Questões Sobre Período Colonial - História - concurso
211) Leia o trecho a seguir.
- A) combate às populações indígenas por seus princípios pagãos e sua resistência ao cristianismo.
- B) divisão dos índios entre mansos e selvagens, respectivamente aliados e força de trabalho.
- C) conversão forçada sob pena de expulsão da população nativa do território controlado.
- D) aldeamento voluntário com consequente cristianização conduzida pela Companhia de Jesus.
A alternativa correta é letra B) divisão dos índios entre mansos e selvagens, respectivamente aliados e força de trabalho.
A política indigenista da Coroa portuguesa, até a reforma pombalina, era baseada na divisão dos índios em dois grupos: os "mansos" e os "selvagens". Os "mansos" eram os índios que se aliavam aos portugueses e os ajudavam em suas atividades, enquanto os "selvagens" eram os que resistiam à colonização e eram considerados uma força de trabalho a ser explorada.
O trecho apresentado destaca a reação violenta dos índios às escravizações forçadas e às guerras na costa brasileira, o que levou ao fracasso da maioria das capitanias hereditárias. Isso demonstra que a política indigenista portuguesa não era baseada em princípios de combate ou conversão forçada, mas sim em uma divisão dos índios em grupos que poderiam ser aliados ou explorados.
212) A disputa por territórios no litoral da África ao longo do século XVII estava relacionada à 29.expansão de uma nova economia nas Américas. O controle do litoral de regiões como as baías de Benin e de Biafra e a Costa do Ouro se deu inicialmente pelos navegadores portugueses e depois passou a ser disputado principalmente por ingleses e holandeses.
- A) algodão.
- B) ouro.
- C) açúcar.
- D) tabaco.
A alternativa correta é letra C) açúcar.
Vamos analisar cada alternativa, para identificar o produto que movimentou a economia colonial e o comércio atlântico naquele período histórico.
A) algodão.
INCORRETO. Embora o algodão tenha sido cultivado em algumas colônias americanas, não foi o principal produto que movimentou a economia colonial e o comércio atlântico no século XVII. O algodão tornou-se um produto de grande importância econômica apenas no século XVIII, especialmente no sul dos Estados Unidos. Alternativa errada.
B) ouro.
INCORRETO. O ouro, embora tenha sido um recurso muito procurado pelos colonizadores, não foi o principal produto que movimentou a economia colonial e o comércio atlântico no século XVII. As grandes descobertas de ouro nas Américas ocorreram principalmente no século XVIII, especialmente na região de Minas Gerais, no Brasil. Portanto, a alternativa está errada.
C) açúcar.
CORRETO. O açúcar foi, de fato, o principal produto que movimentou a economia colonial e o comércio atlântico no século XVII. As plantações de cana-de-açúcar, especialmente no Brasil e no Caribe, foram a base da economia colonial durante esse período. O açúcar era um produto de alto valor no mercado europeu, e sua produção exigia grande quantidade de mão de obra escrava, o que, por sua vez, impulsionou o tráfico transatlântico de escravos. O controle das regiões costeiras da África, mencionado no enunciado, estava diretamente relacionado à necessidade de obtenção de escravos para as plantações de açúcar nas Américas. Portanto, a alternativa está correta.
D) tabaco.
INCORRETO. O tabaco, embora tenha sido um produto importante em algumas colônias americanas, especialmente na Virgínia, não foi o principal produto que movimentou a economia colonial e o comércio atlântico no século XVII. O tabaco teve uma importância econômica significativa, mas não se comparava à do açúcar durante esse período. Alternativa errada.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA C.
213) A administração das Minas Gerais pela Coroa Portuguesa envolveu severos mecanismos de controle, visando coibir o contrabando de ouro e diamantes. Isso incluiu a proibição de ordens religiosas no perímetro da capitania não impedindo que as igrejas florescessem com as manifestações do barroco tardio.
- A) da própria Coroa, que usava a religião para evitar revoltas.
- B) dos escravos, que usavam seu tempo ocioso para cultivar sua nova fé.
- C) das irmandades e ordens leigas, que organizavam a compartimentação social.
- D) dos grupos de intelectuais arcadistas, que os viam como espaço de contemplação
A alternativa correta é letra C) das irmandades e ordens leigas, que organizavam a compartimentação social.
Vamos analisar cada alternativa, para identificar a ação que permitiu a construção e o adorno das igrejas naquela parte da América Portuguesa.
A) da própria Coroa, que usava a religião para evitar revoltas.
INCORRETO. A Coroa Portuguesa de fato usava a religião como um instrumento de controle social e político, mas a construção e o adorno das igrejas não eram financiados diretamente por ela. A Coroa estava mais interessada em extrair recursos da colônia, principalmente através da exploração de ouro e diamantes, do que em investir na construção de igrejas. Além disso, a alternativa sugere que a Coroa usava a religião para evitar revoltas, o que é uma simplificação excessiva da complexa relação entre a Coroa, a Igreja e a sociedade colonial. Embora a religião fosse uma ferramenta importante de controle social, também havia muitas outras maneiras pelas quais a Coroa tentava manter a ordem e evitar revoltas, como através do sistema de capitanias hereditárias, do estabelecimento de códigos legais e do uso da força militar.
B) dos escravos, que usavam seu tempo ocioso para cultivar sua nova fé.
INCORRETO. A construção e o adorno das igrejas eram tarefas complexas e caras, que exigiam recursos significativos. Os escravos não tinham os recursos necessários para financiar esses projetos, nem tinham o "tempo ocioso" sugerido pela alternativa. Os escravos eram forçados a trabalhar longas horas em condições brutais, e qualquer tempo livre que tivessem seria provavelmente usado para descansar e cuidar de suas necessidades básicas, não para construir e adornar igrejas. Além disso, embora muitos escravos tenham adotado o cristianismo, eles também mantiveram muitos dos seus próprios sistemas de crenças e práticas religiosas, muitas vezes combinando-os com o cristianismo em formas de sincretismo religioso.
C) das irmandades e ordens leigas, que organizavam a compartimentação social.
CORRETO. As irmandades e ordens leigas desempenharam um papel crucial na construção e adorno das igrejas na América Portuguesa. Essas organizações eram compostas por membros da sociedade local que se uniam em torno de uma devoção religiosa comum. Eles arrecadavam fundos para a construção e o adorno das igrejas através de doações de membros e de outras fontes. Além disso, as irmandades e ordens leigas desempenhavam um papel importante na organização da sociedade colonial, proporcionando uma forma de estrutura social e comunitária.
D) dos grupos de intelectuais arcadistas, que os viam como espaço de contemplação.
INCORRETO. Embora os intelectuais arcadistas possam ter apreciado as igrejas como espaços de contemplação, eles não eram responsáveis pela construção e adorno das igrejas. Os intelectuais arcadistas eram uma pequena elite educada que estava mais interessada em questões de literatura e filosofia do que na construção de igrejas.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA C.
214) O sistema de plantation, predominante na colonização portuguesa do Brasil, baseou-se na
- A) produção agrícola voltada à subsistência e ao comércio local.
- B) exportação dos excedentes agrícolas não consumidos internamente.
- C) aplicação de moderna tecnologia europeia à agricultura.
- D) rotação de culturas em pequenas propriedades rurais.
- E) monocultura extensiva com emprego de trabalho compulsório.
A alternativa correta é letra E) monocultura extensiva com emprego de trabalho compulsório.
Gabarito: Letra E
(monocultura extensiva com emprego de trabalho compulsório.)
Plantation é um conceito utilizado desde a década de 1960 para designar o tipo de economia construída em muitas colônias na América e que tinham por principais características, a utilização de grandes propriedades de terras voltadas para a produção de um único gênero agrícola a fim de abastecer o mercado externo. Nessas grandes propriedades utilizavam-se a mão de obra indígena ou escravizada africana.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: produção agrícola voltada à subsistência e ao comércio local.
A produção agrícola em uma economia de plantation era destinada ao mercado externo e não ao mercado interno.
Letra B: exportação dos excedentes agrícolas não consumidos internamente.
A produção era feita em larga escala com o propósito de abastecer o mercado externo. Portanto, não era exportado apenas o que não era consumido no mercado interno.
Letra C: aplicação de moderna tecnologia europeia à agricultura.
Não foram utilizadas tecnologias europeias na produção de gêneros alimentícios.
Letra D: rotação de culturas em pequenas propriedades rurais.
A produção não se baseava na rotação de culturas. A plantation se concentrava em um único produto. A rotação de culturas é uma técnica agrícola caracterizada pela diversidade de produções e que evita o desgaste do solo. Na produção da plantation havia esgotamento do solo.
Referência:
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.
215) Isso é burrice, isso é atraso do que quer contestar e fica inventando essas bobagens. Não tem palácios de vidro! Os prédios foram até pequenos demais. Tanto que o Juscelino foi obrigado a fazer anexos, não é? Não era possível construir Brasília se fosse fazer um exame exato das necessidades, dos programas. A coisa foi feita de corrida! O congresso por exemplo, eu fui com o Israel Pinheiro até o Rio de Janeiro, medi o Congresso antigo e multiplicamos! Foi feito. O prazo era a coisa principal. Era construir a nova capital. E foi importante. Criou otimismo. Brasília tá lá, tá pronta.” (entrevista de Oscar Niemeyer. In COUTO, Ronaldo Costa. Brasília Kubitscheck de Oliveira. Rio de Janeiro: Record, 2002, p. 13).
- A) A primeira capital do Brasil, quando ainda era colônia, foi Recife, de onde partiram as expedições que ocuparam o sertão nordestino e parte da Amazônia.
- B) Em 1763, por decisão do Marquês de Pombal, a capital foi transferida para São Paulo, como forma de intensificar o processo de ocupação do interior da Colônia.
- C) Pode-se dizer que o primeiro ideário de interiorização da capital se deu com a Inconfidência Mineira, ao propor que a capital da nação, após a independência e a proclamação da República seria São João Delrei.
- D) Quando a Corte Portuguesa se deslocou para o Brasil, estabeleceu a capital em Salvador, assim as ameaças à sede do governo ficariam distantes da família real.
- E) A ideia de construção de Brasília no Planalto Central nasceu na campanha de JK, pegando seus opositores de surpresa e se tornando o carro-chefe para sua vitória nas eleições para Presidente.
A alternativa correta é letra C) Pode-se dizer que o primeiro ideário de interiorização da capital se deu com a Inconfidência Mineira, ao propor que a capital da nação, após a independência e a proclamação da República seria São João Delrei.
Gabarito: Letra C
Pode-se dizer que o primeiro ideário de interiorização da capital se deu com a Inconfidência Mineira, ao propor que a capital da nação, após a independência e a proclamação da República seria São João Del rei.
Entre os projetos dos inconfidentes mineiros, estava a intenção de separar a região de Portugal e criar uma república com capital em São João Del rei. Sendo a Conjuração (ou Inconfidência) Mineira de 1789, podemos dizer que nela havia um primeiro ideário de interiorização da capital, porém a primeira iniciativa oficial no sentido de mudar a capital do país para o interior se concretizou na “Missão Cruls”, como ficou conhecida a Comissão Exploradora do Planalto Central, que realizou um trabalho de demarcação de terrenos na região entre os anos de 1892 e 1894.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: A primeira capital do Brasil, quando ainda era colônia, foi Recife, de onde partiram as expedições que ocuparam o sertão nordestino e parte da Amazônia.
A primeira capital do Brasil, ainda no período colonial, foi Salvador, e não Recife.
Letra B: Em 1763, por decisão do Marquês de Pombal, a capital foi transferida para São Paulo, como forma de intensificar o processo de ocupação do interior da Colônia.
Em 1763 a capital do Brasil realmente foi transferida, mas não para São Paulo e sim para o Rio de Janeiro. O objetivo da transferência era estabelecer uma capital mais perto da região das minas, devido a descoberta do ouro e a necessidade de fiscalizar a saída desse ouro. Portanto, o objetivo não foi o de intensificar o processo de ocupação do interior da Colônia como afirma a alternativa.
Letra D: Quando a Corte Portuguesa se deslocou para o Brasil, estabeleceu a capital em Salvador, assim as ameaças à sede do governo ficariam distantes da família real.
Quando a Corte Portuguesa se transferiu para o Brasil, manteve o Rio de Janeiro como capital e este passou a ser também a sede do Reino.
Letra E: A ideia de construção de Brasília no Planalto Central nasceu na campanha de JK, pegando seus opositores de surpresa e se tornando o carro-chefe para sua vitória nas eleições para Presidente.
A ideia de construção de Brasília no Planalto Central ressurgiu, não nasceu, na campanha de JK, se tornando o carro-chefe de sua vitória nas eleições para presidente. Se mudar a capital do litoral para o interior era um sonho antigo na história do Brasil, já que o Rio de Janeiro, que se tornou capital da Colônia em 1763, apresentava inúmeros problemas, dentre os quais vulnerabilidade às invasões estrangeiras, clima tropical favorável a epidemias, local de inúmeras revoltas e, consequentemente, espaço “da desordem”, somente nos anos de 1950 esse sonho se concretizaria através do governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961). A escolha do local onde seria construída a nova capital do país foi feita ainda durante o governo de Café Filho (1954-1955) pela comissão do Serviço de Documentação Aerofotográfica do Exército, responsável pela localização da área para a transferência da capital. Contudo, estudos anteriores a esse época já sugeriam o Planalto Central como o lugar ideal para a construção da nova capital, pode ser citada a tese da engenheira Carmem Portinho para a conclusão da pós graduação em urbanismo realizada na Universidade do Distrito Federal, em 1938, e que tinha por título “Anteprojeto para a futura capital do Brasil no Planalto Central”.
Referências:
ALVES, Lara Moreira. A Construção de Brasília: uma contradição entre utopia e realidade. CPDOC / FGV. Disponível em: https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/brasilia/arquivos/LaraALVES-AconstrucaodeBrasilia.pdf&ved=2ahUKEwil95Luy8r-AhXGqJUCHYAiDZsQFnoECDoQAQ&usg=AOvVaw39e2QVQO0XFPGrds6jP7RP Acesso em 27 de abr. de 2023.
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 2. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
Dossiê O Governo de Juscelino Kubitschek. FGV CPDOC. Disponível em:https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Brasilia/SonhoAntigo Acesso em 27 de abr. de 2023.
MOREIRA, Vânia Maria Losada. “Os anos JK: industrialização e modelo oligárquico de desenvolvimento rural”. In: FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil republicano (3): o tempo da experiência democrática. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o longo século XIX, volume 2. São Paulo: Saraiva, 2010.
216) O Pacto Colonial pode ser definido como
- A) o impedimento ao acesso a portos dos países então submetidos ao domínio do Primeiro Império Francês (1804-1814) a navios do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda.
- B) as sanções políticas impostas pelo então imperador Napoleão Bonaparte, com a emanação, a 21 de novembro de 1806, do decreto de Berlim.
- C) o decreto de Abertura dos Portos às nações amigas, que levaram a corte portuguesa a tomar a decisão de vir para o Brasil.
- D) um conjunto de regras, leis e normas que as metrópoles impunham às suas colônias durante o período colonial.
A resposta correta é a letra D) um conjunto de regras, leis e normas que as metrópoles impunham às suas colônias durante o período colonial.
O Pacto Colonial foi um sistema de exploração econômica imposto pelas metrópoles às suas colônias durante o período colonial. Ele consistia em um conjunto de regras, leis e normas que regulamentavam a produção, o comércio e a exploração dos recursos naturais das colônias. As metrópoles impunham essas regras às colônias para garantir o controle sobre a economia e a política das regiões colonizadas.
217) A mineração no Brasil Colonial só se tornou um negócio efetivo nas primeiras décadas do século XVIII, produzindo um sistema econômico próprio no interior do Brasil.
- A) 1.
- B) 2.
- C) 3.
- D) 4.
A resposta correta desta questão é:
- A alternativa correta é letra D) 4.
Vamos analisar as afirmações uma a uma:
- I: Correta. O processo de desbravamento do interior da colônia operado pelas Entradas e Bandeiras foi fundamental para a abertura de novas rotas e o consequente achado de minérios preciosos.
- II: Correta. A expedição de entradas liderada por Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, em 1693, resultou no descobrimento de jazidas de ouro nas regiões montanhosas de Minas Gerais, dando início à ocupação do Vale do Ouro Preto.
- III: Incorreta. A grande onda migratória de portugueses e pessoas de outras regiões da colônia ocorreu no século XVIII, não no século XVII.
- IV: Correta. Na década de 1730, houve a criação do Distrito Diamantino em Minas Gerais, dirigido pela Intendência dos Diamantes, com o objetivo de controlar a administração da extração de diamantes, assim como já havia sido feito com o ouro.
Assim, a quantidade de itens corretos é igual a 4, ou seja, a alternativa D está correta.
218) O primeiro sistema de controle e povoamento da colônia brasileira acabou não tendo grandes resultados. Tão logo, os portugueses resolveram implantar um novo sistema administrativo mais centralizado e composto por representantes diretos do poder metropolitano.
- A) governo-geral.
- B) pacto colonial.
- C) capitanias hereditárias.
- D) sesmarias.
O sistema administrativo centralizado implantado pelos portugueses na colônia brasileira é conhecido como governo-geral.
Isso ocorreu porque o primeiro sistema de controle e povoamento, baseado nas capitanias hereditárias, não teve os resultados esperados. Em resposta, os portugueses decidiram criar um sistema mais centralizado, com representantes diretos do poder metropolitano, que ficou conhecido como governo-geral.
O governo-geral foi um sistema administrativo que concentrou o poder em uma autoridade central, o governador-geral, que era nomeado diretamente pela Coroa Portuguesa. Isso permitiu uma maior controle e coordenação das atividades coloniais.
219) Com base nos conhecimentos históricos acerca do formato da economia açucareira no Brasil, avalie o conteúdo dos itens a seguir.
- A) 1.
- B) 2.
- C) 3.
- D) 4.
A alternativa correta é letra D) 4.
Explicação:
Todos os itens apresentados são verdadeiros e corretos.
O item I é verdadeiro porque a produção de açúcar no Brasil Colonial se baseava em grandes propriedades rurais (latifúndios) no Nordeste brasileiro, o que concentrava a terra em poucas mãos.
O item II também é verdadeiro, pois a mão de obra escrava, de origem africana, foi amplamente utilizada nos engenhos, no plantio e colheita da cana-de-açúcar, assim como nas várias etapas de produção do açúcar.
O item III é correto, pois a economia açucareira começou a entrar em crise na segunda metade do século XVII, e um dos fatores que contribuíram para isso foi a expulsão dos holandeses do Nordeste brasileiro.
O item IV também é verdadeiro, pois os territórios dos atuais estados da Bahia e Pernambuco foram os locais de maior concentração de engenhos de açúcar no Brasil Colonial.
Portanto, a quantidade de itens corretos é igual a 4.
220) “Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan. Uma vez um velho perguntou-me: por que vindes vós outros, mairs e perôs (franceses e portugueses), buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra? Respondi que tínhamos muita, mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com cordões de algodão e suas plumas” Léry, Jean de. Viagem à terra do Brasil. Biblioteca Histórica Brasileira. São Paulo: Livraria Martins Editora. Apud Melatti, Júlio Cesar. Os índios do Brasil. São Paulo: Hucitec/Brasília, UNB, 1987, 199-200. Sobre a atividade econômica inicial na colônia, extração do pau-brasil, marque a alternativa correta:
- A) Viabilizou o estabelecimento de vilas ou povoados, núcleos necessários para a ocupação e defesa do território, especialmente nas áreas do interior da colônia, espaço da maior incidência do pau-brasil;
- B) Para maior incentivo da produção do pau-brasil, a coroa portuguesa não permitiu o monopólio da exploração, liberando assim a atividade extrativista sobre essa madeira para diversas das nações amigas;
- C) Os portugueses foram os únicos que exploraram o pau-brasil, pois estavam devidamente protegidos pelo Tratado de Tordesilhas e ademais os outros países já estavam extraindo tintas para tecidos de outras fontes;
- D) A extração do pau-brasil era realizada de forma muito grosseira e irregular, provocando o desaparecimento das florestas. Para os trabalhos de extração os europeus utilizavam a mão-de-obra indígena que cortavam a madeira e a transportava até as embarcações, recebendo em troca tecidos, facas, etc.;
- E) Com as atividades decorrentes da extração do pau-brasil Portugal conseguiu realizar os seus objetivos mercantilistas estabelecendo as bases para a industrialização no Brasil.
A alternativa correta é letra D):
"A extração do pau-brasil era realizada de forma muito grosseira e irregular, provocando o desaparecimento das florestas. Para os trabalhos de extração os europeus utilizavam a mão-de-obra indígena que cortavam a madeira e a transportavam até as embarcações, recebendo em troca tecidos, facas, etc."
Esta afirmativa é correta porque, durante o período colonial, a extração do pau-brasil foi uma atividade econômica inicial importante no Brasil. Os europeus, principalmente portugueses e franceses, exploravam este recurso natural de forma predatória, sem qualquer preocupação ambiental ou sustentabilidade. A madeira era cortada de forma grosseira e irregular, levando ao desaparecimento das florestas nas áreas onde o pau-brasil era abundante.
Além disso, a mão-de-obra utilizada nesta atividade era composta predominantemente por indígenas, que cortavam e transportavam a madeira em troca de bens manufaturados, como tecidos e facas. Essa relação comercial foi um dos primeiros contatos entre os colonizadores europeus e os povos indígenas no Brasil e teve um impacto significativo na sociedade e na cultura indígenas.