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Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

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351) Durante os primeiros anos da colonização do Brasil, o setor responsável pelo grande acúmulo de riquezas para Portugal e que, posteriormente, influenciou na escolha do nome de sua colônia mais próspera foi a (o):

  • A) Cultivo da cana-de-açúcar
  • B) Extração do Pau-Brasil
  • C) Cultivo do café
  • D) Cultivo do algodão
  • E) Cultivo de aipim

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A alternativa correta é letra B) Extração do Pau-Brasil

Vamos analisar cada alternativa, para identificar o setor responsável pelo grande acúmulo de riquezas para Portugal durante os primeiros anos da colonização do Brasil.

 

A) Cultivo da cana-de-açúcar

INCORRETO. Embora o cultivo da cana-de-açúcar tenha sido uma atividade econômica de grande importância para a economia colonial brasileira, ele não foi o primeiro setor a trazer riquezas para Portugal. O cultivo da cana-de-açúcar só começou a ser desenvolvido no Brasil a partir de 1532, quando Martim Afonso de Sousa fundou a primeira vila brasileira, São Vicente, que também abrigou o primeiro engenho de açúcar do país. Portanto, não foi o setor que influenciou na escolha do nome da colônia.

 

B) Extração do Pau-Brasil

CORRETO. Durante os primeiros anos da colonização, a principal atividade econômica realizada no Brasil foi a extração do Pau-Brasil, uma árvore nativa da Mata Atlântica que possuía um tronco de cor avermelhada muito valorizado na Europa para a produção de tintas de tecido. A exploração do Pau-Brasil foi tão intensa que a árvore quase foi extinta. Além disso, a extração do Pau-Brasil foi a atividade econômica que influenciou na escolha do nome da colônia, que passou a ser chamada de Brasil em referência à árvore.

 

C) Cultivo do café

INCORRETO. O cultivo do café só se tornou uma atividade econômica de grande importância para o Brasil no século XIX, muito tempo depois do início da colonização. Portanto, não foi o setor responsável pelo grande acúmulo de riquezas para Portugal durante os primeiros anos da colonização.

 

D) Cultivo do algodão

INCORRETO. O cultivo do algodão também foi uma atividade econômica importante para a economia colonial brasileira, mas ele se desenvolveu principalmente no século XVIII, no Nordeste do Brasil, especialmente no Maranhão e em Pernambuco. Portanto, não foi o setor responsável pelo grande acúmulo de riquezas para Portugal durante os primeiros anos da colonização.

 

E) Cultivo de aipim

INCORRETO. O aipim, também conhecido como mandioca, foi um alimento básico na dieta dos indígenas e dos colonizadores, mas seu cultivo não gerou um grande acúmulo de riquezas para Portugal. Portanto, não foi o setor responsável pelo grande acúmulo de riquezas para Portugal durante os primeiros anos da colonização.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

352) (URCA/2022.1)Observe o gráfico:

  • A) A permanência dessa riqueza na colônia possibilitou a formação de uma poupança interna, que foi distribuída entre os diversos setores da população colonial.
  • B) Promoveu o esvaziamento da população que vivia na colônia, com um êxodo rumo à Europa que durou cerca de 120 anos.
  • C) Significou o crescimento da atividade manufatureira na colônia, principalmente nas áreas ligadas ao açúcar, o que ocasionou a transferência da capital para Salvador em 1763.
  • D) Foi realizada através do trabalho assalariado, por trabalhadores livres que tiveram ascensão social no período, nas regiões mineradoras.
  • E) Teve por base a exploração do trabalho escravo, sendo que a maior parte do destino do ouro foi para a metrópole e para a Inglaterra, que já exercia seu domínio econômico sobre Portugal.

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Resposta

A alternativa correta é a letra E) Teve por base a exploração do trabalho escravo, sendo que a maior parte do destino do ouro foi para a metrópole e para a Inglaterra, que já exercia seu domínio econômico sobre Portugal.

Explicação

O gráfico apresentado mostra a produção de ouro e a população mineira no século 18. É correto afirmar que a exploração do ouro na América Portuguesa se baseou na exploração do trabalho escravo. Além disso, a maior parte do ouro extraído foi enviada para a metrópole e para a Inglaterra, que exercia seu domínio econômico sobre Portugal.

353) Leia o texto a seguir, para responder à questão.

  • A) em Minas, as casas de fundição, que foram instituídas em julho de 1719 em Vila Rica, imediatamente passaram a funcionar, pois quase não ocorreu resistência por parte da população das regiões mineradoras
  • B) a determinação régia de 1695 já fazia referência ao controle do ouro circulante na colônia, impedindo que a quintação fosse realizada fora das vilas ou das cidades onde o ouro foi encontrado, evitando-se assim os desvios
  • C) a utilização dos cunhos falsos nas barras clandestinas, transformando-os em ouro legalmente cunhado e quintado, era rara, haja vista as enormes penalidades impostas pelas forças repressoras coloniais e metropolitanas
  • D) a criação das casas de fundição e moeda nas Minas (1719), em vez de cumprir os objetivos de aperfeiçoar a arrecadação e reduzir o desvio, incrementou os descaminhos à proporção que a extração aumentava

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A alternativa correta é letra D) a criação das casas de fundição e moeda nas Minas (1719), em vez de cumprir os objetivos de aperfeiçoar a arrecadação e reduzir o desvio, incrementou os descaminhos à proporção que a extração aumentava

Vamos analisar as alternativas:

 

A) em Minas, as casas de fundição, que foram instituídas em julho de 1719 em Vila Rica, imediatamente passaram a funcionar, pois quase não ocorreu resistência por parte da população das regiões mineradoras

INCORRETO. As Casas de Fundição, criadas para controlar a produção de ouro e evitar o contrabando, não foram bem aceitas pelos mineradores, que viam nessas instituições uma forma de controle e exploração por parte da Coroa Portuguesa. Além disso, a efetivação das Casas de Fundição não foi imediata, houve resistência e conflitos, como a Guerra dos Emboabas e a Revolta de Felipe dos Santos, também conhecida como Revolta de Vila Rica, que foi uma manifestação contra a derrama e a implementação das Casas de Fundição.

 

B) a determinação régia de 1695 já fazia referência ao controle do ouro circulante na colônia, impedindo que a quintação fosse realizada fora das vilas ou das cidades onde o ouro foi encontrado, evitando-se assim os desvios

INCORRETO. A determinação régia de 1695 não fazia referência ao controle do ouro circulante na colônia, e sim à liberdade de exploração de ouro e pedras preciosas, o que incentivou a corrida ao ouro. A quintação, que é a cobrança de um quinto do ouro encontrado como imposto, só passou a ser realizada a partir de 1702, e a fiscalização desse processo foi um dos motivos para a criação das Casas de Fundição em 1719.

 

C) a utilização dos cunhos falsos nas barras clandestinas, transformando-os em ouro legalmente cunhado e quintado, era rara, haja vista as enormes penalidades impostas pelas forças repressoras coloniais e metropolitanas

INCORRETO. Apesar das severas penalidades impostas, a utilização de cunhos falsos e a fundição clandestina de ouro eram práticas comuns na colônia. Isso ocorria porque o contrabando e a sonegação eram maneiras encontradas pelos mineradores para burlar a alta carga tributária imposta pela Coroa Portuguesa sobre a exploração aurífera.

 

D) a criação das casas de fundição e moeda nas Minas (1719), em vez de cumprir os objetivos de aperfeiçoar a arrecadação e reduzir o desvio, incrementou os descaminhos à proporção que a extração aumentava

CORRETO. A criação das Casas de Fundição tinha como objetivo principal controlar a produção de ouro e evitar o contrabando. No entanto, a resistência dos mineradores, a alta carga tributária e a ineficiência do sistema de fiscalização contribuíram para o aumento do contrabando e da sonegação, fenômenos conhecidos como "descaminhos do ouro". Além disso, a extração de ouro aumentou significativamente durante o século XVIII, o que tornou ainda mais difícil o controle por parte das autoridades coloniais e metropolitanas.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA D.

354) Depois do pau-brasil, a descoberta de que produto da região nordeste foi de suma importância para a continuidade da colonização portuguesa?

  • A) ouro
  • B) pimenta do reino
  • C) madeira
  • D) cana-de-açúcar.

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A alternativa correta é letra D) cana-de-açúcar.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar o produto que foi de suma importância para a continuidade da colonização portuguesa após o pau-brasil.

 

A) ouro

INCORRETO. A exploração de ouro no Brasil só começou a ganhar relevância no século XVIII, especificamente na região do atual estado de Minas Gerais, que fica na região Sudeste do país, e não no Nordeste. Além disso, a exploração do ouro ocorreu muito tempo depois da exploração do pau-brasil, que aconteceu no início do século XVI. Portanto, o ouro não foi o produto que sucedeu a exploração do pau-brasil.

 

B) pimenta do reino

INCORRETO. A pimenta do reino não foi um produto de relevância na colonização portuguesa do Brasil. Embora os portugueses tenham buscado especiarias na Ásia durante a Era dos Descobrimentos, a pimenta do reino não foi um produto que motivou a continuidade da colonização no Brasil.

 

C) madeira

INCORRETO. A exploração da madeira, de fato, foi importante na colonização portuguesa, especialmente a do pau-brasil, de onde o país tirou seu nome. No entanto, a questão especifica que estamos buscando o produto que sucedeu a exploração do pau-brasil. Portanto, a madeira não é a resposta correta.

 

D) cana-de-açúcar

CORRETO. A cana-de-açúcar foi o produto que sucedeu a exploração do pau-brasil e foi de suma importância para a continuidade da colonização portuguesa. A partir de 1532, a cana começou a ser cultivada na região Nordeste do Brasil, especialmente em Pernambuco e Bahia, e rapidamente se tornou o principal produto da economia colonial, dando início ao chamado Ciclo do Açúcar. O açúcar produzido no Brasil era exportado para a Europa e gerava grandes lucros para a Coroa Portuguesa, o que incentivou a continuação da colonização.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA D.

355) “Os vadios são o ódio de todas as nações civilizadas, e contra eles se tem muitas vezes legislado; porém as regras comuns relativas a este ponto não podem ser aplicáveis ao território de Minas; porque estes vadios, que em outra parte seriam prejudiciais, são ali úteis”.

  • A) os vadios viviam na ociosidade, o que provocava preocupações constantes nos administradores coloniais.
  • B) a legislação colonial limitava a circulação dos vadios pela colônia, impedindo-os de ingressar na região das Minas.
  • C) os vadios participavam de atividades complementares à mineração, o que justificava a tolerância das autoridades locais.
  • D) os contratadores preferiam engajar vadios no trabalho nas minas, gerando revoltas dos trabalhadores especializados.
  • E) os vadios participavam ativamente do contrabando de ouro, o que motivava sucessivas ações policiais repressivas.

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A alternativa correta é letra C) os vadios participavam de atividades complementares à mineração, o que justificava a tolerância das autoridades locais.

A resposta correta é a letra C:

 

C) os vadios participavam de atividades complementares à mineração, o que justificava a tolerância das autoridades locais.

CORRETO. O texto sugere que os vadios, apesar de serem vistos como prejudiciais em outras regiões, eram úteis no território de Minas. Isso dá a entender que eles participavam de atividades que complementavam a mineração, tornando-se úteis para a sociedade e justificando a tolerância das autoridades locais. Alternativa correta.

 

As demais alternativas trazem hipóteses que não aparecem no texto. 

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA C.

356) Leia atentamente o texto abaixo:

  • A) A baixa densidade demográfica portuguesa impediu que a Metrópole trouxesse para a sua colônia na América mão de obra para sustentar a empresa açucareira.

  • B) A dificuldade dos colonos portugueses em prear e manter grupos de indígenas em cativeiro foi o que levou ao uso do escravo africano.

  • C) A existência do escravismo africano no Brasil é resultado de uma imposição metropolitana.
  • D) O início da Revolução Industrial na Europa demandava grandes contingentes de mão de obra nas fábricas nascentes, levando Portugal a buscar a alternativa africana.
  • E) Os conflitos entre a Igreja Católica e a Coroa Portuguesa envolvendo a escravização de indígenas forçou a busca pela alternativa africana.

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A alternativa correta é letra C) A existência do escravismo africano no Brasil é resultado de uma imposição metropolitana.

Gabarito: ALTERNATIVA C

   

 

(NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial. 1777-1808. São Paulo: Hucitec, 1979, p.105.)

 

    Note bem o estudante que a banca pede nesta questão apenas que se faça uma interpretação sobre a tese do autor acerca do lugar do tráfico atlântico de escravos nas engrenagens maiores do império português. Consequentemente, deve o candidato se ater às informações propostas no enunciado, e não a outras fontes de informação - afinal, o que se pede é que se assinale a alternativa que mais bem represente a tese de Fernando Novais. Assim, observemos as alternativas propostas.

     
    • a)  A baixa densidade demográfica portuguesa impediu que a Metrópole trouxesse para a sua colônia na América mão de obra para sustentar a empresa açucareira.

    Há clara discordância entre a alternativa e o texto do enunciado. Não se tratava de uma questão demográfica, mas sim da organização de todo um sistema mercantil para a acumulação primitiva de capital. Ou seja, jamais se ponderou a sério a possibilidade de transferir cidadãos portugueses para o trabalho na lavoura colonial; havendo dois "inconvenientes": o custo do trabalho assalariado sobre a agroexportação e a diminuição dos lucros altíssimos do tráfico de escravos. Alternativa errada.

     
    • b)  A dificuldade dos colonos portugueses em prear e manter grupos de indígenas em cativeiro foi o que levou ao uso do escravo africano.

    O excerto citado no enunciado vai de encontro a exatamente este tipo de interpretação. A maior "facilidade" de se empregar mão de obra escrava oriunda da África era apenas uma justificativa para a manutenção de um comércio extremamente lucrativo para Portugal. Portanto, a escravização de indígenas tinha o "inconveniente" de se diminuir a demanda por escravos africanos, arrefecendo a acumulação de capitais resultante do tráfico negreiro. Alternativa errada.

     
    • c)  A existência do escravismo africano no Brasil é resultado de uma imposição metropolitana.

    É um tanto quanto "arrojado" se falar em uma imposição metropolitana para assuntos coloniais, uma vez que havia múltiplos caminhos de negociação e de trocas entre a colônia e o poder central. No entanto, é inegável que, para Novais, o interesse metropolitano foi crucial para a adoção de cativos africanos em larga escala nas plantations da América portuguesa. Isso se deveu, sobretudo, aos grandes ganhos econômicas que o comércio de escravos rendia a Portugal; afinal, era um setor inteiramente dominado por mercadores portugueses, concentrando os capitais no reino. Assim, manter o sistema escravocrata da plantation não era interessante apenas pela diminuição dos custos de produção, mas também pelas grandes engrenagens movidas pela escravização de africanos, gerando grandes ganhos econômicos para a metrópole. ALTERNATIVA CORRETA.

     
    • d)  O início da Revolução Industrial na Europa demandava grandes contingentes de mão de obra nas fábricas nascentes, levando Portugal a buscar a alternativa africana.

    A alternativa é completamente despropositava, porque a Revolução Industrial data de meados do século XVIII, enquanto o tráfico atlântico de escravos ocorria desde o século XVI. Além disso, o mundo industrial exige a formação de grandes mercados consumidores para absorver a nova escala produtiva, o que só é possível com a introdução do trabalho monetariamente remunerado. Consequentemente, não faz sentido se pensar que a Revolução Industrial, que demorou muito a se aproximar de Portugal, pressionaria no sentido da escravização. Alternativa errada.

     
    • e)  Os conflitos entre a Igreja Católica e a Coroa Portuguesa envolvendo a escravização de indígenas forçou a busca pela alternativa africana.

    De fato, havia uma pressão da Igreja Católica para que fosse proibida a escravização de indígenas aldeados e convertidos ao cristianismo, o que era uma forma de proteger a obra dos missionários do Novo Mundo. Mas isso foi acatado pelo rei português ainda no século XVI, quando se restringiu a escravização de indígenas àqueles bravios que se recusassem à cristianização. No entanto, o argumento de Novais não passa por esta questão; para ele, a lucratividade exorbitante do tráfico de escravos tornava, para o Estado português, inconveniente a escravização de indígenas e incontornável o emprego em grande escala de cativos africanos na América portuguesa. Alternativa errada.

       

    Por fim, note o estudante que um esforço de interpretação de texto seria mais do que suficiente para eliminar todas as alternativas erradas. Ainda que o trecho citado não fosse o de mais fácil interpretação, com alguns conhecimentos prévios e muito atenção à leitura, seria possível encontrar a alternativa (bastante simples) que mais bem espelha o argumento do autor. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

    357)   Texto associado

    • A) A preferência pela produção do açúcar por Portugal estava justificada na sua experiência, nos contatos comerciais que lhe permitiam a inserção do produto no mercado europeu e ao fato de que o açúcar poderia ser produzido em larga escala no Brasil
    • B) Para a formação dos canaviais o preparo do solo consistia na derrubada da mata e posterior ateio de fogo à vegetação. Os restos das ramagens eram reunidos e novamente incendiados. Nesse trato, o arado não era utilizado e o revolvimento da terra era realizado através da enxada pelos escravos
    • C) No caso dos engenhos de grande porte, chamados “reais”, os rios não eram utilizados para fornecer força motriz ao empreendimento
    • D) O manejo de um engenho exigia a utilização de lenha, fundamental para alimentação das fornalhas, o que fez acelerar o desmatamento das matas próximas aos empreendimentos
    • E) A moagem da cana-de-açúcar tinha início geralmente em agosto e prolongava-se até abril ou início de maio do ano seguinte

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    A alternativa correta é letra C) No caso dos engenhos de grande porte, chamados “reais”, os rios não eram utilizados para fornecer força motriz ao empreendimento

    Gabarito: Letra C

     

    No caso dos engenhos de grande porte, chamados “reais”, os rios não eram utilizados para fornecer força motriz ao empreendimento

     

    A questão quer saber qual das alternativas é a incorreta.

     

    Um dos principais equipamentos da produção açucareira era o engenho, que de início, era apenas uma instalação, mas depois passou a denominar toda a propriedade açucareira, com as terras, as lavouras, os equipamentos, a casa-grande e a senzala.

     

    Os primeiros engenhos foram erguidos próximos aos cursos dos rios. Estes foram chamados de engenhos reais e eram de grande porte, utilizando-se da força das águas para gerar energia e movimentar as demais instalações que produziriam o açúcar e seus derivados.

       

    Encontrando a incorreta, as demais estão corretas. Vamos comentá-las.

     

    Letra A: A preferência pela produção do açúcar por Portugal estava justificada na sua experiência, nos contatos comerciais que lhe permitiam a inserção do produto no mercado europeu e ao fato de que o açúcar poderia ser produzido em larga escala no Brasil.

     

    A escolha pela montagem da economia açucareira no Brasil se justificou pelo alto custo das especiarias no Oriente. Portugal reorientou sua política de colonização em direção à América com receio de perder o território e também porque precisava de uma economia mais rentável a longo prazo. Somado a isso também já havia a experiência da Coroa Portuguesa com o produto, pois já havia introduzido a especiaria nas ilhas do Atlântico, inclusive com a utilização da mão de obra escrava africana. Além disso, Portugal dispunha de contatos comerciais que permitiam a colocação do produto no mercado europeu, principalmente com os comerciantes genoveses e venezianos e ao fato de que o Brasil possuía terras em larga escala que poderiam ser utilizadas para a plantação de cana-de-açúcar.

       

    Letra B: Para a formação dos canaviais o preparo do solo consistia na derrubada da mata e posterior ateio de fogo à vegetação. Os restos das ramagens eram reunidos e novamente incendiados. Nesse trato, o arado não era utilizado e o revolvimento da terra era realizado através da enxada pelos escravos

     

    O trato dos canaviais começava na época das primeiras chuvas, entre fevereiro e março. A cana era plantada em terrenos altos a fim de evitar plantas que atrapalhassem o seu crescimento como capins e ervas daninhas. O preparo do solo seguia a antiga prática indígena de derrubar a mata e depois queimá-la. Os restos das ramagens eram reunidos e novamente ateava-se fogo. Para revolver a terra não havia a utilização de arados. Essa atividade ficava por conta dos escravizados que usavam as enxadas.

       

    Letra D: O manejo de um engenho exigia a utilização de lenha, fundamental para alimentação das fornalhas, o que fez acelerar o desmatamento das matas próximas aos empreendimentos

     

    Para a utilização de um engenho era fundamental a lenha, que alimentava as fornalhas. A busca por essa fonte de energia acabou por trazer como consequência o desmatamento das matas no litoral nordestino.

     

    Letra E: A moagem da cana-de-açúcar tinha início geralmente em agosto e prolongava-se até abril ou início de maio do ano seguinte

     

    O tempo do plantio da cana era entre fevereiro e março para aproveitar o verão. Já a moagem da cana era feita em agosto, mas poderia se estender até abril ou maio do ano seguinte.

       

    Referência:

     

    FERLINI, Vera Lúcia Amaral. A civilização do açúcar. São Paulo: Brasiliense, 1994.

    358) “No alvorecer do Séc. XIX, a indústria mineradora do Brasil, que se iniciara sob tão brilhante auspício e observara durante cem anos o melhor das atenções e atividades do país, já tocava sua ruína final. Os prenúncios desta já se faziam aliás sentir para os observadores menos cegos pela cobiça, desde longa data.” (JÚNIOR, pg,171)

    • A) Século XIX.
    • B) Século XVI
    • C) Século XVII.
    • D) Século XVIII.
    • E) Século XV.

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    A alternativa correta é letra D) Século XVIII.

    Vamos analisar cada alternativa, para identificar o século mencionado por Caio Prado Júnior no trecho.

       

    A) Século XIX.

    INCORRETO. O texto se refere ao "alvorecer do Séc. XIX" como o momento em que a indústria mineradora do Brasil já estava em ruína. Portanto, o declínio já havia se iniciado antes do século XIX.

       

    B) Século XVI.

    INCORRETO. O século XVI é muito cedo para o início da indústria mineradora no Brasil. A exploração de minérios em grande escala só começou no século XVII com a descoberta de ouro e diamantes na região que hoje é o estado de Minas Gerais.

       

    C) Século XVII.

    INCORRETO. O século XVII marca o início da indústria mineradora no Brasil, mas o texto de Caio Prado Júnior fala do declínio dessa indústria, que ocorreu em um período posterior.

       

    D) Século XVIII.

    CORRETO. O século XVIII é o período em que a indústria mineradora no Brasil atingiu seu auge e também quando começou a mostrar sinais de declínio. O texto menciona que os "prenúncios" da ruína já eram visíveis "desde longa data" para os observadores mais atentos, o que indica que o declínio se iniciou ainda durante o século XVIII.

       

    E) Século XV.

    INCORRETO. O século XV é anterior à chegada dos portugueses ao Brasil e, portanto, anterior ao início da indústria mineradora no país.

       

    Portanto, a alternativa correta é a LETRA D.

    359) De acordo com a obra de Boris Fausto (História do Brasil), analise os itens a seguir e, a final, assinale a alternativa correta:

    • A) Apenas o item I é verdadeiro.
    • B) Apenas o item II é verdadeiro.
    • C) Apenas o item III é verdadeiro.
    • D) Apenas os itens I e III são verdadeiros.
    • E) Todos os itens são verdadeiros.

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    A alternativa correta é letra D) Apenas os itens I e III são verdadeiros.

    Vamos analisar cada afirmativa:

     

    VERDADEIRO. A afirmação está correta. A instalação do Governo Geral no Brasil ocorreu no ano de 1549, com a chegada de Tomé de Souza à Bahia. A criação do Governo Geral foi uma medida tomada pela Coroa Portuguesa com o objetivo de centralizar a administração da colônia, até então fragmentada em capitanias hereditárias, e garantir a defesa do território contra invasores estrangeiros.

     

    FALSO. A afirmação é incorreta. Boris Fausto, em sua obra "História do Brasil", não divide a história colonial do Brasil em quatro etapas homogêneas em termos cronológicos. Ele propõe uma divisão que leva em consideração não apenas o critério cronológico, mas também os processos históricos e as transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas ao longo do período colonial.

     

    III – As primeiras tentativas de exploração do litoral brasileiro se basearam no sistema de feitorias.

    VERDADEIRO. A afirmação está correta. As primeiras tentativas de exploração do litoral brasileiro, realizadas por Portugal após a descoberta do Brasil em 1500, se basearam, de fato, no sistema de feitorias. As feitorias eram estabelecimentos comerciais fortificados, instalados no litoral, com o objetivo de realizar a exploração econômica do território, especialmente por meio da extração do pau-brasil.

     

    Portanto, a alternativa correta é a LETRA D.

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    360) Sobre a administração pombalina, no Brasil, analise os itens, abaixo, e assinale a alternativa correta:

    • A) Apenas I e II estão corretas.
    • B) Apenas II, III e IV estão corretas.
    • C) Apenas I, III e IV estão corretas.
    • D) Apenas III e IV estão corretas.
    • E) I, II, III e IV estão corretas.

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    A alternativa correta é letra C) Apenas I, III e IV estão corretas.

    Vamos analisar cada afirmativa para identificar quais estão corretas:

     

    CORRETO. O Marquês de Pombal, ministro do rei Dom José I de Portugal, implementou uma série de reformas econômicas e administrativas conhecidas como "Reformas Pombalinas". Dentre estas, destaca-se a criação de companhias de comércio monopolistas, que tinham como objetivo controlar o comércio colonial, aumentar a arrecadação de impostos e combater o contrabando. As duas companhias citadas na afirmativa foram criadas exatamente nesse contexto e são exemplos claros da política mercantilista implementada por Pombal.

     

    INCORRETO. Apesar de algumas medidas terem obtido algum sucesso, como a criação das companhias monopolistas, a política econômica de Pombal não conseguiu evitar a crise econômica que se instalou na colônia a partir de meados do século XVIII. Portanto, não se pode afirmar que o programa econômico de Pombal teve "grande êxito".

     

    CORRETO. A política fiscal de Pombal visava aumentar a arrecadação de impostos e combater o contrabando de ouro e diamantes. Para isso, ele implementou uma série de medidas, dentre as quais se destaca a substituição do imposto de capitação pelo antigo quinto do ouro, com a exigência de rendimento mínimo anual.

     

    IV - Uma das medidas da administração pombalina foi a expulsão dos jesuítas de Portugal e seus domínios, com confisco de bens (1759). Essa medida pode ser compreendida, no quadro dos objetivos de centralizar a administração portuguesa e impedir áreas de atuação autônoma por ordens religiosas cujos fins eram diversos dos da Coroa.

    CORRETO. A expulsão dos jesuítas de Portugal e de suas colônias foi uma das medidas mais emblemáticas da administração pombalina. Essa medida estava alinhada com os objetivos de Pombal de centralizar a administração portuguesa e eliminar qualquer forma de poder autônomo que pudesse desafiar a autoridade da Coroa.

     

    Portanto, a alternativa correta é a LETRA C (Apenas I, III e IV estão corretas).

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