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Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

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1131) Procuremos examinar com especial destaque o processo de monumentalização a que foram submetidos o evento e suas fontes e, a partir daí, propor novas linhas de interpretação. Termos como rebelião, revolta e motim, quando referidos a seu tempo e analisados no contexto do século XVIII, comportam significados relativamente diversos e polissêmicos em relação a seu uso contemporâneo.

  • A) eram recursos políticos normais, até admitidos pelo Estado ou pela Igreja, e com muita frequência redundavam apenas numa série de escaramuças seguidas de algum nível de negociação e anistia.
  • B) foram reprimidos, em regra, com muita rigidez, que resultou em enorme quantidade de vítimas da ação do Estado português, que apreendia que tais atos dessacralizavam o poder real.
  • C) tinham pouca ligação com as estruturas de controle e resistência do Antigo Regime, porque a figura do rei era intocável e qualquer protesto que visasse o soberano era tratado como crime lesa-majestade.
  • D) eram comandados, em geral, pelos proprietários de terras e escravizados, com a anuência de um setor liberal-radical do clero, mas foram pouco recorrentes e com minguados resultados.
  • E) estiveram pouco presentes durante o processo de colonização, porque apenas no início do século XIX os colonos começaram a se perceber como não-portugueses e passaram a exigir alguns direitos.

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A alternativa correta é letra A) eram recursos políticos normais, até admitidos pelo Estado ou pela Igreja, e com muita frequência redundavam apenas numa série de escaramuças seguidas de algum nível de negociação e anistia.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar a compreensão de Furtado sobre os termos "rebelião", "revolta" ou "motim" na sociedade do século XVIII.

 

A) eram recursos políticos normais, até admitidos pelo Estado ou pela Igreja, e com muita frequência redundavam apenas numa série de escaramuças seguidas de algum nível de negociação e anistia.

CORRETO. Furtado argumenta que os termos "rebelião", "revolta" e "motim" no século XVIII eram polissêmicos e tinham significados diversos em relação ao seu uso contemporâneo. Eles eram considerados parte normal da dinâmica política da época, muitas vezes tolerados pelo Estado e pela Igreja, e frequentemente resultavam em negociações e anistias após escaramuças, em vez de repressão violenta. A afirmação é consistente com a interpretação de Furtado.

 

B) foram reprimidos, em regra, com muita rigidez, que resultou em enorme quantidade de vítimas da ação do Estado português, que apreendia que tais atos dessacralizavam o poder real.

INCORRETO. Embora o Estado português pudesse reprimir revoltas, a interpretação de Furtado sugere que eles eram geralmente tolerados e resultavam em negociações, em vez de repressão violenta. A afirmação contradiz a interpretação de Furtado.

 

C) tinham pouca ligação com as estruturas de controle e resistência do Antigo Regime, porque a figura do rei era intocável e qualquer protesto que visasse o soberano era tratado como crime lesa-majestade.

INCORRETO. A interpretação de Furtado sugere que rebeliões, revoltas e motins eram parte integrante das estruturas de controle e resistência do Antigo Regime, e não estavam desconectados delas. A afirmação contradiz a interpretação de Furtado.

 

D) eram comandados, em geral, pelos proprietários de terras e escravizados, com a anuência de um setor liberal-radical do clero, mas foram pouco recorrentes e com minguados resultados.

INCORRETO. A interpretação de Furtado não especifica quem liderava as revoltas, nem sugere que elas eram raras ou ineficazes. A afirmação contradiz a interpretação de Furtado.

 

E) estiveram pouco presentes durante o processo de colonização, porque apenas no início do século XIX os colonos começaram a se perceber como não-portugueses e passaram a exigir alguns direitos.

INCORRETO. A interpretação de Furtado sugere que rebeliões, revoltas e motins eram uma ocorrência comum no século XVIII, e não estavam restritos ao início do século XIX. A afirmação contradiz a interpretação de Furtado.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA A.

1132) Analise o fragmento a seguir:

  • A) Conjuração de colonos e franciscanos contra o donatário pero do Campo Tourinho (Porto Seguro, 1546). 

  • B) Conjuração e deposição do governador xumbergas (Olinda, 1666).

  • C) Inconfidência baiana (Salvador, 1789).

  • D) Inconfidência mineira (Vila Rica, 1789). 

  • E) Inconfidência carioca (Rio de janeiro, 1794).

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ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA

Gabarito: ANULADA

   

As principais reivindicações desse movimento emancipacionista consistiam na propagação da liberdade econômica, no fim da discriminação conforme a etnia ou função social e na abertura dos portos. Seus membros pregavam um governo republicano “democrático, livre e independente.” Nos primeiros momentos, o movimento era composto por pequenos grupos de insatisfeitos e simpatizantes do iluminismo francês, como Cipriano Barata, porém, com a publicação de pasquins, aumentou a participação das camadas populares, sobretudo de negros livres que atuavam como alfaiates, soldados e meeiros.

 

    Ao que tudo indica, queria o avaliador se referir à Conjuração Baiana (também referida como Conjuração dos Alfaiates), ocorrida em Salvador entre 1798 e 1799 e na qual participou como uma importante liderança política, mas acabaria preso pela repressão da administração colonial. A Conjuração Baiana emergiu das contradições e das dificuldades vividas no ambiente da sua capitania. Salvador vivia ciclos de fome ao mesmo tempo em que a sociedade assumia uma configuração bastante singular: negros e mulatos (livres e libertos) vinham constituindo uma classe de trabalhadores urbanos (muitos deles, alfaiates) e autônomos com importante capacidade de articulação política. Nos anos anteriores, a escassez de alimentos atingiu níveis gravíssimos e deflagrou revoltas e saques em diversos pontos de Salvador. Paralelamente, negros e mulatos compunham cerca de 80% da população da capitania, e a noção de pertencimento e de revolta dos libertos contra a escravidão dava uma capacidade explosiva às mobilizações sociais na Bahia. Influenciados pelos acontecimentos no Haiti, pela Revolução Francesa e pelo pensamento iluminista, esses trabalhadores urbanos conspiraram pela proclamação de uma republica baiana independente, com fortes vínculos com a França revolucionária e livre da escravidão. Observemos, então, as alternativas propostas.

     

    a)  Conjuração de colonos e franciscanos contra o donatário pero do Campo Tourinho (Porto Seguro, 1546). 

    b)  Conjuração e deposição do governador xumbergas (Olinda, 1666).

    c)  Inconfidência baiana (Salvador, 1789).

    d)  Inconfidência mineira (Vila Rica, 1789). 

    e)  Inconfidência carioca (Rio de janeiro, 1794).

     

    Como se pode notar, a única resposta possível seria a alternativa C, mas esta erra ao datar a Conjuração Baiana em 1789, que é o ano da Inconfidência Mineira. Ainda se poderia dizer que Cipriano Barata foi nome importantíssimo da Revolução Pernambucana de 1817; mas esta não se enquadra na descrição proposta no enunciado e tampouco figura entre as alternativas. Portanto, não sobra qualquer alternativa viável, ainda que, no momento da prova, o mais prudente fosse indicar a alternativa C como correta. Assim, fez bem a banca ao ANULAR a questão.

    1133) No final do século XVIII, a capitania da Bahia passava por problemas econômicos, além dos problemas sociais, advindos da escravização e do latifúndio. A predominância das lavouras de cana-de-açúcar, a escassez de alimentos, a cobranças de impostos, a ocorrência de saques a armazéns, a pobreza generalizada, eram marcas daquela sociedade. Em 12 de agosto de 1798, panfletos incitando o povo à luta foram distribuídos em Salvador. Era o movimento que ficou conhecido como “Conjuração Baiana” ou “Conjuração dos Alfaiates”. Sobre este movimento:

    • A) Apenas a afirmativa III é correta.
    • B) Apenas as afirmativas I e II são corretas.
    • C) Apenas as afirmativas II e III são corretas.
    • D) Todas as afirmativas estão corretas.
    • E) Todas as afirmativas são incorretas.

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    A alternativa correta é letra B) Apenas as afirmativas I e II são corretas.

    Vamos analisar cada uma das afirmativas:

     

    I. Parte dos revoltosos reivindicava a criação de uma República, o aumento dos soldos e a diminuição dos impostos, e outra parte dos revoltosos ia além, reivindicando o fim da escravidão.

    CORRETO. A Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, foi um movimento que reuniu diferentes segmentos da sociedade baiana, com demandas variadas. Alguns revoltosos, de fato, reivindicavam a criação de uma República, o aumento dos soldos e a diminuição dos impostos. Outros, em uma postura mais radical, defendiam o fim da escravidão, uma proposta bastante avançada para a época.

     

    II. A repressão foi dura, dos mais de trinta presos, quatro foram enforcados: os alfaiates João de Deus e Manuel Faustino, os soldados Luiz Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas.

    CORRETO. A repressão ao movimento foi realmente dura e violenta. Mais de trinta pessoas foram presas e, dentre elas, quatro foram condenadas à morte e enforcadas: os alfaiates João de Deus e Manuel Faustino, e os soldados Luiz Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas.

     

    III. Foi um movimento elitista, onde os participantes eram de origem social da classe dominante, filhos de senhores de engenho e negociantes.

    INCORRETO. A Conjuração Baiana não foi um movimento elitista. Pelo contrário, foi um movimento popular, que contou com a participação de diversos segmentos da sociedade baiana, incluindo alfaiates, soldados, escravos e libertos. A presença de membros da elite na liderança do movimento foi minoritária, e a revolta foi marcada pela participação de pessoas de baixa renda, que estavam insatisfeitas com a situação econômica e social da capitania da Bahia.

     

    Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

    1134) Enquanto ainda era apenas um projeto político transformador – não necessariamente criminoso – passível de discussão entre os protagonistas, o levante já revelava a existência de dissensões e divisões internas que expressavam os diferentes interesses e inserções dos agentes na trama. São fartas, nos Autos da Devassa da Inconfidência Mineira, as evidências de que os inconfidentes divergiam quanto a temas absolutamente fundamentais no que tange aos acontecimentos subsequentes à decretação da derrama, cobrança de impostos acumulados há décadas.

    • A) à função política que caberia ao Tiradentes na nova ordem, ao projeto de anulação das alforrias e à divisão territorial das Minas Gerais.
    • B) à construção de uma estrada ligando Minas ao Rio de Janeiro, ao uso da democracia direta e à separação entre Igreja e Estado.
    • C) ao futuro papel dos ministros da Câmara de Vila Rica, a isenção fiscal das atividades agropastoris e a criação de uma universidade.
    • D) à constituição de uma milícia popular formada por mineiros, à criação de escolas públicas e a um sistema tributário progressivo.
    • E) ao destino a ser dado ao Governador, ao formato final da revolta em termos operacionais e ao seu próprio teor.

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    A alternativa correta é letra E) ao destino a ser dado ao Governador, ao formato final da revolta em termos operacionais e ao seu próprio teor.

    Vamos analisar cada alternativa, para identificar as divergências entre os inconfidentes que Furtado mencionou. 

       

    A) à função política que caberia ao Tiradentes na nova ordem, ao projeto de anulação das alforrias e à divisão territorial das Minas Gerais.

    INCORRETO. Não consta nas fontes históricas disponíveis evidências de que houvesse um projeto de anulação das alforrias entre os inconfidentes. Além disso, a divisão territorial de Minas Gerais não era uma questão central para os inconfidentes. Quanto à função política de Tiradentes, sabe-se que ele era um dos líderes do movimento, mas não há indicação de que houvesse um consenso sobre qual seria seu papel na nova ordem. Alternativa errada.

       

    B) à construção de uma estrada ligando Minas ao Rio de Janeiro, ao uso da democracia direta e à separação entre Igreja e Estado.

    INCORRETO. Não há evidências de que a construção de uma estrada ligando Minas ao Rio de Janeiro fosse um ponto de divergência entre os inconfidentes. Além disso, a separação entre Igreja e Estado e o uso da democracia direta não eram questões centrais para os inconfidentes. Alternativa errada.

       

    C) ao futuro papel dos ministros da Câmara de Vila Rica, a isenção fiscal das atividades agropastoris e a criação de uma universidade.

    INCORRETO. Não há evidências de que os inconfidentes tenham discutido o futuro papel dos ministros da Câmara de Vila Rica ou a isenção fiscal das atividades agropastoris. A criação de uma universidade também não era uma questão central para os inconfidentes. Alternativa errada.

       

    D) à constituição de uma milícia popular formada por mineiros, à criação de escolas públicas e a um sistema tributário progressivo.

    INCORRETO. Embora a constituição de uma milícia popular fosse uma questão relevante para os inconfidentes, não há evidências de que a criação de escolas públicas e a instituição de um sistema tributário progressivo fossem pontos de divergência entre eles. Alternativa errada.

       

    E) ao destino a ser dado ao Governador, ao formato final da revolta em termos operacionais e ao seu próprio teor.

    CORRETO. As divergências entre os inconfidentes em relação ao destino a ser dado ao Governador, ao formato final da revolta e ao seu próprio teor estão bem documentadas nos Autos da Devassa da Inconfidência Mineira. Essas questões estavam no centro das discussões entre os inconfidentes e refletiam suas diferentes perspectivas e interesses.

       

    Portanto, a alternativa correta é a LETRA E.

    1135) São fartas, nos ADIM [Autos de Devassa da Inconfidência Mineira], as evidências de que os inconfidentes divergiam quanto a temas absolutamente fundamentais no que tange aos acontecimentos subsequentes à decretação da derrama, cobrança de impostos acumulados há décadas. Não havia consenso sobre o destino a ser dado ao Governador, sobre o formato final da revolta em termos operacionais, sobre seu próprio teor, sobre o futuro da escravidão […], sobre o sistema de governo, natureza e dimensões da República a ser implantada […]

    • A) canalizava uma série de insatisfações da elite mineira, mas foi o setor popular que construiu e disseminou as ideias revolucionárias.
    • B) revelava a existência de dissensões e divisões internas que expressavam os diferentes interesses e inserções dos agentes na trama.
    • C) explicava as dificuldades econômicas em Minas Gerais por causa da ausência de investimentos portugueses em tecnologia para explorar minas.
    • D) expunha ideais libertários, inspirados nas revoluções europeias, mas não permitia que membros das classes populares fizessem parte da conspiração.
    • E) contava com um seleto grupo de funcionários públicos fiéis à Coroa portuguesa e que defendia apenas a extinção dos tributos sobre o ouro.

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    A alternativa correta é letra B) revelava a existência de dissensões e divisões internas que expressavam os diferentes interesses e inserções dos agentes na trama.

    Vamos analisar cada alternativa para identificar a afirmação correta sobre a Inconfidência Mineira:

     

    A) canalizava uma série de insatisfações da elite mineira, mas foi o setor popular que construiu e disseminou as ideias revolucionárias.

    INCORRETO. O texto não sustenta a ideia de que o setor popular foi o responsável pela construção e disseminação das ideias revolucionárias. A Inconfidência Mineira foi um movimento liderado principalmente pela elite colonial, insatisfeita com a excessiva carga tributária imposta pela Coroa Portuguesa e influenciada pelas ideias iluministas difundidas na Europa. A participação popular, embora existente, não foi o motor principal da conspiração.

     

    B) revelava a existência de dissensões e divisões internas que expressavam os diferentes interesses e inserções dos agentes na trama.

    CORRETO. O texto aponta claramente para a existência de divergências entre os inconfidentes sobre temas fundamentais. Essas divergências refletem os diferentes interesses e posições dos conspiradores. A Inconfidência Mineira não foi um movimento homogêneo, mas reuniu diferentes segmentos da sociedade colonial, cada um com suas próprias demandas e expectativas.

     

    C) explicava as dificuldades econômicas em Minas Gerais por causa da ausência de investimentos portugueses em tecnologia para explorar minas.

    INCORRETO. O texto não menciona a ausência de investimentos portugueses em tecnologia para a exploração de minas como causa das dificuldades econômicas em Minas Gerais. O principal fator de insatisfação econômica era a derrama, cobrança de impostos atrasados que a Coroa Portuguesa impôs à região.

     

    D) expunha ideais libertários, inspirados nas revoluções europeias, mas não permitia que membros das classes populares fizessem parte da conspiração.

    INCORRETO. O texto não sustenta a afirmação de que membros das classes populares foram excluídos da conspiração. Embora a liderança do movimento fosse composta principalmente por membros da elite colonial, não há evidências de que a participação popular tenha sido proibida ou limitada.

     

    E) contava com um seleto grupo de funcionários públicos fiéis à Coroa portuguesa e que defendia apenas a extinção dos tributos sobre o ouro.

    INCORRETO. A Inconfidência Mineira não foi um movimento de lealdade à Coroa Portuguesa, mas uma conspiração contra ela. Os inconfidentes buscavam a independência de Minas Gerais e a implantação de uma república. Embora a questão tributária fosse um dos principais motivos de insatisfação, o movimento tinha objetivos políticos mais amplos.

     

    Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

    1136)

    • A) Independência do Brasil e Tiradentes, tendo como feriado nacional o dia 21 de abril.
    • B) Inconfidência Mineira e Tiradentes, tendo como feriado nacional o dia 21 de abril.
    • C) Independência do Brasil e Dom Pedro I, tendo como feriado nacional o dia 7 de setembro.
    • D) Insurreição Mineira e Tiradentes, tendo como feriado nacional o dia 15 de novembro.

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    A alternativa correta é letra B) Inconfidência Mineira e Tiradentes, tendo como feriado nacional o dia 21 de abril.

    Gabarito: Letra B

    A questão quer saber qual a relação entre a charge, um processo histórico e um personagem histórico do Brasil. Vamos analisar as alternativas a fim de encontrar a resposta.

    a)  Independência do Brasil e Tiradentes, tendo como feriado nacional o dia 21 de abril.

    Incorreta. A charge faz referência ao processo histórico conhecido como Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira ocorrido em 1789 cujo principal líder foi Tiradentes. A Independência do Brasil foi um processo ocorrido em 1822 e que teve uma das principais lideranças o príncipe regente D. Pedro. Esse processo ocorreu em 7 de setembro e se tonou feriado nacional.

       

    b)  Inconfidência Mineira e Tiradentes, tendo como feriado nacional o dia 21 de abril.  

    Correta. A charge faz referência ao processo histórico conhecido como Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira ocorrido em 1789 cujo principal líder foi Tiradentes. Esse processo foi uma tentativa de garantir a Independência da capitania de Minas Gerais em relação a Portugal. Tiradentes foi preso, julgado e condenado pelo crime de lesa-majestade, quando ocorre a traição a um governante de Portugal. Foi enforcado no dia 21 de abril de 1792 e quando houve a proclamação da República em 1889, os políticos resolveram resgatar a memória da luta de Tiradentes concedendo a ele um feriado nacional.

       

    c)  Independência do Brasil e Dom Pedro I, tendo como feriado nacional o dia 7 de setembro.  

    Incorreta. A charge faz referência ao processo histórico conhecido como Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira ocorrido em 1789 cujo principal líder foi Tiradentes. A Independência do Brasil foi um processo ocorrido em 1822 e que teve uma das principais lideranças o príncipe regente D. Pedro. Esse processo ocorreu em 7 de setembro e se tonou feriado nacional.

       

    d)  Insurreição Mineira e Tiradentes, tendo como feriado nacional o dia 15 de novembro.  

    Incorreta. A charge faz referência ao processo histórico conhecido como Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira ocorrido em 1789 cujo principal líder foi Tiradentes. Este foi preso, julgado e condenado à forca por ter se rebelado contra Portugal. Sua execução foi realizada em 21 de abril de 1792. O dia 21 de abril passou a ser um feriado após a proclamação da República como um resgate da memória e da luta de Tiradentes, considerado um herói republicano e popular.

       

    Referência:  

    COTRIM, Gilberto e RODRIGUES, Jaime. Expedições da história: 8º ano. São Paulo: Moderna, 2022.

    1137) Lei nº 12.391 de 04 de março de 2011

    • A) questiona a historiografia tradicional, que exaltava a participação da elite na Conjuração.
    • B) reconhece a atuação e o protagonismo de agentes sociais afro-brasileiros na história brasileira.
    • C) retoma o passado colonial, questionando os tradicionais heróis inseridos nos calendários oficiais.
    • D) valoriza os reais heróis da pátria, em um país carente de mártires e que se baseia em líderes míticos.

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    A alternativa correta é letra B) reconhece a atuação e o protagonismo de agentes sociais afro-brasileiros na história brasileira.

    Vamos analisar cada alternativa, para identificar a relevância da lei mencionada no enunciado para as aulas de História sobre os movimentos sociais separatistas da América Portuguesa.

     

    A) questiona a historiografia tradicional, que exaltava a participação da elite na Conjuração.

    INCORRETO. A lei não questiona diretamente a historiografia tradicional. Ela apenas inscreve no Livro dos Heróis da Pátria os nomes dos heróis da Revolta dos Búzios, sem fazer qualquer referência à participação da elite na Conjuração. Ainda que a inclusão desses nomes possa ser interpretada como uma reavaliação da historiografia tradicional, a lei em si não faz essa crítica de forma explícita.

     

    B) reconhece a atuação e o protagonismo de agentes sociais afro-brasileiros na história brasileira.

    CORRETO. A lei, ao inscrever no Livro dos Heróis da Pátria os nomes dos heróis da Revolta dos Búzios, reconhece a atuação e o protagonismo de agentes sociais afro-brasileiros na história brasileira. A Revolta dos Búzios, também conhecida como Conjuração Baiana, foi um movimento social separatista que ocorreu na América Portuguesa em 1798, e seus líderes foram, em sua maioria, afro-brasileiros.

     

    C) retoma o passado colonial, questionando os tradicionais heróis inseridos nos calendários oficiais.

    INCORRETO. A lei não questiona os heróis tradicionais inseridos nos calendários oficiais. Ela apenas inscreve novos nomes no Livro dos Heróis da Pátria, sem fazer qualquer referência ou crítica aos heróis já existentes nos calendários oficiais.

     

    D) valoriza os reais heróis da pátria, em um país carente de mártires e que se baseia em líderes míticos.

    INCORRETO. A lei não faz qualquer referência à carência de mártires no Brasil ou à base do país em líderes míticos. Ela apenas inscreve novos nomes no Livro dos Heróis da Pátria, sem fazer qualquer avaliação sobre a quantidade ou qualidade dos heróis já existentes.

     

    Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

    1138) […] Pelo que, está dissolvida a prometida e não consumada união das províncias; e, por esta razão, cada uma reintegrada na sua independência e soberania. E por esses princípios foi que o povo da praça do Recife, […] assentou de não adotar nem jurar o tal projeto feito pelo ministério […] e de resistir ao despotismo ministerial, qualquer que ele fosse , e pudesse reviver, e de sustentar à força de armas os interesses da província contra qualquer que os pretendesse invadir.

    • A) Guerra dos Mascates.
    • B) Revolução Praieira.
    • C) Revolução Federalista.
    • D) Confederação do Equador.
    • E) Revolta de Beckman.

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    ### Resposta: D) Confederação do EquadorA Confederação do Equador foi um movimento separatista ocorrido em 1824, na província de Pernambuco, que se expandiu às províncias da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. O movimento, que defendia ideais republicanos, foi duramente reprimido e seus principais líderes, incluindo Frei Caneca, foram executados.O texto de Frei Caneca, publicado no Typhis Pernambucano, em 10 de junho de 1824, refere-se a essa confederação, que defendia a independência e soberania das províncias em relação ao governo central. A Confederação do Equador é, portanto, a resposta correta para a questão.

    1139) Leia o documento abaixo para responder a questão.

    • A)  Chegada dos espanhóis à América em 1292.

    • B)  Chegada dos portugueses ao Brasil em 1500.

    • C)  Chegada dos primeiros europeus à Ilha de Santa Catarina.

    • D)  Chegada dos colonos à região da Nova Inglaterra.

    • E)  Conquista da costa ocidental da Nova Caledônia.

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    A alternativa correta é letra B) Chegada dos portugueses ao Brasil em 1500.

    Essa resposta é correta porque o documento apresentado é uma carta escrita pelo físico e cirurgião João, que faz parte da expedição portuguesa que chegou ao Brasil em 1500, comandada por Pedro Álvares Cabral. O texto menciona a data de 27 de abril, que coincide com a data de chegada dos portugueses ao Brasil, e também faz referência à latitude e longitude da região, o que é consistente com a exploração portuguesa da costa brasileira.

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    1140) Em 1514, o Papa Leão X concedeu aos monarcas portugueses, em caráter hereditário, o Padroado sobre as terras conquistadas, o que, na colonização do Brasil, fez desses monarcas grãos mestres da Ordem de Cristo, que os autorizava a:

    • A) reterem o monopólio da exploração do pau brasil.
    • B) cobrarem aos colonos a décima parte (dízima) de toda a produção.
    • C) administrarem os sacramentos do catolicismo como representantes da Sé de Roma.
    • D) delegarem a administração da Justiça aos capitães donatários nas suas capitanias.
    • E) impedirem a participação de judeus e comerciantes nas câmaras municipais.

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    A alternativa correta é letra B) cobrarem aos colonos a décima parte (dízima) de toda a produção.

    Gabarito: Letra B

     

    cobrarem aos colonos a décima parte (dízima) de toda a produção.

     

    Portugal foi um dos reinos europeus que se formou a partir das lutas contra os muçulmanos que conquistaram a Península Ibérica. Essas cruzadas cristãs renderam aos portugueses, apoio e aliança com o papado e a Igreja Católica.

     

    Os diversos papas concederam aos nobres e reis portugueses direitos por terem lutado contra os "infiéis" mouros, como eram descritos os muçulmanos. Assim, um desses direitos, o chamado padroado, foi reformulado pelo Papa Leão X e entregue aos grão-mestres da Ordem de Cristo pelo fato dessa ordem religiosa ter auxiliado na defesa da fé cristã contra os muçulmanos. O grão-mestre da Ordem de Cristo tinha entre seus direitos o de gerir plenamente os seus rendimentos, recolher a décima parte de todos os bens dos fiéis no ultramar e nomear autoridades eclesiásticas.

     

    Progressivamente os papas seguintes foram alterando o padroado, possibilitando que esse direito ficasse nas mãos dos monarcas portugueses e não mais com o grão-mestre da Ordem de Cristo.

     

     

    Por que as demais estão incorretas?

     

    Letra A: reterem o monopólio da exploração do pau brasil.

     

    O monopólio da exploração do pau brasil não era uma concessão da Igreja Católica. O rei português detinha o monopólio do pau-brasil por ser legítimo conquistador das terras ultramarinas e em alguns casos autorizava particulares a explorar um determinado produto em seu nome.

     

     

    Letra C: administrarem os sacramentos do catolicismo como representantes da Sé de Roma.

     

    O padroado não permitia aos reis europeus administrarem sacramentos como se fossem autoridades religiosas. Os sacramentos ficavam ainda a cargo dos clérigos.

     

     

    Letra D: delegarem a administração da Justiça aos capitães donatários nas suas capitanias.

     

    O padroado não interferia em assuntos de organização do estado, se concentrando apenas naqueles de matéria religiosa.

     

     

    Letra E: impedirem a participação de judeus e comerciantes nas câmaras municipais.

     

    O padroado não interferia em assuntos de organização do estado, se concentrando apenas naqueles de matéria religiosa.

     

      

    Referências:

     

    ASSIS, Virgínia Mª Almoêdo de. "Clero e Coroa na capitania de Pernambuco". CLIO - Série Histórica do Nordeste n.16, 1996.

     

    SANTIROCCHI. Ítalo Domingos. "Padroado e Regalismo no Brasil Independente". XIV Jornadas Interescuelas/Departamentos de Historia de la Facultad de Filosofía y Letras. Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, 2013.

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