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Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

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201) A primeira capital brasileira foi:

  • A) Rio de Janeiro.
  • B) Salvador.
  • C) Recife.
  • D) Brasília.

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Resposta:

A alternativa correta é letra B) Salvador.

Explicação:

Em 1549, o rei de Portugal, D. João III, nomeou Tomé de Sousa como o primeiro governador-geral do Brasil. Tomé de Sousa fundou a cidade de Salvador, na Bahia, que se tornou a primeira capital do Brasil colonial. Salvador permaneceu como capital do Brasil até 1763, quando a capital foi transferida para o Rio de Janeiro.

202) Complete a lacuna corretamente:

  • A) Belo Horizonte.

  • B) São Paulo.

  • C) Salvador.

  • D) Recife.

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A alternativa correta é letra C) Salvador.

Explicação: A primeira capital brasileira foi Salvador, no período entre 1549 e 1763. Salvador foi escolhida como capital por ser um local estratégico para a colonização portuguesa, pois era um ponto de partida para a exploração do interior do Brasil. Além disso, a cidade já possuía uma estrutura urbana consolidada, o que facilitou a instalação da administração colonial.

203) Com base em seus conhecimentos sobre a economia aurífera colonial brasileira, podemos afirmar que:

  • A) Incentivou a criação de um mercado consumidor interno, por conta do considerável surto urbano do período.

  • B) O ouro brasileiro perdeu espaço para a prata das minas de Potosi.

  • C) A metrópole, acreditando tratar-se de ouro de baixíssima qualidade, não se preocupou com taxações e coisas do gênero.

  • D) O ouro extraída nas Minas Gerais acabou sendo investido na malha industrial da região.

  • E) Não houve nenhuma atividade econômica secundária à extração de ouro.

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Resposta Correta: A) Incentivou a criação de um mercado consumidor interno, por conta do considerável surto urbano do período.

A economia aurífera colonial brasileira, que se desenvolveu no século XVIII, especialmente em Minas Gerais, trouxe como consequência um surto urbano sem precedentes na colônia. A riqueza gerada pela exploração do ouro atraiu uma grande quantidade de pessoas para as regiões mineradoras, levando ao crescimento de cidades como Vila Rica (atual Ouro Preto), Sabará e Diamantina.

Com o aumento da população urbana, houve um aumento na demanda por bens e serviços, o que incentivou a criação de um mercado consumidor interno. Isso significa que a economia aurífera colonial brasileira estimulou a produção e o comércio de bens e serviços dentro da própria colônia, ao invés de depender apenas da importação de produtos da metrópole.

204) Assinale a alternativa que indica a primeira atividade econômica desenvolvida nas terras brasileiras.

  • A)  Extração de pau brasil

  • B)  Lavoura de cana de açúcar

  • C)  Extração das “drogas do sertão”

  • D)  Pecuária nordestina

  • E)  Pecuária sulina

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Resposta:

A alternativa correta é letra A) Extração de pau brasil.

Explicação:

A primeira atividade econômica desenvolvida nas terras brasileiras foi a extração de pau-brasil, uma árvore nativa da região que produzia uma madeira valiosa utilizada para produzir tinta vermelha. Os portugueses, liderados por Pedro Álvares Cabral, começaram a explorar e extrair o pau-brasil em 1500, logo após a chegada ao Brasil. Essa atividade econômica foi a primeira a ser desenvolvida no país e marcou o início da exploração econômica do Brasil pelos portugueses.

205) No Brasil colonial, a palavra ‘sertão’ designava os territórios interioranos e litorâneos (“sertões de dentro” e “sertões de fora”), onde a presença lusa era quase inexistente ou ainda não havia se consolidado. Diante da necessidade de buscar espaços que pudessem produzir novas formas de sustento material e obtenção de lucros, o processo de conquista e colonização dos sertões se deu através de atividades como:

  • A) o comércio com os quilombos.

  • B) o cultivo da cana e do algodão.

  • C) a plantação do fumo.

  • D) a pecuária e a mineração

  • E) a troca de produtos e insumos com os indígenas.

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A alternativa correta é letra D) a pecuária e a mineração

Gabarito: Letra D
 

a pecuária e a mineração


A conquista e ocupação das áreas mais interioranas do Brasil, o conhecido "sertão", foi realizada através de dois processos principais: a pecuária e a mineração.
 

A pecuária foi uma atividade econômica que iniciou no litoral, mas progressivamente foi ocupando o interior da colônia, seguindo as pastagens e os cursos dos rios, onde se montavam currais. 
 

A partir da Bahia e de Pernambuco, os criadores adentraram com seus rebanhos no Piauí, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Nesse processo de expansão da pecuária, muitos colonos se chocaram com populações indígenas, que travaram resistência ao avanço colonial. A derrota dos indígenas propiciou a incorporação de terras para famílias de sesmeiros que aumentaram os seus latifúndios.
 

No final do século XVIII, o sertão nordestino já estava todo ocupado pelas fazendas de gado e por currais.
 

Além da pecuária, o processo de ocupação do interior da colônia foi possibilitado pela mineração, atividade que se desenvolveu principalmente no final do século XVII e durante boa parte do século XVIII. A mineração permitiu que nas áreas que hoje fazem parte do centro-oeste sofressem com um afluxo de pessoas que buscavam enriquecer com ouro, diamantes e outras pedras preciosas.
 

Durante esse contexto, surgiram vilas, arraiais e cidades próximas às regiões mineradoras. Além do mais, também se desenvolveram atividades econômicas complementares à extração de ouro, como os roçados, o comércio, serviços de profissionais liberais, como advogados e médicos.

  

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: o comércio com os quilombos.
 

Nem todos os quilombos se localizavam no sertão. Alguns deles se formavam próximos às vilas e engenhos de cana-de-açúcar ou de fazendas de tabaco e algodão. Muitos quilombolas praticavam comércio com essas vilas, demonstrando uma troca econômica que desafiava a lógica colonial. Entretanto, esse comércio não foi condição para a ocupação do interior por vários motivos, dentre um deles, porque os quilombos eram vistos como locais indesejados e combatidos pelas autoridades coloniais.

 

Letra B: o cultivo da cana e do algodão.
 

Duas atividades voltadas para abastecer em parte a colônia e muito mais o mercado externo e que eram realizadas próximas ao litoral a fim de facilitar o escoamento desses produtos através dos portos.

 

Letra C: a plantação do fumo.
 

Outra atividade que se desenvolveu próxima ao litoral onde existiam portos para levar o fumo para o mercado externo.

  

Letra E: a troca de produtos e insumos com os indígenas.
 

A prática de trocas de produtos com indígenas ficou conhecida como escambo e era realizada no litoral.

  

Referência:

 

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1995.
 

206) Leia o texto abaixo e responda a pergunta a seguir.

  • A) levaram a capitania de Pernambuco a prosperar.

  • B) causaram o impasse político responsável pela Guerra dos Mascates.

  • C) levaram o sistema de capitanias hereditárias a fracassar.

  • D) causaram o impasse político gerador da Insurreição Pernambucana.

  • E) transformaram as capitanias hereditárias em governo-geral.

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A alternativa correta é letra A) levaram a capitania de Pernambuco a prosperar.

Gabarito: ALTERNATIVA A

  

Leia o texto abaixo e responda a pergunta a seguir.

 

[ ... ] Além da capitania, em 1541 foi instalada a vila de Olinda, com a repetição de todas as formalidades de São Vicente: títulos de sesmarias, lista de homens bons aptos a votar, eleição de vereadores, alternância no poder. [ ... ] Em Pernambuco passou a funcionar de maneira efetiva a autoridade do donatário, em dois sentidos. No das receitas, implantou cobrança de impostos, inclusive com repasses ao rei, e tais recursos financiavam serviços delegados ao donatário, como o de atuar como instância mais alta que o Judiário da vila e o de controlar a vida civil.

(CALDEIRA, Jorge. História da Riqueza no Brasil. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2017.)

  

De acordo com o texto é correto afirmar que o autor buscou descrever as medidas que:

  • a)  levaram a capitania de Pernambuco a prosperar.

A alternativa é bastante simples e atende perfeitamente ao que pede o enunciado. Ainda que o sistema das capitanias hereditárias não tenha prosperado como um todo na colonização efetiva do território e na organização da exploração econômica, o caso da capitania de Pernambuco foi uma notável exceção. As medidas administrativas descritas no texto citado foram parte importante desse esforço de organização e de viabilização da capitania, cuja vida seria decisivamente impulsionada pela introdução da indústria açucareira. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • b)  causaram o impasse político responsável pela Guerra dos Mascates.

A Guerra dos Mascates ocorreu em 1710; ou seja, cerca de um século e meio após as medidas descritas no texto do enunciado. No início do século XVIII, Olinda, então capital da capitania de Pernambuco, vivia um delicado declínio de sua produção açucareira e o comprometimento do comércio que sempre sustentou a cidade. Paralelamente, Recife - um subúrbio de Olinda - crescia em importância pela atuação dos comerciantes locais, que praticavam juros abusivos. Em 1710, a Coroa portuguesa autorizou a separação de Recife com a criação de uma Câmara Municipal e de um Pelourinho; provocando a ira dos senhores de engenho, que acabariam invadindo Recife, acusando os comerciantes ("mascates") pela penúria econômica de Olinda. Alternativa errada.

 
  • c)  levaram o sistema de capitanias hereditárias a fracassar.

Há dois erros fundamentais nessa alternativa. Em primeiro lugar, estão sendo descritas medidas tomadas na capitania de Pernambuco; ou seja, não se pretende fazer uma discussão sobre o sistema de capitanias hereditárias como um todo. Da mesma maneira, seria absurdo querer imputar à organização administrativa de uma única capitania o fracasso de todo um sistema, cujas contradições se agravariam sobremaneira em poucos anos. Em segundo lugar, Pernambuco foi um raro caso de sucesso entre as capitanias, conseguindo se estabilizar e se viabilizar em pouco tempo, o que não se repetiu com parte significativa das demais. Portanto, nem faz sentido associar Pernambuco ao fracasso das capitanias como um todo. Alternativa errada.

 
  • d)  causaram o impasse político gerador da Insurreição Pernambucana.

Ocorrida em 1645, a Insurreição Pernambucana foi um século posterior aos acontecimentos abordados pelo trecho citado, o que impossibilita uma associação tão direta. Na oportunidade, senhores de engenho de Pernambuco se organizaram militarmente para impor uma reação geral contra a invasão holandesa na região, que já se prolongava e transformava a vida pernambucana. Foi um ponto de partida importante para um movimento geral de expulsão dos holandeses, o que se concretizaria apenas em 1654. Alternativa errada.

 
  • e)  transformaram as capitanias hereditárias em governo-geral.

O governo-geral do Brasil foi instalado em 1549, sendo uma reação portuguesa ao fracasso da instalação do sistema de capitanias hereditárias e à colonização efetiva da sua porção do continente americano. No entanto, o trecho trata exatamente da organização administrativa da capitania em Pernambuco, numa referência direta às práticas adotadas em São Vicente e à centralização do poder local em torno de Olinda. A formação do governo-geral, pelo contrário, primou pela consolidação de um poder em Salvador, bem como centralizou as práticas administrativas da colônia. Alternativa errada.

  

Note o estudante que há uma discrepância geral entre o que é descrito e os possíveis efeitos introduzidos nas alternativas erradas. Isso era uma chave importante para se solucionar a questão sem um comprometimento excessivo de tempo e de esforços. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.

207) “”No século XVI o açúcar tomou-se o principal produto de exportação brasileiro e não perdeu essa posição predominante até meados do século XVIIl, quando o Brasil abarrotou os cofres da Europa … (com a venda desse produto agrícola) … e, ajudou a impulsionar a Revolução Industrial.”

  • A) Somente II e III estão corretas.

  • B) Todas estão corretas.

  • C) Somente I e II estão corretas.

  • D) Somente I e III estão corretas.

  • E) Somente III está correta.

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A alternativa correta é letra C) Somente I e II estão corretas.

Gabarito: ALTERNATIVA C

  

""No século XVI o açúcar tomou-se o principal produto de exportação brasileiro e não perdeu essa posição predominante até meados do século XVIIl, quando o Brasil abarrotou os cofres da Europa ... (com a venda desse produto agrícola) ... e, ajudou a impulsionar a Revolução Industrial."

Schwartz, Stuart B. Segredos Internos: Engenhos e escravos na sociedade colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1988, p/44.

 

Analise as afirmações a seguir, e assinale a alternativa correta sobre a economia colonial brasileira no período denominado como "ciclo do açúcar."

 
  • l. A dinâmica do funcionamento da economia açucareira esteve sempre relacionada ao comércio internacional desse produto e as mudanças políticas e econômicas vigentes no mundo atlântico.

O sistema produtivo do açúcar no período colonial era praticamente todo ele voltado para a exportação, bem como era baseado na monocultura escravocrata. Ou seja, toda a economia açucareira estava conectada aos mercados internacionais, sendo que ainda vigorava o exclusivo de comércio com Portugal, limitando as opções de comercialização do produto. As atividades locais eram meramente acessórias e estavam restritas a custos de produção da grande lavoura. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 
  • II. A dimensão comercial da indústria açucareira garantiu que o açúcar brasileiro chegasse aos mercados europeus desde o início do século XVI e contribuiu consideravelmente para a formação de uma importante comunidade mercantil no Brasil.

É muito impreciso se falar que já havia produção significativa de açúcar "desde o início do século XVI". Até a década de 1530, a presença portuguesa na América estava, praticamente, restrita à extração vegetal; ou seja, sem investimentos ou esforços para estabelecer a grande lavoura açucareira. Apenas em 1532, as primeiras mudas de cana-de-açúcar seriam introduzidas na América portuguesa e ainda demoraria até meados do século para que a produção açucareira tomasse dimensões mais robustas. De fato, já no final do século XVI, haveria uma importante comunidade mercantil relacionada com o Pacto Colonial, mas é muito exagerado se dizer que esta foi a regra durante todo o século. Afirmativa falsa.

 
  • III. Apesar da magnitude desse comércio ele não exigia grandes investimentos em mão de obra e, portanto, pouco alterou a estrutura demográfica e social da colônia.

A afirmativa é completamente despropositada. O modelo produtivo da colônia pressupunha o emprego de mão de obra escrava em larga escala e, com o fracasso da escravização de indígenas, implicou na importação em grande escala de escravos vindos da África. Isso marcaria decisivamente a demografia brasileira, bem como definiria os rumos étnicos e sociais. Afirmativa falsa.

 

Assim, é verdadeira apenas a afirmativa I.

 

a)  Somente II III estão corretas.

b)  Todas estão corretas.

c)  Somente II estão corretas.

d)  Somente III estão corretas.

e)  Somente III está correta.

 

Como pode notar o estudante, nenhuma alternativa está correta. A banca indicou como verdadeira a afirmativa II, mas, como já foi explicado, isso não encontra suporte básico na bibliografia mais autorizada. A construção da afirmativa II leva o candidato ao erro na forma como se apresenta. Ainda que, no momento da prova, fosse mais prudente assinalar a alternativa C por ser a única possível de conciliar a afirmativa I com o erro da afirmativa III; deveria a banca optar pela ANULAÇÃO da questão.

 

Nosso gabarito: ANULADA

Gabarito da banca: ALTERNATIVA C

208) Sobre o exclusivismo comercial português que envolveu a Coroa e o controle da Minas no período colonial brasileiro, analise as proposições abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a resposta correta.

  • A) Somente I e III estão corretas.

  • B) Somente II e III estão corretas.

  • C) Somente I e II estão corretas.

  • D) Somente II e IV estão corretas.

  • E) Somente III e IV estão corretas.

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A alternativa correta é letra C) Somente I e II estão corretas.

Gabarito: LETRA C

  

Sobre o exclusivismo comercial português que envolveu a Coroa e o controle da Minas no período colonial brasileiro. analise as proposições abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a resposta correta.

 

l. Com a extração de ouro e diamantes no Brasil, a Coroa portuguesa intensificou a intervenção regulamentadora para arrecadar mais impostos.

 

Durante quase dois séculos, apesar das incursões de aventureiros de toda sorte, não foram encontrados registros significativos de metais ou de pedras preciosos na América portuguesa. As descobertas se dariam apenas no final do século XVII, quando ouro de aluvião e pedras preciosas (inclusive diamantes) foram localizados por bandeirantes no interior do continente. De imediato, isso chamou atenção da administração colonial e era vital se estabelecer mecanismo de controle sobre a extração mineral. Uma das medidas mais importantes foi a criação da capitania das Minas Gerais com o subsequente fechamento dos seus limites sem acesso ao mar. Com isso, esperava a Coroa evitar o contrabando de ouro e de pedras preciosas ao mesmo tempo em que facilitava o estabelecimento de uma estrutura tributária mais robusta. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

  

II. O quinto e a capitação foram os dois sistemas básicos de impostos cobrados pela Coroa na atividade mineradora da Colônia, sendo a capitação cobrada também sobre estabelecimentos, exemplo de oficinas, lojas e hospedarias.

 

O Quinto foi estabelecido pela Coroa portuguesa como uma alíquota de 20% sobre toda a extração aurífera na colônia. Para isso, estabeleceram-se as casas de fundição para converter o ouro em lingotes com o selo real, sendo esta a única forma legal de comercialização do metal. Nesse processo, era cobrado o quinto sobre o ouro na casa de fundição. A capitação era baseada sobre o número de escravos, devendo os senhores de escravos pagarem ao governo português uma quantia em ouro para cada escravo sob seu poder, o que atingia todo o sistema econômico. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 

III. A Guerra do Emboabas (1708-1709), ocorrida na região das Minas foi uma reação de paulistas e estrangeiros aos impostos cobrados pela Coroa para adentrar na região.

 

Ocorrida entre 1707 e 1709, a Guerra dos Emboabas foi uma guerra civil que opôs paulistas contra estrangeiros e baianos pelo controle da região mineradora. Pela proximidade da capitania e pela participação paulista na descoberta dos metais nobres, São Paulo pressionava a Metrópole para que a mineração fosse declarada como atividade exclusiva dos paulistas, controlando a área ao seu favor. No entanto, a província não dispunha de números suficientes para o empreendimento, tampouco tinha condições de afastar a chegada de baianos e de estrangeiros na busca pelo ouro. Com a derrota paulista, Portugal optou por fortalecer a região com o desmembramento e o maior controle sobre as concessões para mineração, do que resultaria a criação da capitania das Minas Gerais. Afirmativa falsa.

 

IV. Os religiosos, a exemplo dos frades, foram os únicos que ficaram isentos da proibição de entrar na região da Minas sem autorização da Coroa portuguesa.

A proibição de entrar na capitania das Minas Gerais decorria da grande preocupação portuguesa contra o contrabando de metais e pedras preciosos. Para isso, impunha-se uma proibição sem exceções, devendo todos se submeterem à autorização da Coroa portuguesa. Além disso, havia denúncias sobre a atuação de religiosos em prática de contrabando de aurífero - com os chamados "santos do pau oco". Afirmativa falsa.

 

Assim, são verdadeiras as afirmativas I e II.

 

a)  Somente III estão corretas.

b)  Somente II III estão corretas.

c)  Somente I e II estão corretas.

d)  Somente II IV estão corretas.

e)  Somente III IV estão corretas.

 

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

209) A “guerra dos bárbaros” representou uma ruptura na história da América Portuguesa, pois prefaciou um ciclo de hostilidades que dizimou uma diversidade de povos indígenas que habitavam o sertão. Sobre isso, analise as alternativas e assinale a resposta correta.

  • A) A "guerra dos bárbaros" patrocinada pela Coroa para forçar os descimentos indígenas só chegou ao fim após a implementação do Diretório Pombalino em 1758.

  • B) A "guerra dos bárbaros" atingiu as populações indígenas não aldeadas. Não se verifica a extensão da guerra para os aldeamentos comandados por Jesuítas.

  • C) O único intuito dos paulistas ao se envolverem na guerra como bugreiros, era o de garantir que os índios preados no conflito, tornassem seus escravos.

  • D) Para os colonos, desejosos em obter terras, os índios representavam um entrave à expansão das fazendas de gado, por isso, deveriam ser exterminados.

  • E) Por parte dos indígenas confederados, os processos de resistência e sobrevivência se deram de maneira violenta. Não se observa na história da guerra dos bárbaros, resistências pacíficas.

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A alternativa correta é letra D) Para os colonos, desejosos em obter terras, os índios representavam um entrave à expansão das fazendas de gado, por isso, deveriam ser exterminados.

Gabarito: Letra D

 

(Para os colonos, desejosos em obter terras, os índios representavam um entrave à expansão das fazendas de gado, por isso, deveriam ser exterminados.)

 

A Guerra dos Bárbaros é um conjunto de conflitos e hostilidades ocorridos entre colonos luso-brasileiros e os indígenas "bárbaros", considerados pelo colonizador como aqueles que eram resistentes ao avanço colonial e não falavam o tupi. Eram genericamente conhecidos como tapuias, mas tinham diferentes famílias linguísticas (janduís, kariris, canindés, entre outros).

 

Os conflitos iniciados em fins do século XVII e chegando até as primeiras décadas do século XVIII eram motivados pelas disputas por terras a fim de consolidar a expansão da pecuária e para aumentar o patrimônio rural.

 

Diante das resistências indígenas, os colonos pregaram o extermínio total das comunidades que residiam nas terras do sertão. Diversas campanhas infligiram derrotas nos indígenas. Outras conseguiram resistir bravamente, mas ao final, as guerras resultaram no controle do interior do nordeste pelos colonos.

  

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: A "guerra dos bárbaros" patrocinada pela Coroa para forçar os descimentos indígenas só chegou ao fim após a implementação do Diretório Pombalino em 1758.

 

A Guerra dos Bárbaros chegou ao fim após a assinatura de tratado entre chefes indígenas e a Coroa Portuguesa no início no final do século XVII. Mas mesmo com a assinatura de paz, os ataques dos colonos às terras indígenas continuaram.

  

Letra B: A "guerra dos bárbaros" atingiu as populações indígenas não aldeadas. Não se verifica a extensão da guerra para os aldeamentos comandados por Jesuítas.

 

As guerras entre "bárbaros" e colonos atingiram populações indígenas aldeadas e não aldeadas, inclusive, contando com a participação de jesuítas para defender as suas missões dos ataques de indígenas e de colonos.

 

Letra C: O único intuito dos paulistas ao se envolverem na guerra como bugreiros, era o de garantir que os índios preados no conflito, tornassem seus escravos.

 

Os paulistas também buscavam receber as terras dos indígenas que fossem derrotados, expulsos e feitos prisioneiros.

  

Letra E: Por parte dos indígenas confederados, os processos de resistência e sobrevivência se deram de maneira violenta. Não se observa na história da guerra dos bárbaros, resistências pacíficas.

 

Podemos citar como resistências pacíficas: as fugas dos trabalhos nas fazendas, a escolha pelo aldeamento para não serem combatidos pelos colonos e assinatura de acordos de fronteiras e terras entre líderes indígenas e a Coroa Portuguesa.

  

Referências:


MOURA, Itamazeo Tarquínio do Lago. Para além das armas: outras formas de resistência indígena frente à expansão portuguesa na Capitania do Rio Grande. Disponível em:  https://www.rn.anpuh.org/2016/assets/downloads/veeh/ST09/Para%20alem%20das%20armas%20outras%20formas%20de%20resistencia%20indigena%20frente%20a%20expansao%20portuguesa%20na%20Capitania%20do%20Rio%20Grande.pdf 

 

RAMINELLI, Ronald. "Guerra dos Bárbaros". In: VAINFAS, Ronaldo (Org.) Dicionário do Brasil Colonial (1500-1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

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210) “Empenhados em imprimir a marca da metrópole na colônia, os jesuítas tentavam transformar os nativos em cristãos. Essa era a missão. A recém fundada Companhia de Jesus, ao invés de cristianizar mouros em Jerusalém, preferiu fazê-lo na América.

  • A) As asserções I e II são proposições falsas. 

  • B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I

  • C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 

  • D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 

  • E) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.

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A resposta correta é a letra E) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.

Explicação: A asserção I é verdadeira, pois a Companhia de Jesus foi fundada por Santo Inácio de Loyola e outros estudantes da Universidade de Paris durante a Contrarreforma, com o objetivo de difundir a religião católica em diversas partes do mundo.

A asserção II também é verdadeira, pois os jesuítas vieram ao Brasil com a missão de catequizar os indígenas e disseminar o catolicismo, e eles se opuseram à escravidão indígena, o que gerou desavenças com os colonos.

No entanto, a asserção II não é uma justificativa correta da asserção I, pois a fundação da Companhia de Jesus não foi motivada pela catequese dos indígenas no Brasil, mas sim pela difusão da religião católica em geral.

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