Questões Sobre Período Colonial - História - concurso
61) O arrocho fiscal que intensificou as indisposições entre a Colônia Brasileira e a Metrópole Portuguesa nas Minas Gerais e que consistia na cobrança anual de uma cota de 100 arrobas de ouro por município foi denominado de
- A) Derrama.
- B) Quinto Real.
- C) Código Mineiro de 1603.
- D) Intendência das Minas.
A alternativa correta é letra A) Derrama.
A Derrama foi um imposto criado pela Coroa Portuguesa em 1750, durante o Período Colonial, com o objetivo de aumentar a arrecadação de ouro nas Minas Gerais. Consistia na cobrança anual de uma cota de 100 arrobas de ouro por município, o que gerou grande descontentamento entre os colonos e intensificou as indisposições entre a Colônia Brasileira e a Metrópole Portuguesa.
62) “Desde que os portugueses encontraram o ouro no Brasil, tanto o escoamento da produção colonial quanto o abastecimento das regiões produtoras foram feitos no lombo de animais de carga”.
- A) I, II e III.
- B) I e II, apenas.
- C) II e III, apenas.
- D) I, apenas.
A alternativa correta é letra B) I e II, apenas.
Explicação: A afirmação I é verdadeira, pois o comércio de animais de carga gerou prosperidade para aqueles que lidavam com essa atividade, pois os animais que circulavam pelos caminhos das tropas significavam intensa atividade econômica.
A afirmação II também é verdadeira, pois a atividade comercial de animais de carga fortaleceu a economia das regiões Sul e Centro-Sul do Brasil (hoje Sudeste) entre os séculos XVIII e XIX, apesar de ter sido alvo de pesados impostos.
Já a afirmação III é falsa, pois os animais de carga não apenas viabilizavam o transporte das riquezas no interior da Colônia, mas também constituíam-se em fonte rentável, pois eram essenciais para o escoamento da produção colonial e o abastecimento das regiões produtoras.
63) A ordem do rei
- A) Fidalgo português, primeiro Governador Geral do Brasil - Salvador - “dar favor e ajuda às povoações”.
- B) Comandante português, nomeado para lançar os fundamentos da ocupação efetiva da terra - São Vicente e Piratininga - acesso aos metais preciosos.
- C) Fidalgo português, pertencente às Câmaras Municipais dos “homens bons” e dono de terras - Salvador - fundada para constituição de famílias católicas na Colônia, acolhendo meninas órfãs de Portugal.
- D) Fidalgo, primeiro vice-rei do Brasil - Rio de Janeiro - transferência da Família Real.
- E) Segundo Governador Geral do Brasil - Salvador - realização de entradas ao interior em busca das riquezas minerais, combatendo tribos rebeladas.
A alternativa correta é letra A) Fidalgo português, primeiro Governador Geral do Brasil - Salvador - “dar favor e ajuda às povoações”.
Gabarito: Letra A
A questão quer saber em qual das alternativas há a descrição correta de Tomé de Sousa. Vamos comentar as alternativas a fim de encontrar o gabarito.
a) Fidalgo português, primeiro Governador Geral do Brasil - Salvador - “dar favor e ajuda às povoações”.
Correta. Conforma aponta o regimento de Tomé de Sousa, este era um fidalgo português que foi nomeado pelo rei português para exercer o cargo de governador do Brasil, o primeiro cargo com funções centralizadoras, criado para administrar o território português na América. A Coroa portuguesa realizou a compra da capitania da Bahia, abandonada após o levante dos tupinambás, tornando-a real e sede do governo-geral do Brasil, com o objetivo de “dar favor e ajuda às povoações”. Chegando ao Brasil em 1549, Tomé de Sousa ergue uma vila, com foros de cidade, a primeira do Brasil, São Salvador.
b) Comandante português, nomeado para lançar os fundamentos da ocupação efetiva da terra - São Vicente e Piratininga - acesso aos metais preciosos.
Incorreta. Essa alternativa parece falar de Martim Afonso de Sousa, comandante português que recebeu atribuições da Coroa de lançar os fundamentos da ocupação efetiva da terra. Martim Afonso fundou o primeiro núcleo de povoamento do Brasil, a vila de São Vicente.
c) Fidalgo português, pertencente às Câmaras Municipais dos “homens bons” e dono de terras - Salvador - fundada para constituição de famílias católicas na Colônia, acolhendo meninas órfãs de Portugal.
Incorreta. Tomé de Sousa era fidalgo, mas não pertencia às câmaras municipais, estando acima delas, pois ocupava o cargo de governador-geral do Brasil. Ele fundou a povoação de Salvador para a partir desse núcleo prosseguir com o povoamento e colonização do território brasileiro.
d) Fidalgo, primeiro vice-rei do Brasil - Rio de Janeiro - transferência da Família Real.
Incorreta. Tomé de Sousa foi fidalgo, mas não foi vice-rei. Esse título foi criado mais tardiamente, no século XVII.
e) Segundo Governador Geral do Brasil - Salvador - realização de entradas ao interior em busca das riquezas minerais, combatendo tribos rebeladas.
Incorreta. Tomé de Sousa foi o primeiro Governador Geral do Brasil. O segundo Governador foi Duarte Coelho a partir de 1553.
Referência:
DA SILVA, Francisco Carlos Teixeira. Conquista e Colonização da América Portuguesa. O Brasil Colônia 1500-1750. In: LINHARES, Maria Yedda (Org.) História geral do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
64) Foram características dominantes no Nordeste açucareiro, durante o Brasil colonial, a
- A) intensa vida urbana e a policultura de exportação.
- B) posse comunitária da terra e a servidão indígena.
- C) enorme chance de mobilidade social e o minifúndio.
- D) produção para o mercado interno e o trabalho familiar.
- E) grande propriedade rural e a mão de obra escrava.
A alternativa correta é letra E) grande propriedade rural e a mão de obra escrava.
Gabarito: Letra E
Durante o Brasil Colonial duas características do Nordeste açucareiro podem ser destacadas:
A produção feita em grandes propriedades de terra, voltada para a exportação e utilizando-se mão de obra escrava, primeiro indígena, depois a africana.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: A intensa vida urbana começa a aparecer no século XVIII com a exploração das minas de ouro. Também é incorreto dizer que havia uma policultura de exportação. Os latifúndios eram propriedades destinadas a um tipo de produto (monocultura), que poderia ser de cana, algodão ou tabaco.
Letra B: A posse da terra não era comunitária. Pertencia aos grandes latifundiários. Não se utilizou a servidão, mas a escravidão.
Letra C: Havia pouca chance de mobilidade social e as propriedades agrárias eram extensas (latifúndios)
Letra D: A produção era destinada ao mercado externo em função da alta procura dos produtos. O trabalho era escravo.
Resposta baseada na fonte:
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2ª edição. São Paulo: EdUSP, 1995.
65) No Brasil colonial, a mineração
- A) dependeu de investimentos holandeses e franceses.
- B) financiou a construção de ferrovias para transportar o ouro.
- C) empregou apenas indígenas, conhecedores das técnicas.
- D) contribuiu para o povoamento de regiões do interior.
- E) acabou com a exclusividade dos portugueses no comércio.
A alternativa correta é letra D) contribuiu para o povoamento de regiões do interior.
Gabarito: Letra D
A mineração foi uma das atividades que contribuíram para o povoamento das regiões das Minas Gerais e do Centro-Oeste, a exemplo, do Mato Grosso e Goiás.
Essas regiões atraíram muitas pessoas em busca ouro e pedras preciosas.
Uma mostra de que a migração foi tão intensa, as autoridades portuguesas à época chegaram a temer que Portugal ficasse despovoado de homens, uma vez a mineração atraiu muitas pessoas na metrópole.
Na época de auge do ouro, parte da população colonial se dedicava à exploração do metal e outra parte estava ligada às atividades que tinham relação com o ouro como, o comércio, a lavoura para abastecimentos das áreas mineradoras, artes, prostituição, transporte e funcionalismo público.
O expressivo mercado interno e a maior centralização administrativa criaram em Minas uma sociedade com características urbanas, diversificada e hierarquias mais fluidas.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: A mineração não dependeu de investimentos holandeses e franceses. Era feita por colonos brasileiros e organizada pela administração portuguesa.
Letra B: O ouro não era transportado por trens, pois as primeiras ferrovias só começaram a surgir no Brasil no século XIX.
Letra C: A mineração empregou escravos, pequenos lavradores, libertos e portugueses em busca de enriquecimento.
Letra E: Não dá para saber se essa alternativa fala do comércio local ou das relações comerciais entre metrópole e colônia. Em relação ao comércio local havia uma competição entre os lusitanos e os brasileiros que chegaram a região das Minas. Sobre a relação metrópole-colônia ainda se pautou pelo exclusivismo colonial com favorecimento à balança comercial portuguesa.
Resposta baseada nas fontes:
AZEVEDO, Gislane Campos e SERIACOPI, Reinaldo. História: volume único. São Paulo: Ática, 2005.
66) Leia as assertivas sobre o Brasil colonial.
- A) I e II, apenas.
- B) I, III e IV, apenas.
- C) I, II, IV e V, apenas.
- D) III, IV e V, apenas.
- E) I, II, III, IV e V.
A alternativa correta é letra C) I, II, IV e V, apenas.
Gabarito: Letra C
Vamos comentar proposição por proposição:
I. A opção portuguesa pela produção açucareira esteve relacionada com o fato de os portugueses não encontrarem, no século XVI, metais e pedras preciosas no litoral. (CORRETA)
A opção portuguesa pela economia açucareira se deveu em um primeiro momento pelo fato de não ter sido encontrado metais ou pedras preciosas no litoral. Além disso, devemos também ter em mente que a opção pela produção da cana-de-açúcar está ligada ao interesse que havia por esse produto no mercado internacional. Por fim, também podemos dizer que Portugal já era familiarizado com essa mercadoria, pois já havia instalado engenhos em suas ilhas colônias, no Atlântico.
II. A questão da escravização dos indígenas gerou uma série de conflitos entre os colonos e os jesuítas. (CORRETA)
Os jesuítas foram uma das principais ordens religiosas que chegaram ao Brasil com a missão de catequizar os indígenas. Como consequência contribuíram no processo de ocupação do território colonial fundando vários aldeamentos ou missões jesuítas, confinando os indígenas em uma área e assim utilizando sua mão de obra para a produção da lavoura nesses núcleos religiosos. Essa política de “proteção” do indígena entrou por diversas vezes em conflito com a ideologia dos colonizadores de utilizar a mão de obra indígena para as lavouras da cana, do tabaco e do algodão.
III. Durante todo o período colonial, as autoridades portuguesas permitiram apenas a entrada de escravos originários da região de Moçambique. (INCORRETA)
Os escravos que chegaram ao Brasil eram originários de variadas regiões do continente africano, como, por exemplo, Moçambique, Angola, Guiné e Nigéria.
IV. O “exclusivo metropolitano” obrigava o colono do Brasil a comercializar apenas com Portugal. (CORRETA)
Dá-se o nome na historiografia de Pacto Colonial ou Exclusivo Metropolitano a relação em que colônia comercializava exclusivamente com a sua metrópole. Essa ideia do pacto era parte da ideologia mercantilista de acumulação de riquezas para a metrópole.
V. Um efeito importante da exploração de ouro em Minas Gerais foi a formação de um mercado interno. (CORRETA)
Embora a pecuária nos séculos XVI e XVII já iniciasse um processo de formação de mercado consumidor interno é na mineração que o consumo interno colonial se consolida. A ocupação e o povoamento da região mineradora, como o atual estado de Minas Gerais e, em seguida, Goiás e Mato Grosso, alteraram o caráter predominantemente rural da colonização, com o surgimento de diversas vilas e cidades. A abertura de estradas e caminhos ligando a região das minas ao porto do Rio de Janeiro propiciou a intensificação do comércio, visando, sobretudo, ao abastecimento da região mineradora.
O mercado consumidor se ampliou e se aqueceu, em decorrência do crescimento populacional e da riqueza obtida com o ouro. Além disso, estimulava-se a importação de artigos manufaturados, bem como a produção interna de alimentos e a criação de gado.
A integração econômica das várias regiões e a consolidação do crescente mercado interno foram favorecidas pelo transporte de mercadorias feito por tropas de mulas (tropeiros) que cruzavam o território colonial em direção a Minas
Gerais e ao Rio de Janeiro.
Referências:
AZEVEDO, Gislane Campos e SERIACOPI, Reinaldo. História: volume único. São Paulo: Ática, 2005.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2ª edição. São Paulo: EdUSP, 1995.
VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. Volume 2. São Paulo: Scipione, 2013.
67) Levando em consideração a presença da escravidão no Brasil colonial, analise a Veracidade (V) ou Falsidade (F) das proposições abaixo:
- A) (F) (F) (F) (V).
- B) (V) (V) (F) (V).
- C) (F) (V) (F) (V).
- D) (V) (V) (F) (F).
A alternativa correta é letra B) (V) (V) (F) (V).
Gabarito: ALTERNATIVA B
Levando em consideração a presença da escravidão no Brasil colonial, analise a Veracidade (V) ou Falsidade (F) das proposições abaixo:
- (V) Nos primeiros tempos da colonização, a mão-de-obra utilizada foi a indígena, notabilizando-se os bandeirantes paulistas na captura e comercialização dos chamados “negros da terra”. Com a introdução da mão-de-obra africana, não se abandonou por completo a escravização do índio, ainda que houvesse legislação proibitiva a esse respeito.
Quanto a esse aspecto do primeiro século da colonização da América por Portugal, o candidato precisa ter claro que a principal atividade econômica desenvolvida era o extrativismo vegetal, com importante destaque para o pau-brasil. Para tanto, era mais eficiente e prático cooptar e escravizar os nativos, profundos conhecedores do extrativismo e capazes de dominar as dificuldades impostas pelo terreno. Com gastos irrisórios, estabelecia-se uma atividade extrativista mesmo sem que os portugueses de fato dominassem o conhecimento sobre a flora. As bandeiras foram já um segundo momento dessa presença portuguesa na América, quando os europeus passaram a dominar melhor o território e as possibilidades de estabelecimento e de trânsito na região a ponto de poder perseguir de fato os nativos continente a dentro. A mão de obra escrava africana, apesar de muito atrativa para a lavoura colonial, importava em custos elevados, com os quais áreas mais distantes da lucrativa indústria açucareira não poderiam arcar; mantendo, portanto, um ciclo de comércio e de controle de escravos indígenas com os esforços dos bandeirantes. No entanto, a ação dos jesuítas em expandir o cristianismo entre a população indígena levou a Igreja a pressionar pela proteção desses povos contra o aprisionamento para a escravidão. A queda de braço entre clérigos e bandeirantes se manteve mesmo após a proibição formal da escravização indígena, havendo manutenção de linhas clandestinas de comércio e de apresamento. Portanto, a afirmativa é VERDADEIRA.
- (V) Segundo um observador da época, os escravos “eram as mãos e os pés dos senhores”, isso porque de modo geral os colonos não eram afeitos ao trabalho braçal, posto que sua pratica poderia impor-lhes restrições a ocupação de postos de destaque na sociedade a que pertenciam.
A organização da sociedade colonial guardava relações diretas com as relações de nobreza europeias na transição entre as Idades Média e Moderna. Ainda que o mercantilismo - principal doutrina econômica da época - exaltasse as trocas comerciais, a manutenção do exclusivismo colonial e dos superávits na balança comercial e o acúmulo de metais preciosos, a vida nobre não se confundia com a produção de riqueza pelo trabalho braçal: se aos nobres cabia algum trabalho, este seria a organização do trabalho e da vida comercial. Portanto, para aquele universo social, eram inconcebível que os senhores de engenho trabalhassem diretamente na lavoura ou em qualquer lida braçal, posto sempre tido como indigno e reservado aos escravos. O trabalho braçal, portanto, era uma mácula insuperável que impedia o progresso social no mundo colonial. Assim, a afirmação é VERDADEIRA.
- (F) A Igreja combatia com veemência o uso do trabalho escravo africano na Colônia, sendo a atuação do Padre Vieira merecedora de destaque a esse respeito. Para Vieira, o batismo dos escravos na fé católica era motivo mais que justificável para emancipa-los do cativeiro.
A posição da Igreja católica quanto à escravização dos negros sempre foi algo contraditória na vida colonial brasileira. O arcabouço teológico católico atravessou os séculos de escravidão negra em contradição, ora defendendo o dever da liberdade de todas as almas, ora interpretando o cativeiro como uma forma de depuração das almas. Curiosamente, o processo de expansão da fé católica entre os nativos americanos criou um eminente esforço político-teológico para banir a escravização indígena, chegando a conseguir que o governo português de fato a proibisse, importante garantia para a integridade e a prosperidade das missões jesuítas nas Américas. Padre António Vieira, expoente da retórica e do pensamento do século XVII, teve um destacado papel no ataque contra a escravidão indígena tanto nos seus sermões quanto em sua atuação política. No entanto, quanto à escravidão africana, sua posição foi cercada de contradições, chegando mesmo a defender o estatuto da escravidão sobre os negros batizados como uma forma de crescimento espiritual. Portanto, a afirmativa é FALSA.
- (V) A prática livre da alforria foi muito comum durante todo o período colonial e, era entendida, de forma geral, como uma ação caritativa. Fazia-se também uso da coartação, que consistia na concessão da liberdade mediante o pagamento em parcelas por parte do cativo. Quando o pagamento era finalizado, o escravo recebia sua carta de liberdade.
A alforria foi o estatuto jurídico que, durante o período colonial, atribuía a liberdade para os escravos quando assim fosse desejado pelos seus senhores. No entanto, o estatuto do alforriado (ou "forro") não se igualava ao do cidadão livre, porque sua liberdade era sustentada pela caridade de seu antigo senhor, sempre devendo a este sua gratidão, sendo possível até mesmo a revogação da alforria sob acusação de ingratidão do ex-cativo. A coartação permitia que o escravo vivesse livremente para acumular ganhos suficiente para amortizar a compra da sua alforria; ou seja, atribuíam-se-lhe direitos para que pudesse, de fato, comprar sua alforria. Afirmativa VERDADEIRA.
Desta forma, a sequência de respostas conforma V - V - F - V. Está correta a ALTERNATIVA B.
68) A atividade econômica que possibilitou a presença portuguesa no vale amazônico no século XVII foi:
- A) a agricultura comercial da cana-de-açúcar com base no trabalho escravo;
- B) a produção das “drogas do sertão” graças ao conhecimento e ao trabalho de índios catequizados;
- C) o extrativismo mineral devido à chegada de imigrantes portugueses após a expulsão dos jesuítas;
- D) a agricultura de subsistência nos solos férteis das terras firmes segundo as práticas do encoivaramento.
A alternativa correta é letra B) a produção das “drogas do sertão” graças ao conhecimento e ao trabalho de índios catequizados;
Gabarito: Letra B
Na região norte, a colonização portuguesa foi realizada com intensas batalhas fluviais e terrestres, sendo efetivada através de dois instrumentos: a criação de fortes e a ação missionária.
E como desdobramento das ações missionárias, as ordens religiosas do Amazonas edificaram os aldeamentos indígenas e perceberam que os índios eram profundos conhecedores da flora local.
Assim, passaram a se ocupar das atividades missionárias sem descuidar do enriquecimento através da exploração dos índios na retirada das drogas do sertão, especiarias da floresta, que teriam um amplo mercado na Europa.
Não é à toa que a administração espanhola criará no Brasil o estado do Maranhão e Grão Pará dentre os objetivos, estava o de incentivar a exploração das drogas do sertão na região amazônica.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: A cana de açúcar não vingou em solo amazônico devido ao fato deste ser úmido e a planta precisa de um solo seco.
Letra C: As descobertas de minérios e pedras preciosas na Amazônia se deu com os bandeirantes em meados do século XVII. Os jesuítas ainda estavam em território amazônico e só foram expulsos no século XVIII.
Letra D: Em uma época de Pacto Colonial, as atividades deveriam ser voltadas para o enriquecimento da metrópole, ou seja, produções altamente lucrativas, portanto, uma agricultura de subsistência tende a ser destinada ao mercado interno.
69) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.
- A) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.
- B) os árabes serem aliados históricos dos portugueses.
- C) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente.
- D) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.
- E) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante.
A alternativa correta é letra A) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.
Gabarito: Letra A
A opção pelo açúcar se deu em função do alto valor que a mercadoria tinha na Europa a partir do século XIII. Entretanto, o açúcar era usado como remédio e tempero.
Após o século XVI, o açúcar passou a ser um produto de maior consumo no continente.
Assim, o lucro obtido com o comércio do produto era bastante vantajoso para Portugal.
A Coroa portuguesa implantou o cultivo da cana no Brasil após uma experiência já realizada em sua colônia na ilha da Madeira.
Podemos situar a entrada da cana no Brasil a partir de 1540, quando os primeiros engenhos começaram a ser instalados no Nordeste.
A mão de obra utilizada era a escrava africana, importada para a colônia na América através do tráfico transatlântico.
Por que as demais estão incorretas?
Letra B: Os árabes mantiveram com os portugueses relações de conflito e de negócios. Em um primeiro momento eram inimigos, sendo expulsos durante a guerra de independência de Portugal no século XII. Porém com o passar do tempo, os portugueses viram os árabes como povos em que poderiam ser mantidos contatos comerciais para obtenção de especiarias e os escravos iniciais para a ocupação da ilha da Madeira.
Letra C: A escolha do açúcar se deve pela procura no mercado europeu e pela utilização de mão de obra bastante suficiente em função do tráfico negreiro.
Letra D: As feitorias africanas comercializavam escravos, armas e fumo com os portugueses. Pode ser que o açúcar tenha chegado à África como moeda de troca por escravos, mas a produção açucareira era voltada para o mercado europeu, principal consumidor naquele momento.
Letra E: Todo o sistema açucareiro foi importado por Portugal, portanto, não havia algo semelhante na colônia. Os engenhos, o transporte do açúcar e a mão de obra eram de origem externa.
70) Em relação ao processo de declínio do açúcar no Brasil colonial, podemos afirmar:
- A) Os franceses, concorrendo em melhores condições com o produto brasileiro, provocam a queda de seu preço, entre 1650 e 1688, a um terço de seu valor.
- B) Diante da crise da produção colonial de açúcar, o rei de Portugal, D. Pedro II, procurou soluções para superá-la, apoiando-se na atuação de seu ministro, o conde Ericeira, que baixou as “leis pragmáticas”, proibindo o uso de produtos estrangeiros a fim de reduzir os prejuízos e equilibrar a balança comercial.
- C) Com a crise, não houve condições financeiras para estimular a busca pelas drogas do sertão.
- D) A crise do açúcar provocou instabilidade diplomática entre Brasil e Portugal, onde líderes da ala liberal exigiram a expulsão de D. Pedro II em 1687.
Resposta Correta: B) Diante da crise da produção colonial de açúcar, o rei de Portugal, D. Pedro II, procurou soluções para superá-la, apoiando-se na atuação de seu ministro, o conde Ericeira, que baixou as "leis pragmáticas", proibindo o uso de produtos estrangeiros a fim de reduzir os prejuízos e equilibrar a balança comercial.
A alternativa B é a correta porque durante o período colonial, o rei de Portugal, D. Pedro II, enfrentou uma crise na produção de açúcar no Brasil. Para superar essa crise, ele contou com o apoio de seu ministro, o conde Ericeira, que implementou as "leis pragmáticas". Essas leis proibiam o uso de produtos estrangeiros, visando reduzir os prejuízos e equilibrar a balança comercial.
As outras alternativas estão incorretas porque:
- A) Os franceses não concorreram em melhores condições com o produto brasileiro, provocando a queda do preço do açúcar.
- C) A crise do açúcar não impediu a busca pelas drogas do sertão.
- D) A crise do açúcar não provocou instabilidade diplomática entre Brasil e Portugal, nem exigiu a expulsão de D. Pedro II em 1687.