Questões Sobre Período Colonial - História - concurso
1141) Na África, os europeus morriam como moscas; aqui eram os índios que morriam: agentes patogênicos da varíola, do sarampo, da coqueluche, da catapora, do tifo, da difteria, da gripe, da peste bubônica, e possivelmente da malária, provocaram no Novo Mundo o que Dobyns chamou de “um dos maiores cataclismos biológicos do mundo”. No entanto, é importante enfatizar que a falta de imunidade, devido ao seu isolamento, não basta para explicar a mortandade, mesmo quando ela foi de origem patogênica.
- A) desqualificação do trabalho das populações nativas.
- B) abertura do mercado da colônia às outras nações.
- C) interdição de Portugal aos saberes autóctones.
- D) incentivo da metrópole à emigração feminina.
- E) estímulo dos europeus às guerras intertribais.
A alternativa correta é letra E) estímulo dos europeus às guerras intertribais.
Gabarito: Letra E (estímulo dos europeus às guerras intertribais)
Povos indígenas desapareceram da Terra como consequência do processo de colonização europeia. Essa mortandade de indígenas ocorreu por vários motivos:
- epidemias
- guerras
- fome
- desagregação do território por expulsão
- exploração da mão de obra
No que diz respeito às guerras, os europeus perceberam desde cedo como as rivalidades indígenas poderiam ser exploradas para a conquista de territórios. Assim, foram estimuladas guerras intertribais, como por exemplo, na disputa entre franceses e portugueses. Estes se aliaram aos tupiniquins e aqueles aos tamoios. Os holandeses no século XVII se aliaram aos tapuias na luta para ocupar o Nordeste.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: desqualificação do trabalho das populações nativas.
Quando os colonos perceberam que os indígenas não se adequaram ao trabalho nas lavouras, passaram a desqualificar a mão de obra nativa e a solicitar da Coroa a importação de escravos da África. A desqualificação foi uma ideologia que não contribuiu para a diminuição do número de indígenas no Brasil, mas foi importante para iniciar o tráfico de escravizados.
Letra B: abertura do mercado da colônia às outras nações.
Essa alternativa parece falar da abertura dos portos às nações amigas, no contexto da transferência da corte em 1808 e em nada contribuiu para a eliminação de indígenas.
Letra C: interdição de Portugal aos saberes autóctones.
Interditar os saberes indígenas é uma forma de impor a cultura europeia, mas não foi o suficiente para eliminar os povos indígenas. Foi responsável em muitos casos pela aculturação. conversão e morte da cultura indígena.
Letra D: incentivo da metrópole à emigração feminina.
Em nada a vinda de mulheres contribuiu para a morte dos indígenas, até porque nos primeiros anos da colonização muitas mulheres indígenas acabavam se casando por força ou aliança com os colonos luso-brasileiros.
Referência:
CUNHA, Manuela Carneiro da. “introdução a uma história indígena”. In: CUNHA, Manuela Carneiro da (Org). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
1142) Analise as afirmativas sobre as conquista dos sertões, colocando entre parênteses a letra “V”, quando se tratar de afirmativa verdadeira, e a letra “F” quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
- A) V-V-F.
- B) V-F-V.
- C) F-V-V.
- D) F-F-V.
- E) F-F-F.
A alternativa correta é letra A) V-V-F.
Gabarito: ALTERNATIVA A
Analise as afirmativas sobre as conquista dos sertões, colocando entre parênteses a letra "V", quando se tratar de afirmativa verdadeira, e a letra "F" quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
- (V) As bandeiras se constituíram na grande marca deixada pelos paulistas na vida colonial do século XVII.
Compostas majoritariamente por paulistas, as bandeiras eram expedições particulares para o interior do continente em busca de metais preciosos e do apresamento de indígenas para comércio escravo. Sem participar do centro econômico açucareiro e entregue à própria sorte, a capitania de São Paulo teria poucas conexões com o centro do poder em Salvador e atrairia pouca atenção. A iniciativa de particulares, então, ajudou a expandir a presença lusa para o interior do continente ao mesmo tempo em que descobriu alguns importantes depósitos de metais e pedras preciosos. Por exemplo, os primeiros veios de ouro de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso foram descobertos pelos bandeirantes. Junto a esse processo, uma série de vilas foram sendo fundadas pelo interior, ajudando a impulsionar para o Oeste a colonização. AFIRMATIVA VERDADEIRA.
- (V) As bandeiras eram expedições que tinham como objetivos, entre outros, os de buscar indígenas para serem escravizados e encontrar metais preciosos.
Como exposto acima, o principal objetivo dos bandeirantes era a obtenção de riquezas. Afinal, as bandeiras eram expedições particulares, e não missões com interesses da administração colonial. Sem nenhum propósito claro de fixação em algum ponto do território, o que guiava as bandeiras era a busca por riquezas minerais (principalmente metais preciosos) e a possibilidade de capturar indígenas para vendê-los, mais tarde, como escravos. Nos pontos onde foram descobertos metais preciosos, de fato, houve a formação de vilas para o estabelecimento da mineração. AFIRMATIVA VERDADEIRA.
- (F) As bandeiras marcaram, sem contestação da historiografia, a independência dos paulistas em relação à Coroa, assim como, se configurou como um movimento democrático.
A relação da historiografia com as bandeiras é repleta de debates importantes. Ainda que um pensamento mais tradicional tenda a exaltar as expedições como base da cultura paulista e da formação do interior do Brasil; há importantes esforços no sentido de observar o genocídio indígena que se seguiu à ação dos bandeirantes - tanto por armas de fogo quanto por epidemias. Além disso, é completamente absurdo se associar qualquer conteúdo político aos bandeirantes, que não tinham qualquer compromisso além dos seus interesses pessoais mais imediatos. AFIRMATIVA FALSA.
Assim, há a sequência: V - V - F.
a) V-V-F.
b) V-F-V.
c) F-V-V.
d) F-F-V.
e) F-F-F.
Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.
1143) O Tratado de Utrecht, de 1713, que pôs fim à “Guerra de Sucessão Espanhola”, teve grande importância no extremo norte da América Portuguesa, pois
- A) a Inglaterra abriu mão dos seus interesses em controlar a foz do Rio Amazonas e a cidade de Belém.
- B) a Holanda abandonou as pretensões de se estabelecer no litoral norte brasileiro para controlar a produção de açúcar.
- C) a França reconheceu, formalmente, os limites entre a Guiana Francesa e as possessões de Portugal como sendo o Rio Oiapoque.
- D) a Espanha cedeu a foz e a bacia do Rio Amazonas a Portugal, revogando o tratado de Tordesilhas.
- E) Portugal teve que desistir do Forte e da colônia de São Luís, chamada França Equinocial.
A alternativa correta é letra C) a França reconheceu, formalmente, os limites entre a Guiana Francesa e as possessões de Portugal como sendo o Rio Oiapoque.
Vamos analisar cada alternativa, para identificar o fato que marcou aquele período histórico.
A) a Inglaterra abriu mão dos seus interesses em controlar a foz do Rio Amazonas e a cidade de Belém.
INCORRETO. O Tratado de Utrecht não envolveu a Inglaterra abrindo mão de seus interesses no controle da foz do Rio Amazonas e da cidade de Belém. A Inglaterra, durante o período, estava mais interessada em estabelecer seu controle sobre o comércio transatlântico de escravos e obter vantagens comerciais em relação à Espanha. Alternativa errada.
B) a Holanda abandonou as pretensões de se estabelecer no litoral norte brasileiro para controlar a produção de açúcar.
INCORRETO. A Holanda já havia abandonado suas pretensões de controle sobre o litoral norte brasileiro com a expulsão dos holandeses do Brasil em 1654, muito antes do Tratado de Utrecht em 1713. Portanto, este Tratado não marcou o fim das pretensões holandesas na região. Alternativa errada.
C) a França reconheceu, formalmente, os limites entre a Guiana Francesa e as possessões de Portugal como sendo o Rio Oiapoque.
CORRETO. O Tratado de Utrecht, assinado em 1713, incluiu um acordo entre Portugal e França, pelo qual a França reconheceu formalmente os limites entre a Guiana Francesa e as possessões de Portugal como sendo o Rio Oiapoque. Este reconhecimento foi importante no extremo norte da América Portuguesa, pois ajudou a consolidar o controle português sobre a região. Alternativa correta.
D) a Espanha cedeu a foz e a bacia do Rio Amazonas a Portugal, revogando o tratado de Tordesilhas.
INCORRETO. O Tratado de Utrecht não envolveu a Espanha cedendo a foz e a bacia do Rio Amazonas a Portugal. A questão dos limites territoriais na América do Sul entre Espanha e Portugal foi resolvida no Tratado de Madrid, em 1750, e não no Tratado de Utrecht. Além disso, o Tratado de Tordesilhas, que dividia o Novo Mundo entre Espanha e Portugal, foi assinado em 1494, muito antes do Tratado de Utrecht, e não foi revogado por este último. Alternativa errada.
E) Portugal teve que desistir do Forte e da colônia de São Luís, chamada França Equinocial.
INCORRETO. A França Equinocial, estabelecida na região de São Luís, foi uma breve colônia francesa no Brasil que durou de 1612 a 1615, muito antes do Tratado de Utrecht. Portanto, o Tratado de Utrecht não teve relação com a desistência de Portugal do Forte e da colônia de São Luís. Alternativa errada.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA C.
1144) Sobre o processo de colonização na América no contexto das transformações europeias, a partir dos séculos XV e XVI, é correto afirmar:
- A) A grande quantidade de mercadorias trazidas do oriente para a Europa e a consequente baixa dos preços, na Baixa Idade Média, fez com que o comércio ultramarino se tornasse um empreendimento promissor.
- B) A partir do século XVI, a nobreza mercantil passou a deter o comércio das especiarias do Oriente, enquanto a burguesia detinha o comércio dos produtos tropicais da América.
- C) A colonização da América nos séculos XVI e XVII estava ligada à expansão marítima e comercial, à política mercantilista e ao fortalecimento das monarquias absolutistas.
- D) Os sistemas coloniais das metrópoles europeias tiveram o mesmo objetivo: logo após a chegada às terras do Oriente e do Ocidente, garantir a imediata ocupação e colonização para uma exploração de forma intensiva.
- E) Logo após à chegada às terras da América, as metrópoles europeias desenvolveram políticas de colonização que possibilitassem desde cedo a formação de uma elite local fortalecida política e economicamente.
A alternativa correta é letra C) A colonização da América nos séculos XVI e XVII estava ligada à expansão marítima e comercial, à política mercantilista e ao fortalecimento das monarquias absolutistas.
Gabarito: Letra C
A colonização da América nos séculos XVI e XVII estava ligada à expansão marítima e comercial, à política mercantilista e ao fortalecimento das monarquias absolutistas.
O processo de colonização tem sua origem no fortalecimento das monarquias absolutistas, que possibilitou a centralização de poder necessária para o desenvolvimento das navegações, permitindo a expansão marítima e a conquista de novos territórios, e o estabelecimento de uma política mercantilista, ou seja, de um conjunto de práticas econômicas que vigorou nas monarquias absolutistas a partir de meados do século XV e que tinham o objetivo de fortalecer o Estado através de um sistema de monopólio que permitisse a acumulação de riquezas.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: A grande quantidade de mercadorias trazidas do oriente para a Europa e a consequente baixa dos preços, na Baixa Idade Média, fez com que o comércio ultramarino se tornasse um empreendimento promissor.
O comércio das especiarias do Oriente foi visto como promissor pelos portugueses no período final da Baixa Idade Média pelo monopólio que os comerciantes genoveses e venezianos detinham sobre ele. Devido a esse monopólio, os produtos orientais revendidos na Europa ocidental possuíam preços altíssimos. Intencionando participar desse comércio, os comerciantes portugueses buscaram romper com o monopólio dos genoveses e venezianos através do estabelecimento de um contato direto com o Oriente por meio das navegações pelo Atlântico. Logo, na Baixa Idade Média, a quantidade de mercadorias do Oriente era limitada, pelo monopólio de genoveses e venezianos, e os preços eram altíssimos.
Letra B: A partir do século XVI, a nobreza mercantil passou a deter o comércio das especiarias do Oriente, enquanto a burguesia detinha o comércio dos produtos tropicais da América.
O comércio de especiarias do Oriente envolvia majoritariamente a burguesia, enquanto que a colonização da América, a partir do século XVI, foi iniciada a partir das capitanias hereditárias concedidas, geralmente, a cavaleiros da pequena nobreza que haviam se destacado na expansão para a África e para a Índia.
Letra D: Os sistemas coloniais das metrópoles europeias tiveram o mesmo objetivo: logo após a chegada às terras do Oriente e do Ocidente, garantir a imediata ocupação e colonização para uma exploração de forma intensiva.
Os sistemas coloniais das metrópoles europeias não tiveram o mesmo objetivo, e nem todas as metrópoles objetivaram garantir a imediata ocupação e colonização. Portugal, por exemplo, só começaria a empreender a colonização a partir de 1530, quando a primeira expedição colonizadora partiu de Portugal.
Letra E: Logo após à chegada às terras da América, as metrópoles europeias desenvolveram políticas de colonização que possibilitassem desde cedo a formação de uma elite local fortalecida política e economicamente.
As metrópoles europeias não desenvolveram políticas de colonização que possibilitassem desde cedo a formação de uma elite local fortalecida política e economicamente. Até porque os objetivos da colonização foram diferentes em cada uma das colônias.
Referências:
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 1. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 2. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
VAINFAS, Ronaldo et ali. História: das sociedades sem Estado às monarquias absolutistas, volume 1. São Paulo: Saraiva, 2010.
1145) “Nessas terras conquistadas aos índios pelos colonos de Duarte Coelho, se semearam sementes e se plantaram árvores vindas da Índia e da África. Se abriram caminhos para os carros de boi e para os cavalos dos engenhos. Se criaram vacas, cabras, carneiros. Vários rios se encheram de barcaças. Novos estilos de embarcações resultaram do encontro do estilo português de barco com o indígena, de piroga. Houve um contado fecundante do europeu com a terra virgem, e não apenas devastação e conquista.”
- A) Da litoral paulista, limitado pela Serra do Mar;
- B) Da Zona da Mata Nordestina;
- C) Sertão Semi-árido do Nordeste;
- D) Do Meio Norte do Maranhão;
- E) Da região amazônica.
A alternativa correta é letra B) Da Zona da Mata Nordestina;
Essa região, que se estende do estado da Bahia até o Rio Grande do Norte, foi uma das primeiras a ser colonizada no Brasil. Durante o período colonial, a Zona da Mata Nordestina se destacou pela produção de açúcar em larga escala, atividade econômica que demandou a construção de engenhos e a importação de mão de obra escrava africana. A descrição do texto se alinha com as características dessa região, onde os colonizadores portugueses introduziram novas culturas agrícolas, como a cana-de-açúcar, e desenvolveram um sistema de transporte fluvial e terrestre para escoar a produção.
1146) O dia em que o capitão-mor Pedro Álvares Cabral levantou a cruz […] era a 3 de maio, quando se celebra a invenção da Santa Cruz em que Cristo Nosso Redentor morreu por nós, e por esta causa pôs nome à terra que se encontrava descoberta de Santa Cruz e por este nome foi conhecida muitos anos. Porém, como o demônio com o sinal da cruz perdeu todo o domínio que tinha sobre os homens, receando perder também o muito que tinha em os desta terra, trabalhou que se esquecesse o primeiro nome e lhe ficasse o de Brasil, por causa de um pau assim chamado de cor abrasada e vermelha com que tingem panos […].
- A) a Igreja católica defendeu a prática do extrativismo durante o processo de conquista e colonização do Brasil.
- B) um esforço amplo de salvação dos povos nativos do Brasil orientou as ações dos mercadores portugueses.
- C) os nomes atribuídos pelos colonizadores às terras do Novo Mundo sempre respeitaram motivações e princípios religiosos.
- D) o objetivo primordial da colonização portuguesa do Brasil foi impedir o avanço do protestantismo nas terras do Novo Mundo.
- E) uma visão mística da colonização acompanhou a exploração dos recursos naturais existentes nas terras conquistadas.
A alternativa correta é letra E) uma visão mística da colonização acompanhou a exploração dos recursos naturais existentes nas terras conquistadas.
Gabarito: alternativa E)
Com base na leitura e interpretação do texto da questão que traz elementos sobre a chegada dos portugueses ao Brasil, devemos assinalar a alternativa que apresenta um argumento correto.
a) a Igreja católica defendeu a prática do extrativismo durante o processo de conquista e colonização do Brasil.
Incorreta. O extrativismo era preocupação dos investidores que lucravam com o processo colonizador, a principal preocupação da Igreja Católica era a difusão do cristianismo, converter os povos nativos em fiéis.
b) um esforço amplo de salvação dos povos nativos do Brasil orientou as ações dos mercadores portugueses.
Incorreto. O esforço dos mercadores era pelos lucros que viriam do comércio de produtos tropicais.
c) os nomes atribuídos pelos colonizadores às terras do Novo Mundo sempre respeitaram motivações e princípios religiosos.
Incorreta. Apesar de muitos nomes seguirem tal lógica, não podemos generalizar.
d) o objetivo primordial da colonização portuguesa do Brasil foi impedir o avanço do protestantismo nas terras do Novo Mundo.
Incorreta. Na perspectiva religiosa, o objetivo não era impedir o avanço do protestantismo, era difundir o catolicismo entre os povos nativos das terras do Novo Mundo.
e) uma visão mística da colonização acompanhou a exploração dos recursos naturais existentes nas terras conquistadas.
Correta! Essa é a ideia central do texto, misturar os aspectos religiosos com os interesses econômicos da exploração colonial. Os portugueses e espanhóis vieram em busca de riquezas e imaginavam que estavam fazendo um trabalho de salvação das almas através da conversão de povos nativos. Esse trabalho foi articulado com muitas ordens religiosas como os Jesuítas, os Carmelitas e os Franciscanos.
1147) O sistema de controle administrativo colonial que marcou a história da colonização portuguesa no Brasil foi o:
- A) capitalista.
- B) dos índios pataxós.
- C) da abolição da escravidão.
- D) de capitanias hereditárias.
A alternativa correta é letra D) de capitanias hereditárias.
O sistema de controle administrativo colonial que marcou a história da colonização portuguesa no Brasil foi o de capitanias hereditárias. Este sistema foi instituído em 1534, pelo rei D. João III, e consistia na divisão do território brasileiro em 15 capitanias, que eram concedidas a nobres e fidalgos portugueses. Estes, por sua vez, tinham o poder de governar e administrar as terras, bem como explorar seus recursos naturais.
1148) “Qualquer cidadão comum que tenha andado pelas ruas de sua cidade e passado pelas praças públicas já se deparou, em algum momento de sua vida, com estátuas, bustos, hermas e monumentos que retratam nosso passado. Essa prática de culto aos grandes homens da História – os chamados „Vultos Nacionais‟”.
- A) sua construção remonta ao período da colonização, quando do processo de fortalecimento do estado nacional;
- B) a construção de estátuas e monumentos no Brasil se deu no século XIX de forma isolada, uma vez que foi uma prática abolida na Europa, após a Revolução Francesa;
- C) A cidade do Rio de Janeiro é a única capital do Brasil onde não foram construídos monumentos nacionais;
- D) A construção de monumentos históricos que evocam personagens e fatos marcantes do passado, considerados dignos de registro para determinados grupos sociais é conhecida como “pedagogia da nação”;
- E) Todos os monumentos brasileiros são da fase Imperial, uma vez que uma das decisões da República foi por fim a esta prática, até hoje proibida;
A alternativa correta é letra D) A construção de monumentos históricos que evocam personagens e fatos marcantes do passado, considerados dignos de registro para determinados grupos sociais é conhecida como “pedagogia da nação”;
Essa alternativa é a correta porque o texto apresentado não faz menção à construção de monumentos no período colonial, nem ao século XIX, nem à cidade do Rio de Janeiro, nem à proibição da construção de monumentos na República. A alternativa D é a que melhor se relaciona com o texto, que fala sobre a prática de culto aos grandes homens da História, chamados de "Vultos Nacionais", e a construção de monumentos que evocam personagens e fatos marcantes do passado.
1149) Segundo MAESTRI, “concentrada na exploração e na proteção das minas de Prata do vice-reinado do Peru, a Coroa espanhola entregou à Companhia de Jesus a tarefa de reunir, em reduções, missões ou povos, as populações nativas de imensas regiões dos territórios sul-americanos que lhes pertenciam, segundo o Tratado de Tordesilhas. As missões jesuíticas espanholas da América Meridional serviriam como uma espécie de escudo contra a expansão lusitana em direção à estratégica foz do rio da Prata e, sobretudo, das cobiçadas minas de prata andinas”. A partir de 1626, os mamelucos paulistas atacaram, saquearam, destruíram e reduziram à escravidão parte da população das reduções jesuíticas. Estes ataques fizeram parte do movimento chamado de:
- A) Caudilhismo.
- B) Bandeirantismo.
- C) Escravismo.
- D) Cabanagem.
Resposta
A alternativa correta é letra B) Bandeirantismo.
Explicação
O Bandeirantismo foi um movimento que ocorreu no Brasil colonial, caracterizado por expedições de conquista e exploração do interior do país, lideradas por bandeirantes, que eram geralmente mamelucos paulistas. Essas expedições tinham como objetivo encontrar ouro, prata e outros recursos naturais, além de capturar indígenas para escravizá-los.
No contexto da questão, os ataques dos mamelucos paulistas às reduções jesuíticas, que resultaram na destruição e escravização de parte da população, fazem parte do movimento bandeirante.
1150) Entre os diversos fatores, que colaboraram para a ocupação do interior e consequentemente para a expansão territorial brasileira, durante o período colonial, destaca-se
- A) o cultivo da cana-de-açúcar, que começou no litoral nordestino e logo se expandiu pelo interior, contribuiu para a formação de várias cidades no sertão.
- B) o Tratado de Tordesilhas, que não determinava os limites entre as terras portuguesas e espanholas, facilitou a penetração dos portugueses no interior do continente.
- C) a tarefa de catequização, que foi realizada pelas missões jesuíticas, possibilitou a sua penetração no interior da colônia, fundando aldeamentos na Amazônia e no sul do Brasil.
- D) o desenvolvimento da exploração da borracha, que atraiu o colonizador português, facilitou o povoamento da região de Goiás e Mato Grosso.
- E) a expansão da economia cafeeira, que se desenvolveu no interior de São Paulo e Paraná, foi responsável por intensas lutas entre portugueses e espanhóis na região.
A alternativa correta é letra C) a tarefa de catequização, que foi realizada pelas missões jesuíticas, possibilitou a sua penetração no interior da colônia, fundando aldeamentos na Amazônia e no sul do Brasil.
Gabarito: Letra C
(a tarefa de catequização, que foi realizada pelas missões jesuíticas, possibilitou a sua penetração no interior da colônia, fundando aldeamentos na Amazônia e no sul do Brasil.)
Ao longo dos séculos XVI e XVII, o território português na América se ampliou devido às bandeiras, que buscavam apresar os indígenas, destruir quilombos e obter prata, ouro e pedras preciosas, à construção dos fortes para defesa militar, à pecuária que desbravou áreas do sertão nordestino e do centro-sul e às missões das ordens religiosas.
As ordens religiosas de franciscanos, jesuítas, mercedários, carmelitas organizaram expedições ao longo da região norte e do sul procurando entrar em contato com os indígenas, a fim de aldeá-los e catequizá-los. Operando a serviço do Estado, os religiosos facilitaram a obra da expansão e do domínio português, entretanto, esse processo não foi tranquilo. Estiveram sujeitos a conflitos com os colonos que desejavam usar a mão de obra indígena dos aldeamentos, das autoridades civis portuguesas que pretendiam ignorar as legislações que proibiam a escravização de indígenas e os próprios indígenas que se revoltaram contra a fixação em aldeamentos.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: o cultivo da cana-de-açúcar, que começou no litoral nordestino e logo se expandiu pelo interior, contribuiu para a formação de várias cidades no sertão.
O cultivo da cana-de-açúcar ficou restrito ao litoral brasileiro. No interior houve o processo de expansão territorial através da pecuária.
Letra B: o Tratado de Tordesilhas, que não determinava os limites entre as terras portuguesas e espanholas, facilitou a penetração dos portugueses no interior do continente.
O Tratado de Tordesilhas determinou os limites entre as terras portuguesas e espanholas, mas a partir de 1580, com a União Ibérica, o Tratado passou a ser relativizado, primeiro porque as terras da América que pertenciam a Portugal ficaram sob tutela da Espanha. No século XVII, uma série de expedições em direção ao norte e ao sul fundaram núcleos com a proposta de defesa das fronteiras, como a fundação de Belém e a Colônia de Sacramento.
Letra D: o desenvolvimento da exploração da borracha, que atraiu o colonizador português, facilitou o povoamento da região de Goiás e Mato Grosso.
A exploração da borracha é mais tardia, tendo começado no século XIX, principalmente na região amazônica.
Letra E: a expansão da economia cafeeira, que se desenvolveu no interior de São Paulo e Paraná, foi responsável por intensas lutas entre portugueses e espanhóis na região.
A expansão da economia cafeeira também é mais tardia, ocorrendo no século XIX. Essa atividade teve como área inicial o Vale do Paraíba. Depois se expandiu para Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Paraná, já no século XX.
Referências:
REIS, Arthur Cézar Ferreira. "A ocupação portuguesa do vale amazônico". In: HOLANDA, Sérgio Buarque de. História Geral da Civilização Brasileira. A época colonial, v.1: do descobrimento à expansão territorial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. "A colônia do Sacramento e a expansão no extremo sul". In: HOLANDA, Sérgio Buarque de. História Geral da Civilização Brasileira. A época colonial, v.1: do descobrimento à expansão territorial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
VICENTINO, Cláudio e VICENTINO, José Bruno. Teláris história, 7º ano: ensino fundamental, anos finais. São Paulo: Ática, 2018.