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Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

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621) Analise a figura a seguir.

  • A) V - V - F.
  • B) F - V - V.
  • C) F - V - F.
  • D) V - F - V.
  • E) F - F - V.

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A alternativa correta é letra C) F - V - F.

Gabarito: ALTERNATIVA C

  

Analise a figura a seguir.

 

 

http://blog.opovo.com.br/portugalsempassaporte/

 

A respeito da importância da expedição de Pedro Teixeira (1637-1639) para a conquista lusa do vale do Amazonas, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

 
  • (F) Sua viagem de penetração visava ocupar a maior parte da bacia do Alto Amazonas, para forçar a Coroa de Castela a fazer uma aliança militar com Portugal.

O erro básico da afirmativa é não perceber que, durante a expedição de Pedro Teixeira, Portugal estava sob controle da Coroa espanhola, sob o exercício da União Ibérica (1580-1640). No período, o rei de Espanha acumulava a Coroa de Portugal por conta de uma crise sucessória nas dinastias portuguesas. Se é verdade que a expedição tinha como preocupação explorar o vale do Amazonas, não se pode dizer que visava uma aliança entre as duas Coroas ibéricas. AFIRMATIVA FALSA.

 
  • (V) Suas iniciativas de povoamento, na viagem de retorno Quito-Belém, buscavam marcar a presença de Portugal além da linha limítrofe do Tratado de Tordesilhas.

A expedição de Pedro Teixeira partiu de Belém em outubro de 1637 e levaria um ano para, pelo curso d'água do Amazonas, alcançar Quito, destino final do esforço. Pelo caminho, Teixeira mapeou e povoou a bacia do Amazonas, reclamando-a em nome da Coroa portuguesa e, consequentemente, para o controle do rei de Espanha. A ocupação efetiva do território pela ação portuguesa seria fundamental para expandir as fronteiras coloniais para muito além dos limites do Tratado de Tordesilhas (1494). Entenda o estudante que, àquela altura, os conhecimentos cartográficos sobre a região eram muito restritos e era muito difícil estabelecer com clareza os limites entre as duas esferas de colonização. Então, efetuar a colonização efetiva do território era a melhor maneira de expandir a fronteira para além dos limites originais dos tratados. Seria no retorno da expedição que Teixeira reclamaria a margem esquerda do Rio do Ouro em nome da Coroa portuguesa. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 
  • (F) Sua expedição de reconhecimento viabilizou o estabelecimento de fortificações ao longo do percurso, como a do Real Forte Príncipe da Beira.

De fato, a expedição de Pedro Teixeira viabilizou a construção de importantes fortificações ao longo do Amazonas, consolidando a presença colonial na região. No entanto, o Real Forte Príncipe da Beira não foi construído na oportunidade, mas sim no século XVIII, no contexto das reformas pombalinas para fortalecer a presença portuguesa na Amazônia. Além disso, há de se recordar o estudante que o forte em questão foi construído no rio Guaporé, ao passo que a expedição de Teixeira se concentrou no curso do Amazonas. AFIRMATIVA FALSA.

 

Assim, temos a sequência F - V - F.


Na ordem apresentada, as afirmativas são, respectivamente,
a) 
 F.
b)  V.
c)  F.
d)  V.
e)  V.

 

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

622) Analise o mapa a seguir.

  • A) V V F.
  • B) F V V.
  • C) V V V.
  • D) V F V.
  • E) F F V.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) V V V.

Gabarito: ALTERNATIVA C

  

Analise o mapa a seguir.

 

 

Mapa da ocupação da Amazônia entre os séculos XVI e XVIII.


A respeito dos objetivos da conquista político-religiosa do vale do Amazonas, no período colonial, pelos portugueses, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

 
  • (V) Controlar militarmente o acesso à bacia hidrográfica do Amazonas a partir de fortes, como o de Presépio, na futura cidade de Belém.

O controle sobre a foz do Amazonas sempre foi uma questão muito importante dentro da estratégia militar portuguesa para a América. Entendia-se que poderiam ser encontradas importantes riquezas no interior do continente, bem como se entendia a penetração no continente com grande preocupação, por poder comprometer a segurança de outras áreas de colonização. O estabelecimento dos fortes de Macapá e Presépio (Belém) estabeleciam uma linha defensiva importante para guarnecer e controlar a entrada do Amazonas. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 
  • (V) Impor o domínio sobre a região mediante expedições, como a de Pedro Teixeira, que partiu de Belém rumo a Quito e fundou o povoado de Franciscana.

Em 1637, Pedro Teixeira partiu de Belém com direção a Quito através da navegação do Amazonas. Foi a primeira expedição desse tipo e teve como consequência o estabelecimento de povoados, aldeamentos indígenas e fortes ao longo do Amazonas. Após alcançar Quito em 1638, Teixeira reclamaria a posse portuguesa sobre a margem esquerda do Rio do Ouro, expandindo a colonização portuguesa para além dos limites do Tratado de Tordesilhas (1494). Especificamente, o povoado de Franciscana foi fundado no extremo Oeste da Amazônia, marcando a presença portuguesa na região. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 
  • (V) Promover o estabelecimento de missões e aldeamentos de várias ordens religiosas para converter os gentios e incorporá-los à economia colonial.

Como explicado acima, as missões de exploração para o interior da Amazônia também levavam à fundação de missões e de aldeamentos indígenas. Com a liderança (mas não exclusividade) dos jesuítas, essas missões tinham dois objetivos gerais: a conversão dos indígenas à fé cristã e o aprofundamento da economia colonial, uma vez que esses aldeamentos produziam pelo extrativismo vegetal e pela pecuária. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 

Na sequência apresentada, as afirmativas são, respectivamente,
a)  – – F.
b)  – – V.
c)  – – V.
d)  – – V.
e)  – – V.

 

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

623) Analise a figura a seguir.

  • A) A conquista assentava-se no tripé: comércio de drogas do sertão, aldeamento e construção de fortes.
  • B) O “território das missões” foi dividido entre várias ordens religiosas: carmelitas, franciscanos, mercedários e jesuítas.
  • C) Os missionários promoviam os “descimentos”: expedições que subiam os rios para arregimentar os índios para os aldeamentos.
  • D) A rede de fortificações garantia o controle ibérico do escoamento, pelo rio Amazonas, da prata das minas do Peru e das drogas do sertão.
  • E) Canela, cravo, anil, raízes aromáticas, sementes oleaginosas e salsaparrilha eram produtos amazônicos disputados por lusos e estrangeiros.

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A alternativa correta é letra D) A rede de fortificações garantia o controle ibérico do escoamento, pelo rio Amazonas, da prata das minas do Peru e das drogas do sertão.

Gabarito: ALTERNATIVA D

  

Analise a figura a seguir.

 

Mapa da ocupação da Amazônia entre os séculos XVI e XVIII.


As afirmativas a seguir caracterizam corretamente as iniciativas de conquista e ocupação do vale do Amazonas no período colonial, à exceção de uma. Assinale-a.

  • a)  A conquista assentava-se no tripé: comércio de drogas do sertão, aldeamento e construção de fortes.

Ora, para verificar a veracidade desta afirmação bastava uma leitura adequada da legenda do mapa: o eixo de ocupação é marcado por essas três atividades. A defesa militar, a ocupação efetiva de território e a organização econômica eram as chaves para expandir a presença colonial para o interior do continente. Sem erros na alternativa.

 
  • b)  O “território das missões” foi dividido entre várias ordens religiosas: carmelitas, franciscanos, mercedários e jesuítas.

Novamente, basta uma leitura atenta do mapa proposto para se compreender a divisão do território das missões religiosas entre as diferentes ordens religiosas. Sem erros na alternativa.

 
  • c)  Os missionários promoviam os “descimentos”: expedições que subiam os rios para arregimentar os índios para os aldeamentos.

Os descimentos indígenas eram uma forma de capturar indígenas, genericamente chamados de "bravos", para serem catequisados nos aldeamentos. Era uma forma de expandir a fé cristã por meio da força das capturas, que não respeitavam as diferentes nações indígenas existentes. Sem erros na alternativa.

 
  • d)  A rede de fortificações garantia o controle ibérico do escoamento, pelo rio Amazonas, da prata das minas do Peru e das drogas do sertão.

As minas de prata do Peru eram controladas pela Coroa espanhola e havia grandíssimo temor ao acesso dessas minas pelo Amazonas. A expedição de Pedro Teixeira, que atingiu Quito a partir de Belém foi mantida em sigilo pela Coroa espanhola, que não queria a divulgação de um caminho alternativo para acessar a região mineradora, cuja produção era escoada pelo Caribe, e não pela bacia amazônica. Por conter erros, esta é a ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • e)  Canela, cravo, anil, raízes aromáticas, sementes oleaginosas e salsaparrilha eram produtos amazônicos disputados por lusos e estrangeiros.

A alternativa apenas enumera os gêneros extraídos sob o nome geral de "drogas do sertão". Sem erros na alternativa.

  

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA D.

624) Sobre o movimento das entradas das bandeiras no interior do Brasil, coloque (V) para Verdadeiro ou (b) para Falso e, após, aponte a alternativa contendo a sequência correta.

  • A) F – V – F – V

  • B) V – V – V – V

  • C) V – V – V – F

  • D) F – V – V – V

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A resposta correta é a alternativa B) V - V - V - V.

  • V: Os bandeirantes foram os exploradores que adentravam os sertões em busca de riquezas e escravos, na época do Brasil colônia.

  • V: As Bandeiras eram o nome que recebiam as expedições organizadas por particulares, ou Entradas, expedições oficiais financiadas pela Coroa.

  • V: Os bandeirantes embrenhavam-se na mata, geralmente seguindo o curso de rios, abrindo trilhas e vez ou outra fixando postos de descanso que, mais tarde, viriam a dar origem a cidades.

  • V: A história das bandeiras foi uma história de violência para com os indígenas.

625) O Brasil foi descoberto pelos portugueses no ano de 1500. O nome da primeira capital do Brasil foi:

  • A) Rio de Janeiro

  • B) São Paulo

  • C) Salvador

  • D) Vitória

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A resposta correta é a letra C) Salvador.

Explicação: Em 1549, o rei de Portugal, João III, nomeou Tomé de Sousa como o primeiro governador-geral do Brasil e determinou que ele fundasse a cidade de Salvador, que se tornaria a primeira capital do Brasil. A cidade foi fundada em 29 de março de 1549 e permaneceu como capital do Brasil até 1763, quando a capital foi transferida para o Rio de Janeiro.

626) Segundo Bóris Fausto, no livro “História do Brasil”, “o descobrimento do Brasil não provocou, nem de longe, o entusiasmo despertado pela chegada de Vasco da Gama à Índia. O Brasil aparece como uma terra, cujas possibilidades de exploração e contornos geográficos eram desconhecidos. Por vários anos, pensou-se que não passava de uma grande ilha. As atrações exóticas – índios, papagaios, araras – prevaleceram, a ponto de alguns informantes, particularmente italianos, darem-lhe o nome de terra dos papagaios.” FAUSTO, Bóris. História do Brasil p. 22/23. In: http://limendi.com.br/wp-content/uploads/2015/10/historiadobrasil.pdf.

  • A) O modelo de Capitania Hereditária, adotado pela coroa portuguesa, evidencia o total desinteresse dos lusos na colonização das terras de além-mar, relegando a particulares essa difícil empreitada.

  • B) O modelo de plantation, empregado na exploração das ilhas lusas do atlântico, não foi bem sucedido na América Portuguesa, entre outros fatores devido à inadaptabilidade da mão de obra africana, na lavoura da cana-de-açúcar.

  • C) O sistema de Capitania Hereditária, empregado por Portugal nas terras brasileiras, pode ser considerado como uma restauração da estrutura de administração da Europa Feudal.

  • D) Apesar de possuir menos relevância econômica que as Índias, a coroa portuguesa adotou medidas para garantir a posse de parte das terras americanas. Dentre outras, podemos citar: a doação das Capitanias Hereditárias, instituição do Governo Geral, criação de uma estrutura administrativa e militar.

  • E) Apesar de as cinco primeiras décadas de ocupação das terras americanas proporcionarem vultosos lucros para a coroa lusitana, as décadas posteriores acumularam, seguidamente, queda de arrecadação. Isso ocorreu, dentre outros fatores, devido à diminuição da quantidade de engenhos e plantações de cana-de-açúcar.

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A alternativa correta é letra D) Apesar de possuir menos relevância econômica que as Índias, a coroa portuguesa adotou medidas para garantir a posse de parte das terras americanas. Dentre outras, podemos citar: a doação das Capitanias Hereditárias, instituição do Governo Geral, criação de uma estrutura administrativa e militar.

Gabarito: ALTERNATIVA D

  

Segundo Bóris Fausto, no livro “História do Brasil”, “o descobrimento do Brasil não provocou, nem de longe, o entusiasmo despertado pela chegada de Vasco da Gama à Índia. O Brasil aparece como uma terra, cujas possibilidades de exploração e contornos geográficos eram desconhecidos. Por vários anos, pensou-se que não passava de uma grande ilha. As atrações exóticas - índios, papagaios, araras - prevaleceram, a ponto de alguns informantes, particularmente italianos, darem-lhe o nome de terra dos papagaios.” FAUSTO, Bóris. História do Brasil p. 22/23. In: http://limendi.com.br/wp-content/uploads/2015/10/historiadobrasil.pdf.

 

Em relação à ocupação e exploração da América Portuguesa, assinale a alternativa CORRETA.

 
  • a) O modelo de Capitania Hereditária, adotado pela coroa portuguesa, evidencia o total desinteresse dos lusos na colonização das terras de além-mar, relegando a particulares essa difícil empreitada.

Note bem o estudante que essa alternativa é contraditória em seus próprios termos. Como poderia haver um "total desinteresse" português na colonização da América se estavam criando as capitanias hereditárias, que eram um modelo de colonização? Ainda que particulares tenham sido chamados à administração da empreitada, o processo de colonização estava sendo orientado pelo governo central, que tinha, sim, preocupações com a ocupação efetiva do território. Inclusive, a Coroa portuguesa fez incursões para a ampliação da fronteira com a América espanhola, tentando expandir a colônia ao sul. Alternativa errada.

 
  • b) O modelo de plantation, empregado na exploração das ilhas lusas do atlântico, não foi bem sucedido na América Portuguesa, entre outros fatores devido à inadaptabilidade da mão de obra africana, na lavoura da cana-de-açúcar.

Mais uma alternativa facílima. Ora, o modelo de escravidão negra permaneceu no Brasil até o final do século XIX, com quase quatro séculos de grande tráfico de escravos entre África e América; como se poderia falar, então, de uma "inadaptabilidade da mão de obra africana"? Além disso,  a plantation era o modelo de produção agrícola implantado na colônia, sendo baseada na monocultura voltada para exportação em grandes extensões fundiárias produtivas (latifúndio) com o emprego intensivo de mão de obra escrava. Este modelo foi determinante para a organização econômica da colônia, com grande sucesso na lavoura açucareira. Alternativa errada.

 
  • c) O sistema de Capitania Hereditária, empregado por Portugal nas terras brasileiras, pode ser considerado como uma restauração da estrutura de administração da Europa Feudal.

Há diferenças muito profundas entre o feudalismo e o sistema de capitanias hereditárias. Ainda que ambos se baseassem em laços de nobreza para a organização administrativa, no caso colonial essa administração já tinha uma vocação marcadamente mercantilista e tinha por função a ocupação efetiva do terreno e a superação mais ágil das dificuldades de colonização. Ao contrário do feudalismo, não se tratava de uma reprodução em si mesma das estruturas da aristocracia, mas sim da viabilização de uma empresa colonial tendo em vista a organização de um pacto colonial de exclusivo de comércio. Além disso, a estrutura de propriedade privada era completamente diferente daquela da Europa Feudal, prevalecendo a propriedade privada e o funcionamento de dinâmicas rudimentares do mercado. Alternativa errada.

 
  • d) Apesar de possuir menos relevância econômica que as Índias, a coroa portuguesa adotou medidas para garantir a posse de parte das terras americanas. Dentre outras, podemos citar: a doação das Capitanias Hereditárias, instituição do Governo Geral, criação de uma estrutura administrativa e militar.

Como apontado no texto-base da questão, o epicentro da empreitada naval portuguesa estava, de fato, ligado ao comércio com as Índias e o Extremo Oriente; rotas muito lucrativas e com grande impacto político no imaginário português. No entanto, a preocupação com as terras americanas sempre existiu em maior ou menor medida, principalmente por conta da presença espanhola no continente. A expectativa com a descoberta de reservas minerais e de alguns ganhos com o extrativismo vegetal animavam, ainda que em menor medida, a Coroa para uma empresa colonial no Novo Mundo. Entre as medidas para a difícil colonização do território, figuram a organização das Capitanias Hereditárias (que atraíram nobres de menor importância na corte portuguesa), o Governo Geral em Salvador e a instituição de instâncias militares e administrativas para responder aos desafios da colonização. Portanto, ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • e) Apesar de as cinco primeiras décadas de ocupação das terras americanas proporcionarem vultosos lucros para a coroa lusitana, as décadas posteriores acumularam, seguidamente, queda de arrecadação. Isso ocorreu, dentre outros fatores, devido à diminuição da quantidade de engenhos e plantações de cana-de-açúcar.

Para eliminar essa alternativa, bastava que o candidato lesse com cuidado o texto-base, que afirma que a colonização na América chamava bem menos atenção portuguesa no início do século XVI do que as rotas orientais. Ora, então é descabido falar em "vultuosos lucros" nas primeiras décadas de presença portuguesa na América, quando predominou o extrativismo vegetal em alguns pontos da costa, além do encantamento com a diversidade natural das novas terras. A organização das lavouras açucareiras só se daria na segunda metade daquele século e se adensaria no século seguinte, num ciclo produtivo que teria forças relevantes por cerca de mais duzentos anos. Alternativa errada.

  

É muito importante que o estudante se habitue a ler com atenção os textos que servem de base às questões, pois neles se podem encontrar elementos para descartar várias alternativas - o que, claro, aumenta em muito as chances de acerto. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA D.

627) “Destacaremos, de início, duas noções que começam a ganhar vulto na historiografia recente brasileira. Elas dizem respeito ao primeiro grande movimento de apossamento de terras no interior do país, a partir dos meados do século XVII. A primeira trata do avanço da fronteira, de forma paulatina, tendo como instrumento o gado, esse produto que se move, mesmo por maus caminhos, daí resultando a partilha do sertão sanfranciscano e pernambucano entre vastos e sucessivos latifúndios. A segunda refere-se ao extermínio das populações indígenas, com dimensões de genocídio, na medida em que avançam os currais.” LINHARES, M. Y. L. Pecuária, Alimentos e Sistemas Agrários no Brasil (Séculos XVII E XVIII). In: http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_livres/artg2-6.pdf .

  • A) Um dos fatores que contribuíram para a "conquista dos sertões" foi a criação de gado. Essa atividade, todavia, estava relacionada, exclusivamente, à expansão territorial, não existindo qualquer interesse econômico.

  • B) A pecuária, enquanto atividade econômica, só foi praticada na região sul do país. A importância da lavoura canavieira em Pernambuco, por exemplo, não permitiu uma diversificação da economia local.

  • C) Para conter o avanço dos invasores europeus, vários grupos indígenas formaram confederações. A "Confederação dos Tamoios" é um exemplo claro de sucesso dessa aliança, uma vez que conteve o avanço português nas terras do sertão.

  • D) Uma vez consolidada a posse de parte da América nas mãos dos lusos, coube a franceses e ingleses se valerem da ingenuidade dos indígenas para invadir trechos da costa brasileira, pondo em risco, assim, a colonização portuguesa.

  • E) Os primeiros contatos entre os portugueses e indígenas, na América Portuguesa, foram, em geral, amistosos. Com o passar das décadas, porém, essa relação foi se tornando, cada vez mais, conflituosa.

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A alternativa correta é letra E) Os primeiros contatos entre os portugueses e indígenas, na América Portuguesa, foram, em geral, amistosos. Com o passar das décadas, porém, essa relação foi se tornando, cada vez mais, conflituosa.

Gabarito: ALTERNATIVA E

  

“Destacaremos, de início, duas noções que começam a ganhar vulto na historiografia recente brasileira. Elas dizem respeito ao primeiro grande movimento de apossamento de terras no interior do país, a partir dos meados do século XVII. A primeira trata do avanço da fronteira, de forma paulatina, tendo como instrumento o gado, esse produto que se move, mesmo por maus caminhos, daí resultando a partilha do sertão sanfranciscano e pernambucano entre vastos e sucessivos latifúndios. A segunda refere-se ao extermínio das populações indígenas, com dimensões de genocídio, na medida em que avançam os currais.” LINHARES, M. Y. L. Pecuária, Alimentos e Sistemas Agrários no Brasil (Séculos XVII E XVIII). In: http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_livres/artg2-6.pdf .

 

No que tange à exploração econômica e expansão territorial da América Portuguesa, assinale a alternativa CORRETA.

 
  • a) Um dos fatores que contribuíram para a "conquista dos sertões" foi a criação de gado. Essa atividade, todavia, estava relacionada, exclusivamente, à expansão territorial, não existindo qualquer interesse econômico.

O excerto de Maria Yeda Linhares citado no enunciado é bastante claro sobre a posição da pecuária na expansão da fronteira de colonização portuguesa nos primeiros séculos da sua presença na América. Como citado pela autora, é inerente à atividade pecuária a expansão territorial com a movimentação dos rebanhos. Além disso, não se podia manter os currais próximo às áreas de monocultura, uma vez que um estouro de boiada poderia arruinar uma plantação; isto é, o sucesso da lavoura da cana-de-açúcar fazia com que a pecuária fosse deslocada sertão adentro e a própria dinâmica dos bovinos reforçava essa interiorização. No entanto, é completamente descabido pensar que algum colono criaria gado (num esforço hercúleo) sobre um terreno desconhecido apenas para garantir mais terras para a Coroa portuguesa. Pelo contrário, o aquecimento da economia açucareira e a ampliação da empresa colonial criaram uma demanda consistente por víveres, como o abastecimento de carne aos engenhos e às cidades nascentes. A pecuária colonial decorreu diretamente do sucesso econômico e populacional da colonização; o que, por sua vez, exigia um maior distanciamento dos currais, que avançavam sobre o sertão. Alternativa errada.

 
  • b) A pecuária, enquanto atividade econômica, só foi praticada na região sul do país. A importância da lavoura canavieira em Pernambuco, por exemplo, não permitiu uma diversificação da economia local.

Para avaliar esta alternativa, bastava ao candidato uma compreensão adequada sobre o texto proposto no enunciado: a pecuária se desenvolveu, primeiro, no sertão pernambucano e em torno do rio São Francisco - isso bastava para compreender o erro da alternativa. De qualquer forma, cumpre destacar que a colonização da porção sul do Brasil começou por volta do início do século XVIII, quando a economia açucareira já era uma realidade com mais de um século de existência. A introdução da pecuária na colônia se deu para atender a demanda por alimentos de todo o complexo sócio-econômico decorrente da monocultura. A principal preocupação do empreendimento pecuário era o abastecimento proteico dessa população e as capacidades logísticas eram muito limitadas para colocá-las em pontos muito distantes. Alternativa errada.

 
  • c) Para conter o avanço dos invasores europeus, vários grupos indígenas formaram confederações. A "Confederação dos Tamoios" é um exemplo claro de sucesso dessa aliança, uma vez que conteve o avanço português nas terras do sertão.

A alternativa apresenta uma retrato bastante equivocado sobre a Confederação dos Tamoios, facilitando em muito o trabalho do candidato. Tratou-se de uma confederação entre várias nações indígenas sob certa liderança dos Tupinambá, que se aliaram com os colonizadores franceses quando estes tomaram a região do Rio de Janeiro (1555). Grosso modo, a Confederação dos Tamoios se organizou no final da década de 1550 entre a Serra de Itapecerica (SP) e a Serra do Macaé (RJ), levantando resistência contra a presença portuguesa, que se aliara aos termimimós. A Guerra dos Tamoios se estendeu por pouco mais de uma década e foi decidida com os reforços portugueses liderados por Estácio de Sá, que expulsou os franceses e estabeleceu a cidade do Rio de Janeiro. Alternativa errada.

 
  • d) Uma vez consolidada a posse de parte da América nas mãos dos lusos, coube a franceses e ingleses se valerem da ingenuidade dos indígenas para invadir trechos da costa brasileira, pondo em risco, assim, a colonização portuguesa.

A versão de que a ação francesa e inglesa se valeu da "ingenuidade" dos indígenas se baseia numa visão bastante preconceituosa segundo a qual aquelas nações seriam incapazes de elaborar suas preferências, sendo apenas objetos dentro de um jogo político maior. As nações indígenas estabeleceram, sim, ligações com a presença francesa em São Luís e no Rio de Janeiro, mas outras também atuaram favoravelmente à presença portuguesa. Essas disputas estiveram envoltas num contexto muito maior de rivalidades entre essas nações indígenas e a adesão a um dos lados da colonização foi também expressão dessas rivalidades. Portanto, alternativa errada.

 
  • e) Os primeiros contatos entre os portugueses e indígenas, na América Portuguesa, foram, em geral, amistosos. Com o passar das décadas, porém, essa relação foi se tornando, cada vez mais, conflituosa.

A carta de Pero Vaz de Caminha de abril de 1500 dando conta da chegada portuguesa à América narra contatos amistosos e produtivos entre a esquadra de Pedro Álvares Cabral e os indígenas encontrados no litoral. Segundo Caminha, foi possível estabelecer algumas trocas simples e compreender alguns aspectos elementares de suas organizações, bem como coletar amostras sobre a nova terra para remeter ao rei. Com a ampliação do processo de colonização, a presença portuguesa e organização dos latifúndios entraram em rota de colisão com muitas dessas nações, ensejando guerras e práticas genocidas. Como apontado por Linhares, o avanço da colonização sobre o interior redundou numa longa esteira de conflitos entre europeus e indígenas. Alternativa CORRETA.

  

Note bem o estudante que o avaliador optou por colocar como correta a alternativa mais simplória. Mais parece que a banca introduziu elementos mais complexos nas demais alternativas mais para desestabilizar o candidato menos atento; criando só ao final uma alternativa bastante simples e sem erros. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA E.

628) “Este Brasil já é um novo Portugal”. Esta afirmação do Padre Fernão Cardim corresponde, segundo o historiador Evaldo Cabral de Melo (in: Viagem Incompleta – formação: histórias), a um processo de construção de identidade das populações da América portuguesa que pode ser definido como

  • A) resistência ao sistema colonial e desejo de emancipação em relação à metrópole.

  • B) submissão das elites locais e identificação com as formas de dominação lusitanas.

  • C) modalidade inicial de sentimento nativista durante o primeiro século da colonização.

  • D) acelerado desenvolvimento da colônia em relação ao atraso da metrópole.

  • E) expectativa de renovação dos colonos em relação às antigas tradições portuguesas.

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A alternativa correta é letra C) modalidade inicial de sentimento nativista durante o primeiro século da colonização.

Gabarito: Letra C

 

Trata-se de um conteúdo específico do edital da Prefeitura de Buritizal/SP.


De acordo com a leitura da fonte usada para a formulação da questão, um texto do historiador Evaldo Cabral de Mello, a frase do padre Fernão Cardim estaria inserida em um contexto de construção da identidade das populações na América Portuguesa.

 

Para Evaldo Cabral de Mello, a identidade nativista (local) inicialmente não estava fundada na ideia de uma terra original e brasileira. O que as crônicas demonstram é um sentimento nativista (local) atrelado ao orgulho de ser português ou lusitano.


E isso pode ser comprovado pela tentativa de nomear a capitania de Pernambuco para Nova Lusitânia a fim de ver se o “nome pegava”. Aliás, para o historiador, a prática de denominar locais com nomes das regiões ou países originários era válido também para outras colônias na América.


Mas essa prática de reproduzir o Velho Mundo nas Américas, não permaneceria após 1630 com o avanço da escravidão no nordeste brasileiro. Em breve serão comuns as crônicas que descrevem o Brasil não mais como a Nova Lusitânia, mas como a "Nova Guiné", devido ao grande número de escravos que adentravam nessa região em função do tráfico.

 

Resposta baseada na fonte:


DE MELLO, Evaldo Cabral. “Uma Nova Lusitânia”. In: MOTA, Carlos Guilherme. Viagem incompleta. A experiência brasileira (1500-2000). Formação: histórias. São Paulo: Editora Senac, 2000.
 

629) “Acredito mesmo que, na capacidade para amoldar-se a todos os meios, em prejuízo, muitas vezes, de suas próprias características raciais e culturais, revelou o português melhores aptidões de colonizador do que os demais povos, porventura mais inflexivelmente aferrados às peculiaridades formadas no velho mundo. (…) [Desta forma], os portugueses precisaram anular-se durante longo tempo para afinal vencerem (…) o resultado é que as relações entre patrão e empregado costumam ser mais amistosas aqui do que em outra qualquer parte.”

  • A) o português foi o melhor colonizador de todos os povos europeus, pois tem capacidade de adaptação, abrindo mão, às vezes, de algumas de suas próprias características.
  • B) o povo lusitano destituiu-se totalmente de suas crenças e cultura, para então ambientar-se num Brasil povoado por outras crenças e culturas que a eles interessava dominar.
  • C) o ideal mercantilista de busca de ouro e riquezas sobrepujou qualquer tentativa do português de manter suas manifestações culturais na América, continente distante o suficiente para exercer qualquer influência.
  • D) da necessidade de povoar, dominar e conquistar as novas terras descobertas surgiu também, por parte dos portugueses, a necessidade de garantir a permanência dos novos povos, respeitando suas culturas e tradições.

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A resposta correta é:

  • A) o português foi o melhor colonizador de todos os povos europeus, pois tem capacidade de adaptação, abrindo mão, às vezes, de algumas de suas próprias características.

A citação é do livro Visões do Paraíso, do historiador brasileiro Sérgio Buarque de Holanda, publicado em 2001. Nele, o autor discute as características dos povos europeus no processo de colonização dos territórios ultramarinos. A passagem em questão destaca a capacidade de adaptação do povo português, que, de acordo com o autor, revelou melhores aptidões de colonizador do que os demais povos, por se mostrar mais flexível e disposto a se adaptar aos novos meios, mesmo que isso signifique, às vezes, abrir mão de algumas de suas próprias características raciais e culturais.

Portanto, a alternativa A é a correta, pois ela melhor reflete a tese de Buarque de Holanda sobre a capacidade de adaptação do povo português no processo de colonização.

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630) Em 1748, para explorar os sertões no extremo oeste, a Coroa portuguesa ordenou a criação da Capitania de Mato Grosso, desmembrando-a do território da Capitania de São Paulo. A capitania recém-criada tinha como limites territoriais as regiões sul da bacia amazônica até a proximidade do Chaco paraguaio e a margem direita do rio Guaporé.

  • A) Garantir a presença da Coroa em área de fronteira com os domínios hispânicos, na região central do continente sulamericano, e o controle da rede fluvial e das minas.

  • B) Assegurar as vias de comunicação ao norte, em direção às Capitanias do Grão Pará e Rio Negro, para o escoamento do ouro das minas de Cuiabá.

  • C) Impedir o contrabando de prata na fronteira oeste, com a Capitania de Goiás, e ao leste, com as missões espanholas de Chiquitos, Moxos e Paraguai.

  • D) Dificultar o acesso fluvial à bacia do Prata aos bandeirantes paulistas, agentes autônomos em relação aos interesses da metrópole na expansão da colonização.

  • E) Promover a abertura de rotas de abastecimento ao sul, através da Capitania de São Paulo, de onde viriam os secos, os molhados e os escravos para os engenhos do Guaporé.

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A alternativa correta é letra A) Garantir a presença da Coroa em área de fronteira com os domínios hispânicos, na região central do continente sulamericano, e o controle da rede fluvial e das minas.

Gabarito: ALTERNATIVA A

  

Em 1748, para explorar os sertões no extremo oeste, a Coroa portuguesa ordenou a criação da Capitania de Mato Grosso, desmembrando-a do território da Capitania de São Paulo. A capitania recém-criada tinha como limites territoriais as regiões sul da bacia amazônica até a proximidade do Chaco paraguaio e a margem direita do rio Guaporé.

 

Assinale a opção que apresenta o objetivo estratégico luso que justificava a criação dessa capitania.

  • a) Garantir a presença da Coroa em área de fronteira com os domínios hispânicos, na região central do continente sulamericano, e o controle da rede fluvial e das minas.

A alternativa é bastante completa e deixa pouco espaço para dúvidas. Entre o final do século XVII e o início do XVIII, foram descobertas regiões auríferas no Mato Grosso, o que fez crescer o interesse português sobre a região. Passava a ser necessário o estabelecimento de uma linha defensiva para a região, bem como povoá-la e administrá-la mais diretamente. Além disso, a produção dessa região seria escoada pelo Amazonas, urgindo, portanto, ampliar a defesa em relação à fronteira Oeste e ampliar o controle fluvial. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • b) Assegurar as vias de comunicação ao norte, em direção às Capitanias do Grão Pará e Rio Negro, para o escoamento do ouro das minas de Cuiabá.

A criação da Capitania do Rio Negro é posterior à criação da Capitania do Mato Grosso. Alternativa errada.

 
  • c) Impedir o contrabando de prata na fronteira oeste, com a Capitania de Goiás, e ao leste, com as missões espanholas de Chiquitos, Moxos e Paraguai.

Não faz sentido a proposição: a capitania do Goiás estava a leste da capitania do Mato Grosso; ao passo que as missões espanholas estavam a oeste. Alternativa errada.

 
  • d) Dificultar o acesso fluvial à bacia do Prata aos bandeirantes paulistas, agentes autônomos em relação aos interesses da metrópole na expansão da colonização.

O acesso à bacia do Prata se dava, principalmente, pela bacia do Rio Paraná; ou seja, não guardava relação alguma com a capitania do Mato Grosso. Alternativa errada.

 
  • e) Promover a abertura de rotas de abastecimento ao sul, através da Capitania de São Paulo, de onde viriam os secos, os molhados e os escravos para os engenhos do Guaporé.

Não havia engenhos na região do Guaporé. Todo o desenvolvimento da capitania do Mato Grosso está ligado à mineração, principalmente do ouro. Alternativa errada.

  

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.

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