XX. O movimento mineiro seria à narrativa de um sentimento nativista profundo, que queria libertar-se de Portugal sem o intermédio de forças aristocráticas: o povo tomando o destino nas suas próprias mãos. A iconografia em torno de Tiradentes foi amplamente usada para criar um mártir maior e, para isso, aproximou as representações de sua execução à crucificação de Cristo. E isso se adéqua àquilo que foi elaborado no enunciado.

 

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA D.

1014) Entre 1708 e 1709 o estado de Minas Gerais foi palco de um conflito marcado pela disputa pelo Ouro. Tal guerra se baseou no conflito entre bandeirantes paulistas e forasteiros que buscavam a riqueza oriunda dos metais preciosos. Tal conflito ficou conhecido como:

  • A) Guerra das Emboabas.

  • B) Inconfidência Mineira.

  • C) Levante de Vila Rica.

  • D) Guerra Mata Maroto.

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A alternativa correta é letra A) Guerra das Emboabas.

Entre 1708 e 1709, o estado de Minas Gerais foi palco de um conflito marcado pela disputa pelo ouro. Tal guerra se baseou no conflito entre bandeirantes paulistas e forasteiros que buscavam a riqueza oriunda dos metais preciosos. Este conflito ficou conhecido como Guerra das Emboabas.

A Guerra das Emboabas foi um conflito que ocorreu no início do século XVIII, em Minas Gerais, entre os paulistas, que eram os primeiros exploradores da região, e os forasteiros, que eram pessoas de outras regiões que vieram em busca de ouro. O conflito foi motivado pela disputa pelo controle das minas de ouro e pela riqueza que elas geravam.

1015) Uma Guerra ocorrida em Pernambuco, em 1710, deveu-se ao choque entre comerciantes portugueses do Recife e a aristocracia rural de Olinda, cujas relações comerciais eram, respectivamente, de credores e devedores. Como foi denominada esta guerra:

  • A) Guerra dos Mascates
  • B) Batalha dos Guararapes
  • C) Guerra dos canudos
  • D) Revolta de Beckman
  • E) Guerra dos emboabas

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A alternativa correta é letra A) Guerra dos Mascates

A Guerra dos Mascates foi um conflito ocorrido em 1710, em Pernambuco, entre comerciantes portugueses do Recife, conhecidos como "mascates", e a aristocracia rural de Olinda. A razão do conflito foi o choque entre os interesses comerciais dos mascates, que eram credores, e os da aristocracia rural, que eram devedores.

1016) Todo o processo de exploração colonial foi marcado não apenas por sujeição ou adequação da colônia aos interesses metropolitanos, mas também por um conjunto de problemáticas envolvendo colonos entre si (considerando interesses respectivos às atividades de cada grupo explorador), bem como entre colonos e jesuítas (como representantes do interesse catequético). E, como ápice das mudanças pelas quais passava a colônia, que se configuravam como anticolonialistas. Sobre todo este contexto, observe e analise as afirmativas a seguir. Marque aquela que estiver coerente entre sua afirmação e o ocorrido na história brasileira.

  • A) A revolta de Beckman pode ser vista como um exemplo das contradições exploratórias do próprio sistema de colonização no Brasil, uma vez que foi realizando um levante contra as chamadas Casas de Fundição que obrigavam os exploradores auríferos a entregarem o ouro em pedras para que fossem transformados em barras, à medida que o imposto do quinto era cobrado;
  • B) A Guerra dos Mascates, envolvendo Recife e Olinda, foi resultado de um choque de interesses administrativos e comerciais que se desenvolveram à medida que as diferenças entre as duas áreas foram se tornando mais evidentes. Este conflito foi responsável pela determinação de recife como capital de Pernambuco;
  • C) A Inconfidência Mineira, como ficou conhecido o movimento planejado em Minas Gerais, e que desejava a emancipação da colônia com relação a Portugal, foi marcado pelo caráter popular dos participantes, mesmo tendo sido idealizada por aristocratas da sociedade mineira à época das grandes arbitrariedades da Coroa com relação à exploração aurífera;
  • D) A chamada Conjuração Baiana que chegou a declarar a independência com relação a Portugal, teve participação de membros da maçonaria, de intelectuais liberais, de pobres e comerciantes, evidenciando um caráter de cunho social ao movimento;
  • E) A Guerra dos Emboabas pode ser entendido como um conflito ocorrido por conta das disputas entre “aventureiros” de toda a sorte que se deslocavam para o interior de São Vincente, em busca do escravos nativos. Os bandeirantes e os demais forasteiros que chegavam à região, mesmo estabelecendo conflitos constantes, acabaram por ocasionar um deslocamento ainda maior em direção às novas terras interioranas, visando a formação de uma rede de tráfico clandestino de escravos nativos, vendendo tais escravos tanto nas áreas sob domínio português como nas áreas sob julgo espanhol.

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Resposta

A resposta correta é: Nenhuma das alternativas.

Explicação

Todas as alternativas apresentam erros ou imprecisões históricas.

A) A revolta de Beckman foi um movimento contra a cobrança do quinto, mas não foi contra as Casas de Fundição.

B) A Guerra dos Mascates foi um conflito entre Recife e Olinda, mas não determinou a capital de Pernambuco.

C) A Inconfidência Mineira não teve caráter popular, mas sim aristocrático.

D) A Conjuração Baiana não declarou a independência de Portugal.

E) A Guerra dos Emboabas foi um conflito entre paulistas e emboabas, mas não envolvia o tráfico de escravos nativos.

Portanto, nenhuma das alternativas apresenta uma afirmação coerente com a história brasileira.

1017) Entre os diversos movimentos políticos e intelectuais que marcaram a crise do sistema colonial no Brasil, esse apresenta algumas características especiais. Diferentemente de outros movimentos – idealizados por advogados, magistrados, militares, padres e ricos contratantes –, teve na liderança representantes das camadas populares do Brasil colonial: brancos, pobres, mulatos, negros livres, escravos. O movimento foi pautado por preocupações sociais e raciais de igualdade de raça e cor, fim da escravidão e abolição de todos os privilégios sociais e econômicos. Foi a nossa mais importante revolta anticolonial. Não lutava apenas para que o Brasil se separasse de Portugal; advogava também a modificação interna da sociedade, que era preconceituosa, baseada nos privilégios dos grandes proprietários e na exploração do trabalho escravo.

  • A) Revolta dos Alfaiates.
  • B) Inconfidência Mineira.
  • C) Revolução Farroupilha.
  • D) Confederação do Equador.
  • E) Insurreição Pernambucana.

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A alternativa correta é letra A) Revolta dos Alfaiates.

Gabarito: Letra A

 

Revolta dos Alfaiates.

   

Para resolvermos essa questão precisamos levar em consideração algumas dicas fornecidas pelo texto inicial. Procurando descobrir qual movimento político está sendo descrito, o texto cita que o movimento é uma revolta anticolonial, portanto, já eliminaríamos 3 opções logo de cara (letra C, D, E). Assim, restaram duas alternativas (letras A e B).

 

Aprofundando a leitura do texto notamos que foi um movimento diferenciado de outras rebeliões anticoloniais, pois teve a participação das camadas populares do Brasil colonial: brancos, pobres, mulatos, negros livres, escravos, com preocupações sociais e raciais de igualdade de raça e cor e abolição de todos os privilégios sociais e econômicos.

 

Assim, a resposta só poderia ser a Revolta dos Alfaiates ou Conjuração Baiana, movimento político ocorrido em 1798 em Salvador e que leva no nome grande parte dos adeptos: os alfaiates de Salvador. Foi uma tentativa de levante baseado em princípios iluministas e nos acontecimentos revolucionários franceses, principalmente da fase jacobina, portanto, mais radical. Os conjurados pretendiam instalar na Bahia uma República independente da Coroa Portuguesa. Não há um consenso entre os historiadores sobre o objetivo de libertar os escravizados. É certo que havia uma difusão de ideias que pretendia extinguir os preconceitos de cor, transformando os baianos em cidadãos baianos e não em cidadãos portugueses.

   

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra B: Inconfidência Mineira.

 

A Inconfidência Mineira foi uma rebelião anticolonial ocorrida em 1789 e diferentemente da Conjuração Baiana contou a participação de pessoas da elite colonial como magistrados, militares, funcionários da Coroa, além de profissionais liberais como advogados. Contou ainda com a adesão de religiosos, comerciantes e proprietários de escravizados, terras e minas.

 

Letra C: Revolução Farroupilha.

 

Como já dito em nossa resposta, não se tratou de um movimento anticolonial, mas sim de uma revolta contra o Império, que estava nas mãos dos regentes. Além do mais, foi organizado por proprietários de terras e gado.

 

Letra D: Confederação do Equador.

 

Como já dito em nossa resposta, não se tratou de um movimento anticolonial, mas sim de uma revolta contra o governo de D. Pedro I, considerado absolutista e tirânico. Dentre os objetivos do movimento podemos citar a pretensão de tornar independente a província de Pernambuco, uma vez que D. Pedro I havia tomado decisões autoritárias enquanto governante do Império brasileiro. Dentre as medidas adotadas pelo imperador estavam a dissolução da Assembleia Constituinte para impedir a aprovação da constituição e no lugar dessa Assembleia, convocou o Conselho de Estado para outorgar a constituição de 1824, que estabelecia um fortalecimento do poder executivo em detrimento do legislativo. Como parte das disposições da constituição de 1824, D. Pedro poderia nomear os presidentes das províncias e em Pernambuco nomeou uma figura indesejada pelas elites pernambucanas.

 

Letra E: Insurreição Pernambucana.

 

Como já dito em nossa resposta, não se tratou de um movimento anticolonial, mas sim de uma revolta contra a Corte Portuguesa ocorrida em 1817, primeiro em Pernambuco, depois para outras províncias do Nordeste. O principal objetivo do movimento era garantir a separação territorial e política dessas províncias em relação ao restante do Brasil. Dentre os motivos podemos destacar: a transferência da Corte para o Brasil que só beneficiou portugueses e quem esteve próximo da Corte, ou seja, as áreas do sul e sudeste; o aumento constante de impostos pela Corte; a seca de 1816 que prejudicou os grupos que dependiam da exportação de gêneros agrícolas; queda do preço do açúcar e do algodão e encarecimento do preço dos escravizados e as corrupções do governador da capitania. Com motivos de sobra montou-se, então, uma insurreição, unindo setores dispersos: comerciantes, grandes proprietários, membros do clero, militares, juízes, artesãos, e uma camada de homens livres que lhe conferiu um perfil mais radical e popular.

     

Referências:

 

FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2ª edição. São Paulo: EdUSP, 1995.

 

PESAVENTO, Sandra. “Uma certa Revolução Farroupilha”. In: GRINBERG, Keila e SALLES, Ricardo. O Brasil Imperial. Volume II, 1831-1870. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.

 

SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

1018) No fim do Século XVIII, era grande a insatisfação com a carestia e a opressão colonial. A isso se somava a simpatia que muitas pessoas demonstravam em relação às lutas pela emancipação do Haiti (1791-1804) e à Revolução Francesa (1789). Para difundir esta ideia fundou-se a loja maçônica Cavaleiros da Luz.

  • A) Revolta dos Alfaiates, ocorrida em Salvador, Bahia.
  • B) Inconfidência Mineira, desencadeada em Ouro Preto, Minas Gerais.
  • C) Revolta de Beckman, que teve por palco São Luís, Maranhão.
  • D) Confederação do Equador, ocorrida em Recife, Pernambuco.
  • E) Cabanagem, ocorrida em Belém, Pará.

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A alternativa correta é letra A) Revolta dos Alfaiates, ocorrida em Salvador, Bahia.

Gabarito: ALTERNATIVA A

 

 

No fim do Século XVIII, era grande a insatisfação com a carestia e a opressão colonial. A isso se somava a simpatia que muitas pessoas demonstravam em relação às lutas pela emancipação do Haiti (1791-1804) e à Revolução Francesa (1789). Para difundir esta ideia fundou-se a loja maçônica Cavaleiros da Luz.


Em agosto de 1798, alguns conspiradores afixaram em muros e postes da cidade manifestos exortando a população à revolução. Os panfletos pregavam a proclamação da República, a abolição da escravidão, melhores soldos para os militares, promoção de oficiais, liberdade de comércio, etc.


Denunciado por um traidor, o movimento foi esfacelado. Alguns participantes foram presos, outros fugiram e quatro foram condenados à morte: Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas de Amorim Torres, João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos. (adaptado de ARRUDA & PILETTI, p.351)


O texto acima descreve, em parte, a

  • a)  Revolta dos Alfaiates, ocorrida em Salvador, Bahia.

A Conjuração Baiana (1798-1799) emergiu das contradições e das dificuldades vividas no ambiente da sua capitania. Salvador vivia ciclos de fome ao mesmo tempo em que a sociedade assumia uma configuração bastante singular: negros e mulatos (livres e libertos) vinham constituindo uma classe de trabalhadores urbanos (muitos deles, alfaiates) e autônomos com importante capacidade de articulação política. Nos anos anteriores, a escassez de alimentos atingiu níveis gravíssimos e deflagrou revoltas e saques em diversos pontos de Salvador. Paralelamente, negros e mulatos compunham cerca de 80% da população da capitania, e a noção de pertencimento e de revolta dos libertos contra a escravidão dava uma capacidade explosiva às mobilizações sociais na Bahia. Influenciados pelos acontecimentos no Haiti, pela Revolução Francesa e pelo pensamento iluminista, esses trabalhadores urbanos conspiraram pela proclamação de uma republica baiana independente, com fortes vínculos com a França revolucionária e livre da escravidão. Ou seja, a revolta tinha como ponto focal as questões mais importantes da vida da capitania, pretendendo libertá-la. ALTERNATIVA CORRETA.

 

  • b) Inconfidência Mineira, desencadeada em Ouro Preto, Minas Gerais.

A Conjuração Mineira foi severamente reprimida antes de qualquer ação efetiva em 1789, tendo ocorrido a prisão dos seus líderes e a execução de Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier), do que decorreu o fim completo do movimento. O movimento mineiro reunia a elite intelectual e econômica de Vila Rica, principal cidade de Minas Gerais, numa conspiração para deflagrar a independência da capitania mineira frente ao domínio português. Entre as principais causas da revolta estava a cobrança de pesados impostos sobre a mineração, mesmo com o grave declínio da atividade mineradora no último quarto do século XVIII. À época, Portugal cobrava, em impostos, tanto a quinta parte de toda produção aurífera na colônia quanto estabelecia que anualmente a capitania deveria pagar uma quantia fixa em impostos (a chamada "Derrama"). Acossados pelos impostos em tempos de declínio, os principais membros da sociedade colonial ligada à mineração planejaram uma revolução para libertar apenas a capitania de Minas Gerais (e não toda a colônia) frente a Portugal, fundando uma república na América. Alternativa errada.

 

  • c) Revolta de Beckman, que teve por palco São Luís, Maranhão.

A Revolta de Beckman ocorreu no Maranhão em 1684, tendo como líderes os proprietários rurais irmãos Beckman (Thomas e Manuel). Ainda que tenham conseguido assumir o controle da região por alguns meses, expulsando o governador e os jesuítas, a Revolta de Beckman foi debelada pouco mais de um ano depois, com a designação de um novo governo local capitaneado por Gomes Freire e, posteriormente, a criação do Estado do Maranhão e Grão Pará. Manuel Beckman seria preso e enforcado em novembro de 1685. Alternativa errada.

 

  • d)  Confederação do Equador, ocorrida em Recife, Pernambuco.

A Confederação do Equador (1824) foi um movimento marcadamente urbano que mobilizou intelectuais, militares e políticos na contestação contra o projeto centralizador de D. Pedro I e buscando uma afirmação brasileira sobre a presença lusa no nordeste. Além disso, inspirava-se no destino republicano e liberal da América para afirmar a posição ilegítima das potências europeias no continente, bem como buscava uma forma constitucional e federalista de organização política. Esse esforço chegou mesmo a tentar o apoio dos Estados Unidos para viabilizar a manutenção da revolução. Aderindo à forma republicana, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará se levantaram em favor da Confederação, que também esperava a adesão do Piauí e do Pará como uma grande forma federativa e republicana contra o modelo imperial centralizado por D. Pedro I na Constituição de 1824. Alternativa errada.

 

  • e) Cabanagem, ocorrida em Belém, Pará.

Com poucas ligações efetivas com o Rio de Janeiro, a província do Grão-Pará viveu uma rebelião popular entre 1835 e 1840 em decorrência de disputas da elite local. Os revoltosos entendiam que o país vivia uma degeneração dos princípios do Império, com um governo ilegítimo - a Regência - fazendo multiplicar as iniquidades pelo país. Sem propor um modelo alternativo de governo, os cabanos tomaram o controle de Belém em 1835 reunindo uma tropa essencialmente popular e espalharam e rebelião pelo interior. A resposta central veio com o uso da força para expulsá-los de Belém e com o controle dos rios para estrangular as redes de abastecimento e de comércio dos revoltosos, que saíram derrotados do conflito. Estima-se que as perdas gravitem em torno dos 20% de toda população da província. Alternativa errada.

 

 

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.

1019)

  • A) Teve como principal inspiração o Positivismo.
  • B) A Inconfidência Mineira foi influenciada pelos ideais da Revolução Francesa.
  • C) Dentre os grupos sociais envolvidos no movimento, destacaram-se os proprietários de lavras e de terras, oficiais militares, clérigos, letrados e escravos.
  • D) A Conjuração Mineira, em 1789, foi a primeira a manifestar a intenção de romper com os laços Coloniais e reuniu diversos membros da elite mineradora.
  • E) O exemplo da possibilidade de quebra do vínculo colonial representado pela independência das Treze Colônias NÃO exerceu influência entre aqueles que planejaram a conspiração.

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A alternativa correta é letra D) A Conjuração Mineira, em 1789, foi a primeira a manifestar a intenção de romper com os laços Coloniais e reuniu diversos membros da elite mineradora.

Gabarito: ALTERNATIVA D

   

A imagem acima expressa de forma irônica o sentimento que toma conta do país com a desordem existente em nossos dias. Ela nos remete, também, ao sentimento que marcou a ação dos insurgentes de 1789. Sobre a Conjuração Mineira, podemos afirmar que:

  • a)  Teve como principal inspiração o Positivismo.

O Positivismo é uma corrente filosófica do século XIX; ou seja, é posterior à Inconfidência Mineira. Os inconfidentes estavam mais influenciados pelas ideias do Iluminismo e pela Independência dos Estados Unidos. Alternativa errada.

 
  • b)  A Inconfidência Mineira foi influenciada pelos ideais da Revolução Francesa.

Como explicado acima, a principal referência para os inconfidentes era a Revolução Americana (1777). A Revolução Francesa ocorreria apenas no mesmo ano em que a Inconfidência Mineira seria debelada; isto é, em 1789. Alternativa errada.

 
  • c)  Dentre os grupos sociais envolvidos no movimento, destacaram-se os proprietários de lavras e de terras, oficiais militares, clérigos, letrados e escravos.

A Inconfidência Mineira foi organizada pela elite local de Vila Rica, envolvendo, sim, proprietários de lavras e letrados, mas jamais envolveu qualquer escravo. Além disso, não há qualquer registro de que os inconfidentes desejassem acabar com a escravidão; afinal, vários dos seus integrantes eram senhores de escravos. Alternativa errada.

 
  • d)  A Conjuração Mineira, em 1789, foi a primeira a manifestar a intenção de romper com os laços Coloniais e reuniu diversos membros da elite mineradora.

A Inconfidência Mineira (1789) se adensou no contexto do declínio do ciclo do ouro e do aumento do arrocho colonial, principalmente com os impostos pesados sobre a mineração. Com a queda constante da produtividade das minas, a elite mineira se via em um processo de endividamento e de deterioração de suas condições de vida enquanto os impostos portugueses estrangulavam a economia regional. Por outro lado, continuava a ser uma sociedade ilustrada que mandava seus filhos para estudar na Europa e mantinha uma casta importante de profissionais liberais, criando um certo circuito de circulação de livros e de ideias e dialogando com a experiência iluminista e a vitória dos Estados Unidos. Desse caldo de cultura e de contradições, parte da elite mineira passou a conspirar para encerrar o controle português sobre a capitania das Minas Gerais, proclamando-se uma república inspirada na experiência americana. Isto é, todas as motivações e todos os objetivos circulavam em torno do destino da capitania, e não de um sentimento de pertencimento a toda América portuguesa. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • e)  O exemplo da possibilidade de quebra do vínculo colonial representado pela independência das Treze Colônias NÃO exerceu influência entre aqueles que planejaram a conspiração.

A Revolução Americana (1776) foi um dos grandes marcos das transformações políticas da América, bem como um grande passo para a prática inspirada no Liberalismo e no Iluminismo do século XVIII. A insurgência americana contra a metrópole por conta de medidas entendidas como abusivas ou ilegítimas era a afirmação de princípios liberais sobre a liberdade dos homens e a legitimidade do poder. E todo esse universo político-filosófico tinha uma reverberação acentuada dentro da Inconfidência Mineira (1789). Apesar de ter sido debelada antes da sua deflagração de fato, a Inconfidência dialogava diretamente com o momento histórico internacional de fragilização do Antigo Regime e a experiência revolucionária americana teve uma contribuição expressiva para isso. Alternativa errada.

   

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA D.

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1020) A Historiografia do Brasil registra várias revoltas e insurreições ‒ ações situadas no âmbito do contexto social, político e econômico do Brasil colonial que expressavam a insatisfação dos vários grupos sociais com os poderes instituídos. Assinale a opção que apresenta somente movimentos ocorridos nesse período.

  • A) Inconfidência Mineira, Conjuração dos Alfaiates, Revolução Pernambucana.
  • B) Inconfidência Mineira, Balaiada e Conjuração dos Alfaiates.
  • C) Balaiada, Cabanagem e Revolução Pernambucana.
  • D) Revolução Praieira, Inconfidência Mineira, Revolução Pernambucana.

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A alternativa correta é letra A) Inconfidência Mineira, Conjuração dos Alfaiates, Revolução Pernambucana.

Essa opção apresenta somente movimentos ocorridos no período colonial do Brasil. A Inconfidência Mineira foi um movimento que ocorreu em 1789, na então Capitania de Minas Gerais, que visava à independência do Brasil em relação a Portugal. A Conjuração dos Alfaiates foi uma revolta que ocorreu em 1798, na então Capitania de Pernambuco, que envolvia artesãos e escravos que se rebelaram contra a opressão colonial. A Revolução Pernambucana foi um movimento que ocorreu em 1817, na então Capitania de Pernambuco, que visava à independência do Brasil em relação a Portugal.

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