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Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

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181) Quanto à implantação da economia açucareira no Brasil colonial, ainda no séc XVI, é correto afirmar que:

  • A) a base da unidade de produção de açúcar era o engenho.
  • B) a mão de obra típica da economia açucareira era o trabalho indígena pago por meio de escambo.
  • C) a economia açucareira vigorou principalmente na região Sudeste do Brasil.
  • D) a produção açucareira se destacou no Vale do Paraíba, tornando a capitania de São Paulo o principal pólo econômico brasileiro no século XVII.
  • E) os donos de engenho só poderiam ser, exclusivamente, portugueses.

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A alternativa correta é letra A) a base da unidade de produção de açúcar era o engenho.

Gabarito: Letra A

 

(a base da unidade de produção de açúcar era o engenho.)

 

O açúcar foi um dos principais produtos exportados pela colônia portuguesa na América entre os séculos XVI e XVII. Ele era obtido através de uma série de processos que tinham como lugar central o engenho.

 

De acordo com Gilberto Cotrim e Jaime Rodrigues, os engenhos correspondiam ao conjunto de terras e equipamentos instalados em grandes propriedades onde se plantava cana para a produção do açúcar e da aguardente. Além dos canaviais, as terras eram utilizadas para plantação de alimentos, pastagens de animais, extração de madeiras e outros recursos naturais.

   

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra B: a mão de obra típica da economia açucareira era o trabalho indígena pago por meio de escambo.

 

A mão de obra inicial na economia açucareira era composta por indígenas, escravizados ou não. Entretanto em meados do século XVI ocorreu a transição para a mão de obra escravizada, que passou a ser a mão de obra típica.

 

Letra C: a economia açucareira vigorou principalmente na região Sudeste do Brasil.

 

A economia açucareira vigorou principalmente na região Nordeste do Brasil com destaque também para produções em capitanias do Sudeste, como a de São Vicente e do Rio de Janeiro.

 

Letra D: a produção açucareira se destacou no Vale do Paraíba, tornando a capitania de São Paulo o principal pólo econômico brasileiro no século XVII.

 

A produção açucareira se destacou no Nordeste, principalmente em Pernambuco e na Bahia, principais áreas econômicas brasileiras no século XVII. No Vale do Paraíba se destacou a produção cafeeira no século XIX.

 

Letra E: os donos de engenho só poderiam ser, exclusivamente, portugueses.

 

Não havia exclusividade para ser um dono de engenho. Os donos de engenho poderiam ser portugueses, luso-brasileiros, judeus ou holandeses.

   

Referências:

 

COTRIM, Gilberto e RODRIGUES, Jaime. Historiar, 7° ano: ensino fundamental: anos finais. São Paulo: Saraiva, 2018.

 

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.

 

182) Dentre as atividades econômicas do período colonial brasileiro, a única atividade que foi voltada para o abastecimento do mercado interno colonial foi a exploração:

  • A) do pau-brasil.
  • B) do açúcar.
  • C) da criação de gado.
  • D) das drogas do sertão.
  • E) de ouro e diamantes.

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A alternativa correta é letra C) da criação de gado.

Gabarito: Letra C

 

(da criação de gado.)

 

De todas as atividades econômicas do período colonial brasileiro, a pecuária era aquela que voltou-se para o abastecimento do mercado interno. Os bois forneciam carne e couro e serviam de meio de transporte e força para as moendas de cana-de-açúcar. Outros animais, como porcos e aves, também eram criados para alimentar a população.

 

Entre os séculos XVII e XVIII, diversas regiões se especializaram na pecuária bovina, como Piauí, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, sertão da Bahia e de Pernambuco, sul de Minas Gerais e as planícies do Rio Grande do Sul.

   

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: do pau-brasil.

 

A extração do pau-brasil era uma atividade destinada a abastecer o mercado externo, pois a seiva dessa madeira era procurada para a fabricação de tintas e corantes.

 

Letra B: do açúcar.

 

A produção de açúcar tinha como principal mercado o europeu, portanto, era voltada para o mercado externo.

 

Letra D: das drogas do sertão.

 

As drogas do sertão, extraídas na região do norte do Brasil eram destinadas ao mercado externo.

 

Letra E: de ouro e diamantes.

 

Parte do ouro e dos diamantes circulava no mercado interno, sob diversas formas: ouro e diamantes reais transformados em moedas para realizar pagamentos e ouro e diamantes contrabandeados. Outra parte era exportada para Portugal, portanto, deixava a colônia.

   

Referências:

 

COTRIM, Gilberto e RODRIGUES, Jaime. Historiar, 7° ano: ensino fundamental: anos finais. São Paulo: Saraiva, 2018.

 

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.

183) Em fins do século XVIII e início do século XIX, a economia brasileira encontra-se em crise, os setores ligados à exportação involuíram para uma economia de subsistência quase. Contudo, algumas regiões escaparam desse quadro, assinale abaixo a alternativa que apresenta uma região que não sofreu com o declínio econômico vivenciado nesse período.

  • A) O Rio de Janeiro, uma vez que, por ser capital do império, sempre contou com inúmeros investimentos e com uma forte indústria voltada para exportação.

  • B) A região Sul, por ser uma região apartada do restante do país, sua economia nunca dependeu do mercado interno ou externo.

  • C) A região do Maranhão, devido ao importante papel na exportação de algodão para os EUA.

  • D) Região de São Paulo, por conta da instalação de indústrias fortes que atuaram na exportação de inúmeros produtos manufaturados.

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Resposta:

A alternativa correta é letra C) A região do Maranhão, devido ao importante papel na exportação de algodão para os EUA.

Explicação:

No final do século XVIII e início do século XIX, a economia brasileira enfrentou uma crise, e os setores ligados à exportação declinaram para uma economia de subsistência quase. No entanto, a região do Maranhão foi uma exceção, pois seu algodão era muito procurado pelos EUA, o que a tornou uma região próspera durante esse período.

184) “Eu, el-rei D. João III, faço saber a vós, Tomé de Sousa, fidalgo da minha casa que ordenei mandar fazer nas terras do Brasil uma fortaleza e povoação grande e forte na Baía de Todos-os-Santos (…) tenho por bem vos enviar por governador das ditas terras do Brasil”. (Regimento de Tomé de Sousa, 1549). O documento acima transcrito refere-se a qual momento da história de nosso país?

  • A) Um projeto real visando fortalecer militarmente a terra colonizada a fim de atrair missionários e militares ao Brasil.
  • B) Um projeto de exploração agrícola do território recém-conquistado.
  • C) Um plano de defesa militar que incluía a criação de uma rota comercial para a Índia, Indonésia, Timor, Japão e China.
  • D) Uma tentativa de acelerar a colonização brasileira, de maneira a compensar a perda de territórios portugueses no Oriente e na África.

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A alternativa correta é letra A) Um projeto real visando fortalecer militarmente a terra colonizada a fim de atrair missionários e militares ao Brasil.

O Regimento de Tomé de Sousa, de 1549, é um documento que ordena a construção de uma fortaleza e povoação grande e forte na Baía de Todos-os-Santos, no Brasil. Isso demonstra que o objetivo do rei D. João III era fortalecer militarmente a terra colonizada, a fim de atrair missionários e militares ao Brasil, protegendo assim a colonização portuguesa na região.

185) As plantações de mandioca encontradas pelas saúvas cortadeiras nas roças indígenas eram apenas uma entre várias outras. Em muitas situações, a composição química das folhas favorecia a escolha de outras plantas e a folhagem da mandioca era cortada apenas quando as preferidas das saúvas não eram suficientes. Já na agricultura comercial, machados e foices de ferro permitiam abrir clareiras em uma escala maior, resultando em grande homogeneidade da flora. Nas lavouras de mandioca de finais do século XVII e do início do século XVIII, as folhas da mandioca tornavam-se uma das poucas opções das formigas. Depois de mais algumas colheitas, a infestação das formigas tornava-se insuportável, por vezes causando o completo despovoamento humano da área.

  • A) A principal diferença entre as lavouras indígenas e a agricultura comercial colonial estava no uso de queimadas pelos europeus, o que não era praticado pelas populações autóctones.
  • B) Comparadas à mandioca cultivada pelos indígenas, as novas espécies de mandioca trazidas da Europa eram menos resistentes às formigas cortadeiras, e por isso mais susceptíveis à infestação.
  • C) Os colonizadores introduziram no território colonial novas espécies de mandioca e milho, que desequilibraram o sistema agrícola ameríndio, baseado no sistema rotativo de plantação.
  • D) A agricultura comercial tendia à homogeneização da flora nas lavouras da América Portuguesa, combinando tradições europeias de plantio com práticas indígenas.

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A alternativa correta é letra D) A agricultura comercial tendia à homogeneização da flora nas lavouras da América Portuguesa, combinando tradições europeias de plantio com práticas indígenas.

Gabarito: Letra D

 

A agricultura comercial tendia à homogeneização da flora nas lavouras da América Portuguesa, combinando tradições europeias de plantio com práticas indígenas.

 

A agricultura comercial europeia baseava-se na homogeneização da flora nas lavouras da América Portuguesa, como pode ser observado tanto na referência do texto ao processo de abrir clareiras em escala maior, quanto no tipo de agricultura monocultora voltado para exportação adotado pelos colonizadores portugueses no período inicial da colonização do Brasil. Além disso, a agricultura comercial europeia combinava as tradições de plantio e experiências anteriores dos colonizadores com práticas indígenas como, por exemplo, as queimadas (coivara) utilizadas pelos nativos para abrir clareiras.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: A principal diferença entre as lavouras indígenas e a agricultura comercial colonial estava no uso de queimadas pelos europeus, o que não era praticado pelas populações autóctones.
 

A principal diferença entre as lavouras indígenas e a agricultura comercial colonial não estava no uso de queimadas pelos europeus, visto que essas já eram praticadas pelas populações nativas, mas sim no direcionamento dado a essas lavouras, enquanto a dos indígenas voltava-se para a subsistência, a agricultura comercial colonial voltava-se para a exploração comercial e exportação.

 

Letra B: Comparadas à mandioca cultivada pelos indígenas, as novas espécies de mandioca trazidas da Europa eram menos resistentes às formigas cortadeiras, e por isso mais susceptíveis à infestação.
 

As mandiocas plantadas pelos europeus não eram menos resistentes às formigas cortadeiras, o que as deixava mais suscetíveis à infestação era a técnica de abrir clareiras em uma escala maior, resultando em grande homogeneidade da flora, e na eliminação de outras opções das saúvas cortadeiras.

 

Letra C: Os colonizadores introduziram no território colonial novas espécies de mandioca e milho, que desequilibraram o sistema agrícola ameríndio, baseado no sistema rotativo de plantação.

 

Nem os colonizadores introduziram no território colonial novas espécies de mandioca e milho que desequilibraram o sistema agrícola ameríndio, visto que milho e mandioca fazem parte das plantas originárias na América e que foram introduzidas na Europa, nem esse sistema era baseado rotatividade da plantação, como o modelo europeu.

 

Referências:

 

CABRAL, Diogo. 'O Brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da América Portuguesa – parte 2. HALAC - História Ambiental Latinoamericana y Caribeña. Belo Horizonte, v. IV, n. 1, p. 87-113, set. 2014-fev. 2015.

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 1. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: das sociedades sem Estado às monarquias absolutistas, volume 1. São Paulo: Saraiva, 2010.

186) Identifique a primeira atividade econômica iniciada pelos portugueses no Brasil.

  • A) A cana de açúcar.

  • B) O tráfico e comércio de escravos africanos.

  • C) A exploração do pau-brasil.

  • D) A exploração dos metais preciosos (ouro e prata).

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A resposta correta para esta questão é:

A alternativa correta é letra C) A exploração do pau-brasil.

Explicação:A atividade econômica iniciada pelos portugueses no Brasil foi a exploração do pau-brasil (Caesalpinia echinata), um tipo de árvore nativa da Mata Atlântica. A madeira desse tipo de árvore era altamente apreciada na Europa para a produção de tintas vermelhas, o que a tornou a primeira matéria-prima exportada do Brasil para a metrópole. A exploração do pau-brasil teve início no início do século XVI e perdurou até o século XVIII, quando outras atividades econômicas, como a cultura da cana-de-açúcar e o tráfico de escravos, passaram a ter maior relevância.

187) “O período de fastígio coincide com a primeira metade do século XVII. Em geral, a esse tempo, quase todas as ordens religiosas haviam atingido grande prosperidade”. (PIRATININGA Jr., 1991, p. 29). Assinale a alternativa correta:

  • A) A “Lei de Terras” ressentiu a expansão patrimonial das ordens religiosas

  • B) A política pombalina empenhou-se em enfraquecer as ordens religiosas

  • C) As irmandades religiosas são a prova da enrijecida ação do catolicismo nos trópicos

  • D) As fazendas beneditinas desenvolveram-se com o uso restrito de mão de obra dos africanos cativos

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A alternativa correta é letra B) A política pombalina empenhou-se em enfraquecer as ordens religiosas

Gabarito: Letra B

 

Na segunda metade do século XVIII, o governo português, liderado pelo Marquês de Pombal, começou a controlar estritamente o patrimônio religioso em suas colônias.

 

As posições anticIericais de Pombal culminaram com o confisco das propriedades jesuítas, o fim da administração das missões e por fim, a expulsão dos jesuítas. Tudo isso é o resultado de um processo de laicização do despotismo esclarecido.

 

Os religiosos foram obrigados a enviar listas completas de suas propriedades e proibidos de efetuar qualquer transação imobiliária sem a autorização do Rei José I.

 

Mas os jesuítas não foram os únicos a sofrerem com a política do Marquês. Os beneditinos e carmelitas também foram alvos de políticas de enfraquecimento, mas bem menos graves do que as desferidas contra os jesuítas.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: A “Lei de Terras” ressentiu a expansão patrimonial das ordens religiosas

 

A Lei de Terras de 1850 não prejudicou a expansão patrimonial e o acúmulo de renda obtidos com a propriedade das terras. Por exemplo, a ordem dos beneditinos ao sofrer com a tentativa de intervenção do estado imperial no seu patrimônio criou a estratégia de arrendar as terras para particulares.efetivando o seu domínio por mais tempo.

 

Letra C:  As irmandades religiosas são a prova da enrijecida ação do catolicismo nos trópicos

 

As irmandades religiosas foram um dos importantes instrumentos da ação missionária católica na América Portuguesa. Atuaram catequizando os indígenas no interior da Amazônia e no sul do Brasil. Tinham metodologias próprias para evangelização e algumas delas eram formadas por escravizados e libertos.

 

Letra D:  As fazendas beneditinas desenvolveram-se com o uso restrito de mão de obra dos africanos cativos.

 

Desde o século XVI, as principais ordens religiosas utilizaram mão de obra escrava, indígena e africana em suas propriedades. Segundo Robson Pedrosa Costa, no século XVIII os beneditinos passaram a ser a ordem religiosa mais próspera e com muitas propriedades na qual contavam com muitos escravizados. Os beneditinos libertaram seus escravizados em 1871.

 

Referências:

 

COSTA, Robson Pedrosa. “Os monges emancipadores: a Ordem de São Bento e suas estratégias de liberação dos escravos, 1866-1871”. Revista latino-americana de História. Disponível em: http://projeto.unisinos.br/rla/index.php/rla/article/viewFile/637/601. Acesso: 10 ago. 2020.

 

MOTTA, Márcia Maria Menendes. “Terra da Igreja, Terra da Nação: embates e conflitos na construção do Império do Brasil”.  In: CARVALHO, José Murilo de (ORG). Nação e cidadania no Império novos horizontes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.

188) “…quando nas primeiras décadas do século XVI, o estado português, apoiado por capitalistas de várias nacionalidades, passou a fabricar açúcar na colônia americana, estava, de fato, efetivando um deslocamento de parte da cadeia – plantio da matéria-prima e produção do açúcar – para as possessões lusitanas no continente americano. O sucesso deste deslocamento repercutiu em toda a cadeia, diminuindo os preços e aumentando o consumo, como também atraindo a atenção de outros estados e capitalistas para o negócio do açúcar, incluindo-se o tráfico de escravos, o que, por sua vez, gerou novos reajustamentos dos agentes privados e estatais envolvidos.”

  • A) Sufocada pela perda de suas colônias africanas para a Inglaterra, a coroa lusitana contou com o apoio dos jesuítas na tarefa de redução e escravização dos povos indígenas, como forma de manter a mão de obra necessária para a produção do açúcar.

  • B) Apesar de a agroindústria açucareira ser a mais importante fonte de renda para a capitania de Pernambuco nos dois primeiros séculos de colonização, não era a única fonte de receita, e a pecuária e o tráfico de escravos também contribuíram para o desenvolvimento da economia local.

  • C) A coroa lusitana, visando aumentar a produção de açúcar nas terras da América Portuguesa, promoveu uma política de distribuição de terras que pode ser vista como a primeira tentativa de reforma agrária no Brasil.

  • D) A preguiça e insolência dos “nativos da terra” fizeram com que os capitães donatários solicitassem a Portugal escravos africanos. Estes já estavam acostumados com a lavoura canavieira e eram mais dóceis que os indígenas.

  • E) Por quase três séculos, a produção do açúcar foi a única fonte de receita para a coroa portuguesa na América Portuguesa. Isso só vai ser alterado com a exploração da região das Minas Gerais, quando o açúcar deixa de ser exportado, e as atenções da metrópole se voltam para a extração mineral.

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A alternativa correta é letra B) Apesar de a agroindústria açucareira ser a mais importante fonte de renda para a capitania de Pernambuco nos dois primeiros séculos de colonização, não era a única fonte de receita, e a pecuária e o tráfico de escravos também contribuíram para o desenvolvimento da economia local.

Gabarito: ALTERNATIVA B

  

“...quando nas primeiras décadas do século XVI, o estado português, apoiado por capitalistas de várias nacionalidades, passou a fabricar açúcar na colônia americana, estava, de fato, efetivando um deslocamento de parte da cadeia – plantio da matéria-prima e produção do açúcar – para as possessões lusitanas no continente americano. O sucesso deste deslocamento repercutiu em toda a cadeia, diminuindo os preços e aumentando o consumo, como também atraindo a atenção de outros estados e capitalistas para o negócio do açúcar, incluindo-se o tráfico de escravos, o que, por sua vez, gerou novos reajustamentos dos agentes privados e estatais envolvidos.”

 

Com relação à política agroindustrial do Brasil Colonial, assinale a alternativa CORRETA.

 
  • a) Sufocada pela perda de suas colônias africanas para a Inglaterra, a coroa lusitana contou com o apoio dos jesuítas na tarefa de redução e escravização dos povos indígenas, como forma de manter a mão de obra necessária para a produção do açúcar.

Do século XV a meados do século XIX, as colônias portuguesas na África ficaram relativamente intocadas quanto às rivalidades internacionais. Apenas na segunda metade do século XIX é que o Reino Unido se lançaria na empresa imperialista no continente africano, mas, ainda assim, as posições portuguesas pouco se alteraram. Na organização da sua colônia americana, Portugal sofria com a rivalidade espanhola de maneira moderada e ainda contava com as dificuldades logísticas para administrar a colônia. Além disso, os jesuítas se empenharam na catequização dos indígenas e pressionaram o rei para proteger essas populações da escravização - sendo que  a plantation acabou abastecida pelo tráfico negreiro do Atlântico Sul. Alternativa errada.

 
  • b) Apesar de a agroindústria açucareira ser a mais importante fonte de renda para a capitania de Pernambuco nos dois primeiros séculos de colonização, não era a única fonte de receita, e a pecuária e o tráfico de escravos também contribuíram para o desenvolvimento da economia local.

A agroindústria açucareira era o complexo central da economia colonial, na qual a capitania de Pernambuco teve um destaque importante já desde o final do século XVI. No entanto, a movimentação econômica decorrente dos engenhos de açúcar tracionava tanto a agropecuária para o abastecimento das populações instaladas quanto o tráfico de escravos para garantir a mão de obra na lavoura e na produção do açúcar. Assim, seria equivocado falar que, apesar de ser a mais importante, a agroindústria açucareira era a única atividade econômica colonial. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • c) A coroa lusitana, visando aumentar a produção de açúcar nas terras da América Portuguesa, promoveu uma política de distribuição de terras que pode ser vista como a primeira tentativa de reforma agrária no Brasil.

Ora, uma reforma agrária só é possível quando já se tem uma estrutura fundiária definida e estabelecida, o que não era o caso da colonização do século XVI. Naquele momento, a Coroa portuguesa optou pela concentração de terras sob o controle de poucos senhores para viabilizar tanto um maior controle político-administrativo sobre o território quanto para ampliar ao máximo a monocultura típica da plantation, modelo de produção agrícola adotado na colonização e voltado para a monocultura. Esse momento de formação dos latifúndios coloniais acabou por ser decisivo para a concentração de terras no Brasil. Alternativa errada.

 
  • d) A preguiça e insolência dos “nativos da terra” fizeram com que os capitães donatários solicitassem a Portugal escravos africanos. Estes já estavam acostumados com a lavoura canavieira e eram mais dóceis que os indígenas.

Por ser uma alternativa com claro viés racista, os candidatos deveriam desconfiar sobre sua veracidade. A escravidão indígena foi, sim, praticada na América Portuguesa; no entanto, o controle repressivo sobre esses cativos era dificultado pelo seu conhecimento sobre o território e as obras de catequização fizeram com o que a Igreja pressionasse pela proibição desse tipo de escravidão. Já no final do século XVI, os jesuítas enviados para a América conseguiram do rei português garantias formais de proteção dos indígenas contra a escravidão. Alternativa errada.

 
  • e) Por quase três séculos, a produção do açúcar foi a única fonte de receita para a coroa portuguesa na América Portuguesa. Isso só vai ser alterado com a exploração da região das Minas Gerais, quando o açúcar deixa de ser exportado, e as atenções da metrópole se voltam para a extração mineral.

O açúcar não deixou de ser exportado em nenhum momento até o final do século XIX; no entanto, a produtividade e a competitividade internacional decaíram bruscamente já no início daquele século, fazendo com que o produto perdesse importância nas rendas coloniais e no orçamento público do Brasil independente. O ciclo do ouro das Minas Gerais foi relativamente curto, estando concentrado em cerca de cinco décadas do século XVIII, nas quais atraiu grandes parte das atenções metropolitanas para a tributação e para o controle da exploração da mineração. Além disso, é bastante equivocado dizer que o açúcar, mesmo em seu auge, tenha sido a única fonte de receita da colônia, na qual havia extrativismo vegetal, alguma extração de pedras preciosas, exploração das drogas do sertão e algum nível de circulação da agropecuária muito antes do ciclo aurífero. Alternativa errada.

  

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA B.

189) Leia o texto de Frei Vicente de Salvador, citado por Eduardo França Paiva (2001), em Inaugurando a história e construindo a nação.

  • A) critica a política colonizadora lusa na América de exploração das riquezas.

  • B) apoia a decisão dos povoadores de não permanecerem no território colonial.

  • C) desacredita da política europeia de colonizar as Américas.

  • D) recrimina os colonos lusos por enviarem para Portugal também papagaios.

  • E) valoriza as atitudes dos colonos portugueses de fixação nas terras da América.

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A alternativa correta é letra A) critica a política colonizadora lusa na América de exploração das riquezas.

Gabarito: Letra A
 
Trata-se de um conteúdo trazido especificamente pelo edital da prefeitura de Buritizal/SP
 
Fica nítida que é uma questão de interpretação. O que trecho traz uma crítica à política colonizadora portuguesa que visava à exploração das riquezas nas terras americanas.
 
Isso fica claro nos trechos:

 

E deste mesmo modo se hão os povoadores, os quais, por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal" 

 

"aos quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real pera Portugal, porque tudo querem para lá”.
 
Frei Vicente de Salvador é considerado o primeiro cronista a realizar um trabalho de história na colônia. Ele é fonte primária para muitos estudos desse período. 

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190) “O termo ‘donatário’ era utilizado para designar os particulares que recebiam uma doação régia da coroa. O sistema das donatarias foi utilizado a partir do século XV com a expansão ultramarina portuguesa, como forma de evitar despesas na administração das conquistas para o tesouro régio. As conquistas ultramarinas, notadamente os arquipélagos atlânticos, Angola e Brasil, foram concedidos a particulares portugueses, em forma de donatarias, durante os séculos XV e XVI, com o intuito de assegurar as regiões conquistadas e promover o desenvolvimento das capitanias e a expansão da fé católica.”

  • A) Garantir, através de impostos e fiscalização, o cartel pessoal no comércio e na exploração de pau-brasil.
  • B) Monopolizar a negociação do açúcar, principalmente na faixa litorânea, com os flamengos (holandeses).
  • C) Exercer o poder político-administrativo em sua capitania e escravizar índios para serem usados como mão de obra.
  • D) Administrar os aldeamentos (tribos indígenas que apoiavam a colonização sob o controle dos jesuítas), impedindo a escravização indígena.

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A alternativa correta é letra C) Exercer o poder político-administrativo em sua capitania e escravizar índios para serem usados como mão de obra.

Os donatários eram particulares que recebiam uma doação régia da coroa portuguesa, com o objetivo de administrar as conquistas ultramarinas, como os arquipélagos atlânticos, Angola e Brasil. Entre os direitos dos donatários, estava o de exercer o poder político-administrativo em sua capitania e escravizar índios para serem usados como mão de obra.

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