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Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

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531) … a tendência para o enfeixamento de imensos latifúndios nas mãos de um só, que não pode ter a esperança de tirar proveito deles, nem para si nem para sua família, por muitas gerações, ao passo que a grande massa tem de jazer servilizada, sem recursos nem proteção, sob poderio dos senhores de terras.

  • A) A necessidade de os engenhos otimizarem a produção e a produtividade visando atender o mercado internacional e o perigo representado pela presença espanhola nas fronteiras da América Portuguesa.

  • B) A dinâmica da expansão territorial colonial realizada pelos bandeirantes que disponibilizou um vasto estoque de terras e a existência de uma numerosa população livre a ser utilizada como mão de obra.

  • C) A abundância de terras, permitindo a integração às primitivas sesmarias de novas áreas de cultivo, e a prática de agricultura e pecuária extensivas e tecnicamente rudimentares que demandam grande quantidade de solo.

  • D) A lógica da organização do sistema colonial de exploração econômica voltada para o mercado externo e a existência de um mercado de terras de caráter capitalista.

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A alternativa correta é letra C) A abundância de terras, permitindo a integração às primitivas sesmarias de novas áreas de cultivo, e a prática de agricultura e pecuária extensivas e tecnicamente rudimentares que demandam grande quantidade de solo.

Gabarito: ALTERNATIVA C

  

... a tendência para o enfeixamento de imensos latifúndios nas mãos de um só, que não pode ter a esperança de tirar proveito deles, nem para si nem para sua família, por muitas gerações, ao passo que a grande massa tem de jazer servilizada, sem recursos nem proteção, sob poderio dos senhores de terras.

(Gottfried Heinrich Handelmann. Geschichte von Brasilien citado por WEHLING, Arno; WEHLING, Maria José. Formação do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.)

 

Em termos econômicos, o período colonial brasileiro se estruturou em torno de três grandes eixos: a dependência externa, o latifúndio e a escravidão. O latifúndio se caracterizou tanto pela monocultura quanto pelas relações sociais e políticas de cunho aristocrático centralizadas em torno dos proprietários de terras.

 

Assinale a alternativa que explica a existência da grande propriedade no período colonial brasileiro.

  • a)  A necessidade de os engenhos otimizarem a produção e a produtividade visando atender o mercado internacional e o perigo representado pela presença espanhola nas fronteiras da América Portuguesa.

Ora, os latifúndios se concentravam no Nordeste da América portuguesa, ou seja, muito distantes das principais posições espanholas, não fazendo sentido, portanto, falar-se em um perigo espanhol para a formação dos latifúndios. Além disso, como fica claro no trecho citado no enunciado, os latifúndios eram altamente ineficientes, permanecendo parte significativa do território sem produção. Alternativa errada.

 
  • b)  A dinâmica da expansão territorial colonial realizada pelos bandeirantes que disponibilizou um vasto estoque de terras e a existência de uma numerosa população livre a ser utilizada como mão de obra.

Os bandeirantes tiveram importante função na expansão territorial portuguesa na América, principalmente a partir de São Paulo para o interior do continente. Nas áreas tratadas, onde vingou a plantation, a participação dos bandeirantes foi praticamente nula, não sendo, portanto, razoável associar a sua ação à formação dos latifúndios. Nos latifúndios, a principal fonte de mão de obra escrava era o tráfico negreiro, e não o apresamento indígena realizado pelos bandeirantes. Alternativa errada.

 
  • c)  A abundância de terras, permitindo a integração às primitivas sesmarias de novas áreas de cultivo, e a prática de agricultura e pecuária extensivas e tecnicamente rudimentares que demandam grande quantidade de solo.

As monoculturas de exportação pressupunham vastas áreas territoriais para cultivo. Afinal, esgotava-se o solo com relativa rapidez, sendo necessário expandir a lavoura para novas regiões sem nenhuma forma de rodízio ou de organização mais sofisticada - prevalecendo, portanto, o modo extensivo de agricultura. Por sua vez, a pecuária extensiva também forçava a colonização para o interior do continente; afinal, não era permitida a manutenção de rebanhos na proximidade da lavoura de exportação para evitar que os animais destruíssem plantações. Com isso, a pecuária extensiva ia também configurando latifúndios no interior. A abundância de terras e a pressa de colonização efetiva do território pressionavam para um modelo de sesmarias no qual a concentração de terras na mão de alguns senhores era um pressuposto de todo o sistema. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • d)  A lógica da organização do sistema colonial de exploração econômica voltada para o mercado externo e a existência de um mercado de terras de caráter capitalista.

Não se pode falar que um mercado de terras de caráter capitalista na América portuguesa. A concessão de terras partia do Estado português e das disputas locais sem uma lógica comercial mais fortalecida. A formação da fidalguia da terra se dava sobretudo pelos jogos de poder, e não pela compra de terrenos como num mercado capitalista normal. Alternativa errada.

  

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

532) Quando Deus confundiu as línguas na torre de Babel, ponderou Filo Hebreu que todos ficaram mudos e surdos, porque, ainda que todos falassem e todos ouvissem, nenhum entendia o outro. Na antiga Babel, houve setenta e duas línguas; na Babel do rio das Amazonas, já se conhecem mais de cento e cinquenta.

  • A) ampliação da violência nas guerras intertribais.

  • B) desistência da evangelização dos povos nativos.

  • C) indiferença dos jesuítas em relação à diversidade de línguas americanas.

  • D) pressão da Metrópole pelo abandono da catequese nas regiões de difícil acesso.

  • E) sistematização das línguas nativas numa estrutura gramatical facilitadora da catequese.

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A alternativa correta é letra E) sistematização das línguas nativas numa estrutura gramatical facilitadora da catequese.

Gabarito Letra E

 

Sistematização das línguas nativas numa estrutura gramatical facilitadora da catequese.

 

Os primeiros jesuítas encarregados de transformar os nativos em cristãos desembarcaram no Brasil em 1549, liderados por Manoel da Nóbrega. Seu grande objetivo era expandir o catolicismo. No entanto, já no primeiro contato com os povos nativos perceberam que isso não seria tarefa fácil.

 

Além de terem que lidar com povos desconhecidos, tradições e crenças ancestrais, havia uma diversidade de línguas que os jesuítas ignoravam. Por isso o Sermão da Epifania, escrito pelo padre Antônio Vieira em 1662, fala que eram mudos os jesuítas e surdos os indígenas.

 

Para solucionar as dificuldades da tarefa, os jesuítas buscaram adaptar o catolicismo às tradições nativas, começando pelo aprendizado das línguas, especialmente a Tupi, que foi não só aprendida, mas também modificada pelos jesuítas, que elaboraram uma gramática da língua Tupi nos moldes do latim. José Anchieta foi o responsável pela elaboração da primeira gramática da língua Tupi em 1555.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: ampliação da violência nas guerras intertribais.

 

As tentativas de resolução do problema de comunicação entre jesuítas e indígenas não resultaram em uma ampliação da violência nas guerras intertribais, mas sim num projeto de aprendizagem e sistematização da linguagem indígena como forma de facilitar a evangelização dos nativos.

                                                                                                       

Letra B: desistência da evangelização dos povos nativos.

 

As tentativas de resolução do problema de comunicação entre jesuítas e indígenas não resultaram em uma desistência dos jesuítas em evangelizar os nativos, mas sim num projeto de aprendizagem e sistematização da linguagem indígena como forma de facilitar a evangelização dos mesmos.

 

Letra C: indiferença dos jesuítas em relação à diversidade de línguas americanas.

 

As tentativas de resolução do problema de comunicação entre jesuítas e indígenas não resultaram em uma indiferença dos jesuítas em relação à diversidade de línguas americanas, mas sim num projeto de aprendizagem e sistematização da linguagem indígena como forma de facilitar a evangelização dos nativos.

 

Letra D: pressão da Metrópole pelo abandono da catequese nas regiões de difícil acesso.

 

As tentativas de resolução do problema de comunicação entre jesuítas e indígenas não resultaram em uma pressão da Metrópole para abandono da catequese nas regiões de difícil acesso, mas sim num projeto de aprendizagem e sistematização da linguagem indígena como forma de facilitar a evangelização dos nativos.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: das sociedades sem Estado às monarquias absolutistas, volume 1. São Paulo: Saraiva, 2010.

533) A União Ibérica foi um importante estímulo à expansão territorial portuguesa sobre o território que legalmente pertencia à Espanha, segundo o Tratado de Tordesilhas. Com isso, aconteceram vários conflitos entre 08 dois países e foram necessários alguns tratados de limites para que as novas fronteiras se definissem. Sobre os tratados de limites que definiram o território brasileiro, pode-se afirmar que:

  • A) o Tratado de Lisboa foi assinado entre Portugal e Espanha e restabeleceu os limites territoriais existentes à época do Tratado de Tordesilhas.

  • B) o Tratado de Madri, assinado entre Portugal e Espanha, usando o princípio da restauração, restabeleceu as fronteiras existentes antes da União Ibérica.

  • C) com o Tratado de Santo Ildefonso, Portugal recebeu o domínio dos Sete Povos das Missões, o que provocou a chamada Guerra Guaranítica.

  • D) o Tratado de Methuen, assinado entre Portugal e Inglaterra, definiu as fronteiras ao norte do Brasil, e a Guiana ficou sob domínio inglês.
  • E) o Tratado de Badajós foi o último a ser assinado e praticamente definiu os limites territoriais brasileiros. A única alteração, desde aquela época, foi a anexação do Acre.

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A alternativa correta é letra E) o Tratado de Badajós foi o último a ser assinado e praticamente definiu os limites territoriais brasileiros. A única alteração, desde aquela época, foi a anexação do Acre.

Gabarito: Letra E

 

O período que envolveu a união da monarquia portuguesa com a espanhola é denominado pelos historiadores de União Ibérica. Essa união começou em 1580, quando, Filipe II, monarca espanhol passou a ser rei de Portugal em função de parentesco com o rei português D. Manuel.

 

O Brasil passou a ficar sob a administração espanhola o que na prática aboliu o Tratado de Tordesilhas, favorecendo assim o avanço dos colonos luso-brasileiros em direção ao interior em busca de indígenas para mão de obra, drogas do sertão, metais e pedras preciosas.

 

Os séculos XVII e XVIII são marcados pela redefinição de fronteiras entre os espanhóis e portugueses, sobretudo, pelo avanço das bandeiras pelo interior do território português, chegando a locais que pertenciam ao território espanhol, como, por exemplo, o Sul, o Centro-Oeste e o Norte do Brasil atual.

 

As disputas de territórios entre espanhóis e portugueses começam a partir de 1680, quando colonos portugueses fundam a colônia de Sacramento na margem do Rio da Prata em frente a Buenos Aires, capital do Vice-Reino do Rio da Prata e importante centro comercial e de escoamento de metais da Espanha.

 

O último tratado assinado entre Portugal e Espanha chamado de Tratado de Badajós (1801) delineou quase integralmente as fronteiras do Brasil como as conhecemos hoje, restando apenas a anexação do Acre em 1903, comprado da Bolívia no Tratado de Petrópolis.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A:  o Tratado de Lisboa foi assinado entre Portugal e Espanha e restabeleceu os limites territoriais existentes à época do Tratado de Tordesilhas.

 

O Tratado de Lisboa de 1681 assinado entre as coroas ibéricas tratou da devolução da Colônia do Sacramento. Isso porque a Colônia foi fundada em 1680 e no mesmo ano ocupada pelos espanhóis. O apoio da Inglaterra foi decisivo para Portugal conseguir essa vitória diplomática. A saída das forças espanholas só se dá efetivamente em 1683.

 

Letra B:  o Tratado de Madri, assinado entre Portugal e Espanha, usando o princípio da restauração, restabeleceu as fronteiras existentes antes da União Ibérica.

 

O Tratado de Madri de 1750 foi assinado entre as coroas ibéricas e utilizou o princípio do Uti Possidetis. Segundo esse princípio, um território deveria pertencer a quem o tivesse efetivamente colonizado. O Tratado também foi assinado para chegar à resolução do conflito da Colônia de Sacramento. Pelo acordo, a Colônia de Sacramento passava a ser da Espanha e Portugal recebia o território de Sete Povos das Missões, local de missões jesuítas no Sul do Brasil.

  

Letra C:  com o Tratado de Santo Ildefonso, Portugal recebeu o domínio dos Sete Povos das Missões, o que provocou a chamada Guerra Guaranítica.

 

A Guerra Guaranítica foi uma consequência da assinatura do Tratado de Madri que deu o território de Sete Povos das Missões aos portugueses. Os jesuítas armaram seus índios aldeados contra os colonos portugueses. Assim, a guerra anulou o Tratado de Madri, fazendo com que espanhóis e portugueses tivessem que acertar outro tratado chamado de Tratado de Santo Ildefonso.

 

Letra D:  o Tratado de Methuen, assinado entre Portugal e Inglaterra, definiu as fronteiras ao norte do Brasil, e a Guiana ficou sob domínio inglês. 

 

O Tratado de Methuen não foi um acordo de fronteiras territoriais, mas um tratado econômico. É conhecido por “tratado de panos e vinhos”, acertando acordos comerciais entre os ingleses e os portugueses.

 

Referência:

 

VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo. História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1997.

  

534) Analise as afirmativas a respeito do trabalho indígena nas primeiras décadas da colonização brasileira, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa verdadeira, ou a letra F, quando se tratar de afirmativa falsa, e, em seguida, marque a opção que contém a sequência correta.

  • A) V – F – V – F

  • B) V – V – F – F

  • C) F – V – F – V

  • D) F – F – V – V

  • E) F – F – V – F

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A alternativa correta é letra D) F – F – V – V

Gabarito: ALTERNATIVA D

  

Analise as afirmativas a respeito do trabalho indígena nas primeiras décadas da colonização brasileira, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa verdadeira, ou a letra F, quando se tratar de afirmativa falsa, e, em seguida, marque a opção que contém a sequência correta.

 
  • (F) A única forma de utilização do índio nessa fase da economia colonial foi a da escravidão.

A escravização indígena foi apenas uma das várias facetas das relações portuguesas com os nativos no século XVI. Não pode esquecer o estudante que até mesmo alianças militares foram forjadas com algumas nações para usar as inimizades locais no plano de expansão das posições coloniais na América. Ainda haveria o aldeamento de indígenas por missões jesuítas, o que afastaria a escravidão e organizaria outras formas de convívio. AFIRMATIVA FALSA.

 
  • (F) Religiosos e colonos tiveram atitudes semelhantes quanto à forma de utilização do trabalho indígena nesse período.

A primeira preocupação dos religiosos era a expansão da fé católica na América e, para isso, a aproximação com os indígenas era fundamental. Enquanto os colonos tinham uma predileção pela escravização, os religiosos preferiam o aldeamento como forma de convívio e de organização. A formação de comunidades sedentárias não pressupunha a escravidão, mas sim a utilização dos conhecimentos indígenas para explorar drogas do sertão, bem como o emprego de sua mão de obra no cotidiano do aldeamento. AFIRMATIVA FALSA.

 
  • (V) Os religiosos preocuparam-se com a conversão dos índios, mas não foram indiferentes ao que tange à sua organização para o trabalho.

Como explicado, a catequização indígena urgia entre os interesses dos religiosos, sendo a expansão do catolicismo sua maior missão. No entanto, isso se dava em comunidades aldeadas e organizadas a partir do ponto de vista europeu. Consequentemente, a organização para o trabalho também sofreu alterações, passou por um processo de disciplina à europeia. Ainda que não fosse propriamente uma escravização, as formas europeias se serviam dos seus moldes para ordenar os conhecimentos indígenas numa concepção estrangeira de trabalho. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 
  • (V) Uma das razões para o declínio da prática de utilização dos índios para o trabalho foram as epidemias.

De fato, o embate biológico decorrente da colonização foi devastador para os indígenas. A introdução de novos patógenos oriundos da Europa, como a gripe e a varíola, teve impactos gravíssimos sobre as mais diferentes nações indígenas, que não dispunham de proteções orgânicas contra essas novas doenças. Consequentemente, epidemias tinham efeitos terríveis entre essas populações, levando a grandes morticínios e comprometendo qualquer possibilidade de uso em escala dessa mão de obra. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 

Assim, temos a sequência F - F - V - V.

 

a)  V – F – V – F

b)  V – V – F – F

c)  F – V – F – V

d)  F – F – V – V

e)  F – F – V – F

 

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA D.

535) “A expedição de reconhecimento da região amazônica de Pedro Teixeira, entre 1637 e 1639, partiu de Belém. Acompanhado por setenta soldados portugueses e 1.200 índios, Teixeira subiu o rio até o sopé dos Andes, no território espanhol.”

  • A) Durante a União Ibérica (1580-1640), foi criado o Estado do Maranhão e do Grão Pará para administrar a região amazônica e protegê-la das ameaças dos domínios espanhóis.

  • B) Após a expulsão de invasores franceses, as tropas portuguesas passaram a contar com uma base militar para incursões contra territórios espanhóis de ocupação rarefeita.

  • C) Em contexto de rivalidade global entre Espanha e Holanda, as expedições holandesas aproveitaram para promover a ocupação militar da região amazônica além-Tordesilhas.

  • D) Instalado em São Luís, um novo governo-geral coordenou as incursões de missões religiosas que dispensavam o apoio militar para realizar a tarefa de salvar o gentio da escravização.

  • E) Na Bacia Amazônica, a associação entre missões religiosas e expedições militares serviu para viabilizar, por via fluvial, o escoamento legal da produção de metais preciosos dos Andes.

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ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA

Gabarito da banca: Anulada

 

O gabarito preliminar da banca apontava como solução a letra A, mas após os recursos houve a anulação da questão.

  

Qual é o problema da letra A?

 

Oficialmente, entre 1621 e 1623, as capitanias do Maranhão, Grão-Pará, Piauí e Rio Negro foram reunidas pela Coroa Espanhola no Estado do Maranhão. Portanto, não havia o binômio "Estado do Maranhão e do Grão-Pará". Essa nova organização que reuniu as duas principais capitanias só aparece em 1654, quando a União ibérica já havia sido encerrada. Além disso, a criação do Estado do Maranhão obedecia ao objetivo de expansão e ocupação do território do norte do Brasil a fim de protegê-lo das ameaças dos holandeses, franceses e ingleses que organizaram entrepostos próximos ao vale do Rio Amazonas.

  

Por que as demais estão incorretas?

  

Letra B: Após a expulsão de invasores franceses, as tropas portuguesas passaram a contar com uma base militar para incursões contra territórios espanhóis de ocupação rarefeita.

 

Os franceses ocuparam o Maranhão entre 1612 e 1615, sendo expulsos neste ano. Após a expulsão, o Maranhão foi base para expedições que adentraram o vale amazônico. Logo no ano seguinte (1616), uma expedição luso-brasileira fundou uma fortaleza que daria origem ao núcleo de povoamento conhecido hoje como Belém. Entretanto, a ocupação e a presença mais efetiva de Portugal no Amazonas só ocorreu após o fim da União Ibérica, quando novas fortalezas foram fundadas entre 1660 e 1780.

  

Letra C: Em contexto de rivalidade global entre Espanha e Holanda, as expedições holandesas aproveitaram para promover a ocupação militar da região amazônica além-Tordesilhas.

 

As expedições holandesas não ocuparam a região amazônica. Embora possamos reconhecer a presença holandesa em alguns núcleos no norte do Rio Amazonas, eram apenas feitorias e não se tratavam de uma presença efetiva tal como ocorrera no Nordeste brasileiro.

  

Letra D: Instalado em São Luís, um novo governo-geral coordenou as incursões de missões religiosas que dispensavam o apoio militar para realizar a tarefa de salvar o gentio da escravização.

 

São Luís passou a ser a sede do Estado do Maranhão e não era um governo-geral tal como as administrações anteriores estabelecidas por Portugal. O Estado do Maranhão era independente do Estado do Brasil e respondia diretamente à Coroa Espanhola.

  

Letra E: Na Bacia Amazônica, a associação entre missões religiosas e expedições militares serviu para viabilizar, por via fluvial, o escoamento legal da produção de metais preciosos dos Andes.

 

A Espanha embora soubesse do conhecimento das expedições pelo Amazonas, não defendia o interesse dos exploradores luso-brasileiros de escoar a prata dos Andes, uma vez que era monopólio espanhol e seu escoamento se dava pela Bacia do Prata. Os espanhóis pretendiam fiscalizar essas expedições para evitar o contrabando desse minério. Além disso, um dos principais gêneros exportados da região amazônica eram as drogas do sertão, bastante exploradas pelos missionários religiosos.

  

Referências:

 

COSENTINO, Francisco Carlos. "Mundo português e mundo ibérico". In: FRAGOSO, João Luís Ribeiro e GOUVÊA, Maria de Fátima (Orgs.). O Brasil Colonial: volume 2. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 2017.

 

REIS, Arthur Cézar Ferreira. "A ocupação portu­guesa do vale amazônico". In: HOLANDA, Sérgio Buarque de. História Geral da Civilização Brasileira. A época colonial, v.1: do descobrimento à expansão territorial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.

536) O Brasil colonial foi organizado como uma empresa comercial resultante de uma aliança entre a burguesia mercantil, a Coroa e a nobreza. Essa aliança refletiu-se numa política de terras que incorporou concepções rurais tanto feudais como mercantis.

  • A) desenvolveu-se de forma semelhante às colonizações espanhola e britânica nas Américas, ao evitar a exploração sistemática das novas terras e privilegiar os esforços de ocupação e povoamento.

  • B) implicou um conjunto de articulações políticas e sociais, que derivavam, entre outros fatores, do exercício do domínio político pela metrópole e de uma política de concessões de privilégios e vantagens comerciais.

  • C) alijou, do processo colonizador, os setores populares, que foram impedidos de se transferir para a colônia e não puderam, por isso, aproveitar as novas oportunidades de emprego que se abriam.

  • D) incorporou as diversas classes sociais existentes em Portugal, que mantiveram, nas terras coloniais, os mesmos direitos políticos e trabalhistas de que desfrutavam na metrópole.

  • E) alterou as relações políticas dentro de Portugal, pois provocou o aumento da participação dos burgueses nos assuntos nacionais e eliminou a influência da aristocracia palaciana sobre o rei.

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Resposta

A alternativa correta é a letra B) implicou um conjunto de articulações políticas e sociais, que derivavam, entre outros fatores, do exercício do domínio político pela metrópole e de uma política de concessões de privilégios e vantagens comerciais.

Essa afirmação está correta porque a colonização portuguesa do Brasil foi resultado de uma aliança entre a burguesia mercantil, a Coroa e a nobreza, o que gerou uma política de terras que incorporou concepções rurais tanto feudais como mercantis. Isso significa que a colonização portuguesa do Brasil envolveu um conjunto de articulações políticas e sociais que derivavam do exercício do domínio político pela metrópole e de uma política de concessões de privilégios e vantagens comerciais.

537) “Os primeiros trinta anos da História do Brasil são conhecidos como período Pré-Colonial. Nesse período, a coroa portuguesa iniciou a dominação das terras brasileiras, sem no entanto, traçar um plano de ocupação efetiva, […] A atenção da burguesia metropolitana e do governo português estavam voltados para o comércio com o Oriente, que desde a viagem de Vasco da Gama, no final do século XV, havia sido monopolizado pelo Estado português. […] O desinteresse português em relação ao Brasil estava em conformidade com os interesses mercantilistas da época, como observou o navegante Américo Vespúcio, após a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer que não encontramos nada de proveito”.(Berutti,2004)

  • A) desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em decorrência dos tratados comerciais assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de terras situadas a oeste de Greenwich.
  • B) maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em relação ao comércio com as Índias.
  • C) desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos indígenas que dificultavam o desembarque e o reconhecimento das novas terras.
  • D) abertura de um novo mercado na América do Sul, ampliava as possibilidades de lucro da burguesia metropolitana portuguesa.
  • E) relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente inexistência de artigos (ou produtos) que atendiam aos interesses daqueles que patrocinavam as expedições.

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A alternativa correta é letra E) relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente inexistência de artigos (ou produtos) que atendiam aos interesses daqueles que patrocinavam as expedições.

Gabarito: ALTERNATIVA E

Sobre o período retratado no texto, pode-se afirmar que o(a)

  • a)  desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em decorrência dos tratados comerciais assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de terras situadas a oeste de Greenwich.

A alternativa pode ser eliminada com um simples exercício de interpretação de texto. As terras orientais a que o autor se refere não é a Espanha, mas sim as Índias, que haviam sido alcançadas por Vasco da Gama numa rota inédita no final do século XV. A conquista naval portuguesa se provaria extremamente rentável e concentraria as atenções da nobreza e da burguesia para o comércio com as Índias. Alternativa errada.

  • b)  maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em relação ao comércio com as Índias.

A alternativa é absurda. A costa brasileira está muito mais próxima da Europa do que está a Índia. Lembre-se o estudante que a rota estabelecida por Vasco da Gama se dava pelo contorno do continente africano até a Ásia. Alternativa errada.

  • c)  desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos indígenas que dificultavam o desembarque e o reconhecimento das novas terras.

Ora, o próprio texto apresentado diz que o reconhecimento foi feito, no século XVI, por Américo Vespuccio. A questão era o tipo de riqueza que era considerada "de proveito" naquele momento das Grandes Navegações. As missões de reconhecimento conseguiram certo sucesso em contatos pacíficos com indígenas do ramo Tupi e percorreram a costa, onde, apesar das riquezas naturais, não foram verificados depósitos de metais preciosos. Por isso, os exploradores se mantinham reticentes quanto às possibilidades de colonização efetiva. Alternativa errada.

  • d)  abertura de um novo mercado na América do Sul, ampliava as possibilidades de lucro da burguesia metropolitana portuguesa.

Não havia nenhum mercado a ser aberto, no início do século XVI, na América do Sul. As nações indígenas contatadas não dispunham da noção de moeda e não tinham depósitos relevantes de metais e pedras preciosos. Tampouco havia uma produção organizada de bens para o comércio em geral, como já ocorria nas Índias. Ou seja, não faz sentido se pensar, naquele momento na abertura de um mercado consumidor novo na região. Alternativa errada.

  • e)  relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente inexistência de artigos (ou produtos) que atendiam aos interesses daqueles que patrocinavam as expedições.

Para avaliar de maneira acertada esta alternativa, o candidato precisava ter em mente o momento econômico e geopolítico das Grandes Navegações portuguesas no início do século XVI. Muito além da descoberta de um território na América, os portugueses tinham realizado a façanha maior de estabelecer uma rota marítima entre a Europa e as Índias com diversos entrepostos e colônias que asseguravam uma grande e importante rede de apoios e de comércio para a travessia. A estabilização do comércio marítimo com as Índias importava em um impulso extraordinário na economia, já que havia uma lucratividade exponencial e garantida, uma vez que o mercado consumidor europeu apresentava uma demanda muito acima da capacidade de oferta. Ao mesmo passo, a exploração e a colonização do distante e desconhecido território americano demandava investimentos pesados sem nenhuma garantia de retorno além do comércio do extrativismo vegetal, cujos ganhos eram muito inferiores às rotas com as Índias. ALTERNATIVA CORRETA.

Por fim, note o estudante que um esforço mínimo de interpretação de texto seria mais do que suficiente para se identificar a alternativa correta. O texto é muito claro ao dizer que a avaliação dos exploradores era de que "nada de proveito" haveria nas terras descobertas, o que é colocado apenas com outras palavras na alternativa correta - ou seja, a resposta estava indicada no próprio enunciado. Assim, está correta a ALTERNATIVA E.

538) Entre as consequências da atividade mineradora na colônia do Brasil, nos séculos XVII e XVIII, é incorreto afirmar que favoreceram:

  • A) o enfraquecimento do mercado interno.
  • B) a integração econômica da colônia.
  • C) o povoamento da região das minas.
  • D) a conquista do Brasil central.
  • E) o desenvolvimento urbano.

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A alternativa correta é letra A) o enfraquecimento do mercado interno.

Gabarito: ALTERNATIVA A

 

 

Entre as consequências da atividade mineradora na colônia do Brasil, nos séculos XVII e XVIII, é incorreto afirmar que favoreceram:

  • a)  o enfraquecimento do mercado interno.

A alternativa traz uma ideia bastante descabida: afinal, como poderia uma atividade econômica nova enfraquecer o mercado interno da economia em que está inserida? A mineração, principalmente nas décadas centrais do século XVIII, representou uma grande dinamização da economia colonial do centro-sul. Àquela altura, todos os grandes esforços do grande capital estavam concentrados na indústria açucareira, localizada, grosso modo, no Nordeste; enquanto o interior do continente, para a colonização, era apenas objeto de aventureiros em busca do apresamento indígena e de possíveis reservas minerais. Com a sistematização da exploração aurífera em Minas Gerais, toda uma nova sociedade se formou em torno da atividade, mas havia um diferencial importante: ao contrário das demais grandes atividades, era a primeira a estar localizada no interior do continente sem conexões claras com a Metrópole. Isso implicava, aí sim, na criação de todo um novo mercado interno para abastecer aquele polo de tudo que fosse necessário. Novas redes de comércio se instalaram dentro da colônia, bem como o mercado de luxo precisou encontrar novas articulações, já que produtos europeus passavam a ser demandados em pontos muito distantes da costa. Ou seja, houve, isso sim, um fortalecimento inédito do mercado doméstico, inclusive animando outro setores da economia. Por ser a única a conter erros, esta é a ALTERNATIVA CORRETA.

 

  • b)  a integração econômica da colônia.

Como comentado acima, o surgimento da sociedade mineira criou toda uma série de novas rotas de comércio dentro da colônia. Nas áreas de mineração, atividades como a lavoura de subsistência, a pecuária e o extrativismo vegetal eram relegadas ao segundo plano por conta dos retornos exorbitantes em torno da exploração de ouro. Ao mesmo tempo em que esses avanços em busca do ouro foram seguidos por ciclos de fome muito cruéis, há de se observar que, uma vez estabelecidas as sociedades em torno de grandes centros de mineração, a nova demanda ensejou toda uma nova geometria de integração interna. Por exemplo, as charqueadas no extremo sul sofreram um impulso importante nesse momento para fornecer alimentos para os escravos concentrados na região aurífera. Sem erros na alternativa.

 

  • c)  o povoamento da região das minas.

Ora, esta é uma consequência bastante óbvia. Num mundo pré-industrial, atividades como a mineração exigiam o emprego de um grande contingente de trabalhadores. Afinal, não havia maquinário para a realização de tarefas simples e a disponibilidade de ouro de aluvião foi relativamente modesta, sendo necessários mais esforços e recursos para a exploração. Por outro lado, há de se observar que cidades foram erguidas em torno da economia aurífera, bem como a administração colonial instituiu formas de controle, exigindo toda uma nova burocracia instalada na região. Por consequência óbvia, houve o povoamento dessas áreas, consolidando um primeiro grande esforço de ocupação efetiva do interior da América portuguesa. Sem erros na alternativa.

 

  • d)  a conquista do Brasil central.

O ponto mais elementar deste aspecto seria observar que a capitania das Minas Gerais se consolidou nesse período, conforme comentamos acima; inclusive, com a fundação de novas cidades e a conformação de uma nova sociedade profundamente ligada à mineração. Além disso, ainda poderíamos pensar sobre a interiorização da colonização promovida pelos bandeirantes, que partiam para o Brasil central em busca de pedras e metais preciosos. Por exemplo, a cidade de Cuiabá foi fundada pelos bandeirantes no início do século XVIII dentro deste contexto de avanço sobre áreas desconhecidas em busca de ouro. Sem erros na alternativa.

 

  • e)  o desenvolvimento urbano.

Conforme já comentamos acima, novas cidades se formaram em torno da produção aurífera, principalmente na capitania de Minas Gerais. Cidades como Ouro Preto, Mariana, Congonhas e Tiradentes se formaram em decorrência da dinâmica da mineração. Não se pode esquecer que todo um estilo artístico, o Barroco, esteve intimamente ligado com todo este processo. Ou seja, foi mais do que um simples desenvolvimento urbano, mas a formação de uma sociedade completamente nova. Sem erros na alternativa.

 

 

Note bem o estudante que todas a única alternativa errada era aquela que apresentava a mineração como um fator depressor da atividade colonial. Todas as demais insistiam em compreender o período a partir das importantes transformações que ocorreram na colônia, principalmente no interior. Isso deveria servir como um importante indício a respeito da resposta correta, um atalho interessante para economizar tempo no momento da prova. Sem mais, a única a apresentar erro é a ALTERNATIVA A.

539) Leia o texto.

  • A) Inter Coetera.
  • B) Madri.
  • C) Santo Ildefonso.
  • D) Sete Povos.
  • E) Utrech.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) Madri.

Gabarito: ALTERNATIVA B

 

 


"A expansão portuguesa foi demasiada e o que desejava agora era mais absurdo. Outro ponto que preocupava o ministro espanhol era a vizinhança portuguesa de Orenoco. A expansão luso-brasileira na Amazônia parecia-lhe profundamente prejudicial aos interesses de sua pátria e dera a impressão de que se objetivava alcançar o Reino de Quito e do Peru. [...] As missões portuguesas, carmelitas no Solimões, como as posições sobre a bacia do Madeira foram objeto de discussão."


(REIS , Arthur Cézar Ferreira, Tratados e Limites . ln: HOLANDA, Sérgio Buarque. História Geral da Civilização Brasileira. Volume 1. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003, p. 402.)


As questões apresentadas no texto foram motivo de discussão e de um tratado celebrado entre Portugual e Espanha no século XVIII. Esse tratado reconheceu as pretensões portuguesas sobre a bacia Amazônica, em troca da Colônia do Sacramento ao sul. Referimo-nos ao Tratado de:

  • a)  Inter Coetera.

Inter Coetera não foi um tratado bilateral, mas sim uma bula papal editada em 1493 pelo papa Alexandre VI. Seu texto tratava da divisão territorial do Novo Mundo entre Portugal e Espanha, considerados pela Igreja Católica como os legítimos colonizadores das novas terras. Os termos, no entanto, desagradaram ao governo português, o que levaria a nova negociação, redundando, no ano seguinte, no Tratado de Tordesilhas. Alternativa errada.

 

  • b)  Madri.

Celebrado em 1750, o Tratado de Madri é um dos mais importantes marcos da configuração territorial da América do Sul. Após os sessenta anos de União Ibérica (1580-1640), as fronteiras entre as colônias portuguesa e espanhola na região foram sobremaneira fragilizadas. No início do século XVIII, estava claro que, na prática, a presença portuguesa já estava muito a oeste dos limites determinados em 1494 pelo Tratado de Tordesilhas. O princípio fundamental para dar legitimidade e base às negociações foi o uti possidetis, segundo o qual o direito à posse adviria da ocupação efetiva de território. Reconhecendo, assim, a interiorização da colonização portuguesa, os termos do Tratado de Madri estabeleciam que a área compreendida entre as bacias dos rios Amazonas e Paraná passaria ao controle português formalmente. Além disso, a colônia de Sacramento (atual Uruguai) passava para o controle espanhol, estabilizando o Prata como uma região controlada pela Espanha. ALTERNATIVA CORRETA.

 

  • c)  Santo Ildefonso.

Celebrado em 1777 entre Portugal e Espanha, revisou os termos estabelecidos pelo Tratado de Madri em 1750. Ainda que reafirmasse as posições portuguesas na bacia amazônica, o novo tratado reconhecia a legitimidade portuguesa na margem esquerda do Prata, fazendo um novo arranjo sobre a colônia de Sacramento. Além disso, reposicionava as fronteiras sobre os Sete Povos das Missões e retornava a ilha de Santa Catarina para Portugal. Alternativa errada.

 

  • d)  Sete Povos.

Os Sete Povos das Missões era uma região ao redor do rio Paraná com uma antiga presença de colonização espanhola. Tornou-se um dos pontos mais delicados das fronteiras entre Portugal e Espanha na América do Sul. Grosso modo, correspondem a parte ocidental dos territórios de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Portanto, não se trata de um tratado, e sim de uma região. Alternativa errada.

 

  • e)  Utrech.

Celebrado em 1713, o Tratado de Utrecht marcou o fim da Guerra de Sucessão Espanhola e teve repercussões territoriais na América do Sul. Para Portugal, um dos termos mais importantes do tratado foi o estabelecimento das fronteiras entre as capitanias do Norte e a colônia francesa na Guiana. Alternativa errada.

 

 

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA B.

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540)

  • A) Martim Afonso de Sousa, responsável pela fundação da Vila de São Vicente.
  • B) Cristóvão Jacques, organizada para combater o contrabando na costa brasileira.
  • C) Gaspar Lemos, que mapeou os principais acidentes geográficos do litoral brasileiro e a eles nomeou.
  • D) Gonçalo Coelho, organizada a partir de contratos assinados entre Portugal e um importante grupo de comerciantes holandeses.
  • E) Fernando de Noronha, rico comerciante que recebeu a primeira concessão portuguesa para exploração e extração de pau brasil.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) Martim Afonso de Sousa, responsável pela fundação da Vila de São Vicente.

Gabarito: ALTERNATIVA A

 
  • Nos primeiros anos após a descoberta do Brasil, Portugal enviou algumas expedições. nas quais grandes comandantes se destacaram pelo espírito explorador e desbravador. Dessas expedições, a que efetivamente dá inicio ao processo de colonização brasileira foi a de

Note abaixo o estudante que apenas uma das alternativas fala em medidas que levaria à efetiva ocupação territorial. Isto é, a formas reais de colonização, enquanto todas as outras fazem referência a contatos fortuitos e não dedicados à fixação do colono no novo território. O envio de Martim Afonso de Souza para a colonização da América se deu num contexto de grande imprecisão cartográfica entre Portugal e Espanha. As dificuldades de aferição da longitude criavam dificuldades para determinar qual seria o paralelo mais ao sul a que os portugueses teriam direito na América. Enquanto a cartografia portuguesa insistia que o meridiano de Tordesilhas cortaria o continente na altura do rio da Prata; os espanhóis o posicionavam no litoral sul de São Paulo. Observando a grosseira incongruência entre os mapas e a sua missão de colonizar a margem oriental do Prata, Martim Afonso de Souza preferiu por assentar a sua colônia na região apontada pelos cartógrafos espanhóis, fundando a vila de São Vicente em 1532. Tento por missão o patrulhamento da costa e a efetiva colonização do território, a missão de Afonso de Souza não tinha corte hereditário, mas sim colonizador em si sem uma estrutura administrativa tão rígida. Quando, em 1534, o rei D. João III determinou a criação das capitanias hereditárias para a administração colonial, Martim Afonso de Souza já se encontrava na América e já governava São Vicente. Na ocasião, foi investido do título de capitão-donatário da capitania de São Vicente.

 

a)  Martim Afonso de Sousa, responsável pela fundação da Vila de São Vicente. b)  Cristóvão Jacques, organizada para combater o contrabando na costa brasileira. c)  Gaspar Lemos, que mapeou os principais acidentes geográficos do litoral brasileiro e a eles nomeou. d)  Gonçalo Coelho, organizada a partir de contratos assinados entre Portugal e um importante grupo de comerciantes holandeses. e)  Fernando de Noronha, rico comerciante que recebeu a primeira concessão portuguesa para exploração e extração de pau brasil.

 

Por fim, cumpre esclarecer que Gonçalo Coelho liderou as duas primeiras expedições exploratórias à América portuguesa, buscando riquezas e mapeando o litoral das terras que cabiam a Portugal nos termos do Tratado de Tordesilhas. Ambas as missões ocorreram nos primeiros anos do século XVI. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.

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