Questões Sobre Período Colonial - História - concurso
1081) Dentre as tentativas de emancipação política, ao final do período colonial, a Inconfidência Mineira e a Baiana – A Revolta dos Alfaiates – merecem especial destaque. Quando se estabelece uma comparação entre ambas, percebe-se que:
- A) Apesar de Tiradentes, a Inconfidência Mineira foi mais elitista e intelectual que a Baiana, que foi popular e teve a participação de alforriados e indivíduos de origem humilde.
- B) Baianos e mineiros tinham opiniões muito semelhantes sobre o destino que pretendiam para o futuro do país, que ambos queriam ver livre do domínio colonial português.
- C) Com efeito, dizer que alguém, à época, pensasse em independência nacional, não passa de um erro da historiografia em relação aos dois movimentos.
- D) Conjuntamente, não conseguiram sucesso, apesar do preparo militar coletivo, porque um grupo acabou por delatar o outro por questões de natureza local.
A alternativa correta é letra A) Apesar de Tiradentes, a Inconfidência Mineira foi mais elitista e intelectual que a Baiana, que foi popular e teve a participação de alforriados e indivíduos de origem humilde.
Vamos analisar cada alternativa para identificar a correta:
A) Apesar de Tiradentes, a Inconfidência Mineira foi mais elitista e intelectual que a Baiana, que foi popular e teve a participação de alforriados e indivíduos de origem humilde.
CORRETO. A Inconfidência Mineira (1789) foi um movimento que teve como principais líderes membros da elite colonial, como proprietários de terra e de minas, além de profissionais liberais e intelectuais. Apesar da participação de Tiradentes, que era um alferes (cargo militar de baixa patente) e que acabou sendo a figura mais destacada do movimento, a Inconfidência Mineira teve um caráter mais elitista. Já a Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates (1798), teve uma participação popular mais expressiva, com a presença de alfaiates, soldados, escravos e alforriados. Portanto, a alternativa está correta.
B) Baianos e mineiros tinham opiniões muito semelhantes sobre o destino que pretendiam para o futuro do país, que ambos queriam ver livre do domínio colonial português.
INCORRETO. Apesar de ambos os movimentos terem como objetivo a independência do Brasil, as propostas para o futuro do país eram diferentes. A Inconfidência Mineira, por exemplo, propunha a instauração de uma república, a criação de universidades e a promoção de indústrias. Já a Conjuração Baiana propunha a igualdade de todos os cidadãos, a abolição da escravidão e a instauração de um governo democrático. Portanto, a alternativa está incorreta.
C) Com efeito, dizer que alguém, à época, pensasse em independência nacional, não passa de um erro da historiografia em relação aos dois movimentos.
INCORRETO. É consenso entre os historiadores que tanto a Inconfidência Mineira quanto a Conjuração Baiana tinham como objetivo a independência do Brasil. Portanto, a alternativa está incorreta.
D) Conjuntamente, não conseguiram sucesso, apesar do preparo militar coletivo, porque um grupo acabou por delatar o outro por questões de natureza local.
INCORRETO. A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana foram movimentos que ocorreram em momentos diferentes e em regiões diferentes do Brasil. Não há registros históricos que apontem para uma delação entre os grupos. Além disso, a frase "preparo militar coletivo" é imprecisa, pois a Conjuração Baiana, por exemplo, teve uma participação popular expressiva, incluindo indivíduos que não tinham preparo militar. Portanto, a alternativa está incorreta.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA A.
1082) A Inconfidência Mineira, inspirada no iluminismo, foi um movimento contra o aumento da opressão de Portugal sobre a Colônia. As idéias das luzes chegavam até até os articuladores do movimento por meio de
- A) cartas de filósofos europeus recebidas pelos intelectuais da Colônia.
- B) livros encomendados legalmente da Metrópole.
- C) membros e filhos da elite econômica que iam estudar na Europa.
- D) publicações nos jornais locais .
A alternativa correta é letra C) membros e filhos da elite econômica que iam estudar na Europa.
Vamos analisar cada alternativa para identificar como as ideias iluministas chegavam até os articuladores da Inconfidência Mineira.
A) cartas de filósofos europeus recebidas pelos intelectuais da Colônia.
INCORRETO. Não há registros históricos que comprovem que os intelectuais da Colônia recebiam cartas diretamente de filósofos europeus. As ideias iluministas eram disseminadas principalmente por meio de livros e publicações, não por correspondências pessoais.
B) livros encomendados legalmente da Metrópole.
INCORRETO. A encomenda de livros da Metrópole era uma prática comum, porém, muitos dos livros que continham as ideias iluministas eram considerados subversivos e, portanto, proibidos pela censura portuguesa. Assim, esses livros não poderiam ser encomendados legalmente.
C) membros e filhos da elite econômica que iam estudar na Europa.
CORRETO. Muitos membros da elite colonial brasileira, incluindo alguns dos inconfidentes, estudaram na Europa, onde tiveram contato direto com as ideias iluministas. Essa foi uma das principais formas de disseminação dessas ideias na Colônia.
D) publicações nos jornais locais.
INCORRETO. A imprensa na Colônia estava sob rigoroso controle da Coroa portuguesa, que censurava qualquer conteúdo considerado subversivo. Portanto, as ideias iluministas não poderiam ser disseminadas através de publicações em jornais locais.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA C.
1083) “Liberdade é algo que o sonho humano alimenta
- A) a morte, por enforcamento, de quatro dos líderes mais humildes.
- B) a participação popular que inclui mulatos, negros livres e escravos.
- C) o desejo de abolir a escravidão defendendo a igualdade de raça e de cor.
- D) o desejo de proclamar a independência e a república, influenciadas pelo iluminismo.
A alternativa correta é letra D) o desejo de proclamar a independência e a república, influenciadas pelo iluminismo.
Vamos analisar cada alternativa para identificar a característica comum às inconfidências Mineira e Baiana no século XVIII.
A) a morte, por enforcamento, de quatro dos líderes mais humildes.
INCORRETO. Na Inconfidência Mineira, Tiradentes foi o único líder condenado à morte por enforcamento. Os demais foram condenados ao degredo. Na Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, quatro líderes foram enforcados, porém, não é correto afirmar que eram os mais humildes. Portanto, a alternativa está errada.
B) a participação popular que inclui mulatos, negros livres e escravos.
INCORRETO. A Inconfidência Mineira foi uma conspiração elitista, liderada por intelectuais, militares e proprietários de minas, sem a participação popular. A Conjuração Baiana, no entanto, teve participação popular, incluindo mulatos, negros livres e escravos. Portanto, a alternativa está errada.
C) o desejo de abolir a escravidão defendendo a igualdade de raça e de cor.
INCORRETO. A Inconfidência Mineira, embora influenciada pelos ideais iluministas, não defendeu a abolição da escravidão. A Conjuração Baiana defendeu a abolição da escravidão, mas não foi uma característica comum a ambas as revoltas. Portanto, a alternativa está errada.
D) o desejo de proclamar a independência e a república, influenciadas pelo iluminismo.
CORRETO. Ambas as revoltas, a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, foram influenciadas pelos ideais iluministas e desejavam proclamar a independência e a república. A Inconfidência Mineira foi influenciada diretamente pela independência dos Estados Unidos e a Conjuração Baiana foi influenciada pela Revolução Francesa. Portanto, a alternativa está correta.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA D.
1084) A Inconfidência Mineira aparece na historiografia brasileira como o primeiro evento com ideal de emancipação. Dele surge a figura de Tiradentes como o grande herói do movimento e que passou a ser visto como herói nacional. José Murilo de Carvalho, em seu livro “A Formação das Almas “, faz interessantes reflexões sobre a construção da figura de herói e relaciona Tiradentes à República. A República precisava de um ícone que fizesse com que a sociedade se identificasse com o novo regime político. Muitos nomes foram cogitados, como Quintino Bocaiúva e o Marechal Deodoro da Fonseca, mas o nome de Tiradentes prevaleceu como o mais forte, porque
- A) defendia idéias caras à República, como o liberalismo político.
- B) encarnava a imagem do homem que sacrificou sua vida pela causa republicana.
- C) morreu enforcado, defendendo a libertação dos escravos e a República.
- D) representava uma figura próxima da Monarquia e sempre a exaltava.
A alternativa correta é letra B) encarnava a imagem do homem que sacrificou sua vida pela causa republicana.
Vamos analisar cada alternativa para entender por que Tiradentes foi escolhido como ícone da República.
A) defendia idéias caras à República, como o liberalismo político.
INCORRETO. Tiradentes, em sua atuação na Inconfidência Mineira, não defendeu explicitamente ideias como o liberalismo político. A Inconfidência Mineira foi um movimento que buscava a independência de Minas Gerais em relação à Coroa Portuguesa, motivado principalmente pela insatisfação com os altos impostos cobrados pela Coroa e a exploração do ouro na região. O movimento não tinha um caráter republicano ou liberal claro, e Tiradentes não é conhecido por ter defendido ideias de liberalismo político. Alternativa errada.
B) encarnava a imagem do homem que sacrificou sua vida pela causa republicana.
CORRETO. Tiradentes é conhecido por ter sido o único dos inconfidentes condenado à morte, tendo sido enforcado em 1792. Sua figura é frequentemente associada à ideia de sacrifício pela causa da independência, o que se alinha com os ideais republicanos de luta pela liberdade e pela soberania do povo. Além disso, a escolha de Tiradentes como herói nacional pela República teve o objetivo de criar um ícone que rompesse com a tradição monárquica e que representasse os ideais republicanos de luta e sacrifício. Alternativa correta.
C) morreu enforcado, defendendo a libertação dos escravos e a República.
INCORRETO. Tiradentes foi de fato enforcado, mas não há evidências históricas de que ele tenha defendido a libertação dos escravos ou a instauração de uma República. A Inconfidência Mineira buscava a independência de Minas Gerais da Coroa Portuguesa, mas não tinha um caráter abolicionista ou republicano claro. Alternativa errada.
D) representava uma figura próxima da Monarquia e sempre a exaltava.
INCORRETO. Tiradentes, como líder da Inconfidência Mineira, representava justamente o oposto: uma figura de resistência à Monarquia Portuguesa. A Inconfidência Mineira buscava a independência de Minas Gerais em relação à Coroa Portuguesa, e Tiradentes é conhecido por ter sido o único dos inconfidentes condenado à morte por essa causa. Alternativa errada.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.
1085) Texto associado
- A) Conjuração Baiana e a Inconfidência Mineira.
- B) Conspiração dos Suassunas e a Conjuração Baiana.
- C) Conspiração dos Suassunas e a Revolução Pernambucana.
- D) Inconfidência do Rio de Janeiro e a Inconfidência de Curvelo.
A alternativa correta é letra A) Conjuração Baiana e a Inconfidência Mineira.
Vamos analisar cada alternativa, para identificar os movimentos que correspondem às descrições do texto.
A) Conjuração Baiana e a Inconfidência Mineira.
CORRETO. A primeira parte do texto descreve a Conjuração Baiana, também conhecida como "Conspiração dos Alfaiates", que ocorreu em 1798 na Bahia. Este movimento reuniu uma variedade de classes sociais, incluindo pequenos comerciantes, pessoas pobres e militares, e foi duramente reprimido pelas autoridades coloniais portuguesas, resultando em cinco condenações à pena de morte. A segunda parte do texto descreve a Inconfidência Mineira, um movimento conspiratório que veio à tona no início de 1789 em Minas Gerais. O objetivo deste movimento era libertar a região do domínio português e, embora houvesse várias condenações à morte, apenas uma não foi comutada em degredo.
B) Conspiração dos Suassunas e a Conjuração Baiana.
INCORRETO. A Conspiração dos Suassunas não corresponde à descrição do primeiro movimento mencionado no texto. Este movimento ocorreu em Pernambuco, no século XIX, e não no final do século XVIII, como indicado no texto. Além disso, a Conspiração dos Suassunas não foi tão amplamente reprimida como a Conjuração Baiana, nem resultou em várias condenações à pena de morte.
C) Conspiração dos Suassunas e a Revolução Pernambucana.
INCORRETO. Como mencionado acima, a Conspiração dos Suassunas não corresponde à descrição do primeiro movimento mencionado no texto. Além disso, a Revolução Pernambucana, que ocorreu em 1817, não corresponde à descrição do segundo movimento mencionado no texto. A Revolução Pernambucana foi um movimento separatista que envolveu uma variedade de classes sociais e resultou em várias condenações à morte, mas não foi um movimento conspiratório que veio à tona no início de 1789.
D) Inconfidência do Rio de Janeiro e a Inconfidência de Curvelo.
INCORRETO. Nenhuma dessas opções corresponde às descrições dos movimentos mencionados no texto. A Inconfidência do Rio de Janeiro e a Inconfidência de Curvelo não são movimentos históricos reconhecidos que ocorreram no final do século XVIII no Brasil.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA A.
1086) No quadro dos movimentos políticos e intelectuais que marcaram a crise do sistema colonial no Brasil, a Inconfidência Baiana ocupa um papel muito especial, porque
- A) restringiu-se a uma elite de letrados e brancos livres.
- B) limitou-se a preocupações de caráter puramente político.
- C) contou com o apoio dos católicos do Recôncavo baiano.
- D) expressou o descontentamento das camadas mais humildes da sociedade.
A alternativa correta é letra D) expressou o descontentamento das camadas mais humildes da sociedade.
Vamos analisar as alternativas para entender o papel da Inconfidência Baiana na crise do sistema colonial no Brasil:
A) restringiu-se a uma elite de letrados e brancos livres.
INCORRETO. A Inconfidência Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, foi um movimento popular, que contou com a participação de diversos segmentos da sociedade, incluindo alfaiates, soldados, escravos e libertos. Diferentemente da Inconfidência Mineira, que foi um movimento elitista, a Inconfidência Baiana teve um caráter popular e contou com a participação de pessoas de diferentes estratos sociais.
B) limitou-se a preocupações de caráter puramente político.
INCORRETO. A Inconfidência Baiana teve um caráter político, mas também social e econômico. O movimento foi uma resposta à política econômica colonial, que impunha pesados impostos e dificultava o desenvolvimento da economia local. Além disso, a revolta também expressava o descontentamento social com a desigualdade e a opressão sofridas pelas camadas mais baixas da sociedade.
C) contou com o apoio dos católicos do Recôncavo baiano.
INCORRETO. A afirmação de que a Inconfidência Baiana contou com o apoio dos católicos do Recôncavo baiano é imprecisa. O movimento contou com a participação de diversos segmentos da sociedade, mas não há evidências que apontem especificamente para o apoio dos católicos do Recôncavo baiano.
D) expressou o descontentamento das camadas mais humildes da sociedade.
CORRETO. A Inconfidência Baiana expressou o descontentamento das camadas mais humildes da sociedade. O movimento reuniu alfaiates, soldados, escravos e libertos, que se revoltaram contra a opressão colonial e a desigualdade social. A revolta foi uma resposta à política econômica colonial, que impunha pesados impostos e dificultava o desenvolvimento da economia local.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA D.
1087) O movimento conhecido como Inconfidência Mineira ocorreu em 1789 e não foi uma revolta de caráter popular, o que a diferenciava estruturalmente da Conjuração Baiana. A Inconfidência Mineira visava, basicamente, ao
- A) fim da escravidão africana, considerada desumana.
- B) fim da opressão portuguesa que prejudicava a elite mineira.
- C) fortalecimento das camadas mais empobrecidas da população colonial.
- D) fortalecimento dos movimentos abolicionistas que se expandiam.
A alternativa correta é letra B) fim da opressão portuguesa que prejudicava a elite mineira.
Vamos analisar cada alternativa, para identificar o objetivo básico da Inconfidência Mineira.
A) fim da escravidão africana, considerada desumana.
INCORRETO. O movimento da Inconfidência Mineira não tinha como objetivo o fim da escravidão africana. A escravidão era uma prática comum na época e a elite mineira, que era a principal força por trás do movimento, dependia da mão de obra escrava para a exploração das minas. Portanto, não seria do interesse deles acabar com a escravidão. Alternativa errada.
B) fim da opressão portuguesa que prejudicava a elite mineira.
CORRETO. A Inconfidência Mineira foi um movimento liderado pela elite mineira, que se sentia prejudicada pela metrópole portuguesa. O estopim do movimento foi a derrama, um imposto cobrado pela Coroa Portuguesa sobre o quinto do ouro, que era a parte que cabia à Coroa de toda a produção de ouro da colônia. A cobrança desse imposto estava prejudicando a elite mineira e foi um dos principais motivos para o início da conspiração. Alternativa correta.
C) fortalecimento das camadas mais empobrecidas da população colonial.
INCORRETO. A Inconfidência Mineira não tinha como objetivo o fortalecimento das camadas mais empobrecidas da população colonial. Como já mencionado, o movimento foi liderado pela elite mineira e os interesses dessa classe eram os que predominavam nas discussões e nos objetivos do movimento. Alternativa errada.
D) fortalecimento dos movimentos abolicionistas que se expandiam.
INCORRETO. A Inconfidência Mineira não tinha como objetivo o fortalecimento dos movimentos abolicionistas. Na época do movimento, em 1789, a escravidão ainda era uma prática comum e aceita. Os movimentos abolicionistas só começaram a ganhar força no Brasil a partir do século XIX, décadas após a Inconfidência Mineira. Alternativa errada.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.
1088) Quase dez anos depois da inconfidência mineira, ocorreu na Bahia um novo movimento revolucionário que difteria do episódio mineiro por um motivo fundamental: foi promovido por brancos e negros pobres.
- A) da liberdade, igualdade e fraternidade.
- B) da violência, força e poder.
- C) do anarquismo e comunismo.
- D) do capitalismo e livre concorrência.
A alternativa correta é letra A) da liberdade, igualdade e fraternidade.
Vamos analisar cada alternativa, para identificar os princípios que inspiraram a Conjuração Baiana.
A) da liberdade, igualdade e fraternidade.
CORRETO. A Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, tinha como um de seus principais ideais os princípios da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. Este movimento, que ocorreu em 1798, foi marcado por sua composição social diversa, envolvendo tanto brancos quanto negros pobres. Os conjurados buscavam a independência do Brasil, a implantação de uma república democrática, a liberdade de comércio e a igualdade de todos perante a lei, entre outras demandas. Portanto, essa alternativa está correta.
B) da violência, força e poder.
INCORRETO. A Conjuração Baiana, apesar de ser um movimento revolucionário, não tinha como princípios a violência, força e poder. Seu objetivo era promover a independência do Brasil e a instauração de uma república democrática, inspirada pelos ideais da Revolução Francesa de liberdade, igualdade e fraternidade. Eles não buscavam o poder pelo poder, mas a transformação da sociedade em uma base mais igualitária e justa. Portanto, essa alternativa está incorreta.
C) do anarquismo e comunismo.
INCORRETO. A Conjuração Baiana ocorreu em 1798, muito antes das teorias anarquistas e comunistas serem formuladas e disseminadas. Portanto, não poderiam ser os princípios que inspiraram esse movimento. Além disso, os ideais da Conjuração Baiana estavam mais alinhados com os princípios da Revolução Francesa, como liberdade, igualdade e fraternidade, do que com as teorias anarquistas ou comunistas. Portanto, essa alternativa está incorreta.
D) do capitalismo e livre concorrência.
INCORRETO. A Conjuração Baiana não tinha como princípios o capitalismo e a livre concorrência. O movimento visava a independência do Brasil e a instauração de uma república democrática, com igualdade de todos perante a lei e liberdade de comércio. No entanto, esses princípios não são sinônimos de capitalismo e livre concorrência, que envolvem a propriedade privada dos meios de produção e a competição no mercado. Portanto, essa alternativa está incorreta.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA A.
1089) Dentre as tentativas de emancipação política, ao final do período colonial, a Inconfidência Mineira e a Baiana — À Revolta dos Alfaiates — merecem especial destaque. Quando se estabelece uma comparação entre ambas, percebe-se que:
- A) Apesar de Tiradentes, a Inconfidência Mineira foi mais elitista e intelectual que a Baiana, que foi popular & teve a participação de alforriados e indivíduos de origem humilde.
- B) Baianos e mineiros tinham opiniões muito semelhantes sobre o destino que pretendiam para o futuro do pais, que ambos queriam ver livre do domínio colonial português.
- C) Com efeito, dizer que alguém, à época, pensasse em independência nacional, não passa de um erro da historiografia em relação aos dois movimentos.
- D) Conjuntamente, não conseguiram sucesso, apesar do preparo militar coletivo, porque um grupo acabou por delatar o outro por questões de natureza local.
A alternativa correta é letra A) Apesar de Tiradentes, a Inconfidência Mineira foi mais elitista e intelectual que a Baiana, que foi popular & teve a participação de alforriados e indivíduos de origem humilde.
Vamos analisar cada alternativa, para identificar as características que diferenciam e assemelham a Inconfidência Mineira e a Revolta dos Alfaiates (Baiana).
A) Apesar de Tiradentes, a Inconfidência Mineira foi mais elitista e intelectual que a Baiana, que foi popular e teve a participação de alforriados e indivíduos de origem humilde.
CORRETO. A Inconfidência Mineira foi um movimento separatista que ocorreu em 1789, no período colonial, na então capitania de Minas Gerais, no Brasil. O movimento foi liderado por um grupo de intelectuais e elites locais, como alferes Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa e outros. Já a Revolta dos Alfaiates, também conhecida como a Conjuração Baiana, foi um movimento de caráter popular que ocorreu em 1798, na cidade de Salvador, na Bahia. Diferente da Inconfidência Mineira, a Revolta dos Alfaiates contou com a participação de pessoas de origem humilde, como alfaiates, soldados, escravos e alforriados. Portanto, a alternativa está correta.
B) Baianos e mineiros tinham opiniões muito semelhantes sobre o destino que pretendiam para o futuro do país, que ambos queriam ver livre do domínio colonial português.
INCORRETO. Apesar de ambos os movimentos terem como objetivo a libertação do domínio colonial português, as visões de futuro para o país eram distintas. A Inconfidência Mineira, liderada por elites locais, tinha como objetivo a criação de uma república independente, com capital em São João del-Rei e a instauração de uma universidade. Já a Revolta dos Alfaiates tinha um caráter mais popular e radical, com propostas como a igualdade de todos os cidadãos, a abolição da escravidão e a distribuição de terras. Portanto, a alternativa está incorreta.
C) Com efeito, dizer que alguém, à época, pensasse em independência nacional, não passa de um erro da historiografia em relação aos dois movimentos.
INCORRETO. Ambos os movimentos, a Inconfidência Mineira e a Revolta dos Alfaiates, tinham como objetivo a independência do domínio colonial português. Apesar das diferenças nas propostas para o futuro do país, como mencionado na alternativa anterior, a ideia de independência estava presente em ambos os movimentos. Portanto, a alternativa está incorreta.
D) Conjuntamente, não conseguiram sucesso, apesar do preparo militar coletivo, porque um grupo acabou por delatar o outro por questões de natureza local.
INCORRETO. Ambos os movimentos, a Inconfidência Mineira e a Revolta dos Alfaiates, foram reprimidos pelas autoridades coloniais portuguesas e não conseguiram atingir seus objetivos. No entanto, a razão para o fracasso de ambos os movimentos não foi a delação de um grupo pelo outro, mas sim a repressão das autoridades coloniais e a falta de apoio popular em larga escala. Portanto, a alternativa está incorreta.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA A.
1090) Assim, na manhã quente de 8 de novembro de 1799, segundo o frei, as tropas de linha ocuparam desde cedo a Praça da Liberdade, amplo quadrilátero localizado no centro de Salvador. O povo curioso não parava de chegar […]. Logo após, os condenados a degredo caminhavam de mãos atadas às costas, precedidos do porteiro do Conselho, com as insígnias do seu cargo, seguido dos quatro réus condenados à pena capital pelo crime de lesa-majestade de primeira cabeça (VALIM, 2009). A respeito da Conjuração Baiana, assinale a alternativa incorreta.
- A) Condenados por conspirarem contra a Coroa de Portugal, dois alfaiates e dois soldados foram considerados os réus do movimento qualificado pelas autoridades do Tribunal da Relação da Bahia, em 1799, de “Sedição dos Mulatos”
- B) Parte dos historiadores que versaram sobre a Conjuração Baiana de 1798, perceberam certo grau de coerência entre a tentativa de participação política dos setores populares e a ideia de república
- C) Conjuração Baiana foi uma revolta social de caráter burguês, que ocorreu na Bahia em 1798. Recebeu uma importante influência dos ideais do Renascimento Cultural e Revolução Industrial
- D) A Conjuração Baiana de 1798 deixa de ser um evento de identificação regional, para tornar-se o representante das mais profundas aspirações de amplos setores da sociedade brasileira
- E) Esse movimento defendia a emancipação política do Brasil, ou seja, o fim do pacto colonial com Portugal e a instauração e implantação da República
A alternativa correta é letra C) Conjuração Baiana foi uma revolta social de caráter burguês, que ocorreu na Bahia em 1798. Recebeu uma importante influência dos ideais do Renascimento Cultural e Revolução Industrial
Gabarito: Letra C
A questão deseja saber qual das alternativas é a incorreta.
A incorreta é a letra C, pois a Conjuração Baiana não foi uma revolta social burguesa e nem recebeu influência do Renascimento e da Revolução Industrial.
O que foi a Conjuração?
Foi um movimento popular composto por homens livres, pardos, escravos, artesãos, alfaiates e militares de baixa patente contra a administração portuguesa na Bahia em 1798. Além disso, o movimento lutou contra a crise de abastecimento alimentício pela qual passava a cidade de Salvador.
Segundo Boris Fausto, o levante foi a primeira expressão de uma corrente de raiz popular que combinou aspirações independentistas com reivindicações sociais.
O levante tinha inspirações nos ideais iluministas que proclamavam a liberdade dos indivíduos, o republicanismo, a vontade popular como força de transformação. Concretamente já havia ocorrido movimentos revolucionários de caráter parecido em São Domingos (atual Haiti) e na França que serviram de exemplos para os revolucionários de Salvador.
As demais estão certas, pois:
Letra A: Condenados por conspirarem contra a Coroa de Portugal, dois alfaiates e dois soldados foram considerados os réus do movimento qualificado pelas autoridades do Tribunal da Relação da Bahia, em 1799, de “Sedição dos Mulatos”
De acordo com Patrícia Valim, um dos primeiros documentos produzidos durante o contexto da revolta classificou o movimento como uma sedição dos mulatos. Em 1799, quatro homens foram enforcados e esquartejados na Praça da Piedade, em Salvador. Condenados por conspirarem contra a Coroa portuguesa, os alfaiates João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos Lira e os soldados Lucas Dantas de Amorim Torres e Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga foram considerados os réus do movimento.
Letra B: Parte dos historiadores que versaram sobre a Conjuração Baiana de 1798, perceberam certo grau de coerência entre a tentativa de participação política dos setores populares e a ideia de república.
Como em História tudo gera discussão e debates, parte da historiografia, sobretudo a do século XX, enxergou nos escritos dos participantes do movimento uma defesa do ideal republicano. Assim como o próprio nome do acontecimento (Conjuração Baiana) já foi identificado por nomenclaturas diferentes ao longo da historiografia nacional.
Letra D: A Conjuração Baiana de 1798 deixa de ser um evento de identificação regional, para tornar-se o representante das mais profundas aspirações de amplos setores da sociedade brasileira
Essa foi uma visão dos historiadores e estudiosos da formação brasileira na década de 1930 a 1950. Segundo Patrícia Valim, autores como Caio Prado Jr. E Affonso Ruy enxergaram esse evento como uma “ponte” para a transformação do estado brasileiro. Ao ver na conjuração ideias nacionalistas (Caio Prado Jr.) e socialistas (Affonso Ruy), cada pesquisador ao seu modo associou o acontecimento de 1798 às suas expectativas e/ou desejos de mudança no país durante as décadas de 1930 a 1950.
Letra E: Esse movimento defendia a emancipação política do Brasil, ou seja, o fim do pacto colonial com Portugal e a instauração e implantação da República
A conjuração foi entendida pelos historiadores como um movimento que visava à independência do Brasil, logo, poria fim ao chamado Pacto Colonial, já que o Brasil independente não guardaria mais relações com a metrópole. Para alguns desses historiadores, o evento de 1798 seria um prelúdio, possibilitando que suas ideias sejam recuperadas nos acontecimentos do século XIX que pleitearam a independência, como, por exemplo, a Revolução Pernambucana.
Referências:
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2ª edição. São Paulo: EdUSP, 1995
VALIM, Patrícia. Da Sedição dos mulatos à Conjuração Baiana de 1798: a construção de uma memória histórica. Dissertação de Mestrado em História. São Paulo: USP, 2007.