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Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

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1071) No que se refere à Guerra dos Mascates, ocorrida em Pernambuco, no ano de 1710, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta: 

  • A) Apenas o item I é verdadeiro. 

  • B) Apenas o item II é verdadeiro. 

  • C) Apenas o item III é verdadeiro. 

  • D) Todos os itens são verdadeiros.

     

  • E) Nenhum dos itens é verdadeiro

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A alternativa correta é letra A) Apenas o item I é verdadeiro. 

Gabarito: ALTERNATIVA A

  
  • No que se refere à Guerra dos Mascates, ocorrida em Pernambuco, no ano de 1710, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:

No início do século XVIII, Olinda, então capital da capitania de Pernambuco, vivia um delicado declínio de sua produção açucareira e o comprometimento do comércio que sempre sustentou a cidade. Paralelamente, Recife - um subúrbio de Olinda - crescia em importância pela atuação dos comerciantes locais, que praticavam juros abusivos. Em 1710, a Coroa portuguesa autorizou a separação de Recife com a criação de uma Câmara Municipal e de um Pelourinho; provocando a ira dos senhores de engenho, que acabariam invadindo Recife, acusando os comerciantes ("mascates") pela penúria econômica de Olinda. 

 
  • – Deveu-se ao choque entre comerciantes portugueses do Recife e a aristocracia rural de Olinda, cujas relações comerciais eram, respectivamente, de credores e devedores. 

A afirmativa dá conta da tensão básica entre Recife e Olinda. Os donos de engenho nativos concentrados em Olinda viam no esplendor de Recife a marca inequívoca da usura praticada contra eles. As dificuldades com os preços do açúcar fizeram com que esses produtores se comprometessem em dívidas com os comerciantes europeus sediados em Recife sem uma perspectiva clara de melhora. Guerrear contra os "mascates" foi o choque ocasionado pelo acúmulo dessas tensões políticas e econômicas entre os comerciantes portugueses e a aristocracia rural. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 
  • II – Deveu-se ao conflito principal entre árabes e holandeses.

O período das invasões holandesas se concentrou por volta do segundo quarto do século XVII e não teve significativa presença árabe na região. Quando a Guerra dos Mascates, a expulsão holandesa já havia sido concluída há décadas e a colonização holandesa nas Antilhas já começava a impor dificuldades para o açúcar pernambucano nos mercados internacionais. Afirmativa falsa.

 
  • III – Deveu-se a uma disputa interna entre escravos e índios na região norte do Recife.

A afirmativa é bastante despropositada. O choque não envolvia os oprimidos da terra, e sim as suas elites. Além disso, era mutuamente excludente com a primeira, o que já devia impedir o candidato de assinalar que todas as afirmativas são verdadeiras por mera impossibilidade lógica. Afirmativa falsa.

 

a)  Apenas o item é verdadeiro. 

b)  Apenas o item II é verdadeiro. 

c)  Apenas o item III é verdadeiro. 

d)  Todos os itens são verdadeiros.

e)  Nenhum dos itens é verdadeiro

 

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.

1072) Esse conflito ocorreu em meio à situação em que a Capitania de Pernambuco se encontrava nas décadas que se seguiram após a expulsão dos holandeses em 1654. A situação financeira dos senhores de engenho, cujo centro político estava na cidade de Olinda, agravava-se, haja vista a concorrência holandesa. Como tinham controle sobre a Câmara de Olinda, esses senhores de engenho induziram o governo a aumentar os impostos que os comerciantes tributavam. A maior parte desses comerciantes estava em Recife e, em protesto, entre os anos de 1710 e 1711, rebelou-se contra Olinda.

  • A) Revolução Pernambucana (1817).

  • B) Confederação do Equador (1824).

  • C) Guerra dos Mascates (1710-1711).

  • D) Conspiração dos Suassunas (1801).

  • E) Insurreição Pernambucana (1645-1654).

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A alternativa correta é letra C) Guerra dos Mascates (1710-1711).

Essa resposta é correta porque o conflito descrito na questão se refere à Guerra dos Mascates, que ocorreu entre 1710 e 1711, em Pernambuco. A guerra foi um conflito entre os senhores de engenho, que controlavam a Câmara de Olinda, e os comerciantes, que estavam em Recife. Os senhores de engenho aumentaram os impostos que os comerciantes tributavam, o que levou à rebelião dos comerciantes contra Olinda.

1073) […] são questionáveis algumas observações de (Fernando) Novais (1986) no que se refere às interpretações das inconfidências, em especial a Mineira. Sua concepção de que as ideias que em Portugal possuíam uma face reformista, quando transpostas a uma situação colonial, ganhavam uma face ‘revolucionária’ nos parece hoje inadequada e mesmo insustentável. […]

  • A) o baixo nível de alfabetização da região impedia, por si só, a expansão do ideal revolucionário, absolutamente dependente da leitura dos princípios franceses, embora os Autos de Devassa indiquem o confisco de vários livros nas bibliotecas dos inconfidentes.

  • B) havia uma crença plantada pelo Conde de Assumar, em 1720, de que o ar de Minas inspirava revoluções e, por isso, todos os governantes enviados pelo rei para a região eram negociadores por natureza, contendo, assim, todo ímpeto revolucionário local.

  • C) manifestações populares nas ruas ao som de “viva o rei, viva o povo e morra o govenador” eram especificamente contra o governador Barbacena, não contra o rei, porque este aplicava cegamente as determinações de Lisboa quanto à cobrança dos impostos atrasados.

  • D) nomes importantes do movimento mineiro, como Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa e Alvarenga Peixoto, almejavam algumas reformas no sistema, mas restritas à troca de nomes em postos de poder, não alterando os seus pilares.

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A resposta correta é a letra D) nomes importantes do movimento mineiro, como Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa e Alvarenga Peixoto, almejavam algumas reformas no sistema, mas restritas à troca de nomes em postos de poder, não alterando os seus pilares.

Essa alternativa é a correta porque o autor João Pinto Furtado argumenta que os líderes do movimento mineiro, como Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa e Alvarenga Peixoto, não tinham intenções revolucionárias, mas sim reformistas, visando apenas a mudanças nos postos de poder, sem questionar a estrutura do sistema colonial.

1074) As críticas feitas na Europa pelo pensamento ilustrado ao absolutismo assumiram no Brasil o sentido de críticas ao sistema colonial. No Brasil, Ilustração foi, antes de mais nada, anticolonialismo. (COSTA, Emília Viotti da. Da monarquia à república: momentos decisivos. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999, p. 26).

  • A) se apenas as afirmativas I, III e V estiverem corretas.

  • B) se apenas as afirmativas II e IV estiverem corretas.

  • C) se apenas as afirmativas III, IV e V estiverem corretas.

  • D) se apenas as afirmativas I, II, IV e V estiverem corretas.

  • E) se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas.

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A alternativa correta é letra E) se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas.

Gabarito: ALTERNATIVA E

 

As críticas feitas na Europa pelo pensamento ilustrado ao absolutismo assumiram no Brasil o sentido de críticas ao sistema colonial. No Brasil, Ilustração foi, antes de mais nada, anticolonialismo. (COSTA, Emília Viotti da. Da monarquia à república: momentos decisivos. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999, p. 26).

 
  • O texto acima faz alusão aos movimentos anticoloniais de fins do século XIX. A respeito do contexto histórico daquele período, analise as afirmativas a seguir:

A banca adotou o vexatório expediente do plágio para elaborar as afirmativas que seguem. Todas elas foram retiradas do livro "Da monarquia à república" de Maria Viotti da Costa; ou seja, há uma lógica ultrapassada de aprendizado pela repetição e de renúncia do avaliador à autonomia intelectual. Observemos, então, os trechos propostos.

 
  • I. Criticar a realeza e o poder absoluto dos reis significava lutar pela emancipação dos laços coloniais.

Na página 26, lê-se:

 

As críticas feitas na Europa pelo pensamento ilustrado ao absolutismo assumiram no Brasil o sentido de críticas ao sistema colonial. No Brasil, Ilustração foi, antes de mais nada, anticolonialismo. Criticar a realeza, o poder absoluto dos reis, significava lutar pela emancipação dos laços coloniais. Nas duas últimas décadas do século XVIII, as tensões entre colonos e metrópole se concretizaram em alguns movimentos conspiratórios os quais evidenciam a influência das revoluções Francesa e Americana e das idéias ilustradas. Nos autos dos processos de Devassa as idéias revolucionárias eram definidas como “os abomináveis princípios franceses”.

 

Note o estudante que, fora de contexto, a afirmação assume tonalidades completamente diferentes. A equiparação feita pela autora não resume a luta emancipacionista à questão do absolutismo, mas insere noções sobre as mentalidades do período, quando havia, sim, uma associação importante entre o Antigo Regime e a colonização na mente dos indivíduos. No entanto, fora de contexto, a frase assume uma característica generalizante muito imprecisa, o que prejudicava o julgamento do item.

  
  • II. Os estudantes que viajavam para o exterior, completando seus estudos em Portugal ou na França, voltavam imbuídos das novas ideias e se tornavam seus principais propagandistas.

Na página 27, lê-se:

 

Os estudantes que viajavam para o exterior, completando seus estudos em Portugal ou na França, voltavam imbuídos das novas idéias e se tornavam seus principais propagandistas. Em conversas em casas particulares ou nas esquinas, nas academias literárias e científicas ou nas sociedades secretas, analisavam, às vezes superficialmente, os efeitos da Revolução Francesa e comentavam suas leituras, diante de um público curioso que se incumbia de passar adiante, de forma vaga e imprecisa, o que ouvia. Apesar do caráter implacável da repressão, os “abomináveis princípios franceses” reapareciam a cada passo como argumentos justificadores de novas sublevações.

 

As ideias iluministas estavam, sim, em circulação na colônia e esses estudantes eram vetores importantes nesse intercâmbio de informações. Tanto as ideias quanto o movimento revolucionário em si representaram grande impacto nos horizontes de expectativa da vida na colônia. Havia uma porção letrada da população que absorvia avidamente essas novas ideias, o que driblava as estruturas de repressão mantidas pela metrópole contra esse ideário. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 
  • III. Nem as prisões, nem os exílios, nem os enforcamentos foram capazes de deter a marcha do processo. Em vão a censura intentava impedir a divulgação das ideias nocivas à ordem vigente.

Na página 27, lê-se:

 

Nem as prisões, nem os exílios, nem os enforcamentos foram capazes de deter a marcha do processo. Em vão a censura intentava impedir a divulgação das idéias nocivas à ordem vigente. Em vão a polícia punia com rigor as tentativas de insurreição. Burlando a fiscalização, alguns livros penetravam no país. Mas era menos por intermédio dos livros e mais pelos contatos pessoais que as novas idéias se difundiam.

 

Esta afirmativa e a anterior estão intimamente relacionadas. Como apontado acima, a circulação clandestina de ideias na colônia era uma realidade estabelecida e os mecanismos de repressão não era suficiente para interrompê-la. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 
  • IV. A Inconfidência Mineira, que tinha propostas igualitárias, contava com a possibilidade de um levante de escravos, já que o número de homens pretos, livres e escravos superava em muito o dos brancos; por isso, contava com a composição de um exército popular.

Tramada e debelada em 1789, a Inconfidência Mineira era, sobretudo, um movimento de elite. Desgastada com os pesados impostos da Coroa portuguesa, essa elite mineira se organizou para libertar a capitania do controle metropolitano, mas para manter a ordem vigente social vigente - ou seja, uma sociedade baseada na exploração do ouro com mão de obra escrava. Ainda que pretendesse estabelecer uma república após a separação em relação a Portugal, os inconfidentes não tinham uma preocupação com as massas, o que deixava o movimento muito restrito. Afirmativa falsa.

 
  • V. Os líderes da Conjuração Baiana, membros das elites agrárias, não permitiram que setores populares se integrassem ao movimento, limitando seus ideais aos aspectos emancipacionistas.

A Conjuração Baiana (1798-1799) emergiu das contradições e das dificuldades vividas no ambiente da sua capitania. Salvador vivia ciclos de fome ao mesmo tempo em que a sociedade assumia uma configuração bastante singular: negros e mulatos (livres e libertos) vinham constituindo uma classe de trabalhadores urbanos (muitos deles, alfaiates) e autônomos com importante capacidade de articulação política. Nos anos anteriores, a escassez de alimentos atingiu níveis gravíssimos e deflagrou revoltas e saques em diversos pontos de Salvador. Paralelamente, negros e mulatos compunham cerca de 80% da população da capitania, e a noção de pertencimento e de revolta dos libertos contra a escravidão dava uma capacidade explosiva às mobilizações sociais na Bahia. Influenciados pelos acontecimentos no Haiti, pela Revolução Francesa e pelo pensamento iluminista, esses trabalhadores urbanos conspiraram pela proclamação de uma republica baiana independente, com fortes vínculos com a França revolucionária e livre da escravidão. Assim, é incorreto se colocar como protagonistas do movimento baiano os latifundiários, já que foi um movimento urbano com forte adesão popular. Afirmativa falsa.

 

Assim, são verdadeiras as afirmativas II e III.

 

Assinale

a)  se apenas as afirmativas IIII estiverem corretas.

b)  se apenas as afirmativas II IV estiverem corretas.

c)  se apenas as afirmativas IIIIV estiverem corretas.

d)  se apenas as afirmativas IIIIV estiverem corretas.

e)  se apenas as afirmativas III III estiverem corretas.

 

Por exclusão, poderia chegar o candidato à alternativa E, que é indicada como correta pela banca. No entanto, a construção da primeira afirmativa é extremamente dúbia por ter sido deslocada do seu contexto original. Isso, sem sombra de dúvidas, atrapalhava a compreensão da proposta, inviabilizando a solução completa da questão. Ou seja, na nossa avaliação, não há alternativa correta nesta questão, devendo a banca ANULAR a questão.

 

Nosso gabarito: ANULADA

Gabarito da banca: ALTERNATIVA E

1075) É o primeiro movimento que fala de independência e tem como uma de suas causas o aumento da exploração sobre a população local, em face da escassez de ouro para pagar os impostos devidos à Coroa Portuguesa. Estamos falando do movimento conhecido como:

  • A) Revolução Farropilha;

  • B) Cabanagem;

  • C) Conjuração Baiana;

  • D) Inconfidência Mineira;

  • E) Confederação do Equador.

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A alternativa correta é letra D) Inconfidência Mineira;

Gabarito: alternativa D)

 

A questão é sobre os movimentos de independência do Brasil Colonial. Devemos assinalar a alternativa que representa o primeiro movimento que almejava a independência, essa dica já seria suficiente pra apontar a resposta, mas aí vem outra dica que simplifica: ele ocorreu por causa do aumento na exploração local, em face da escassez do ouro.

 

A Inconfidência Mineira foi uma revolta separatista que ocorreu no final do século XVIII. Também chamada de Conjuração Mineira, foi organizada pela elite de Minas Gerais.

 

A exploração do ouro trouxe, principalmente no século XVIII, muita riqueza para Minas Gerais, no entanto, os impostos cobrados pela Coroa Portuguesa eram cada vez mais altos e geravam muita insatisfação. A população local se revoltou com as políticas fiscais, o estopim foi a "derrama" uma cobrança obrigatória que visava arrecadar cem arrobas de ouro.

 

Entre os conspiradores, existia gente da elite, mas também poetas e figuras sem notoriedade social na época, como Tiradentes.

Os inconfidentes desejavam, sobretudo, a proclamação de uma república independente, baseada no modelo dos Estados Unidos da América que influenciava outros movimentos separatistas na época.

 

Eles buscaram apoio internacional mas não obtiveram. O movimento foi traído e denunciado, então a Coroa prendeu os revoltosos. Foram várias condenações, mas apenas um foi morto: Tiradentes.

 

Portanto, a alternativa correta é a d) Inconfidência Mineira;

1076) A região de Minas Gerais, nos tempos do Ciclo da Mineração, foi palco de diversos acontecimentos que registraram a insatisfação local contra o controle excessivo das autoridades metropolitanas no Brasil Colonial, so-bretudo, no que dizia respeito à exploração do ouro. A Guerra dos Emboabas foi um exemplo concreto dessa insatisfação. Com o objetivo de garantir os lucros da extração do ouro, a coroa portuguesa instituiu mecanismos de controle desses minérios, como, por exemplo, a criação das Casas de Fundição, fato que descontentou ainda mais a população da região, culminando em 1720:

  • A) Na Derrama.
  • B) Na Inconfidência Mineira.
  • C) Na Revolta de Vila Rica.
  • D) Na Guerra dos Mascates.
  • E) Na Guerra dos Metais.

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A alternativa correta é letra C) Na Revolta de Vila Rica.

A Guerra dos Emboabas foi um conflito ocorrido em 1707-1709, entre os paulistas ( bandeirantes que descobriram ouro em Minas Gerais) e os emboabas (adventurers que vieram de outras regiões para explorar o ouro). No entanto, a questão se refere a outro evento que ocorreu em 1720, como consequência da insatisfação da população local com o controle excessivo das autoridades metropolitanas.

A criação das Casas de Fundição, que tinham como objetivo controlar a extração do ouro e garantir os lucros para a coroa portuguesa, descontentou ainda mais a população da região. Isso culminou na Revolta de Vila Rica, em 1720, que foi uma manifestação de insatisfação contra o governo colonial.

1077) Durante treze anos a família real portuguesa esteve no Brasil, que foi sede do império ultramarino português. Nesse período, diversas medidas tomadas pela corte proporcionaram transformações profundas na economia, na política e na cultura do Brasil. Assim, é correto afirmar que, nesse período, ocorreu

  • A) a Confederação do Equador, em 1824, que foi uma rebelião das províncias nordestinas contra o autoritarismo, que pretendia a fundação de uma república por estas partes do Brasil.
  • B) a Revolução Pernambucana, em 1817, contra a opressão dos tributos para custear a corte no Rio de Janeiro, que marcou a insatisfação dos brasileiros contra a exploração portuguesa.
  • C) a Noite das Garrafadas, episódio que envolveu apoiadores do rei e seus opositores, logo antes de sua abdicação e retorno para Portugal.
  • D) expulsão do rei português de terras brasileiras, por sua resistência em aceitar a constituição elaborada pela Assembleia Constituinte e a imposição de uma constituição por ele outorgada.

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A alternativa correta é letra B) a Revolução Pernambucana, em 1817, contra a opressão dos tributos para custear a corte no Rio de Janeiro, que marcou a insatisfação dos brasileiros contra a exploração portuguesa.

Gabarito: Letra B

 

a Revolução Pernambucana, em 1817, contra a opressão dos tributos para custear a corte no Rio de Janeiro, que marcou a insatisfação dos brasileiros contra a exploração portuguesa.

   

A família real portuguesa se transferiu para o Brasil em 1808 e permaneceu até 1821, quando foi obrigada a retornar para Lisboa em função do movimento constitucionalista do Porto. A questão quer que os candidatos e candidatas identifiquem a alternativa que traz um acontecimento político ocorrido durante a permanência da família real no Brasil, ou seja, entre 1808 e 1821.

 

A única alternativa correta é a letra C, pois fala da Revolução Pernambucana ou Insurreição Pernambucana ocorrida em 1817. Trata-se um movimento político que se iniciou em Pernambuco e que se estendeu a outras províncias do Nordeste como a Paraíba, o Rio Grande do Norte, Alagoas e o Piauí. O principal objetivo do movimento era garantir a separação territorial e política dessas províncias em relação ao restante do Brasil.

 

Por que houve essa revolta?

 

- A transferência da Corte para o Brasil só beneficiou portugueses e quem esteve próximo da Corte, ou seja, as áreas do sul e sudeste.

- A Corte por diversas vezes aumentou impostos que recaíram sobretudo nos nordestinos.

- Pernambuco já possuía um histórico revolucionário desde o século XVIII.

- Seca de 1816

- Queda do preço do açúcar e do algodão e encarecimento do preço dos escravos

- Corrupção do governador da capitania

 

Com motivos de sobra montou-se, então, uma insurreição, unindo setores dispersos: comerciantes, grandes proprietários, membros do clero, militares, juízes, artesãos, e uma camada de homens livres que lhe conferiu um perfil mais radical e popular.

 

Os revolucionários tomaram o Recife e implantaram um governo provisório baseado na “lei orgânica” que proclamou a República, estabeleceu a igualdade de direitos e a tolerância religiosa, sem tocar no problema da escravidão.

 

A Corte consegui acabar com o movimento revolucionário usando de muita violência e punição exemplar a fim de eliminar qualquer nova possibilidade de sedições.

   

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: a Confederação do Equador, em 1824, que foi uma rebelião das províncias nordestinas contra o autoritarismo, que pretendia a fundação de uma república por estas partes do Brasil.

 

A Confederação do Equador ocorreu fora do período de referência (1808-1821). Ela foi uma resistência ao autoritarismo de D. Pedro I, durante o Primeiro Reinado.

   

Letra C: a Noite das Garrafadas, episódio que envolveu apoiadores do rei e seus opositores, logo antes de sua abdicação e retorno para Portugal.

 

A Noite das Garrafadas ocorreu fora do período de referência (1808-1821). Trata-se de um acontecimento ocorrido no Primeiro Reinado, quando o imperador D. Pedro I passava por crises políticas e econômicas. Foi um conflito entre portugueses e brasileiros nas ruas do Rio de Janeiro e que veio a somar como um fator para a abdicação de D. Pedro I.

 

Letra D: expulsão do rei português de terras brasileiras, por sua resistência em aceitar a constituição elaborada pela Assembleia Constituinte e a imposição de uma constituição por ele outorgada.

 

D. João VI não foi expulso do Brasil. Em 1821, ele necessitou retornar a Portugal em função da pressão exercida pelas Cortes de Lisboa

que exigiram o retorno do rei para jurar a Constituição liberal elaborada por esse órgão.

   

Referências:

 

FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2ª edição. São Paulo: EdUSP, 1995.

 

SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

1078) Leia a charge a seguir:

  • A) F V F.
  • B) V V V.
  • C) V F V.
  • D) F F F.

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A alternativa correta é letra B) V V V.

Gabarito da banca: Letra B

 

Meu gabarito: Anulada por ausência de alternativa correta

 

A sequência correta da banca seria: V, V, V

 

Minha sequência seria: F, V, V

 

 

Vamos analisar as proposições.

 

(F) A charge se refere à influência dos E.U.A. no Revolucionário Tiradentes.

 

Tomando a charge como o documento para ser analisado a alternativa seria falsa. Em primeiro lugar, a charge é pertencente às histórias da personagem Mafalda, criada pelo cartunista argentino Quino. Logo, qualquer referência seria com base na história nacional argentina e não na história nacional brasileira. Um segundo ponto é que a charge faz referência ao momento no qual os EUA e o seu modo de vida americano (american way of life) se espalham pela Europa e pela América do Sul. Esse modo de vida americano consistia no consumo das produções norte-americanas, fossem os filmes, as músicas e os produtos.

 

(V) Tiradentes era um entusiasmado leitor da Declaração da Independência dos E.U.A.

 

Durante o período da mineração muitas obras de intelectuais iluministas e de revolucionários norte-americanos circularam de forma contrabandeada pelas Minas Gerais. Tiradentes teve contato com obras que criticavam os governos absolutistas europeus e se entusiasmou pela revolução promovida pelos colonos ingleses contra a sua metrópole que resultou na liberdade e na independência das 13 colônias. Segundo Pedro Doria, Tiradentes costumava se reunir com intelectuais para pedir a tradução desses livros estrangeiros. Um deles, o Recueil de loix consituitives des colonies angloises, confédérées sous la dénomination d’États-Unis de l’Amérique Septentrionale agregava as constituições de seis das treze colônias norte-americanas, a Declaração de Independência escrita por Thomas Jefferson, o Ato que liberava a navegação dentro dos estados constituídos e uma penca de outros documentos jurídicos.

 

 

(V) A independência dos E.U.A. entusiasmou muitos intelectuais do final do século XVIII na Europa Ocidental e na Américas.

 

Segundo Pedro Doria, Os Estados Unidos eram a maior inspiração de vários dos intelectuais e políticos contrários ao Antigo Regime na Europa porque os colonos norte-americanos conseguiram materializar os ideais que eram discutidos no continente europeu. Na América, os EUA e sua república sempre foram vistos como modelo alternativo à monarquia. No Brasil colônia, os inconfidentes mineiros devoravam o que podia sobre as ideias que moveram a independência norte-americana para tomarem como base para o seu movimento revolucionário.

 

 

Referências:

 

DORIA, Pedro. 1789: A história de Tiradentes e dos contrabandistas, assassinos e poetas que lutaram pela independência do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.

 

SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

1079) “E agora, fanfarrão, agora falo contigo,

  • A) Conjuração Baiana, que tinha por objetivo a emancipação da região, fato que contribuiria para a facilitação do comércio, haja vista a anulação do exclusivo colonial.
  • B) Inconfidência Mineira, movimento influenciado pelo ideário dos rebeldes da Revolução Americana e planejado após o anúncio da cobrança da derrama.
  • C) Revolta de Beckman, na qual colonos do Maranhão colocaram-se contra o domínio jesuíta na região e a proibição da escravização dos índios.
  • D) Revolta de Felipe dos Santos, cujo líder foi julgado e executado na própria Capitania de Minas por ter-se colocado contrário à criação das Casas de Fundição.

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A alternativa correta é letra B) Inconfidência Mineira, movimento influenciado pelo ideário dos rebeldes da Revolução Americana e planejado após o anúncio da cobrança da derrama.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar a qual evento histórico os versos se referem.

 

A) Conjuração Baiana, que tinha por objetivo a emancipação da região, fato que contribuiria para a facilitação do comércio, haja vista a anulação do exclusivo colonial.

INCORRETO. A Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, foi um movimento de caráter popular que ocorreu na Bahia em 1798, com forte influência dos ideais iluministas difundidos pela Revolução Francesa. No entanto, o poema de Tomás Antônio Gonzaga, "Cartas Chilenas", não faz referência a esse movimento, mas sim à Inconfidência Mineira, na qual o autor foi um dos principais envolvidos.

 

B) Inconfidência Mineira, movimento influenciado pelo ideário dos rebeldes da Revolução Americana e planejado após o anúncio da cobrança da derrama.

CORRETO. O poema "Cartas Chilenas" é uma sátira política escrita por Tomás Antônio Gonzaga, um dos inconfidentes mineiros, que critica a administração do governador de Minas Gerais, Luís da Cunha Meneses. A "cobrança tão rápida e tão forte" mencionada no poema refere-se à derrama, um imposto cobrado pela Coroa Portuguesa sobre a produção de ouro na colônia, que foi uma das principais causas da Inconfidência Mineira.

 

C) Revolta de Beckman, na qual colonos do Maranhão colocaram-se contra o domínio jesuíta na região e a proibição da escravização dos índios.

INCORRETO. A Revolta de Beckman foi um movimento que ocorreu no Maranhão no final do século XVII, muito antes da Inconfidência Mineira e da publicação das "Cartas Chilenas". O poema de Tomás Antônio Gonzaga não faz referência a esse evento.

 

D) Revolta de Felipe dos Santos, cujo líder foi julgado e executado na própria Capitania de Minas por ter-se colocado contrário à criação das Casas de Fundição.

INCORRETO. A Revolta de Felipe dos Santos, também conhecida como Revolta de Vila Rica, ocorreu em Minas Gerais no início do século XVIII, também antes da Inconfidência Mineira e da publicação das "Cartas Chilenas". Embora tenha sido um movimento contra a cobrança de impostos pela Coroa Portuguesa, não é a esse evento que o poema de Tomás Antônio Gonzaga se refere.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

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1080)   Texto associado

  • A) Conjuração Baiana, que tinha por objetivo a emancipação da região, fato que contribuiria para a facilitação do comércio, haja vista a anulação do exclusivo colonial.
  • B) Inconfidência Mineira, movimento influenciado pelo ideário dos rebeldes da Revolução Americana e planejado após o anúncio da cobrança da derrama.
  • C) Revolta de Beckman, na qual colonos do Maranhão colocaram-se contra o domínio jesuíta na região e a proibição da escravização dos índios.
  • D) Revolta de Felipe dos Santos, cujo líder foi julgado e executado na própria Capitania de Minas por ter-se colocado contrário à criação das Casas de Fundição

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A alternativa correta é letra B) Inconfidência Mineira, movimento influenciado pelo ideário dos rebeldes da Revolução Americana e planejado após o anúncio da cobrança da derrama.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar a qual movimento o texto se refere.

 

A) Conjuração Baiana, que tinha por objetivo a emancipação da região, fato que contribuiria para a facilitação do comércio, haja vista a anulação do exclusivo colonial.

INCORRETO. A Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, foi um movimento de caráter popular e emancipacionista, que ocorreu em 1798, na Bahia. Apesar de seu caráter revolucionário, não há no texto referência à emancipação da região ou à anulação do exclusivo colonial. O texto se refere a uma cobrança rápida e forte, mas não especifica que essa cobrança estaria relacionada com o exclusivo colonial. Alternativa errada.

 

B) Inconfidência Mineira, movimento influenciado pelo ideário dos rebeldes da Revolução Americana e planejado após o anúncio da cobrança da derrama.

CORRETO. A Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, foi um movimento de caráter separatista que tinha como um dos seus principais objetivos a independência de Minas Gerais em relação à Coroa Portuguesa. Um dos gatilhos para a revolta foi o anúncio da cobrança da derrama, um imposto cobrado pela Coroa Portuguesa quando não se atingia a cota de arrecadação do quinto (20%) sobre a exploração do ouro. A cobrança da derrama é mencionada no texto como uma "cobrança tão rápida e tão forte", o que está em linha com a natureza desse imposto, que era cobrado de forma abrupta e intensa. Alternativa correta.

 

C) Revolta de Beckman, na qual colonos do Maranhão colocaram-se contra o domínio jesuíta na região e a proibição da escravização dos índios.

INCORRETO. A Revolta de Beckman ocorreu em 1684, no Maranhão, e foi uma reação dos colonos contra o domínio dos jesuítas e a proibição da escravização dos índios. No entanto, o texto não faz menção a nenhum desses elementos. A cobrança mencionada no texto não parece estar relacionada com a questão da escravização dos índios ou com o domínio jesuíta. Alternativa errada.

 

D) Revolta de Felipe dos Santos, cujo líder foi julgado e executado na própria Capitania de Minas por ter-se colocado contrário à criação das Casas de Fundição.

INCORRETO. A Revolta de Felipe dos Santos, também conhecida como Revolta de Vila Rica, ocorreu em 1720, em Minas Gerais, e foi uma reação contra a criação das Casas de Fundição, que visavam controlar a produção e a circulação do ouro na região. No entanto, o texto não faz menção à criação das Casas de Fundição, mas sim a uma "cobrança rápida e forte". Além disso, não há no texto nenhuma referência à execução do líder da revolta. Alternativa errada.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

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