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Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

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301) Marque a opção correta sobre a sociedade escravista colonial na América Portuguesa:

  • A) Como os índios tinham realizado grande resistência contra a presença dos portugueses, chegando a se deslocar para o interior, abandonando o litoral, os colonizadores já iniciaram a organização do trabalho com a escravização de povos africanos;

  • B) O trabalho com a atividade açucareira já era conhecido pelos indígenas, o que levou os colonizadores a utilizar a mão de obra indígena escravizada no empreendimento das plantações, processamento e produção final do açúcar;

  • C) A mão de obra tentada no início da organização do trabalho na América Portuguesa foi do uso do trabalho indígena;

  • D) Frente ao encarecimento do tráfico negreiro, os colonizadores portugueses abandonaram a mão de obra africana e estabeleceram o trabalho utilizando os escravos indígenas;

  • E) Os ameríndios apresentaram facilidades de adaptação à rotina do trabalho agrícola na produção açucareira.

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A alternativa correta é letra C) A mão de obra tentada no início da organização do trabalho na América Portuguesa foi do uso do trabalho indígena;

Gabarito: ALTERNATIVA C

   

Marque a opção correta sobre a sociedade escravista colonial na América Portuguesa:

  • a)  Como os índios tinham realizado grande resistência contra a presença dos portugueses, chegando a se deslocar para o interior, abandonando o litoral, os colonizadores já iniciaram a organização do trabalho com a escravização de povos africanos;

Sobre os primeiros contatos portugueses com os indígenas na costa, é importante que se saiba que os tupis, que dominavam parte significativa da faixa litorânea, foram relativamente receptivos aos colonizadores. O extrativismo vegetal, praticamente única atividade econômica importante nas três primeiras décadas de colonização, foi inteiramente feito pelo trabalho indígena tanto pelas formas de escambo quanto pelo trabalho compulsório. Além disso, ainda se tentaria a escravização indígena nos primeiros esforços de organização da lavoura açucareira. Alternativa errada.

 
  • b)  O trabalho com a atividade açucareira já era conhecido pelos indígenas, o que levou os colonizadores a utilizar a mão de obra indígena escravizada no empreendimento das plantações, processamento e produção final do açúcar;

A cana-de-açúcar não era uma espécie nativa da América, mas sim inserida pelos portugueses a partir das suas posses africanas. Portanto, não faz sentido se falar que a atividade açucareira já fosse conhecida pelos indígenas antes da presença portuguesa. Alternativa errada.

 
  • c)  A mão de obra tentada no início da organização do trabalho na América Portuguesa foi do uso do trabalho indígena;

Quanto a esse aspecto do primeiro século da colonização da América por Portugal, o candidato precisa ter claro que a principal atividade econômica desenvolvida era o extrativismo vegetal, com importante destaque para o pau-brasil. Para tanto, era mais eficiente e prático cooptar e escravizar os nativos, profundos conhecedores do extrativismo e capazes de dominar as dificuldades impostas pelo terreno. Com gastos irrisórios, estabelecia-se uma atividade extrativista mesmo sem que os portugueses de fato dominassem o conhecimento sobre a flora. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • d)  Frente ao encarecimento do tráfico negreiro, os colonizadores portugueses abandonaram a mão de obra africana e estabeleceram o trabalho utilizando os escravos indígenas;

A alternativa inverte a ordem dos acontecimentos. Depois de se tentar implementar a mão de obra indígena no trabalho compulsório, partiu-se para a importação de escravos oriundos da África. Ocorre que, conhecedores do terreno e organizados, os indígenas se rebelavam constantemente, inclusive destruindo engenhos de açúcar, o que encarecia sobremaneira a produção. A opção pela mão de obra africana escravizada acabou configurando um novo circuito econômico, extremamente rentável e favorável aos interesses portugueses. Alternativa errada.

 
  • e)  Os ameríndios apresentaram facilidades de adaptação à rotina do trabalho agrícola na produção açucareira.

Como explicado acima, o conhecimento indígena sobre o terreno acabava por facilitar as fugas do cativeiro, bem como suas organizações sociais permitiam um maior grau de articulação. Portanto, não se pode falar que houve fácil adaptação indígena ao trabalho compulsório, que era a base da produção açucareira. Alternativa errada.

   

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

302) “Em 1701, a Coroa determinou um afastamento para o criatório de, no mínimo, dez léguas a partir da área de plantio da cana”Simonsen. Roberto C. História econômica do Brasil: 1500/1820. 10. ed. São Paulo: Nacional, 1978 (Brasiliana, 5). (Adaptado).

  • A) Garantir a preservação e o desenvolvimento das atividades econômicas da Colônia Portuguesa na América contra as ameaças de outras nações colonialistas, especialmente os holandeses e franceses;
  • B) Estimular o desenvolvimento da atividade pecuária que estava se tornando mais lucrativa para o empreendimento da colonização;
  • C) Reservar as áreas do litoral para o cultivo da cana de açúcar que tinha se mostrado lucrativa e que não poderia ter a sua área ocupada com as atividades pecuárias, de potencial econômico menor;
  • D) Deslocar a produção açucareira para o interior, pois as qualidades do solo nos sertões haviam se mostrado mais propícias para a cana de açúcar e o transporte de mercadorias;
  • E) Realizar o projeto de interiorização das atividades econômicas na colônia, na medida em que essas poderiam ser melhor gerenciadas pelos senhores de engenho, únicas instâncias administrativas da Coroa Lusitana na Colônia.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) Reservar as áreas do litoral para o cultivo da cana de açúcar que tinha se mostrado lucrativa e que não poderia ter a sua área ocupada com as atividades pecuárias, de potencial econômico menor;

Gabarito: ALTERNATIVA C

"Em 1701, a Coroa determinou um afastamento para o criatório de, no mínimo, dez léguas a partir da área de plantio da cana"

Simonsen, Roberto C. História econômica do Brasil: 1500/1820. 10. ed. São Paulo: Nacional, 1978 (Brasiliana, 5). (Adaptado).

  • - Essa determinação realizada desde a Carta Régia de 1701 teve como objetivo:

Segundo Capistrano de Abreu, o casco de boi é o símbolo maior da expansão colonial portuguesa para o interior do continente. O complexo produtor de açúcar no Nordeste exigia a presença de uma agropecuária de subsistência organizada, mas, ao mesmo tempo, distante das lavouras da plantation. Isso implica dizer que a criação de gado era necessária para gerar alimento para os polos produtivos e para gerar animais para a os engenhos de tração animal; mas que esses animais não poderiam ser confinados a distâncias pouco seguras das lavouras para não comprometê-las. Logicamente, o sucesso do empreendimento açucareiro incentivava a ampliação das plantações, o que pressionava a pecuária continente adentro. E o movimento dos rebanhos, por sua própria natureza, tendia a forçar a penetração do colonizador pelo continente, conhecendo e dominando novas áreas muito além do ritmo de expansão da monocultura. Assim, observemos as alternativas propostas.

  • a)  Garantir a preservação e o desenvolvimento das atividades econômicas da Colônia Portuguesa na América contra as ameaças de outras nações colonialistas, especialmente os holandeses e franceses;

Não faria sentido se pensar em concentrar as atividades de monocultura no litoral para proteger de agressões estrangeiras; afinal, deixá-las-ia ainda mais expostas pela proximidade com o mar. Caso era que as terras apropriadas ao cultivo de cana de açúcar estavam concentradas na faixa litorânea, não era fruto de uma decisão estratégica de Portugal. Alternativa errada.

  • b)  Estimular o desenvolvimento da atividade pecuária que estava se tornando mais lucrativa para o empreendimento da colonização;

A pecuária sempre foi uma atividade acessória para o abastecimento colonial, jamais se configurando como uma força decisiva na grande economia colonial. O isolamento dos criadouros estava inserido no esforço de proteção à grande lavoura. Alternativa errada.

  • c)  Reservar as áreas do litoral para o cultivo da cana de açúcar que tinha se mostrado lucrativa e que não poderia ter a sua área ocupada com as atividades pecuárias, de potencial econômico menor;

Como explicado no comentário preliminar, a pecuária tinha uma função periférica na economia colonial, sendo necessário garantir e proteger a grande lavoura. ALTERNATIVA CORRETA.

  • d)  Deslocar a produção açucareira para o interior, pois as qualidades do solo nos sertões haviam se mostrado mais propícias para a cana de açúcar e o transporte de mercadorias;

O texto citado no enunciado é muito claro sobre a intenção de concentrar a grande lavoura na faixa litorânea e preservá-la das outras atividades econômicas coloniais. Alternativa errada.

  • e)  Realizar o projeto de interiorização das atividades econômicas na colônia, na medida em que essas poderiam ser melhor gerenciadas pelos senhores de engenho, únicas instâncias administrativas da Coroa Lusitana na Colônia.

É um erro grave se entender o engenho como uma instância administrativa de Portugal na América, pois eram empreendimentos privados sob grande incentivo estatal. A Coroa contava com instâncias como o governo geral para organizar a vida administrativa da colônia. Além disso, todo o processo de colonização ligado à agricultura estava voltado para sua dimensão atlântica, ligado a Portugal pelo Pacto Colonial. Alternativa errada.

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

303) A respeito do escravismo no Brasil imperial e no contexto após o fim da escravidão, julgue o item subsecutivo.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito: CERTO

    Na primeira metade do século XVI, ficaria clara a opção portuguesa pela mão de obra escrava no seu esforço de colonização da América. No entanto, nesse primeiro momento, houve o predomínio da escravização indígena para o extrativismo vegetal e, posteriormente, para a produção açucareira. Antes do final daquele século, porém, a opção pela escravidão indígena se mostraria pouco eficiente com reiteradas fugas e rebeliões de indígenas. Assim, ainda no século XVI seria iniciado o tráfico negreiro para abastecer as lavouras da América portuguesa com mão de obra.

    Com o sucesso da produção açucareira em grande escala no século XVII, a demanda por escravos saltaria expressivamente num período de tempo relativamente curto. Com isso, haveria a chamada massificação da escravidão africana, o que também se provaria um comércio extremamente lucrativo para os traficantes. Consequentemente, seria estabelecido um circuito comercial de proporções expressivas em torno da escravidão e da plantation no império colonial português. Assim, item CORRETO.

    304) A exportação de alimentos marcou a sociedade brasileira do período colonial ao fim da República Velha. Tais bens eram produzidos em grandes propriedades que empregavam trabalhadores escravizados antes da abolição. A historiografia denominou tal estrutura de produção de plantations. Essa estrutura de produção

    • A) contou com inovações tecnológicas recorrentes, produzidas por diferentes institutos de pesquisa científica.
    • B) reconhecia a baixa rentabilidade do trabalho escravo e procurou substituí-lo pelo trabalho livre.
    • C) privilegiou, nos casos do açúcar e do café, plantas de origem estrangeira.
    • D) atuou em regime concorrencial tanto no mercado interno quanto no mercado externo, ao longo do período colonial.

    • E) contou com uma rede de transporte eficaz e de baixo custo, formada por rodovias e ferrovias.

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    A alternativa correta é letra C) privilegiou, nos casos do açúcar e do café, plantas de origem estrangeira.

    Gabarito: ALTERNATIVA C

       

    A exportação de alimentos marcou a sociedade brasileira do período colonial ao fim da República Velha. Tais bens eram produzidos em grandes propriedades que empregavam trabalhadores escravizados antes da abolição. A historiografia denominou tal estrutura de produção de plantations. Essa estrutura de produção

    • a) contou com inovações tecnológicas recorrentes, produzidas por diferentes institutos de pesquisa científica.

    plantation foi instaurada no período colonial ainda no século XVI; ou seja, muito antes da ideia de institutos de pesquisa científica. Além disso, eram baseados na monocultura, esgotando o solo com um sistema produtivo altamente predatório. Alternativa errada.

     
    • b) reconhecia a baixa rentabilidade do trabalho escravo e procurou substituí-lo pelo trabalho livre.

    Como apontado no enunciado, a plantation era inteiramente baseada na mão de obra escrava como força produtiva. Nessa interpretação, o máximo lucro viria pelo achatamento absoluto dos custos de produção. Para isso, tentava-se reduzir ao máximo os custo de produção e a redução do trabalhador à condição de ferramenta de trabalho significava zerar o custo com mão de obra. Alternativa errada.

     
    • c) privilegiou, nos casos do açúcar e do café, plantas de origem estrangeira.

    Como já explicado acima, a plantation tem na monocultura de exportação a sua principal característica. E os dois ciclos mais bem sucedidos foram de plantas não nativas da América - o café e o açúcar, ambos transladados para cá pela iniciativa colonial. ALTERNATIVA CORRETA.

     
    • d) atuou em regime concorrencial tanto no mercado interno quanto no mercado externo, ao longo do período colonial.

    Esse sistema produtivo pressupunha o exclusivo de comércio. Isto é, apenas a metrópole poderia comercializar com as suas colônias, devendo toda a produção da plantation ser exportada para a metrópole sem concorrência externa. Bem como todos os bens necessários para a vida colonial deveriam ser importados da metrópole em regime monopolista. Alternativa errada.

     
    • e) contou com uma rede de transporte eficaz e de baixo custo, formada por rodovias e ferrovias.

    Ora, a plantation data do século XVI, cerca de trezentos anos antes do surgimento da máquina a vapor, dos trens e dos automóveis. Ou seja, não faria sentido associar o modelo produtivo a rodovias e ferrovias, algo inexistente no período. Alternativa errada.

       

    Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

    305) A entrada de homens a serviço da Coroa portuguesa nos sertões do Estado do Brasil produziu diversos conflitos entre indígenas e conquistadores. Apesar das diversas circunstâncias de cada embate, as autoridades régias denominaram Guerra dos Bárbaros os levantes indígenas no interior do nordeste em fins do século XVII e início do XVIII.

    • A) V – V – F;
    • B) V – F – V;
    • C) F – V – V;
    • D) F – F – V;
    • E) V – F – F.

       
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    A alternativa correta é letra B) V – F – V;

    Gabarito: Letra B


    A sequência correta é: V,F,V

     

    Vamos analisar as proposições.


    (V) A Coroa lusa denominava de “gentios bravos” os índios rebeldes e, com base em informações obtidas por aliados tupi, os cronistas coloniais construíram um imaginário sobre os grupos que habitavam o sertão e que se rebelavam à ação colonizadora, definindo-os “tapuia”, sinônimo de bárbaro, inimigo, indomável.


    A Coroa portuguesa denominou genericamente os indígenas resistentes à colonização de "gentios bravos". Com base nas informações obtidas por seus aliados indígenas genericamente chamados de Tupis,  muitos conquistadores, cronistas e escritores do período colonial construíram um imaginário sobre os grupos que habitavam o sertão. A denominação generalista que surgiu dessa construção foi “Tapuia”, sinônimo de bárbaro, inimigo, indomável. Esta designação englobava vários grupos étnicos, mas dois se destacaram: os Cariri, habitantes do sertão de dentro – atuais estados da Bahia, de Pernambuco e do Piauí; e os Tarairiús, que viviam no sertão de fora – área que abrange os atuais estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba.

     

    (F) Os confrontos entre luso-brasileiros e comunidades tapuias nos sertões nordestinos foram motivados pela concessão de sesmarias à recém-criada Companhia de Comércio de Pernambuco e Paraíba, a quem caberia o controle do sertão paraibano após a expulsão dos holandeses.


    Os confrontos entre luso-brasileiros e comunidades tapuias nos sertões foram motivados pelo choque entre os interesses coloniais e os interesses indígenas. De um lado, os colonos buscavam ocupar o espaço, prevenindo a volta dos holandeses, bem articulados com os habitantes daquelas áreas, e possível invasão de outros povos europeus, além de torna-lo rentável para a Coroa, com a implementação da pecuária. Do lado indígena, estava a luta para manter suas culturas, ritos e território que era devorado pelos colonizadores.

     

    (V) Devido ao despreparo das infantarias locais e à resistência oferecida pelos tapuias, os colonos nordestinos aliaram-se aos paulistas, a quem interessava reduzir os índios rebelados à escravidão, em nome da guerra justa, tornando a sua participação na Guerra dos Bárbaros um empreendimento lucrativo.
     

    Os primeiros choques entre colonos do nordeste e os indígenas tapuias resultaram em algumas derrotas das tropas coloniais. O resultado foi o estabelecimento de um acordo entre as autoridades administrativas das capitanias nordestinas com os paulistas, que já haviam sido contratados para dar fim ao Quilombo dos Palmares. O acordo para os paulistas era bastante interessante, uma vez que a eles seria autorizado praticar guerra justa contra os indígenas e reduzi-los à escravidão. Os indígenas seriam enviados à capitania de São Vicente para depois serem revendidos, o que seria um empreendimento lucrativo.

       

    Referência:
     

    DIAS, Patrícia de Oliveira. A Bárbara Guerra do Açu. Disponível em: https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/?temas=a-barbara-guerra-do-acu


     

    306) Ainda no período colonial, o desbravamento das terras do interior e a consequente descoberta e exploração das jazidas de ouro e diamante na região das Minas Gerais geraram um eixo de povoamento em direção a terras localizadas no interior, principalmente para a região aurífera. Nessa porção do território surgiram, ao redor das jazidas de minérios, vilas e cidades formadas pelo grande contingente populacional atraído para a região.

    • A) Amazonas
    • B) Rio de Janeiro
    • C) Rio Grande do Norte
    • D) Espírito Santo
    • E) Ceará

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    A alternativa correta é letra B) Rio de Janeiro

    A) Amazonas

    INCORRETO. A região do Amazonas está localizada na extremidade norte do país, distante da região das Minas Gerais. Além disso, durante o período colonial, a região amazônica não era tão desenvolvida e povoada quanto as regiões do litoral, o que tornaria impraticável a criação de uma rota de escoamento do ouro entre Minas Gerais e o Amazonas. Alternativa errada.

     

    B) Rio de Janeiro

    CORRETO. A cidade do Rio de Janeiro, durante o período colonial, era um dos principais portos do Brasil e tinha uma localização estratégica para o escoamento do ouro extraído em Minas Gerais. O Caminho Real, mencionado no texto, era uma rota que ligava a região das Minas Gerais ao porto do Rio de Janeiro, passando pela cidade de Paraty. A cidade do Rio de Janeiro também era a capital do Vice-Reino do Brasil, criado em 1763, o que reforça sua importância estratégica e econômica no período colonial. Alternativa correta.

     

    C) Rio Grande do Norte

    INCORRETO. A região do Rio Grande do Norte, localizada no Nordeste do país, estava distante da região das Minas Gerais e não possuía infraestrutura ou condições geográficas favoráveis para o escoamento do ouro na época colonial. Alternativa errada.

     

    D) Espírito Santo

    INCORRETO. Apesar de estar mais próximo geograficamente da região das Minas Gerais em comparação com as outras alternativas, o Espírito Santo não era o principal destino do ouro extraído. O porto do Rio de Janeiro, pela sua localização estratégica e infraestrutura, era o principal ponto de escoamento do ouro. Alternativa errada.

     

    E) Ceará

    INCORRETO. A região do Ceará, assim como o Rio Grande do Norte, está localizada no Nordeste do país, distante da região das Minas Gerais. Além disso, durante o período colonial, o Ceará não possuía a infraestrutura necessária para o escoamento do ouro. Alternativa errada.

     

    Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

    307) Enquanto na maioria dos países da Europa cresciam a indústria e os negócios delas decorrentes, no Brasil nada se podia fabricar, além de alguns metros de pano para vestir os escravos.

    • A) Não havia, nas colônias, matérias-primas que pudessem ser transformadas e tampouco fontes de energia suficientemente baratas para impulsionar os teares e outras máquinas capazes de produzir manufaturas.
    • B) Cuidava o governo metropolitano de manter baratos os preços dos artigos manufaturados, vendendo as mercadorias europeias a baixo preço para agradar aos colonos. A indústria da Colônia, devido ao baixo consumo, não conseguiria produzir artigos baratos como eram os europeus.
    • C) A produção das colônias só importava para a metrópole quando possibilitava grandes lucros aos comerciantes metropolitanos. Esses adquiriam na Europa manufaturas a baixos preços e as revendiam na Colônia a preços altíssimos, não lhes interessando, portanto, a instalação de indústrias que concorreriam com os produtos que vendiam.
    • D) A Colônia havia se especializado na produção de gêneros tropicais como eram o açúcar, o algodão, o trigo e o tabaco. Não interessava aos colonos desviar recursos e capitais para a indústria que não lhes permitiria os elevados lucros que auferiam.
    • E) Enquanto Portugal dispunha de capitais excedentes, mão de obra qualificada e barata, acesso à tecnologia e grandes mercados (seu império colonial) fatores que permitiram a sua rápida industrialização, a Colônia era carente de tudo, não dispunha de capitais, ou técnicas, ou mão de obra e o seu mercado era restrito à região meridional.

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    A alternativa correta é letra C) A produção das colônias só importava para a metrópole quando possibilitava grandes lucros aos comerciantes metropolitanos. Esses adquiriam na Europa manufaturas a baixos preços e as revendiam na Colônia a preços altíssimos, não lhes interessando, portanto, a instalação de indústrias que concorreriam com os produtos que vendiam.

    Vamos analisar cada alternativa para entender o motivo do não desenvolvimento de indústrias no período colonial.

     

    A) Não havia, nas colônias, matérias-primas que pudessem ser transformadas e tampouco fontes de energia suficientemente baratas para impulsionar os teares e outras máquinas capazes de produzir manufaturas.

    INCORRETO. O Brasil colonial era rico em matéria-prima e possuía diversas fontes de energia, como a força animal e a energia hidráulica. Portanto, a falta de matérias-primas e fontes de energia não foi o motivo principal para o não desenvolvimento da indústria na colônia.

     

    B) Cuidava o governo metropolitano de manter baratos os preços dos artigos manufaturados, vendendo as mercadorias europeias a baixo preço para agradar aos colonos. A indústria da Colônia, devido ao baixo consumo, não conseguiria produzir artigos baratos como eram os europeus.

    INCORRETO. Na verdade, o governo metropolitano impedia o desenvolvimento de indústrias na colônia para garantir o mercado consumidor para os produtos manufaturados europeus. No entanto, esses produtos não eram vendidos a preços baixos, mas sim a preços altos, o que garantia lucros elevados para os comerciantes metropolitanos.

     

    C) A produção das colônias só importava para a metrópole quando possibilitava grandes lucros aos comerciantes metropolitanos. Esses adquiriam na Europa manufaturas a baixos preços e as revendiam na Colônia a preços altíssimos, não lhes interessando, portanto, a instalação de indústrias que concorreriam com os produtos que vendiam.

    CORRETO. A política mercantilista da metrópole visava garantir o monopólio do comércio colonial e impedir o desenvolvimento de indústrias que pudessem concorrer com os produtos manufaturados europeus. Portanto, o não desenvolvimento de indústrias na colônia foi uma consequência direta dessa política.

     

    D) A Colônia havia se especializado na produção de gêneros tropicais como eram o açúcar, o algodão, o trigo e o tabaco. Não interessava aos colonos desviar recursos e capitais para a indústria que não lhes permitiria os elevados lucros que auferiam.

    INCORRETO. A colônia se especializou na produção de gêneros tropicais porque essa era a política imposta pela metrópole. Os colonos não tinham a opção de investir em indústrias, mesmo que desejassem, pois a metrópole proibia o desenvolvimento de atividades industriais na colônia.

     

    E) Enquanto Portugal dispunha de capitais excedentes, mão de obra qualificada e barata, acesso à tecnologia e grandes mercados (seu império colonial) fatores que permitiram a sua rápida industrialização, a Colônia era carente de tudo, não dispunha de capitais, ou técnicas, ou mão de obra e o seu mercado era restrito à região meridional.

    INCORRETO. A colônia possuía mão de obra, na forma de escravos, e matéria-prima em abundância. Além disso, o mercado colonial não era restrito à região meridional, mas abrangia toda a colônia. O principal fator que impediu o desenvolvimento de indústrias na colônia foi a política mercantilista da metrópole, que visava garantir o monopólio do comércio colonial e impedir a concorrência com os produtos manufaturados europeus.

     

    Portanto, a alternativa correta é a LETRA C.

    308) Em 1580, o rei de Portugal morreu sem deixar herdeiros diretos e, na disputa pelo trono que se seguiu, saiu-se vencedor Filipe II, então rei da Espanha. Com isso, teve início o período conhecido como “União Ibérica”, que se estendeu por 60 anos e no qual, dentre outras consequências, os inimigos da Espanha passaram a ser, também, de Portugal. A respeito desse período, é correto afirmar que

    • A) Portugal manteve certa autonomia na gestão de suas colônias, inclusive no tocante às relações comerciais que já possuía.
    • B) a ocupação territorial pelos colonos portugueses foi temporariamente freada, em função da ocupação holandesa do Nordeste brasileiro, quando os esforços foram concentrados em recuperar a área invadida.
    • C) durante um certo período os holandeses assumiram o controle do tráfico negreiro no Atlântico Sul, mas isso não modificou o fluxo de escravos africanos para o Brasil, pois, dada a elevada lucratividade do negócio, seguiram suprindo a demanda por escravos em toda a colônia.
    • D) foram enviados ao Brasil visitadores do Tribunal do Santo Ofício, com a missão de apurar o que essas autoridades consideravam “desvios”, como as chamadas práticas judaizantes (relacionadas aos costumes da religião judaica).
    • E) a Insurreição Pernambucana foi marcada por duas vitórias surpreendentes sobre os holandeses, nas Batalhas de Guararapes (1648 e 1649). Com a vitória brasileira na Segunda Batalha de Guararapes, os batavos deixaram o Brasil.

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    A alternativa correta é letra D) foram enviados ao Brasil visitadores do Tribunal do Santo Ofício, com a missão de apurar o que essas autoridades consideravam “desvios”, como as chamadas práticas judaizantes (relacionadas aos costumes da religião judaica).

    Gabarito: Letra C

     

    Foram enviados ao Brasil visitadores do Tribunal do Santo Ofício, com a missão de apurar o que essas autoridades consideravam “desvios”, como as chamadas práticas judaizantes (relacionadas aos costumes da religião judaica).

     

    Durante o período da União Ibérica (1580-1640) representantes do Tribunal da Inquisição (reativado na Europa em meados do século XVI) foram enviados ao Brasil, nas chamadas visitações, nas quais o sacerdote representante da inquisição abria processos contra as pessoas que eram acusadas de crime contra a fé.

    As visitações da Inquisição durante a União Ibérica pretendiam averiguar a fé dos colonos, sobretudo a dos cristãos-novos, descendentes de judeus que eram suspeitos de conservar as suas antigas crenças em segredo.

     

    Por que as demais estão incorretas?

     

    Letra A: Portugal manteve certa autonomia na gestão de suas colônias, inclusive no tocante às relações comerciais que já possuía.
     

    Portugal não manteve autonomia na gestão de suas colônias. Com a União Ibérica, o governo espanhol passou a controlar também todas as colônias portuguesas, incluindo o Brasil. Esse controle também se refletiu nas relações comerciais, quando os conflitos entre Espanha e Províncias Unidas, afetaram as relações comerciais entre essa última e Portugal.

     

    Letra B: a ocupação territorial pelos colonos portugueses foi temporariamente freada, em função da ocupação holandesa do Nordeste brasileiro, quando os esforços foram concentrados em recuperar a área invadida.
     

    A ocupação territorial pelos colonos portugueses não foi temporariamente freada devido a ocupação "holandesa" do Nordeste brasileiro. Apesar dos esforços para recuperar as áreas invadidas, durante o período da União Ibérica ocorreram também as chamadas entradas e bandeiras, responsáveis por ampliar o domínio territorial português no continente Sul-americano, expandindo-se os limites do Brasil.

     

    Letra C: durante um certo período os holandeses assumiram o controle do tráfico negreiro no Atlântico Sul, mas isso não modificou o fluxo de escravos africanos para o Brasil, pois, dada a elevada lucratividade do negócio, seguiram suprindo a demanda por escravos em toda a colônia.
     

    Com os "holandeses" passando a controlar o tráfico atlântico de escravos, houve uma modificação no fluxo de escravos africanos para o Brasil, com um aumento desse tráfico para a região dominada pelos "holandeses".

     

    Letra E: a Insurreição Pernambucana foi marcada por duas vitórias surpreendentes sobre os holandeses, nas Batalhas de Guararapes (1648 e 1649). Com a vitória brasileira na Segunda Batalha de Guararapes, os batavos deixaram o Brasil.

     

    Em 13 de junho de 1645, iniciou-se a chamada Insurreição Pernambucana, que contou com várias batalhas, como as Batalhas dos Guararapes (em 1648 e 1649), com vitória dos luso-brasileiros, contudo não foi na Segunda Batalha de Guararapes que os batavos deixaram o Brasil, mas sim em 1654, quando depois de sucessivas derrotas, os "holandeses" renderam-se na Campina do Taborda, no Recife.

       

    Referências:

     

    COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 2. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

     

    VAINFAS, Ronaldo et ali. História: das sociedades sem Estado às monarquias absolutistas, volume 1. São Paulo: Saraiva, 2010.

    309) “O primeiro terço do século XIX marcou profundamente a história econômica do Brasil pela combinação de dois movimentos fundamentais. Um era universal: a implantação do capitalismo como modo de produção. Outro, local: a construção de um Estado nacional em meio a esse processo. Em trinta anos tudo mudou.” (CALDEIRA, Jorge. O processo econômico. In. COSTA E SILVA, Alberto da (org.). Crise colonial e Independência. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. p. 161.).

    • A) F – V – F – V

    • B) V – F – V – F

    • C) V – V – F – F

    • D) F – F – V – V

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    A alternativa correta é letra B) V – F – V – F

    Gabarito da banca: Letra B

     

    Meu gabarito: Anulada por falta de alternativa correta.

     

    A sequência correta deveria ser: V – F – F – F

     

    Vamos analisar as proposições.

     

    ( V ) As primeiras décadas do século XIX foram marcadas pela expansão do mercado interno integrado no Brasil.

     

    As primeiras décadas do século XIX mostram que o mercado interno do Brasil estava bem articulado. Em diversas partes do território brasileiro havia circuitos comerciais que ligavam as províncias entre si. Por exemplo, havia um grande circuito comercial que reunia a região sul produtora de gado, charque, muares, cavalo, óleo de baleia e erva-mate ao sudeste e ao nordeste. Dessas regiões, o sul obtinha escravos, farinha, arroz, fumo e aguardente. Destaca-se também os circuitos comerciais existentes entre nordeste e norte e entre o sudeste e centro-oeste.

     

    ( F ) A abertura dos portos em 1807 teve como efeito a chegada de produtos novos e mais baratos ao território brasileiro.

     

    A abertura dos portos foi uma medida adotada pelo príncipe regente ao chegar à Bahia em 1808 e não em 1807 como afirma a proposição. Essa ação é considerada por muitos estudiosos como o fim do regime de monopólios no comércio português e consequentemente o fim do Pacto Colonial. Uma das principais consequências dessa medida foi o aumento de produtos de outros reinos para o território brasileiro, com destaque para os produtos ingleses que dominaram o mercado colonial.

     

    ( F ) Desde o final do século XVIII a colônia passava por uma crise nas exportações que perdurou por quase toda a primeira metade do século XIX.

     

    Uma análise que tem como principal referencial o economista Celso Furtado afirma que a colônia passava por uma crise no setor de exportações que prosseguiu até a primeira metade do século XIX. Em análises mais recentes é possível desconstruir essa ideia, pois na primeira metade do século XIX, houve um crescimento do volume de exportações, principalmente pela diversificação das atividades produtivas, conforme aponta Jorge Caldeira, o pesquisador citado na questão.

     

    ( F ) O estreitamento das relações diplomáticas com a França, após a chegada da Corte portuguesa ao Brasil, trouxe consequências significativas para o comércio de escravos na colônia.

     

    A presença da Corte no Brasil não trouxe estreitamento das relações diplomáticas com a França. Pelo contrário, D. João, adotou uma política externa de incorporação de territórios que pertenciam aos franceses e aos espanhóis como uma retaliação à ocupação de Portugal pelas tropas dos dois países. Assim, o príncipe regente autorizou a invasão à Caiena e a sua anexação ao território do Império Português, que assim permaneceu até 1815, quando o Congresso de Viena decidiu que o mapa europeu e americano deveria seguir conforme era antes da eclosão da Revolução e das guerras napoleônicas.

       

    Referências:

     

    CALDEIRA, Jorge." O processo econômico". In. COSTA E SILVA, Alberto da (org.). História do Brasil Nação: 1808-2010. Volume 1. Crise Colonial e Independência (1808-1830). Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.

     

    RICUPERO, Rubens. “O Brasil no Mundo”. In: COSTA E SILVA, Alberto da (org.). História do Brasil Nação: 1808-2010. Volume 1. Crise Colonial e Independência (1808-1830). Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.

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    310) Acerca da economia no período inicial da colonização portuguesa no Brasil, assinale a alternativa correta.

    • A) Bahia e Pernambuco foram os principais centros de produção açucareira da colônia.
    • B) O litoral da capitania de São Vicente constituiu-se como o mais importante núcleo econômico e de povoamento.
    • C) A produção açucareira estabeleceu-se na colônia entre as décadas de 1610 e 1620.
    • D) Grande parte da força de trabalho nos engenhos de açúcar era constituída por mão de obra assalariada de indígenas provindos das aldeias jesuíticas.

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    A alternativa correta é letra A) Bahia e Pernambuco foram os principais centros de produção açucareira da colônia.

     

    Gabarito: Letra A  

    Bahia e Pernambuco foram os principais centros de produção açucareira da colônia.

     

    A partir da segunda metade do século XVI, a economia colonial portuguesa passou a contar com a produção de açúcar para atender ao mercado europeu. As primeiras mudas de cana-de-açúcar foram trazidas das ilhas portuguesas do Atlântico e aclimatadas em São Vicente, primeiro núcleo colonial fundado na América Portuguesa.  

    Entretanto, a cana e os produtos derivados dela ganharam maior disseminação no litoral nordestino. As capitanias da Bahia e de Pernambuco foram os principais centros açucareiros da colônia, o que segundo Boris Fausto poderia ser explicado por inúmeros fatores de ordem climática (bom solo, presença de áreas fluviais e de planícies), geográfica (localização mais próxima da Europa) e política (grandes quantidades de engenhos, Salvador era a capital do governo geral e Pernambuco se beneficiou da proximidade)

       

    Por que as demais estão incorretas?

     

    Letra B: O litoral da capitania de São Vicente constituiu-se como o mais importante núcleo econômico e de povoamento.  

    O nordeste era o principal núcleo econômico e de povoamento. Nessa região surgiram engenhos para a produção de açúcar destinado a abastecer o mercado europeu. 

     

    Letra C: A produção açucareira estabeleceu-se na colônia entre as décadas de 1610 e 1620.  

    A produção açucareira começou a se delinear em fins do século XVI passando por um crescimento no começo do século XVII. As décadas de 1610 e 1620 marcam o auge da produção açucareira, que desperta interesses dos holandeses, em guerra pela independência contra os espanhóis. 

     

    Letra D: Grande parte da força de trabalho nos engenhos de açúcar era constituída por mão de obra assalariada de indígenas provindos das aldeias jesuíticas.  

    No início da montagem do complexo açucareiro a mão de obra utilizada era a indígena. A partir da segunda metade do século XVI essa força de trabalho, ainda em sua maioria, passou a conviver com as primeiras levas importadas de mão de obra africana. Por fim, nas três primeiras décadas do século XVII ocorreu a transição completa da mão de obra indígena para a africana.

       

    Referências:  

    FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2ª edição. São Paulo: EdUSP, 1995.  

    SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.  

    SCHWARTZ, Stuart. "Escravidão indígena e o início da escravidão africana". In: GOMES, Flávio e SCHWARCZ, Lilia (Orgs.). Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. 1ª ed. — São Paulo: Companhia das Letras, 2018.  

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