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Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

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701) Observe a imagem a seguir.

  • A) monarquia brasileira, sendo o catolicismo a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1988, que instituiu o Estado confessional.

  • B) colonização portuguesa, sendo o catolicismo a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1891, que instituiu o Estado laico.

  • C) república brasileira, sendo o catolicismo a religião oficial do Estado até a Constituição republicana de 1934, que instituiu o Estado ateu.

  • D) autocracia portuguesa, sendo o catolicismo a religião oficial do Estado até a Constituição Liberal 1824, que instituiu o Estado católico.

  • E) comunidade católica, sendo o catolicismo a religião oficial do Estado até a Constituição Monárquica de 1854, que instituiu o Estado agnóstico.

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A alternativa correta é letra B) colonização portuguesa, sendo o catolicismo a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1891, que instituiu o Estado laico.

Gabarito: Letra B

 

A predominância do catolicismo como religião da maioria da população brasileira liga-se ao contexto da colonização portuguesa.

 

O projeto colonizador português atrelou a conquista de novos territórios e povos à expansão da fé católica.

 

Durante o Império, o catolicismo tornou-se a religião oficial do Estado através da Constituição de 1824.

 

O Estado brasileiro só desvinculou-se da religião católica em 1891, com a primeira constituição republicana que definiu a laicidade do Estado.

 

As constituições posteriores a 1891 permaneceram com a laicidade do Estado.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A:  monarquia brasileira, sendo o catolicismo a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1988, que instituiu o Estado confessional.

 

A herança de um país católico liga-se ao contexto da colonização portuguesa. A religião católica passou a ser a religião do Estado pela Constituição de 1824 perdurando até 1891.

 

Letra C: república brasileira, sendo o catolicismo a religião oficial do Estado até a Constituição republicana de 1934, que instituiu o Estado ateu.

 

A herança de um país católico liga-se ao contexto da colonização portuguesa. A religião católica passou a ser a religião do Estado pela Constituição de 1824 perdurando até 1891.

 

Letra D:  autocracia portuguesa, sendo o catolicismo a religião oficial do Estado até a Constituição Liberal 1824, que instituiu o Estado católico.

 

A herança de um país católico liga-se ao contexto da colonização portuguesa. A religião católica passou a ser a religião do Estado pela Constituição de 1824, que não era uma Constituição Liberal, mas com caráter autoritário. O estado confessional, ou seja, aquele que é ligado a uma religião, perdurou até 1891.

 

Letra E:  comunidade católica, sendo o catolicismo a religião oficial do Estado até a Constituição Monárquica de 1854, que instituiu o Estado agnóstico.

 

A herança de um país católico liga-se ao contexto da colonização portuguesa. A religião católica passou a ser a religião do Estado pela Constituição de 1824 e não pela Constituição de 1854, que sequer existiu.

 

702) Com relação à história colonial brasileira, julgue o item que se segue.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito: CERTO.

Portugal, um Estado onde o catolicismo era extremamente forte, possuía uma estrutura hierárquica baseada na política de "pureza de sangue" dos indivíduos. 

Segundo essa lógica, os povos indígenas e seus descendentes, os negros e mulatos eram segregados. Tal segregação também existia no âmbito religioso, dessa forma, os judeus, mouros e ciganos estavam incluídos nos grupos dos chamados "sangue infecto", por isso tinham sua possibilidade de ascensão social limitada, assim como afirma o texto da questão. 

Em outras palavras, no período colonial, muitas ordens e cargos públicos ficaram restritos aos portugueses brancos que professavam a fé católica e se identificavam como detentores de "pureza no sangue".

Portanto, o gabarito é: Certo.

703) Durante o período colonial, o modelo escravista predominou como forma hegemônica nas relações sociais de produção do Brasil. Quanto ao emprego da violência, durante a escravidão colonial no Brasil, a assertiva correta é:

  • A) O escravismo colonial brasileiro teve um índice moderado no emprego da violência para obtenção do trabalho escravo, devido à índole cordial do povo português e à influência da fé cristã.
  • B) Embora a violência aberta fosse fundamental para a sustentação do sistema escravista brasileiro, este não se sustentava apenas pelo uso da violência, pois desenvolveram-se ao longo do tempo, oportunidades diferenciadas de inserção dos homens no escravismo colonial brasileiro.
  • C) Enquanto houve escravismo no Brasil, o emprego da violência física e do terror foi o único modo de fazer com que os escravos se dedicassem ao trabalho, tanto na lavoura quanto nos serviços domésticos.
  • D) O modelo colonial brasileiro tinha um índice baixíssimo de emprego da violência, tanto física quanto psicológica, já que boa parcela da população de escravos brasileiros tornou-se sócia dos senhores de engenho; tratava-se de um sistema que congregava práticas feudais, escravidão e um nascente emprego de mão de obra assalariada.
  • E) Devido ao costume, adotado por todos os senhores de engenho, de liberar alguns lotes de sua propriedade para que os escravos pudessem realizar a produção de gêneros agrícolas voltados para o próprio consumo e a venda no mercado interno, a violência do escravismo colonial brasileiro praticamente desapareceu.

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A alternativa correta é letra B) Embora a violência aberta fosse fundamental para a sustentação do sistema escravista brasileiro, este não se sustentava apenas pelo uso da violência, pois desenvolveram-se ao longo do tempo, oportunidades diferenciadas de inserção dos homens no escravismo colonial brasileiro.

A assertiva correta é a letra B porque, embora a violência fosse um elemento fundamental para a manutenção do sistema escravista no Brasil colonial, não era o único fator que sustentava esse sistema. Além da violência, havia oportunidades diferenciadas de inserção dos homens no escravismo, como a possibilidade de alguns escravos se tornarem feitores ou capatazes, ou mesmo de alcançar a liberdade.

As outras opções são incorretas porque:

  • A) É uma visão romantizada do escravismo colonial brasileiro, que não condiz com a realidade histórica.
  • C) É uma visão simplista e reducionista do escravismo, que não considera as complexidades e nuances do sistema.
  • D) É uma visão inverídica, pois o modelo colonial brasileiro não era caracterizado por uma ausência de violência.
  • E) É uma visão fantasiosa, pois a liberdade de produção de gêneros agrícolas não era uma prática comum entre os senhores de engenho.

704) “(…) a aldeia é um espaço escolhido e organizado pelo próprio índio, e ‘o aldeamento é resultado de uma política feita por vontade dos europeus para concentrar comunidades indígenas’.”

  • A) a catequese e a escravidão dos indígenas como mão-de-obra para a monocultura, o que implicou para os índios a mestiçagem com os escravos negros e a modificação de sistema de trabalho e organização social.

  • B) a aculturação, a conversão religiosa e a escravização dos indígenas para extração do pau-brasil, o que implicou para os índios a mestiçagem com os brancos europeus e a modificação da sua organização social.

  • C) a catequese, o isolamento político e cultural dos jesuítas e o controle das áreas de fronteiras com as colônias espanholas, o que implicou para os índios uma grande mortalidade por conta dos confrontos com os espanhóis.

  • D) a aculturação e a proteção dos indígenas perante os bandeirantes, o que implicou para os índios a conversão religiosa e a formação de clérigos e de noviças para a Companhia de Jesus.

  • E) a catequese, a proteção dos indígenas e a assimilação dos nativos ao sistema colonial, o que implicou para os índios a modificação de hábitos, crenças religiosas, sistema de trabalho e organização habitacional.

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A alternativa correta é letra E) a catequese, a proteção dos indígenas e a assimilação dos nativos ao sistema colonial, o que implicou para os índios a modificação de hábitos, crenças religiosas, sistema de trabalho e organização habitacional.

Gabarito: ALTERNATIVA E

  

“(...) a aldeia é um espaço escolhido e organizado pelo próprio índio, e ‘o aldeamento é resultado de uma política feita por vontade dos europeus para concentrar comunidades indígenas’."

(Aldeias que não estão no mapa. Entrevista com a Profa. Dra. Nanci Vieira de Oliveira por Maria Alice Cruz. Jornal da Unicamp. 197, novembro de 2002, p.5.).

 

A afirmação acima refere-se aos aldeamentos missionários e às transformações que eles trouxeram à vida dos indígenas no período colonial da América portuguesa. Os objetivos das missões jesuíticas eram

  • a)  a catequese e a escravidão dos indígenas como mão-de-obra para a monocultura, o que implicou para os índios a mestiçagem com os escravos negros e a modificação de sistema de trabalho e organização social.

De fato, a conversão dos indígenas ao cristianismo por meio da catequese era o grande eixo motor da formação dos aldeamentos na América Portuguesa, que eram, majoritariamente, comandados por clérigos jesuítas. No entanto, isso não significava o apresamento desses indivíduos como mão-de-obra escrava; pelo contrário, sua conversão ao cristianismo fazia com que a Igreja agisse no sentido de pressionar o governo colonial contra a sua escravização. Já no século XVI, a Companhia de Jesus (ordem dos jesuítas) conseguiu que o rei de Portugal proibisse a escravização de todos os indígenas aldeados nas missões e convertidos ao cristianismo. Esse, inclusive, foi um dos motivos que fortaleceu o comércio de escravos com a costa africana, transformando decisivamente a composição da mão-de-obra na experiência colonial portuguesa na América. Alternativa errada.

 
  • b)  a aculturação, a conversão religiosa e a escravização dos indígenas para extração do pau-brasil, o que implicou para os índios a mestiçagem com os brancos europeus e a modificação da sua organização social.

Novamente, incorre-se no erro de associar as missões jesuíticas à escravização dos indígenas. Além disso, a extração do pau-brasil como grande atividade colonial ficou muito associada à primeira metade do século XVI na faixa leste do litoral brasileiro. As missões, por seu turno, se interiorizaram pelo continente e também pela faixa norte do litoral. Sem propriamente escravizar os aldeados, essas missões desenvolviam atividades comerciais relativamente bem organizadas, como a extração de drogas do sertão e pecuária - ou seja, não se pode reduzi-las ao primeiro ciclo do extrativismo vegetal. Alternativa errada.

 
  • c)  a catequese, o isolamento político e cultural dos jesuítas e o controle das áreas de fronteiras com as colônias espanholas, o que implicou para os índios uma grande mortalidade por conta dos confrontos com os espanhóis.

Não houve conflitos significativos entre as experiências portuguesa e espanhola na América como um todo, muito menos opondo os jesuítas. Ainda que a presença dos jesuítas na região dos Sete Povos das Missões tenha trazido alguns pontos de atrito, isso não implicou em conflitos generalizados. A presença das missões jesuítas na América Portuguesa não estava propriamente na proximidade das áreas fronteiriças mais povoadas da América Espanhola, o que também reduziu expressivamente as possibilidades de atritos mais graves. Alternativa errada.

 
  • d)  a aculturação e a proteção dos indígenas perante os bandeirantes, o que implicou para os índios a conversão religiosa e a formação de clérigos e de noviças para a Companhia de Jesus.

De fato, as ações dos bandeirantes significavam um risco expressivo para os aldeamentos jesuítas, visto que muitos bandeirantes organizavam ataques para capturar indígenas aldeados mesmo existindo a proibição oficial para essa forma de apresamento. Mas, na alternativa, existe uma inversão das relações de causalidade: se os indígenas tinham alguma proteção era porque estavam aldeados e se convertiam ao cristianismo; mas isso não implica dizer que os aldeamentos em si fossem pensados para, em primeiro lugar, proteger os indígenas. Além disso, ainda que a conversão e algumas formas de aculturação fossem parte da rotina dos aldeamentos, não era uma realidade estabelecida o ordenamento clerical entre os indígenas. A conversão religiosa ia no sentido da expansão da fé cristã nas terras da América, e não na formação de novos clérigos entre os nativos na América Portuguesa. Alternativa errada.

 
  • e)  a catequese, a proteção dos indígenas e a assimilação dos nativos ao sistema colonial, o que implicou para os índios a modificação de hábitos, crenças religiosas, sistema de trabalho e organização habitacional.

Ainda que bastante simples, a alternativa é consistente e não deixa muito espaço para dúvidas. A expansão da fé cristã era um motor importantíssimo para a ação dos jesuítas na América, então a conversão por meio da catequese dos indígenas era uma questão central nos aldeamentos. Em segundo lugar, o fortalecimento dessas missões tinha uma função estratégica de dissuadir o assédio dos bandeirantes para apresar os indígenas convertidos, garantindo a continuidade do trabalho jesuítico. Por fim, ainda que não estivessem plenamente integradas à cadeia produtiva da plantation, as missões jesuíticas, por força do aculturamento, forçava os indígenas na direção da assimilação ao sistema colonial, já que fragilizava decisivamente suas estruturas socioculturais tradicionais. ALTERNATIVA CORRETA.

  

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA E.

705) “Nas Américas, em particular, a escravidão na grande lavoura foi ao mesmo tempo um sistema de trabalho, um modo de dominação racial e a base para o surgimento de uma classe dominante bem caracterizada”.

  • A) um sistema social.
  • B) uma sociedade de classe.
  • C) um sistema racista.
  • D) um modo de produção.
  • E) um regime de apartheid.

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A alternativa correta é letra A) um sistema social.

Gabarito: ALTERNATIVA A

  

“Nas Américas, em particular, a escravidão na grande lavoura foi ao mesmo tempo um sistema de trabalho, um modo de dominação racial e a base para o surgimento de uma classe dominante bem caracterizada”.

 

(FONER, Eric. Nada além da liberdade, 1988, p. 17)

 
  • Pela vertente analítica proposta por Foner, é correto definir a escravidão nas Américas, inclusive no Brasil, como:

Aqui, é importante que o estudante tenha atenção: a banca está solicitando um exercício de interpretação de texto. É preciso, portanto, concentrar esforços em identificar a alternativa que mais bem represente aquilo que é exposto no trecho citado. Então, basta ter atenção e compreender adequadamente o que está sendo dito para acertar a questão.

 
  • a)  um sistema social.

Note o estudante que o autor deixa muito claro que não se pode resumir a escravidão na América aos seus aspectos econômicos: ela foi o elemento definidor de uma série de relações sociais definidoras da formação social. Sendo "um sistema de trabalho", "um modo de dominação racial" e "base para o surgimento de uma classe dominante", a escravidão teve uma função pivotal na conformação de todo um sistema social. Todas as interações sociais passavam diretamente pela escravidão ou por uma das suas consequências diretas, o que, obviamente, deixou reverberações importantes na formação dessas sociedades. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • b)  uma sociedade de classe.

Uma sociedade de classe é impossível no universo escravista. O estudante precisa ter claro que a sociedade de classe pressupõe a possibilidade de mobilidade social, ainda que esta ocorra em graus diferentes. Na sociedade escravocrata, o universo de escravos sequer são plenamente entendidos como seres humanos, estando antes reduzidos à condição de patrimônio e de ferramenta de trabalho dentro de um modo de produção. Alternativa errada.

 
  • c)  um sistema racista.

O racismo é uma das componentes e uma das consequências da escravidão. O argumento do autor é bastante claro ao tratar o sistema racista ("modo de dominação racial") como uma das partes do problema, mas não como seu todo. O impacto da escravidão é muito maior e muito mais complexo do que a questão do racismo em si mesma. Alternativa errada.

 
  • d)  um modo de produção.

Essa alternativa reproduz a mesma estrutura de erro da anterior, pegando uma das componentes e generalizando como se fosse todo o problema. A questão econômica do modo de produção escravista, de fato, é um ponto gravíssimo, mas Foner compreende a questão em termos ainda mais amplos, deixando o "sistema de trabalho" como uma das componentes, e não como a totalidade. Alternativa errada.

 
  • e)  um regime de apartheid.

O regime de apartheid foi uma realidade sul-africana do século XX. Preconizando uma forma de "desenvolvimento em separado", o regime de minoria branca da África do Sul organizou todo um sistema de segregação racial que organizava toda a vida pública segundo classificações raciais extremamente descriminatórias. Ainda que tenha algumas raízes comuns, esse regime não pertence à trajetória histórica do continente americano e, portanto, foge em muito o tema de discussão aqui. Alternativa errada.

  

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.

706) Característica da política brasileira que emergiu ao longo do processo de colonização, configurado pela hipertrofia do poder privado, especialmente no âmbito do universo agrário.

  • A) mandonismo local.

  • B) caudilhismo gaúcho.

  • C) coronelismo oligárquico.

  • D) populismo clientelista.

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A resposta correta é a letra A) mandonismo local.

O mandonismo local é uma característica da política brasileira que emergiu ao longo do processo de colonização. Ele se configura pela hipertrofia do poder privado, especialmente no âmbito do universo agrário. Isso significa que os proprietários de terras e senhores de engenho exerciam um grande poder sobre as populações locais, muitas vezes mais do que as autoridades coloniais.

O mandonismo local se caracterizava pela concentração de poder e riqueza nas mãos de poucos indivíduos, que controlavam a economia e a política local. Esses indivíduos, muitas vezes, eram os donos das terras e dos engenhos, e exerciam um grande controle sobre as populações locais.

Já as outras opções não se encaixam na descrição apresentada. O caudilhismo gaúcho é um fenômeno típico do sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, e se refere ao poder exercido por líderes militares ou políticos locais. O coronelismo oligárquico é um fenômeno que ocorreu no Brasil Republicano, especialmente no início do século XX, e se refere ao poder exercido por coronéis, que eram líderes políticos locais que controlavam a política e a economia em seus municípios. O populismo clientelista é um fenômeno que ocorreu em vários países, inclusive no Brasil, e se refere à relação entre líderes políticos e seus seguidores, baseada em trocas de favores e benefícios.

707) Leia os excertos a seguir:

  • A) teve relevância apenas a escravidão negra, pois esta chegou até o período monárquico.

  • B) apesar de violenta, a escravidão dos negros advindos da África proporcionou aos mesmos um processo de acomodação às comunidades da colônia bem como a manutenção integral de seus padrões culturais.

  • C) tanto a escravidão indígena quanto a africana duraram até a abolição, mas somente populações indígenas sofreram com a desculturação.

  • D) a escravidão indígena predominou nos tempos iniciais da colonização e mesmo superada em número pela africana, tempos depois, ainda existiu em diversas áreas até o advento da abolição.

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A alternativa correta é letra D) a escravidão indígena predominou nos tempos iniciais da colonização e mesmo superada em número pela africana, tempos depois, ainda existiu em diversas áreas até o advento da abolição.

Essa alternativa é a correta porque, de acordo com o excerto I, a escravidão indígena predominou no primeiro século da colonização brasileira e, mesmo após ser superada em número pela escravidão africana no século XVII, ainda existiu em áreas pioneiras como estoque de escravos baratos utilizáveis para funções auxiliares.

Além disso, o excerto II destaca a violência e a desculturação sofrida pelos negros escravos, o que não é mencionado em relação à escravidão indígena. Portanto, a alternativa D é a que melhor resume o papel da escravidão no período colonial brasileiro.

708) Feijoada é um prato que consiste num guisado de feijão com carne. É um prato com origem no norte de Portugal, e que hoje em dia constitui um dos pratos mais típicos da cozinha brasileira. Em Portugal, cozinha-se com feijão branco no noroeste (Minho e Douro Litoral) ou feijão vermelho no nordeste (Trás os montes), e geralmente inclui também outros vegetais (tomate, cenouras ou couve) juntamente com a carne de porco ou de vaca, às quais se podem juntar chouriço, morcela ou farinheira. No Brasil, os negros faziam uma mistura de feijões pretos e de vários tipos de carne de porco e de boi. Atualmente, o prato chega à mesa acompanhado de farofa, arroz branco, couve refogada e laranja fatiada entre outros ingredientes.

  • A) mercantil, exercida pelos homens que transportavam mercadoria e gado.

  • B) agropecuária, exercida pelos homens que trabalhavam no campo.

  • C) mineradora, exercida na senzala com as sobras da cozinha dos senhores.

  • D) culinária, exercida na senzala com as sobras da cozinha dos senhores.

  • E) comercial, exercida pelos cavaleiros do Sul do Brasil.

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A alternativa correta é letra D) culinária, exercida na senzala com as sobras da cozinha dos senhores.

Gabarito da banca: Letra D

 

Meu gabarito: Anulada

 

Vamos analisar as alternativas.

   

a) mercantil, exercida pelos homens que transportavam mercadoria e gado.

 

A criação da feijoada não está ligada à atividade mercantil, mas à atividade culinária. Não era um prato restrito a atividade mercadora, pois necessitava de ingredientes do campo, como os feijões e as carnes de boi ou do porco.

 

b) agropecuária, exercida pelos homens que trabalhavam no campo.

 

Poderia ser o gabarito já que a feijoada necessitava de ingredientes que eram provenientes do mundo rural como os feijões e as carnes. Entretanto, a feijoada também estava nos centros urbanos,o  que torna essa alternativa incorreta.

 

c) mineradora, exercida na senzala com as sobras da cozinha dos senhores.

 

A feijoada não estava restrita à atividade mineradora, pois não foi uma criação dessa sociedade que vivia nas Minas. Luis da Câmara Cascudo aponta a existência da mistura de feijões com carne no século XVII, portanto, antes da atividade mineradora no Brasil colonial, mas a feijoada como se conhece só aparece no século XIX.

 

d) culinária, exercida na senzala com as sobras da cozinha dos senhores.

 

Este seria o gabarito da banca. Entretanto, não existem provas e registros de que a feijoada tenha sido uma criação alimentar feita nas senzalas com sobras da cozinha dos senhores. Segundo Paula Silva, as sobras de carnes utilizadas na feijoada nem eram consideradas carnes menos nobres uma vez que eram disputados como iguarias, até porque a carne não era alimento comum nem na mesa dos senhores. Ainda segundo a autora, a feijoada seria uma adaptação local do cozido português com partes de carne das fazendas dos proprietários sem uma definição de que teria surgido nas senzalas como se costuma espalhar. De acordo com Carlos Alberto Dória, existe um mito construído sobre a feijoada de que ela tenha sido uma criação africana para valorizar a cultura negra na década de 1920 e 1930 e diminuir as ideias de discriminação racial e dominação branca.

   

e) comercial, exercida pelos cavaleiros do Sul do Brasil.

 

A feijoada era um prato comum das populações no Brasil colonial não estando restritas à atividade comercial. É bem provável que ela tenha surgido no Nordeste, primeiro local de ocupação mais efetiva na colônia.

 

Assim, como observado, não haveria uma alternativa correta para a questão, o que a invalidaria.

   

Referências:

 

CASCUDO, Luis da Câmara. História da alimentação no Brasil. São Paulo: Global Editora,.2016.

 

DÓRIA, Carlos Alberto. A formação da culinária brasileira. São Paulo: Publifolha, 2009

 

G1 notícias. Feijoada teve origem no século XIX com base em cozido feito por portugueses. Disponível em: https://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1197792-16107,00-FEIJOADA+TEVE+ORIGEM+NO+SECULO+XIX+COM+BASE+EM+COZIDO+FEITO+POR+PORTUGUESES.html

 

Superinteressante.  A feijoada foi mesmo criada pelos escravos? Disponível em:http://: https://super.abril.com.br/saude/a-feijoada-foi-criada-pelos-escravos

 

709) Existem narrativas recorrentes sobre os tupis, principal grupo indígena que habitava o litoral brasileiro. Esse grupo buscaria a “Terra Sem Mal” através de peregrinações. Considerando este assunto, analise as afirmativas a seguir

  • A) IV.

     

  • B) III e IV.

  • C) II.

  • D) I.

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A resposta correta é a letra D) I.

A afirmativa I está correta porque, de acordo com as narrativas sobre os tupis, os profetas indígenas realmente passavam pelas aldeias apresentando-se como reencarnações de antepassados heroicos, com o objetivo de convencer os habitantes a abandonar o trabalho e a dançar, o que era parte da busca pela "Terra Sem Mal".

Já as outras afirmativas estão incorretas:

- A afirmativa II é falsa porque a sedentarização não foi uma consequência direta da busca pela "Terra Sem Mal", mas sim um processo mais complexo que envolvia a adaptação às condições ambientais e a formação de aldeias.

- A afirmativa III é falsa porque a busca pela "Terra Sem Mal" realmente ocorreu e envolvia a participação de toda a comunidade, incluindo mulheres e crianças.

- A afirmativa IV é falsa porque não há evidências de que os chefes guerreiros e pajés firmassem acordos com líderes tribais de outras tribos para promover os deslocamentos e refundações de aldeias em troca de benefícios socioeconômicos pessoais.

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710) Sobre a sociedade brasileira do período colonial, pode-se afirmar corretamente que

  • A) buscava afirmar valores nativistas contestando a exploração colonial.
  • B) era alicerçada em relações sociais que primavam por igualdade e fraternidade.
  • C) baseava-se em relações sociais de cunho escravista e patriarcal.
  • D) pocurou imprimir uma nova dinâmica social que em nada lembrava a metrópole colonizadora.

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A resposta correta é a letra C): baseava-se em relações sociais de cunho escravista e patriarcal.

No período colonial, a sociedade brasileira foi construída em grande parte sobre duas pilares: o sistema escravista e a estrutura patriarcal.

O sistema escravista foi uma instituição central na sociedade colonial brasileira, onde milhares de africanos foram trazidos à força para trabalhar nas plantações de açúcar, café e outros produtos de exportação. Essa força de trabalho escravo foi essencial para o crescimento econômico e o desenvolvimento do Brasil colonial.

Além disso, a sociedade colonial brasileira também foi fortemente influenciada pela estrutura patriarcal, na qual as famílias eram lideradas por homens e as mulheres desempenhavam papéis tradicionais e subordinados. Essa estrutura hierárquica reforçava a desigualdade de gênero e a subordinação das mulheres na sociedade.

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