Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

A alternativa correta é letra E) Guerra dos Emboabas

Vamos analisar cada alternativa para identificar o movimento liderado pelos paulistas, ocorrido nas Gerais, contra a presença na região de mineradores vindos da Metrópole e de outras partes da Colônia.

A) Revolução Praieira

INCORRETO. A Revolução Praieira (1848-1850) foi um conflito ocorrido em Pernambuco, no período do Brasil Império, portanto, não corresponde ao período colonial nem à região de Minas Gerais, como indicado na questão. Foi uma revolta de caráter liberal e federalista, que tinha como um de seus objetivos o fim do poder dos grandes proprietários rurais. Portanto, essa alternativa é incorreta.

B) Revolta de Vila Rica

INCORRETO. A Revolta de Vila Rica, também conhecida como Inconfidência Mineira, foi um movimento de caráter separatista que ocorreu em Minas Gerais no final do século XVIII. Entretanto, não foi liderada pelos paulistas, e sim por um grupo de intelectuais, militares e profissionais liberais mineiros. Além disso, a revolta não foi contra a presença de mineradores vindos da Metrópole e de outras partes da Colônia, mas sim contra a exploração e os altos impostos cobrados pela Coroa Portuguesa. Portanto, essa alternativa é incorreta.

C) Revolta de Beckman

INCORRETO. A Revolta de Beckman aconteceu no Maranhão, em 1684, e foi liderada por proprietários de terra e comerciantes locais contra o monopólio comercial exercido pela Companhia Geral de Comércio do Maranhão. Não tem relação com a região de Minas Gerais, nem com a presença de mineradores vindos da Metrópole e de outras partes da Colônia. Portanto, essa alternativa é incorreta.

D) Guerra dos Pelados

INCORRETO. A Guerra dos Pelados, também conhecida como Revolta dos Pelados, ocorreu no século XIX, no Rio Grande do Sul, durante o período do Brasil Império. Foi uma revolta popular contra a exploração e a opressão exercidas pelos grandes fazendeiros. Não tem relação com a região de Minas Gerais, nem com a presença de mineradores vindos da Metrópole e de outras partes da Colônia. Portanto, essa alternativa é incorreta.

E) Guerra dos Emboabas

CORRETO. A Guerra dos Emboabas (1707-1709) foi um conflito ocorrido no início do século XVIII, durante o período colonial, na região das Minas Gerais. Foi liderada pelos paulistas, que já exploravam a região, contra os emboabas, termo pejorativo usado para se referir aos forasteiros, principalmente portugueses e outros brasileiros, que chegavam à região em busca de riquezas. O motivo do conflito era o controle das jazidas de ouro. Portanto, essa alternativa é correta.

Portanto, a alternativa correta é a LETRA E.

A alternativa correta é letra A) Conjuração Mineira

Vamos agora analisar cada alternativa para identificar corretamente o movimento liderado por Tiradentes.

A) Conjuração Mineira

CORRETO. A Conjuração Mineira, também conhecida como Inconfidência Mineira, foi o movimento liderado por Tiradentes e outros conspiradores com o objetivo de alcançar a independência da capitania de Minas Gerais em relação ao domínio português e a instauração de uma república. O movimento foi inspirado pelas ideias iluministas europeias e pela independência das treze colônias inglesas na América do Norte.

B) Aclamação de Vila Rica

INCORRETO. A Aclamação de Vila Rica não é um movimento histórico relacionado à vida de Tiradentes ou ao contexto da Inconfidência Mineira. A alternativa é incorreta.

C) Inconfidência dos mártires

INCORRETO. A Inconfidência dos mártires não é um termo historicamente aceito para designar o movimento liderado por Tiradentes. A alternativa é incorreta.

D) Revolta de Felipe dos Santos

INCORRETO. A Revolta de Felipe dos Santos, também conhecida como Revolta de Vila Rica, ocorreu em 1720, muito antes do nascimento de Tiradentes, e teve como líder Felipe dos Santos. Apesar de também ocorrer em Minas Gerais, essa revolta não tem relação direta com a Conjuração Mineira. A alternativa é incorreta.

E) Revolta de Vila Rica

INCORRETO. Como mencionado na alternativa anterior, a Revolta de Vila Rica, ou Revolta de Felipe dos Santos, ocorreu em 1720 e não tem relação direta com a Conjuração Mineira liderada por Tiradentes. A alternativa é incorreta.

Portanto, a alternativa correta é a LETRA A.

A alternativa correta é letra C) fragmentação do território submetido ao controle metropolitano.

Gabarito: ALTERNATIVA C

Lendo atentamente os Autos da devassa da Inconidência Mineira, o que encontramos? Os envolvidos são "filhos de Minas", "naturais de Minas". A terra era o "País de Minas", percebido como "continente" ou como capitania.
JANCSÓ, I.; P1MENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000.

• A identificação exposta no texto destaca uma característica do domínio português na América ao apontar para a

Note-se o que pede o enunciado: que se identifique a característica central do texto citado e que se assinale a alternativa que mais lhe pareça. Assim, há de observar o estudante que o texto traz a noção de identidade existente entre os membros da Inconfidência Mineira: seus laços de pertencimento eram com a capitania das Minas Gerais, e não com a totalidade da América portuguesa. Ou seja, seus planos de libertação do jugo colonial não se estendia a uma abstração de Brasil, mas se concentrava antes nos laços de pertencimento com o espaço da capitania. Estamos tratando, portanto, de uma fragmentação territorial dentro do todo que representa o espaço sob controle metropolitano. Assim, observemos as alternativas propostas.

a) relevância da atividade intelectual da elite colonial.
b) ineficácia da ação integrativa das ordens religiosas.
c) fragmentação do território submetido ao controle metropolitano.
d)  invisibilidade de eventos revolucionários do continente europeu.
e) abrangência do processo de aculturação das sociedades nativas.

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

A alternativa correta é letra B) Conjuração Baiana.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar qual delas não se enquadra na definição de Revolta Nativista.

A) Aclamação de Amador Bueno.

CORRETO. A Aclamação de Amador Bueno ocorreu em 1641, em São Paulo, e foi um movimento nativista. Amador Bueno, um rico fazendeiro, foi aclamado rei pelos paulistas que estavam insatisfeitos com a administração colonial. No entanto, ele recusou o título e manteve a lealdade à Coroa Portuguesa.

B) Conjuração Baiana.

INCORRETO. A Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, ocorreu em 1798, na Bahia. Esse movimento, diferente das revoltas nativistas, tinha um caráter emancipacionista, ou seja, propunha a independência do Brasil em relação a Portugal. Além disso, os revoltosos defendiam a instauração de uma república, a abolição da escravidão e a distribuição de terras, o que vai além dos problemas específicos de administração colonial.

C) Guerra dos Mascates.

CORRETO. A Guerra dos Mascates ocorreu entre 1710 e 1711, em Pernambuco, e foi um movimento nativista. O conflito se deu entre senhores de engenho de Olinda e comerciantes (mascates) do Recife. Os primeiros, endividados com os segundos, não aceitaram a ascensão política dos mascates, que pretendiam transformar o Recife em vila independente de Olinda.

D) Revolta de Beckman.

CORRETO. A Revolta de Beckman ocorreu em 1684, no Maranhão, e foi um movimento nativista. A insatisfação dos colonos era com a administração da Companhia de Comércio do Maranhão, que detinha o monopólio do comércio na região, e com a falta de escravos indígenas para trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar.

E) Guerra dos Emboabas.

CORRETO. A Guerra dos Emboabas ocorreu entre 1708 e 1709, em Minas Gerais, e foi um movimento nativista. O conflito se deu entre os paulistas, que foram os descobridores das minas de ouro, e os emboabas, que eram os forasteiros que chegaram depois. Os emboabas, apoiados pela Coroa Portuguesa, venceram o conflito e os paulistas foram expulsos da região.

Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

A alternativa correta é letra B) Revolta da Vacina.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar o movimento que não pode ser considerado nativista do Período Colonial no Brasil.

A) Insurreição Pernambucana.

CORRETO. A Insurreição Pernambucana, também conhecida como Revolução Pernambucana ou Revolução dos Padres, ocorreu em 1645 e foi um movimento de resistência contra o domínio holandês no Nordeste do Brasil. A revolta, liderada por uma aliança de senhores de engenho, comerciantes e clérigos, foi motivada pela insatisfação com a administração holandesa, que impunha altos impostos e restringia a liberdade religiosa. Portanto, pode ser considerada um movimento nativista.

B) Revolta da Vacina.

INCORRETO. A Revolta da Vacina ocorreu em 1904, muito depois do Período Colonial, no contexto da República Velha. Foi uma reação popular contra uma campanha de vacinação obrigatória imposta pelo governo de Rodrigues Alves, em um momento de modernização do Rio de Janeiro. Portanto, não pode ser considerada um movimento nativista do Período Colonial.

C) Revolta de Beckman.

CORRETO. A Revolta de Beckman ocorreu em 1684 na então Capitania do Maranhão. Foi um movimento de protesto contra a Companhia Geral do Comércio do Maranhão, que detinha o monopólio do comércio na região, e contra a falta de apoio da Coroa Portuguesa na defesa contra invasões estrangeiras e ataques indígenas. Portanto, pode ser considerada um movimento nativista.

D) Guerra dos Mascates.

CORRETO. A Guerra dos Mascates ocorreu entre 1710 e 1711 em Pernambuco e foi um conflito entre senhores de engenho e comerciantes, conhecidos como mascates, pela disputa de poder político e econômico na região. Portanto, pode ser considerada um movimento nativista.

E) Guerra dos Emboabas.

CORRETO. A Guerra dos Emboabas ocorreu entre 1707 e 1709 em Minas Gerais e foi um conflito entre os bandeirantes paulistas e os emboabas, que eram os forasteiros vindos de outras regiões do Brasil e de Portugal, pela posse das minas de ouro. Portanto, pode ser considerada um movimento nativista.

Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

A alternativa correta é letra D) F, V, V, F, V.

Gabarito: Letra D

A sequência correta é: F,V,V,F,V.

Vamos comentar as assertivas.

( F  ) Caracterizou-se pelas lideranças das camadas populares.

A Conjuração de 1789 ou Inconfidência Mineira foi um movimento de sublevação contra a Coroa Portuguesa e era formado por lideranças ligadas às elites administrativas e econômicas da região de Minas Gerais. Tomás Antônio Gonzaga, um dos líderes da revolta, por exemplo, era ouvidor-geral de Minas. Além dele, havia cônegos, padres, profissionais liberais, como médicos, engenheiros, militares de alta e baixa patente, homens de negócio, fazendeiros, comerciantes, emprestadores de dinheiro, contratadores e poderosos magnatas locais.

( V ) Entre os rebelados, muitos tinham grandes dívidas com o fisco metropolitano.

Entre os participantes do movimento, muitos tinham grandes dívidas com a Cora Portuguesa, não cumpriam os contratos recebidos pelas autoridades administrativas ou estavam implicados em contrabandos, fraudes e corrupções. Lilia Schwarcz afirma que o Padre José da Silva e Oliveira Rolim, por exemplo, esteve grande parte de sua vida metido em fraude contra a Coroa, falsificando moedas, subornando autoridades administrativas e eclesiásticas e contrabandeou diamantes. Joaquim José Silvério dos Reis era um proprietário de terras e de minas completamente endividado com a Coroa e que enxergou no movimento a possibilidade de estar livre dessas dívidas, porém, no decorrer da organização do movimento optou por entregar a conspiração em troca do perdão das dívidas.

( V ) O movimento era emancipacionista e pretendia fazer de Minas Gerais, se possível, do Rio de Janeiro, um novo país.

Uma das bandeiras do movimento era o autogoverno da região das Minas, o que implicou na separação da região do restante do Brasil. Os revoltosos queriam transformar Minas em uma República aos moldes da República estadunidense, que havia se libertado do jugo metropolitano inglês. Esperavam que com a vitória da sublevação em Minas, outras capitanias também se sublevassem, como o caso do Rio de Janeiro e de São Paulo, mas nenhuma outra capitania se aliou à Conjuração.

( F ) Havia um consenso entre participantes da Inconfidência quanto à questão da abolição da escravidão.

Não havia um consenso entre os participantes do movimento quanto à abolição da escravidão, temática sempre discutida nos principais movimentos de contestação no Brasil dos séculos XVII a XIX. Como afirma Boris Fausto havia defensores da libertação dos escravizados que participassem da revolta, os defensores da abolição da escravidão porque era incompatível em uma república como assim pretendia os revoltosos a convivência entre livres e escravos e aqueles que eram contrários, pois os escravizados eram a força de trabalho principal na colônia.

( V ) No plano econômico, havia a intenção de estimular as manufaturas.

No plano econômico, os conjurados desejavam a prosperidade da região das Minas, incentivando a diversificação de atividades produtivas para além da mineração. Uma de suas propostas era a criação de manufaturas e oficinas nas principais vilas da região.

Referências:

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.

SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

A alternativa correta é letra D) Revolta de Beckman.

Gabarito: ALTERNATIVA D

O nome com que esse movimento ficou conhecido foi:

• a)  Guerra dos Mascates.

A Guerra dos Mascates ocorreu no início do século XVIII. Olinda, então capital da capitania de Pernambuco, vivia um delicado declínio de sua produção açucareira e o comprometimento do comércio que sempre sustentou a cidade. Paralelamente, Recife - um subúrbio de Olinda - crescia em importância pela atuação dos comerciantes locais, que praticavam juros abusivos. Em 1710, a Coroa portuguesa autorizou a separação de Recife com a criação de uma Câmara Municipal e de um Pelourinho; provocando a ira dos senhores de engenho, que acabariam invadindo Recife, acusando os comerciantes ("mascates") pela penúria econômica de Olinda. Portanto, tratou-se de uma tensão local que extrapolou para um agravamento generalizado, com a ascendente Recife sendo enfrentada pelos locais - principalmente os mazombos, isto é, os "portugueses" já nascidos na América. De toda forma, era muito importante que o estudante se questionasse qual seria o interesse da Coroa portuguesa de estancar o lucrativo comércio de açúcar e de escravos, o que representava enormes ganhos metropolitanos. Alternativa errada.

• b)  Revolta de Filipe dos Santos.

Também conhecida como Revolta de Vila Rica, a revolta de Felipe dos Santos ocorreu em 1720 num movimento de contestação contra as medidas de controle sobre a circulação do ouro extraído nas Minas Gerais. Sob a liderança do poderoso fazendeiro Felipe dos Santos, os revoltosos uniram as camadas mais populares num levante armado que durou cerca de um mês e chegou a tomar o controle de Vila Rica, um dos pontos mais importantes dos primeiros anos do Ciclo do Ouro. Entre as demandas dos revoltosos estavam a extinção das casas de fundição e a diminuição das redes de fiscalização, já que a Metrópole proibira a circulação de ouro em pepitas e em pó para aumentar o controle fiscal sobre a mineração. Com a derrota dos revoltosos, Portugal empreendeu uma série de alterações administrativas para aumentar o controle sobre a região aurífera, inclusive ampliando as casas de fundição. Alternativa errada.

• c)  Aclamação de Amador Bueno.

Ocorrida em 1641, a Revolta de Amador Bueno se concentrou em São Paulo no contexto do fim da União Ibérica (1580-1640). Naquele momento, os colonos paulistas temiam que, com o restabelecimento da Coroa portuguesa, as redes comerciais estabelecidas entre São Paulo e as províncias do Prata fossem afetadas. A solução local foi tentar aclamar Amador Bueno como novo rei para estabilizar as relações com a Espanha, mas o próprio acabaria recusando em favor da coroação de D. João IV de Portugal. Alternativa errada.

• d)  Revolta de Beckman.

Ocorrida em 1684 no Maranhão, a Revolta de Beckman foi uma das primeiras revoltas nativistas dentro da América Portuguesa. No entanto, estava inteiramente relacionada com os descontentamentos locais contra o comportamento da Companhia de Comércio do Maranhão, exigindo maior liberdade e maior respeito aos comerciantes locais enquanto as estruturas coloniais privilegiavam os comerciantes portugueses e o mercado metropolitano. Ou seja, a questão dos revoltosos tinha seu ponto focal na questão comercial, que era a principal atividade da região no século XVII. ALTERNATIVA CORRETA.

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA D.

A alternativa correta é letra A) Esses movimentos nativistas são caracterizados pelos historiadores não como movimentos que foram de contestação ao domínio de Portugal, mas sim como movimentos de rebeldias e conflitos regionais contra alguns pontos do colonialismo que não satisfaziam aos colonos brasileiros.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar a correta.

A) Esses movimentos nativistas são caracterizados pelos historiadores não como movimentos que foram de contestação ao domínio de Portugal, mas sim como movimentos de rebeldias e conflitos regionais contra alguns pontos do colonialismo que não satisfaziam aos colonos brasileiros.

CORRETO. Os movimentos nativistas, de fato, não buscavam a independência do Brasil, mas sim a contestação de aspectos específicos da política colonial que desagradavam aos colonos. Eles eram movimentos de caráter local e não tinham um projeto de nação. Por essa razão, não se configuram como movimentos de independência, mas sim de resistência a aspectos específicos da colonização portuguesa.

B) A Revolta de Beckman ocorreu no Maranhão em 1684 e foi um movimento liderado pelos irmãos Beckman que exigiam que a coroa portuguesa concedesse aos maranhenses o monopólio da mineração.

INCORRETO. A Revolta de Beckman, de fato, ocorreu no Maranhão em 1684 e foi liderada pelos irmãos Beckman. Entretanto, a causa do movimento não estava relacionada à mineração, mas sim à insatisfação com a Companhia de Comércio do Maranhão, que detinha o monopólio do comércio na região, impedindo que os colonos vendessem seus produtos diretamente a outros mercados. Além disso, a revolta também foi motivada pela insatisfação com a política indigenista da coroa portuguesa.

C) A "Guerra dos Emboabas" ocorreu em Minas Gerais no início do século XVIII e resultou da revolta contra a proibição de escravização dos indígenas.

INCORRETO. A Guerra dos Emboabas, que ocorreu em Minas Gerais entre 1708 e 1709, foi um conflito entre os paulistas (bandeirantes) e os emboabas (novos colonos, em sua maioria portugueses) pelo controle das recém-descobertas minas de ouro na região. A questão da escravização indígena não foi o estopim para essa guerra.

D) A Guerra dos Mascates, ocorrida entre 1710 e 1711, confrontou os senhores de engenho de São Vicente e os comerciantes da capitania de São Paulo. Os senhores de engenho acusavam a coroa portuguesa de favorecer aos comerciantes.

INCORRETO. A Guerra dos Mascates ocorreu em Pernambuco, não em São Vicente ou São Paulo. O conflito foi entre os senhores de engenho de Olinda e os comerciantes (mascates) de Recife. Os senhores de engenho acusavam a coroa portuguesa de favorecer os comerciantes, mas o conflito se deu em Pernambuco, não em São Vicente ou São Paulo.

E) A principal consequência dos movimentos nativistas foi a independência brasileira.

INCORRETO. Os movimentos nativistas não levaram diretamente à independência do Brasil. Eles foram manifestações de insatisfação contra aspectos específicos da política colonial portuguesa, mas não tinham como objetivo a independência. A independência do Brasil foi um processo que ocorreu mais tarde e que foi influenciado por uma série de outros fatores, incluindo a vinda da família real portuguesa para o Brasil e a influência das ideias iluministas.

Portanto, a alternativa correta é a LETRA A.

A alternativa correta é letra B) As ideologias que influenciavam, ou mesmo sustentavam os projetos revolucionários, oriundos, em grande parte, da ilustração europeia.

Gabarito: Letra B

As ideologias que influenciavam, ou mesmo sustentavam os projetos revolucionários, oriundos, em grande parte, da ilustração europeia.

As revoltas coloniais que ocorreram no século XVIII foram marcadas pela oposição a algumas medidas ou figuras políticas ligadas à Coroa Portuguesa e que eram entendidas como prejudiciais aos colonos. Em cada região que eclodiram rebeliões havia discrepâncias econômicas que marcaram os lugares de ocorrência dos movimentos.

No século XVIII com a difusão do movimento iluminista essas ideias de contestação às autoridades ou medidas régias ganharam contornos de insatisfação com a monarquia portuguesa e geraram conspirações que pretenderam separar regiões importantes da Coroa, em função do seu caráter econômico, como a conjuração mineira de 1789, em Minas Gerais ou transformar uma capitania em mais "democrática" ou republicana, com ideias de igualdade e liberdade, como a tentativa organizada em Salvador em 1798, que ficou conhecida como conjuração baiana.

Nas Conjurações Mineira e Baiana houve circulação das ideologias iluministas que foram postas em ação nas revoluções das 13 colônias e na França. Essa difusão era feita através de livros contrabandeados e panfletos contendo ideias de liberdade e igualdade.

A Conjuração do Rio de Janeiro (1794) foi diferente das outras duas conjurações. Ela não foi um movimento que pretendia derrubar a monarquia. Era antes de tudo um movimento intelectual onde os letrados do Rio de Janeiro se reuniam em sociedades literárias para discutir, comentar e estudar as obras iluministas. A Coroa Portuguesa entendeu essas reuniões como uma suspeita de conjuração, ordenando o fechamento dessas sociedades. Como as reuniões sobreviveram ao fechamento desses espaços e continuaram nas casas dos letrados, a Coroa decidiu realizar uma devassa para apurar se havia a intenção de organizar um movimento para acabar com a monarquia. Os suspeitos foram presos, mas não foi descoberto nenhum plano para a concretização de uma sedição.

Por que as demais estão incorretas?

Letra A: O cunho social que predominava inequivocamente as revoltas, cujo objetivo principal era a equidade econômica entre todos.

As conjurações tinham caráter social distinto. O movimento em Minas teve pouca participação popular, sendo os adeptos em sua maioria, membros da elite colonial. A Conjuração Baiana foi diferente, pois contou com a participação de pessoas de camadas mais populares, como soldados e artesãos, escravizados, libertos, brancos pobres e alguns membros da elite que se reuniam em sociedades de estudos de obras iluministas.

Letra C: O grupo social que protagonizava as ações e fomentava o movimento, ou seja, cidadãos de baixa renda e pouca representatividade social.

As conjurações tinham participantes de diversos estratos sociais. Enquanto o movimento em Minas teve pouca participação popular, sendo os adeptos em sua maioria, membros da elite colonial, assim como a Conjuração do Rio que reunia intelectuais e letrados, a Conjuração Baiana foi diferente, pois contou com a participação de pessoas de camadas mais populares, como soldados e artesãos, escravizados, libertos, brancos pobres e alguns membros da elite que se reuniam em sociedades de estudos de obras iluministas.

Letra D: O destino iminente de todos os conjurados ou inconfidentes, a saber, a punição exemplar da pena de morte, usual no Brasil daquele período.

Nem todos os conjurados tiveram o mesmo destino. Na Conjuração Mineira, grande parte dos conspiradores tiveram como pena principal o exílio. Apenas Tiradentes foi executado pelo crime de lesa-majestade. Na Conjuração do Rio, os intelectuais foram presos, mas depois libertados, pois não o inquérito não apontou para a organização de um levante contra a Coroa. Na Conjuração Baiana, quatro participantes foram condenados à morte na forca e, depois esquartejados, sendo partes dos corpos exibida em praça pública, assim como havia ocorrido a Tiradentes.

Referências:

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.

KARNAL, Leandro et al. Viver história 8º ano. São Paulo: Moderna, 2022.

SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.