Questões Sobre Período Colonial - História - concurso
271) As primeiras atividades econômicas na América Portuguesa, por parte do governo, concentraram-se na extração de pau-brasil, dentro do regime de:
- A) doação.
- B) estanco.
- C) escambo.
- D) concessão.
- E) permissão.
A alternativa correta é letra B) estanco.
Gabarito: ALTERNATIVA B
- As primeiras atividades econômicas na América Portuguesa, por parte do governo, concentraram-se na extração de pau-brasil, dentro do regime de:
A questão faz referência ao regime de estanco, característico do período pré-colonial da América portuguesa. Lembre-se o estudante de que as primeiras três décadas de presença lusa na América foram marcadas pelo grande desinteresse de colonização de fato, favorecendo o extrativismo vegetal como praticamente a única atividade econômica. Nesse contexto, a exploração do pau-brasil assumiu todo o protagonismo por ser um produto precioso na Europa. Para a exploração, o Estado português outorgou a um grupo de comerciantes portugueses o monopólio legal sobre o extrativismo vegetal do pau-brasil, exigindo em troca o patrulhamento da costa para repelir possíveis incursões de potências estrangeiras - ou seja, estabeleceu o regime de estanco. Tratava-se, então, de uma forma de arrendamento monopolista a entes privados. Assim, observemos as alternativas propostas.
a) doação.
b) estanco.
c) escambo.
d) concessão.
e) permissão.
Poderia, ainda, o candidato se confundir com o escambo. No entanto, esta era uma prática muito menor usada pelos exploradores portugueses para trocar gêneros locais (de drogas do sertão a animais exóticos) por produtos europeus com os indígenas. Ou seja, não organizava de fato um sistema de exploração comercial. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA B.
272) O Brasil, ainda incógnito para as autoridades públicas no início do século XX, era pensado pelo viés do sertão e do atraso, e tangenciado pelas teorias racialistas do século XIX. Entretanto, algumas expedições médicas mudariam o panorama do que era o Brasil e o brasileiro do sertão, propondo uma leitura sanitária da realidade social brasileira. Das opções abaixo, qual contém dois dos principais expoentes médicos daquele período? Assinale a alternativa correta:
- A) Artur Lobo e Gumercindo Saraiva.
- B) Oswaldo Cruz e Diógenes Queiroz.
- C) Murilo Campos e Oliveira Vianna.
- D) Belisário Penna e Artur Neiva.
- E) Carlos Chagas e Euclides da Cunha.
A alternativa correta é letra D) Belisário Penna e Artur Neiva.
Vamos analisar cada alternativa para identificar os principais expoentes médicos do início do século XX no Brasil.
A) Artur Lobo e Gumercindo Saraiva.
INCORRETO. Artur Lobo e Gumercindo Saraiva não foram médicos que se destacaram no período mencionado. Artur Lobo foi um importante jurista e político brasileiro, enquanto Gumercindo Saraiva foi um militar e líder revolucionário. Portanto, esta alternativa está incorreta.
B) Oswaldo Cruz e Diógenes Queiroz.
INCORRETO. Oswaldo Cruz foi um dos mais importantes médicos sanitaristas do Brasil, responsável por combater epidemias de peste, febre amarela e varíola no início do século XX. No entanto, Diógenes Queiroz não se enquadra como um expoente médico do período, sendo mais conhecido como um político e advogado. Portanto, esta alternativa está incorreta.
C) Murilo Campos e Oliveira Vianna.
INCORRETO. Murilo Campos e Oliveira Vianna não foram médicos que se destacaram no período mencionado. Ambos foram importantes juristas e sociólogos brasileiros, mas não tiveram atuação significativa na área médica. Portanto, esta alternativa está incorreta.
D) Belisário Penna e Artur Neiva.
CORRETO. Belisário Penna e Artur Neiva foram médicos sanitaristas que se destacaram no início do século XX. Belisário Penna foi um dos principais defensores da medicina preventiva e da saúde pública no Brasil, enquanto Artur Neiva participou de uma importante expedição científica que estudou as condições de vida e saúde no interior do Brasil, a chamada "Expedição Científica Roosevelt-Rondon". Portanto, esta alternativa está correta.
E) Carlos Chagas e Euclides da Cunha.
INCORRETO. Carlos Chagas foi um importante médico, sanitarista e cientista brasileiro, conhecido por sua descoberta da doença de Chagas. No entanto, Euclides da Cunha, apesar de ter escrito extensivamente sobre o sertão brasileiro em sua obra "Os Sertões", não era um médico, mas um jornalista, sociólogo e engenheiro. Portanto, esta alternativa está incorreta.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA D.
273) O sistema agrícola conhecido como plantation, que foi implantado durante a colonização do Brasil, tinha como característica
- A) o trabalho escravo realizado em pequenas e médias propriedades onde se plantavam diversos produtos para o consumo interno.
- B) a produção de um único gênero agrícola, em latifúndios, por meio do trabalho livre de imigrantes europeus fugidos das guerras.
- C) a produção de um único tipo de cultura agrícola para exportação, em grandes propriedades rurais, por meio da mão-de-obra escrava.
- D) a utilização do trabalho escravo em minifúndios para a produção de gêneros de subsistência e produtos manufaturados para o comércio.
A alternativa correta é letra C) a produção de um único tipo de cultura agrícola para exportação, em grandes propriedades rurais, por meio da mão-de-obra escrava.
Gabarito: Letra C
a produção de um único tipo de cultura agrícola para exportação, em grandes propriedades rurais, por meio da mão-de-obra escrava.
A partir de 1530, o governo português decidiu implantar uma política de colonização do seu território na América em função do receio da perda dessa área que estava sendo cobiçada por outros reinos europeus e pela queda de lucratividade do comércio com as Índias.
Assim, optou-se por um modelo de exploração econômica baseado em um conceito inglês conhecido como plantation, isto é, a produção de gêneros agrícolas para a exportação, como o tabaco, o algodão e cana-de-açúcar e que era realizada em grandes propriedades rurais (latifúndios) com larga utilização de mão de obra escrava, indígena ou africana.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: o trabalho escravo realizado em pequenas e médias propriedades onde se plantavam diversos produtos para o consumo interno.
Plantation é um conceito que designou um modelo de exploração econômica baseado no tripé: grandes propriedades, mão de obra escrava e abastecimento do mercado externo.
Letra B: a produção de um único gênero agrícola, em latifúndios, por meio do trabalho livre de imigrantes europeus fugidos das guerras.
A plantation se baseava no uso do trabalho compulsório de indígenas ou de africanos e descendentes.
Letra D: a utilização do trabalho escravo em minifúndios para a produção de gêneros de subsistência e produtos manufaturados para o comércio.
A plantation usava mão de obra compulsória em latifúndios, ou seja, em grandes extensões de terras. Nessas áreas eram produzidos gêneros agrícolas para abastecer o mercado externo e não o interno.
Referência:
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.
274) A partir do século XVIII, houve um crescimento da estrutura urbana no Brasil Colônia, com o surgimento de um grande número de vilas e cidades, devido, principalmente,
- A) ao crescimento da atividade açucareira em todo o Brasil, após a expulsão dos invasores holandeses.
- B) ao desenvolvimento da mineração de ouro e pedras preciosas na região de Minas Gerais e à pecuária no Nordeste.
- C) ao estabelecimento da industrialização promovida pela vinda da família real portuguesa para o Brasil.
- D) ao aparecimento da cafeicultura como atividade econômica de exportação nas regiões Sudeste e Nordeste.
A alternativa correta é letra B) ao desenvolvimento da mineração de ouro e pedras preciosas na região de Minas Gerais e à pecuária no Nordeste.
Gabarito: Letra B
ao desenvolvimento da mineração de ouro e pedras preciosas na região de Minas Gerais e à pecuária no Nordeste.
O processo de formação de vilas, povoados e cidades no Brasil Colônia está ligado a dois fatores econômicos: a pecuária e a mineração.
No Nordeste, a criação de gado não poderia ser feita próxima aos engenhos, localizados no litoral, pois o gado necessitava de áreas cada vez maiores para pastagem o que se chocava com a expansão da economia açucareira. Assim, a pecuária foi sendo empurrada para o interior do Nordeste onde foram se organizando fazendas e currais para a criação de gado e outros animais. Próximo a esses locais surgiram vilas e arraiais onde se faziam comércio de produtos originários das fazendas e roçados vizinhos.
Outra atividade que possibilitou o aparecimento de vilas, arraiais e cidades no Brasil foi a mineração ocorrida em Minas Gerais e no centro-oeste. Como a atividade mineradora era realizada em tempo integral e atraiu milhares de pessoas, havia a necessidade de abastecimento de mercadorias, principalmente de alimentação e de vestuário. Próximas a as regiões de extração de minérios formaram-se vilas e arraiais onde surgiram atividades ligadas ao que a região mineradora necessitava. Com o inchaço cada vez maior, essas vilas e arraiais foram se transformando em cidades ao passo que também surgiram mais vilas e arraiais. Só para exemplificarmos, as vilas/cidades fundadas nesse contexto foram: Ouro Preto (1711), Mariana (1711), Sabará (1711), Caeté (1714), Cuiabá (1722), Cidade de Goiás (1727).
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: ao crescimento da atividade açucareira em todo o Brasil, após a expulsão dos invasores holandeses.
Após a expulsão dos holandeses do Nordeste brasileiro, a atividade açucareira passou por um período de crise em função das guerras de expulsão e da concorrência com o açúcar antilhano, o que fez com que a atividade não gerasse tanta renda como já havia produzido na segunda metade do século XVI e durante boa parte do século XVII.
Letra C: ao estabelecimento da industrialização promovida pela vinda da família real portuguesa para o Brasil.
A transferência da família real portuguesa ocorrida no início do século XIX estimulou a urbanização de algumas cidades em função da proximidade com a corte real e não por causa de um processo de industrialização que sequer foi completado. O Brasilc continuou sendo um país agroexportador mesmo com a presença da dinastia de Bragança em solo americano.
Letra D: aparecimento da cafeicultura como atividade econômica de exportação nas regiões Sudeste e Nordeste.
Como atividade econômica, o café começa a despontar no Sudeste entre o final do século XVIII e início do século XIX e atinge o seu auge a partir da década de 1830. O café se expandiu do Vale do Paraíba fluminense e chegou ao oeste paulista, à zona da Mata Mineira, ao Espírito Santo, mas não avançou com força sobre o Nordeste, que ainda era uma área de economia açucareira, do tabaco, algodão e da pecuária.
Referências:
COTRIM, Gilberto e RODRIGUES, Jaime. Historiar, 7° ano: ensino fundamental: anos finais. São Paulo: Saraiva, 2018.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.
275) Em 1516, o rei de Portugal, Dom Manuel, com a intenção de dinamizar a colonização das novas conquistas portuguesas na América, ordenou que, além da distribuição de ferramentas aos colonos, que se instalassem engenhos de açúcar. Desde meados do século XVI, iniciou-se a montagem de uma estrutura econômica colonial que tinha na produção do açúcar o seu elemento central. Quais outras atividades econômicas surgiram na América Portuguesa para sustentar a economia açucareira?
- A) A extração de madeira e as manufaturas têxteis.
- B) O tráfico de escravos e a exploração do ouro.
- C) O comércio triangular e as monções.
- D) A agricultura de gêneros alimentícios e a pecuária.
A alternativa correta é letra D) A agricultura de gêneros alimentícios e a pecuária.
Gabarito: ALTERNATIVA D
- a) A extração de madeira e as manufaturas têxteis.
Em primeiro lugar, as manufaturas eram proibidas em todo império colonial português, sendo a colônia obrigada a comprar tecidos exclusivamente de sua Metrópole. Depois, há de pensar o estudante, em que a extração de madeira haveria de sustentar a economia açucareira? O extrativismo vegetal, principal atividade econômica da América portuguesa na primeira metade do século XVI, interessava antes ao empreendimento colonial do ponto de vista metropolitano, e não à subsistência da economia açucareira. Alternativa errada.
- b) O tráfico de escravos e a exploração do ouro.
A exploração de ouro só se instalaria de fato na América portuguesa no início do século XVIII; ou seja, em período muito posterior ao da instalação dos engenhos de açúcar. De toda forma, seria novamente o caso do candidato se questionar em que contribuiria a exploração do ouro para o funcionamento interno da economia açucareira - afinal, tratava-se de uma atividade de profundo interesse metropolitano, e não da dinâmica local da economia. O tráfico de escravos, há de se observar, foi organizado no Atlântico Sul para abastecer a economia açucareira com mão de obra. Tratou-se de um circuito comercial externo às dinâmicas próprias da América portuguesa; ou seja, não se enquadra nos termos requeridos pelo enunciado. Alternativa errada.
- c) O comércio triangular e as monções.
Novamente, o comércio triangular (Europa - África - América) se processava fora da América portuguesa, e não na sua dinâmica interna. As monções, rotas de comércio marítimo com o Oriente, não se enquadram no que pede o enunciado. Alternativa errada.
- d) A agricultura de gêneros alimentícios e a pecuária.
Para viabilizar a indústria açucareira, era necessário garantir a subsistência da colônia em seus próprios termos. Estabelecer engenhos de açúcar demandava tanto investimentos pesados quanto quantidades expressivas de mão de obra; ou seja, não se podia fazer da economia açucareira uma aventura inconsequente em que a fome fosse uma possibilidade. Era necessário dar meios de subsistência à grande lavoura. Para isso, foi tornada obrigatória a produção de gêneros alimentícios em todas as unidades produtoras de açúcar, destinando uma pequena fração do terreno para a lavoura de subsistência. A pecuária, por sua vez, também se organizou ligada à economia açucareira, mas em suas franjas. Os rebanhos eram um risco à grande lavoura açucareira, podendo arrasar plantações em suas movimentações; por isso, a atividade pecuária foi recuada para o interior do continente conforme avançava a cultura de cana de açúcar pela costa. Assim, a produção de carne se mantinha numa posição conveniente para abastecer a economia açucareira sem comprometer as lavouras. ALTERNATIVA CORRETA.
Note o estudante que as alternativas erradas traziam elementos completamente descabidos numa relação lógica com o que é solicitado no enunciado. Apenas a alternativa D trazia atividades que pudessem servir como meios de subsistência doméstica dentro do circuito açucareiro. Com uma análise lógica, poderia o estudante encontrar a resposta mesmo sem conhecer propriamente a dinâmica interna da América portuguesa. Assim, está correta a ALTERNATIVA D.
276) Em relação ao trabalho na sociedade do Brasil colonial, é correto afirmar que os escravos
- A) indígenas foram importantes como mão-de-obra no Nordeste açucareiro, sendo os escravos africanos de menor número e menos importância nos engenhos.
- B) africanos foram importantes como mão-de-obra nas regiões de mineração do ouro na área central do Brasil, ao passo que os índios foram importantes nas atividades agrícolas.
- C) africanos eram considerados como as mãos e os pés dos senhores de engenhos de açúcar, devido a sua importância para a economia açucareira.
- D) indígenas foram importantes na economia colonial nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, mas sem a mesma importância na região da Amazônia.
A alternativa correta é letra C) africanos eram considerados como as mãos e os pés dos senhores de engenhos de açúcar, devido a sua importância para a economia açucareira.
Gabarito: Letra C
africanos eram considerados como as mãos e os pés dos senhores de engenhos de açúcar, devido a sua importância para a economia açucareira.
Em relação ao trabalho na sociedade do Brasil colonial, os escravos africanos eram considerados como as mãos e os pés dos senhores de engenho de açúcar conforme apontou o padre jesuíta Antonil, que segundo Heloisa Starling e Lilia M. Schwarcz, era dono de frases tão sintéticas como cruéis.
E de fato, os escravizados africanos eram a parte mais importante da estrutura econômica açucareira, sendo responsáveis pelo cultivo da cana, produção e transporte do açúcar até os portos de exportação do Nordeste. Além disso, a escravidão era um importante negócio, dando lucros do tráfico ao trabalho compulsório na colônia.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: indígenas foram importantes como mão-de-obra no Nordeste açucareiro, sendo os escravos africanos de menor número e menos importância nos engenhos.
Os indígenas foram importantes como mão de obra no Nordeste açucareiro até a transição do trabalho realizada no século XVII, quando os escravizados africanos passaram a ser maior número e mais importantes nos engenhos.
Letra B: africanos foram importantes como mão-de-obra nas regiões de mineração do ouro na área central do Brasil, ao passo que os índios foram importantes nas atividades agrícolas.
Os escravizados africanos foram importantes como mão de obra nas regiões mineradoras (Minas Gerais e área central do Brasil), assim como nas atividades agrícolas, como o engenho de açúcar, as plantações de arroz, algodão, fumo, na pecuária, além dos trabalhos urbanos, como vendedores, carregadores, domésticos, dentre outras atividades.
Letra D: indígenas foram importantes na economia colonial nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, mas sem a mesma importância na região da Amazônia.
Os indígenas foram importantes na economia colonial na Amazônia, onde a presença da escravidão africana era muito reduzida. Também foram usados como trabalhadores em São Paulo e São Vicente e em partes do sul do Brasil graças ao contato com as missões jesuítas.
Referências:
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.
SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
SCHWARTZ, Stuart. "Escravidão indígena e o início da escravidão africana". In: SCHWARCZ, Lilia M. e GOMES, Flávio dos Santos (Orgs.) Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
277) Texto associado
- A) Baunilha.
- B) Guaraná.
- C) Urucum.
- D) Anis estrelado.
A alternativa correta é letra D) Anis estrelado.
Gabarito: Letra D
Anis estrelado
A questão quer saber qual das alternativas não era uma droga do sertão.
As drogas do sertão eram produtos originários ou aclimatados em alguns pontos do Brasil, como o Amazonas, Pará, Maranhão e sul do Brasil, que eram muito procurados na Europa para medicina, tinta ou temperos.
Destacaram-se como drogas: cacau, cravo, canela, salsaparrilha, baunilha, urucum, guaraná, erva-mate.
Em relação ao anis estrelado, essa planta não era originária do Brasil. Era uma especiaria típica do oriente.
Encontrando a incorreta as demais são alternativas certas. Vamos conferir.
Letra A: Baunilha.
Planta encontrada na região norte do Brasil e que era usada como droga do sertão.
Letra B: Guaraná.
Fruto encontrado na região norte do Brasil e que era usada como droga do sertão.
Letra C: Urucum.
Um fruto encontrado na região norte do Brasil e que era usada como droga do sertão.
Referências:
FARIAS, Sheila de Castro. "Drogas". VAINFAS, Ronaldo (Org.) Dicionário do Brasil Colonial (1500-1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
SCHMIDT, Mario Furley. Nova História Crítica. 1 ed. São Paulo Nova Geração, 2005.
UFSC. Horto Didático de plantas medicinais. Anis estrelado. Disponível em: https://hortodidatico.ufsc.br/anis-estrelado/
278) A Lei de Terras nos EUA teve como objetivo garantir um lar para cada estadunidense, enquanto a Lei de Terras no Brasil visava a
- A) cercear o livre acesso de trabalhadores rurais às terras devolutas, estimulando, assim, a formação de exército de mão-de-obra.
- B) incentivar a formação de pequenas propriedades familiares, assegurando preços mais competitivos para os gêneros alimentícios.
- C) promover o desenvolvimento econômico do país, buscando o equilíbrio entre o setor agrário exportador & o setor de subsistência.
- D) transformar as áreas agrícolas em centro urbanos, acelerando, assim, O processo de industrialização e urbanização do país.
A alternativa correta é letra A) cercear o livre acesso de trabalhadores rurais às terras devolutas, estimulando, assim, a formação de exército de mão-de-obra.
Vamos analisar cada alternativa para entender o objetivo da Lei de Terras no Brasil.
A) cercear o livre acesso de trabalhadores rurais às terras devolutas, estimulando, assim, a formação de exército de mão-de-obra.
CORRETO. A Lei de Terras de 1850, no Brasil, teve como um dos seus objetivos principais limitar o acesso à terra pelos trabalhadores rurais. Antes da lei, a terra era um bem comum, e os trabalhadores rurais poderiam se estabelecer em terras devolutas. Com a lei, a terra passou a ser um bem de mercado, vendida a quem pudesse pagar, o que excluiu a grande maioria dos trabalhadores rurais. Isso acabou por estimular a formação de um "exército de mão-de-obra" disponível para trabalhar nas grandes propriedades rurais, pois, sem acesso à terra, os trabalhadores rurais não tinham outra alternativa senão vender sua força de trabalho.
B) incentivar a formação de pequenas propriedades familiares, assegurando preços mais competitivos para os gêneros alimentícios.
INCORRETO. A Lei de Terras não incentivou a formação de pequenas propriedades familiares. Pelo contrário, favoreceu a concentração fundiária, uma vez que a terra passou a ser vendida a quem pudesse pagar, o que favoreceu os grandes proprietários rurais.
C) promover o desenvolvimento econômico do país, buscando o equilíbrio entre o setor agrário exportador & o setor de subsistência.
INCORRETO. Embora a Lei de Terras tenha sido parte de um projeto de modernização do país, ela não buscava o equilíbrio entre o setor agrário exportador e o setor de subsistência. Pelo contrário, a lei favoreceu o setor exportador, uma vez que a concentração fundiária favorece a produção em larga escala para exportação.
D) transformar as áreas agrícolas em centro urbanos, acelerando, assim, O processo de industrialização e urbanização do país.
INCORRETO. A Lei de Terras não tinha como objetivo transformar as áreas agrícolas em centros urbanos. Embora a lei tenha sido parte de um projeto de modernização do país, o foco era a modernização do setor agrário, não a urbanização.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA A.
279) Desde a década de 1530 considera-se que o Brasil foi colonizado para dar lucro à metrópole portuguesa, transformando-se numa colônia de exploração. Os homens que para cá se dirigiram seriam, portanto, exploradores, que da nova terra, só queriam tirar vantagens materiais, enriquecer e voltar para a metrópole. Nada teria um sentido definitivo, sendo a transitoriedade a norma. Enormes latifúndios monocultores, produtores de bens exportáveis à custa da mão-de-obra escrava – eis a regra que deixava pouco ou nenhum espaço para as lavouras de alimentos.
- A) do mercado interno.
- B) da noção de ciclos econômicos.
- C) do grande capital mercantil metropolitano.
- D) dos senhores de escravos e dos escravos.
- E) da apropriação da renda pelos senhores de escravos.
Resposta
A alternativa correta é letra A) do mercado interno.
Explicação: De acordo com o texto, a economia colonial brasileira foi baseada em enormes latifúndios monocultores, produtores de bens exportáveis à custa da mão-de-obra escrava, o que deixava pouco ou nenhum espaço para as lavouras de alimentos. Isso significa que a abordagem da economia e da sociedade colonial brasileira se concentrou no setor exportador, desprezando a importância do mercado interno.
280) A maior parte dos engenhos aninhava-se na mata, não muito distante dos centros portuários, o que se explica pela maior fertilidade dos terrenos e pela abundância de lenha, necessárias às fornalhas famintas, alimentadas por um trabalho, que às vezes ocupava o dia e a noite, de oito a nove meses, normalmente de julho/agosto de um ano a abril/maio do ano seguinte (DEL PRIORI; VENANCIO, 2010). A respeito dos engenhos de açúcar, leia as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
- A) V, F, V, F
- B) F, F, F, F
- C) F, F, V, V
- D) V, V, F, F
- E) V, V, V, V
A alternativa correta é letra E) V, V, V, V
Gabarito: Letra E
(V) As primeiras mudas de canas de açúcar foram trazidas da ilha da Madeira para o Brasil por Martim Afonso de Souza que instalou o primeiro engenho da colônia em São Vicente.
O item é verdadeiro, pois as primeiras mudas chegaram ao Brasil na expedição de Martim Afonso de Sousa, que saiu de Portugal em dezembro de 1530. Foram plantadas no litoral de São Vicente e, em 1532, Martim Afonso construiu o primeiro engenho de açúcar no local, que ficou conhecido como Engenho do Governador.
(V) A multiplicação dos engenhos pela costa brasileira foi bastante rápida, chegando a mais de 60 em 1570 e 200 no final do século XVI.
Não conseguimos localizar de qual fonte esses dados foram extraídos, mas damos o item como verdadeiro, pois o açúcar era um produto muito procurado na Europa e no final do século XVI, passou a ser a principal exportação da colônia. Segundo Gislane Azevedo, em 1580 existiam 115 engenhos distribuídos pelo Brasil e de acordo com Lilia Moritz Schwarcz no final do século XVI existiam 140 engenhos somente em Pernambuco.
(V) Coube a região Nordeste, destacadamente o litoral de Pernambuco e Bahia, o papel de principal produtora de açúcar da colônia.
Item correto. As principais áreas açucareiras do Brasil foram as capitanias localizadas no Nordeste, sobretudo as de Pernambuco, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte e Itamaracá
(V) O engenho, que em alguns casos chegava a ter perto de 5.000 moradores, era constituído por área extensas de florestas, fornecedoras de madeira; plantações de cana; a residência do proprietário conhecida como casa grande, a capela e a senzala.
O engenho possuía três edificações principais: a casa-grande, residência do proprietário, família e agregados, a senzala, moradia dos escravos e a capela. Além disso, existiam as construções ligadas ao cultivo e produção do açúcar, como a casa de moenda, a destilaria, a casa de purgar. E as áreas destinadas à plantação de cana. Poderíamos encontrar também as áreas florestais, que forneciam madeira para queimar a lenha nas casas de purgar.
Resposta baseada nas fontes:
AZEVEDO, Gislane Seriacopi e SERIACOPI, Reinaldo. História: volume único. São Paulo: Ática, 2005.