Questões Sobre Período Colonial - História - concurso
681) Leia, atentamente, o texto:
- A) a religiosidade tinha pouca relevância no estabelecimento da colonização do Brasil, ocupando apenas papel secundário na percepção da natureza e do comportamento dos colonos.
- B) opiniões como a de Frei Vicente do Salvador não eram consideradas de modo geral, uma vez que eram entendidas como uma leitura assentada no obscurantismo da Igreja medieval.
- C) a crença na interferência de Deus e do demônio no cotidiano colonial, apresenta-se como chave interpretativa fundamental, no entendimento do processo de ocupação da nova terra.
- D) questões como a levantada por Frei Vicente do Salvador não tiveram qualquer peso no período colonial, uma vez que todos os colonos se preocupavam, exclusivamente, com a obtenção de vantagens econômicas, pouco se importando com questões espirituais.
A alternativa correta é letra C) a crença na interferência de Deus e do demônio no cotidiano colonial, apresenta-se como chave interpretativa fundamental, no entendimento do processo de ocupação da nova terra.
Gabarito: ALTERNATIVA C
Com base no trecho acima, é CORRETO afirmar que
- a) a religiosidade tinha pouca relevância no estabelecimento da colonização do Brasil, ocupando apenas papel secundário na percepção da natureza e do comportamento dos colonos.
Nessa alternativa, o avaliador mais parece ter procurado examinar a capacidade de interpretação de texto do candidato. Ora, se o texto proposto discorre exatamente sobre a primeira missa portuguesa na América e sobre o batismo da Terra de Santa Cruz, como poderia ser a religião um elemento secundário? Além disso, o fator religioso era basilar para todo o esforço das Grandes Navegações (séculos XIV-XVI), tendo na propagação da fé católica um dos seus maiores fatores de justificação. Não se pode explicar o fenômeno das navegações sem passar pelo esforço de cristianização; como também o estudante há de se recordar que a Cruz da Ordem de Cristo estampava as velas das naus, bem como as expedições contavam com clérigos em suas tripulações. Portanto, alternativa errada.
- b) opiniões como a de Frei Vicente do Salvador não eram consideradas de modo geral, uma vez que eram entendidas como uma leitura assentada no obscurantismo da Igreja medieval.
Há dois caminhos básicos para que o candidato entenda o erro dessa alternativa. Primeiro, Frei Vicente do Salvador (1564-1636) sempre ocupou um lugar de deferência na historiografia brasileira, sendo amplamente reconhecido como um dos maiores pioneiros no esforço da organização da história da colonização portuguesa na América. Segundo, é bastante equivocada a construção que iguala o pensamento religioso da Idade Média ao obscurantismo. Há de se recordar o estudante que São Tomás de Aquino e Santo Agostinho foram lumiares do pensamento universal exatamente dentro da Igreja medieval, momento de surgimento de um caldo de cultura intelectual muito potente que ecoaria de diferentes formas nos séculos seguintes. Ainda que os temas sejam fortemente dominados por questões religiosas entre o Bem e o Mal, a capacidade analítica sobre as novas realidades não pode ser desconsiderada. Portanto, alternativa errada.
- c) a crença na interferência de Deus e do demônio no cotidiano colonial, apresenta-se como chave interpretativa fundamental, no entendimento do processo de ocupação da nova terra.
A banca foi muito feliz ao trazer a expressão "chave interpretativa". A presença cotidiana da divindade e do demônio na vida colonial constituía, também, uma maneira de interpretar o mundo e todos os seus fenômenos. As discussões iam muito além da vontade obscura de seres de outros planos, mas se embrenhavam na construção de explicações complexas para a realidade observada a partir das lentes religiosas. A ação divina e os descaminhos malignos tinham quase que a mesma materialidade da realidade palpável dentro da compreensão do cotidiano colonial, principalmente nos séculos XVI e XVII. Portanto, essa religiosidade repleta de intervenções terrenas constitui, sim, uma chave interpretativa para o longuíssimo caminho da colonização e da ocupação branca no Novo Mundo. Assim, ALTERNATIVA CORRETA.
- d) questões como a levantada por Frei Vicente do Salvador não tiveram qualquer peso no período colonial, uma vez que todos os colonos se preocupavam, exclusivamente, com a obtenção de vantagens econômicas, pouco se importando com questões espirituais.
Apesar de as leituras baseadas no materialismo histórico sempre pressionarem no sentido da observação das vantagem econômicas, o candidato precisa ter claro que o mundo vivido por Frei Vicente do Salvador tem marcas profundas da religiosidade. Os colonos portugueses se lançavam ao Novo Mundo com a certeza da proteção e do dever católicos; e o enfrentamento de todas o desconhecido que era a América era municiado pela absoluta certeza sobre a vontade divina. Some-se a isso as dúvidas levantadas pelo catolicismo contra o enriquecimento descontrolado e a imoralidade da usura: as mentes dos colonos eram atormentadas pelo risco do inferno para aqueles que se distanciassem da fé na busca descontrolada pelo crescimento material individualizado. Portanto, é erro grave atribuir aos colonos dos dois primeiros séculos a ganância desenfreada e apartada da fé, deixando de lado todas as contradições e dúvidas vividas por aqueles durante o processo de ocupação da América portuguesa. Assim, alternativa errada.
Repare o estudante que as alternativas que negam a centralidade da fé no cotidiano colonial acabam por se anularem, já que não pode haver mais do que uma resposta correta. Atente que três alternativas depõem contra o lugar da religiosidade no século XVII, enquanto apenas uma vai no sentido contrário. Perceber essas nuances estruturais pode ser um bom caminho para superar dúvidas no momento da prova. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.
682)
- A) incapacidade do cristianismo de incorporar aspectos de outras religiões.
- B) incorporação da ideia de liberdade religiosa na esfera pública.
- C) O permissão para o funcionamento de igrejas não cristãs.
- D) relação de integração entre Estado e Igreja.
- E) influência das religiões de origem africana.
A alternativa correta é letra D) relação de integração entre Estado e Igreja.
Gabarito: Letra D
Durante o período colonial e imperial as relações entre Estado e Igreja eram íntimas, quase que umbilicais.
A Igreja católica era um braço espiritual do poder político, uma vez que garantia a adesão das populações da colônia ao credo oficial da monarquia portuguesa através da persuasão e da doutrinação.
Isso foi feito com a participação dos missionários que vieram para a América Portuguesa evangelizar os colonos e os indígenas.
Isso já estava definido desde antes da ocupação do Brasil, quando em 1454, o papa Nicolau V expediu um documento concedendo aos portugueses o monopólio sobre as expedições marítimas e das descobertas geográficas com o compromisso de evangelizar os povos conquistados.
A Constituição de 1824 (constituição do Brasil Império), veio a confirmar o catolicismo como religião oficial do Estado, garantindo a supremacia desse culto em detrimento dos demais que deveriam ser professados no âmbito privado.
Art. 5. A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Imperio. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem fórma alguma exterior do Templo.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: O cristianismo soube incorporar aspectos de outras religiões, por exemplo, as de matriz africana. Houve espaço para o sincretismo, onde espíritos africanos foram identificados com santos católicos.
Letra B: Na esfera pública não havia a liberdade religiosa. O culto e ritos eram de origem católica. Como vimos, a constituição de 1824 garantiu a liberdade religiosa no âmbito privado, dentro do lar dos habitantes.
Letra C: Como vimos, a constituição de 1824 garantiu a liberdade religiosa no âmbito privado, dentro do lar dos habitantes, mas estabeleceu o catolicismo como religião oficial do Estado, impedindo a liberdade religiosa na esfera pública.
Letra E: Se a influência das religiões africanas fosse grande e considerável, o catolicismo dividiria com outros cultos de matriz africana a dominância em matéria religiosa. O que ocorreu foi um sincretismo entre ritos e práticas africanas com ritos e práticas católicas. O catolicismo incorporou muitos elementos, ampliando a possibilidade de atrair mais fiéis. Além do mais, a constituição de 1824 não permitia o culto e prática de outras religiões no espaço público para além do catolicismo.
Resposta baseada nas fontes:
BRASIL. Constituição Política do Império do Brasil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm. Acesso: 15 out. 2019.
MACEDO, Emiliano Unzer. Religiosidade popular brasileira colonial: um retrato sincrético. Revista Ágora, n.7, 2008.
VAINFAS, Ronaldo (Org.). “Igreja”. In: Dicionário do Brasil Colonial (1500-1808). Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2001.
683) Marque a alternativa INCORRETA sobre o Brasil colonial.
- A) Devido ao desenvolvimento da região nordeste, Salvador era a capital Brasileira nesse período.
- B) Nesse período as classes sociais mais baixas tinham plena participação na vida pública do Brasil, pois representavam a grande maioria da população.
- C) Para o cultivo da cana-de-açúcar foi utilizada a mão de obra escrava de origem africana.
- D) Devido à grande aceitação do açúcar feito da cana-de-açúcar, Portugal decidiu lucrar com o comércio do produto, iniciando a produção em larga escala no Brasil, principalmente na região nordeste.
A alternativa INCORRETA sobre o Brasil colonial é a letra B) Nesse período as classes sociais mais baixas tinham plena participação na vida pública do Brasil, pois representavam a grande maioria da população.
Essa afirmação é INCORRETA porque, durante o período colonial, as classes sociais mais baixas, compostas por escravos, indígenas e mestiços, não tinham participação na vida pública do Brasil. Eles eram excluídos da vida política e social, e não tinham direitos ou voz na sociedade.
Já as outras alternativas são verdadeiras: A) Salvador foi a capital do Brasil durante o período colonial, devido ao desenvolvimento da região nordeste; C) A mão de obra escrava de origem africana foi utilizada para o cultivo da cana-de-açúcar; e D) Portugal decidiu lucrar com o comércio do açúcar feito da cana-de-açúcar, iniciando a produção em larga escala no Brasil, principalmente na região nordeste.
684) A Guerra dos Emboabas e a Guerra dos Mascates foram movimentos nativistas ocorridos no período colonial brasileiro que ocorreram respectivamente em/no:
- A) Pernambuco e Pará.
- B) Piauí e Maranhão.
- C) Minas Gerais e Pernambuco.
- D) Ceará e São Paulo.
A alternativa correta é letra C) Minas Gerais e Pernambuco.
A Guerra dos Emboabas e a Guerra dos Mascates foram movimentos nativistas ocorridos no período colonial brasileiro. A Guerra dos Emboabas ocorreu em Minas Gerais, no início do século XVIII, e foi um conflito entre os paulistas, que eram os primeiros colonizadores da região, e os emboabas, que eram os novos colonizadores que chegavam à região em busca de ouro. Já a Guerra dos Mascates ocorreu em Pernambuco, no final do século XVII, e foi um conflito entre os mascates, que eram os comerciantes e proprietários de terras da região, e os senhores de engenho, que eram os donos das fazendas de cana-de-açúcar.
685) “A sexualidade pluriétnica determinada pelo estilo da colonização portuguesa andou, portanto, de braços dado com o processo de aculturação de mão dupla deflagrado no século XVI. Processo de aculturação em que a dominação portuguesa sobre os índios não excluía a hipótese de ‘indianização’ de colonos, nem a adoção seletiva, por parte dos índios, de elementos da cultura colonizadora”.
- A) Na colônia havia uniões entre homens portugueses ou memelucos e mulheres índias ou mamelucas, sendo raríssima a união entre mamelucos e mulheres brancas e totalmente ausente a união entre índios e mulheres brancas;
- B) Acostumados a ver nos escravos bens pessoais, os senhores, mesmo que pobres, estendiam seu senhorio à esfera sexual, de maneira que não seria exagero dizer que a escravidão não raro implicava a possibilidade de concubinato;
- C) A igreja católica colonial nas constituições do sínodo baiano de 1707 considerava como prova de concubinato, o fato de um homem manter em casa alguma mulher que dele engravidasse, não sendo com ela casado e desde que a mesma fosse escrava;
- D) O casamento legal era raro na Colônia e somente restrito às famílias de elite, as quais aderiam ao matrimônio cristão para chancelar uniões conjugais com interesses patrimoniais;
- E) A escassez da mulher branca na Colônia contribuiria para o afrouxamento dos preconceitos raciais antijudaicos, o mesmo não ocorrendo em relação às negras ou mulatas, às mulheres egressas do mundo da escravidão e da miscigenação nela ancorada.
A alternativa correta é letra C) A igreja católica colonial nas constituições do sínodo baiano de 1707 considerava como prova de concubinato, o fato de um homem manter em casa alguma mulher que dele engravidasse, não sendo com ela casado e desde que a mesma fosse escrava;
Essa alternativa é incorreta porque a igreja católica colonial não considerava como prova de concubinato apenas o fato de um homem manter em casa uma mulher escrava que dele engravidasse. A igreja católica colonial considerava como concubinato qualquer relação sexual fora do casamento, independentemente da condição social ou racial dos envolvidos.
As outras alternativas estão corretas: A) é verdade que havia uniões entre homens portugueses ou mamelucos e mulheres índias ou mamelucas, e era rara a união entre mamelucos e mulheres brancas e ausente a união entre índios e mulheres brancas; B) é verdade que os senhores estendiam seu senhorio à esfera sexual, o que implicava a possibilidade de concubinato; D) é verdade que o casamento legal era raro na Colônia e restrito às famílias de elite; E) é verdade que a escassez da mulher branca na Colônia contribuiria para o afrouxamento dos preconceitos raciais antijudaicos, mas não em relação às negras ou mulatas.
686) Quem foram os responsáveis pelo estabelecimento das primeiras instituições de ensino, criadas à época colonial do Brasil?
- A) os pequenos burgueses detentores das capitanias hereditárias.
- B) os jesuítas, que chegaram ao Brasil junto com o governador- geral Tomé de Souza.
- C) os cristãos-novos, que se estabeleceram em Olinda no período da dominação holandesa.
- D) os colonos holandeses, que fundaram a primeira universidade do Brasil, em Pernambuco.
- E) os franceses calvinistas, que fundaram a primeira universidade do Brasil, na Ilha de Villegagnon.
A alternativa correta é letra B) os jesuítas, que chegaram ao Brasil junto com o governador-geral Tomé de Souza.
Os jesuítas foram os responsáveis pelo estabelecimento das primeiras instituições de ensino no Brasil colonial. Eles chegaram ao Brasil em 1549, junto com o governador-geral Tomé de Souza, e fundaram o Colégio de São Paulo, que mais tarde se tornou a Universidade de São Paulo. Os jesuítas tinham como objetivo evangelizar os indígenas e educar os colonos, e suas instituições de ensino se tornaram fundamentais para a formação da elite colonial brasileira.
687) O autor da imagem abaixo foi o artista francês Jean-Baptiste Debret, que veio ao Brasil em 1816, como integrante da Missão Francesa, promovida por D. João VI. Sua estada foi longa, pois ficou no Brasil até 1831. Isso permitiu que ele produzisse uma grande quantidade de desenhos e pinturas sobre o povo e as paisagens brasileiras, além de interessantes relatos. Publicou os seus trabalhos no livro Viagem pitoresca e histórica do Brasil.
- A) Todos os escravos viviam em condições bastante semelhantes.
- B) Havia uma forte hierarquia na sociedade escravista que se expressava na vida cotidiana.
- C) A mulher tinha um papel de destaque na família patriarcal.
- D) Os senhores de escravos defendiam mais participação política dos seus escravos.
A alternativa correta é letra B) Havia uma forte hierarquia na sociedade escravista que se expressava na vida cotidiana.
Gabarito: Letra B
A imagem traz uma pintura de Jean-Baptiste Debret chamada um funcionário brasileiro a passeio com sua família.
Na pintura vemos uma família saindo de sua residência para um passeio. À frente, como líder da família, o homem, o patriarca.
Verificamos que por último estarão os escravos, mas cada um vestido de uma maneira diferente o que denota relações sociais diferentes.
As escravas mais próximas à senhora possuem trajes que denotam maior proximidade com a “casa grande”, são as amas de leite ou as escravas confidentes das senhoras. Os escravos que ainda estão próximos à porta provavelmente seriam alocados nas senzalas ou nos afazeres de casa.
Assim, além de vermos um mini retrato da sociedade escravista, podemos verificar também a existência de uma hierarquia na escravidão.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: Pela imagem é possível constatar que os escravos não viviam em condições semelhantes. Os que viviam na Casa Grande tinham relações de trato diferenciadas daqueles que viviam nas senzalas. Uma possibilidade de ganho diferente estava na alforria, certamente, mais fácil para quem já vivia no interior da casa do patriarca.
Letra C: Na imagem notamos que a mulher está atrás do homem, o que denota que a mulher não tinha um papel de destaque nesse tipo de família.
Letra D: Não é possível verificar isso na pintura.
688) Observe a imagem.
- A) ao fim da escravidão.
- B) à produção de açúcar.
- C) ao crescimento urbano.
- D) à extração de ouro.
- E) ao trabalho assalariado.
A alternativa correta é letra B) à produção de açúcar.
Gabarito: Letra B
A ilustração do pintor francês Jean-Baptiste Debret é conhecida por dois títulos: "Pequena moenda para fazer caldo de cana” ou "Engenho manual que faz caldo de cana" e está associada à produção do açúcar em uma fazenda.
Debret foi um importante pintor que esteve na Corte de D. João VI ilustrando a vida cotidiana na capital e no interior. Pintou o trabalho dos escravos, os indígenas, os membros da Corte, os passeios das famílias, paisagens, festas e ritos, etc.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: Vemos na imagem escravos trabalhando em uma atividade da economia açucareira.
Letra C: Não há referência à vida urbana na imagem, pois se trata de um local dentro de uma propriedade rural.
Letra D: Não vemos referências à mineração.
Letra E: Vemos na imagem a referência ao trabalho escravo. O trabalho assalariado só começa a se tornar padrão a partir do século XIX com o advento da Revolução Industrial.
Resposta baseada na fonte:
ENGENHO Manual que Faz Caldo de Cana. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra61279/engenho-manual-que-faz-caldo-de-cana. Acesso em: 17 de Abr. 2020. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
689) Leia o texto abaixo.
- A) assemelhava-se à sociedade formada em torno da produção do açúcar, ambas marcadas pela diversidade das atividades econômicas e intensa mobilidade social.
- B) caracterizou-se pela ausência de dinamismo e poucos conflitos entre os colonos e o governo português, desinteressado por esse tipo de atividade econômica.
- C) provocou intenso deslocamento populacional, motivado pelo ouro de aluvião e atividades econômicas paralelas à mineração, como a agricultura e o comércio.
- D) contou com uma produção artística precária, desprovida de religiosidade e marcada por valores e princípios tradicionais da cultura portuguesa.
A alternativa correta é letra C) provocou intenso deslocamento populacional, motivado pelo ouro de aluvião e atividades econômicas paralelas à mineração, como a agricultura e o comércio.
Vamos analisar cada alternativa, para identificar qual delas está correta de acordo com o texto.
A) assemelhava-se à sociedade formada em torno da produção do açúcar, ambas marcadas pela diversidade das atividades econômicas e intensa mobilidade social.
INCORRETO. O texto não faz nenhuma comparação entre a sociedade mineradora e a sociedade açucareira. Além disso, não menciona que ambas eram marcadas pela diversidade das atividades econômicas e intensa mobilidade social. Na verdade, a sociedade açucareira era conhecida por sua rigidez social, com pouca mobilidade, e por uma economia monocultora, voltada para a produção de açúcar. A alternativa está, portanto, incorreta.
B) caracterizou-se pela ausência de dinamismo e poucos conflitos entre os colonos e o governo português, desinteressado por esse tipo de atividade econômica.
INCORRETO. O texto contradiz diretamente essa alternativa. Ele menciona um "afluxo formidável de gente", o que indica um alto grau de dinamismo. Além disso, o governo português era muito interessado na atividade mineradora, pois isso lhe trazia grandes lucros através dos impostos. Essa alternativa está, portanto, incorreta.
C) provocou intenso deslocamento populacional, motivado pelo ouro de aluvião e atividades econômicas paralelas à mineração, como a agricultura e o comércio.
CORRETO. Essa alternativa está de acordo com o texto. Ele menciona um "afluxo formidável de gente", o que indica um intenso deslocamento populacional. Além disso, menciona que as pessoas estavam ocupadas em atividades mineradoras, agrícolas e comerciais. Essa alternativa está, portanto, correta.
D) contou com uma produção artística precária, desprovida de religiosidade e marcada por valores e princípios tradicionais da cultura portuguesa.
INCORRETO. O texto não faz nenhuma menção à produção artística da sociedade mineradora. Além disso, é sabido que a arte barroca, desenvolvida nesse período e região, era rica e profundamente religiosa, contradizendo a alternativa. Essa alternativa está, portanto, incorreta.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA C.
690) No Brasil, a formação de grupos de escravos fugidos, como forma de resistência à escravidão, recebeu o nome de Quilombo. O Quilombo mais importante foi o de
- A) Palmares.
- B) Ouro Preto.
- C) Recife.
- D) Garanhuns.
- E) Brasília.
A alternativa correta é letra A) Palmares.
O Quilombo de Palmares foi o mais importante e conhecido grupo de escravos fugidos no Brasil colonial. Localizado na região da atual cidade de União dos Palmares, em Alagoas, foi fundado no final do século XVI e durou até 1695, quando foi destruído pelas forças coloniais. O Quilombo de Palmares foi liderado por Zumbi dos Palmares, um dos principais líderes da resistência à escravidão no Brasil.