Questões Sobre Período Colonial - História - concurso
711) Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação correta com relação à história da América portuguesa no século XVIII.
- A) Além do fato de não terem sido instituídas universidades na colônia pela Coroa portuguesa, tampouco foi permitida a criação de agremiações literárias no ambiente colonial, encaradas como nocivas à dominação imperial portuguesa.
- B) Desde a primeira metade do século, desenvolveu-se em Portugal uma República das Letras que resultou na fundação da Academia Real de História em 1720, com importante repercussão para a historiografia luso-brasileira.
- C) O mundo letrado setecentista caracterizou-se pelo desenvolvimento de uma literatura autônoma, distinta de outras formas discursivas, tais como a história e a retórica jurídica, e também pelo surgimento de um vigoroso sentimento nacional brasileiro.
- D) Marcada pelos ideais iluministas da Revolução Francesa, a Reforma Pombalina teve profundo impacto na racionalização da administração colonial portuguesa e, com a expulsão dos jesuítas, em seu sistema de ensino.
- E) Caracterizado pelo fechamento cultural em relação às discussões letradas que definiram o Iluminismo europeu, o ambiente intelectual na colônia foi avesso à incorporação de ideais estrangeiros, mantendo-se preso à compreensão de mundo oferecida pelo barroco ibérico.
Resposta
A alternativa correta é a letra B) Desde a primeira metade do século, desenvolveu-se em Portugal uma República das Letras que resultou na fundação da Academia Real de História em 1720, com importante repercussão para a historiografia luso-brasileira.
Explicação
A afirmação correta está relacionada à criação da Academia Real de História em 1720, em Portugal, que teve um impacto significativo na historiografia luso-brasileira. Isso porque a Academia Real de História foi uma instituição que se dedicou ao estudo e à preservação da história de Portugal e do Brasil, o que contribuiu para o desenvolvimento da historiografia na América portuguesa.
As outras alternativas apresentam afirmações incorretas ou imprecisas. A alternativa A é falsa, pois embora não tenham sido instituídas universidades na colônia, foram permitidas agremiações literárias. A alternativa C é imprecisa, pois o mundo letrado setecentista não se caracterizou pelo desenvolvimento de uma literatura autônoma e nem pelo surgimento de um vigoroso sentimento nacional brasileiro. A alternativa D é falsa, pois a Reforma Pombalina não teve um impacto direto na racionalização da administração colonial portuguesa e na expulsão dos jesuítas. A alternativa E é falsa, pois o ambiente intelectual na colônia não foi avesso à incorporação de ideias estrangeiras.
712) O estudo da sociedade mineira do século XVIII, sua diversificação e suas especificidades em relação à sociedade açucareira é importante para a compreensão tanto do papel econômico desempenhado pela região de Minas Gerais.
- A) F – V – F – V – F.
- B) V – V – F – V – V.
- C) F – F – V – F – V.
- D) V – F – V – F – F.
A alternativa correta é letra B) V – V – F – V – V.
Gabarito: ALTERNATIVA B
O estudo da sociedade mineira do século XVIII, sua diversificação e suas especificidades em relação à sociedade açucareira é importante para a compreensão tanto do papel econômico desempenhado pela região de Minas Gerais.
Levando em consideração o estudo da economia e a sociedade mineira colonial: dinamismo econômico e diversidade populacional, analise as afirmativas e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
- (V) Uma vez que o estudo da sociedade mineira colonial pode ser desenvolvido a partir de uma analise comparativa da sociedade voltada para a produção do açúcar, caberia uma discussão prévia sobre as formas de organização social predominantes na sociedade nordestina.
A afirmativa é um tanto quanto óbvia, o que é característico da banca IBFC em questões com essa estrutura. Ora, no período colonial, Minas Gerais e as capitanias do Nordeste se organizaram em torno de uma atividade econômica mais forte com alto grau de conexão com a vida metropolitana e com relevante complexidade administrativa - portanto, é mais do que natural que, em sala de aula, construa-se uma reflexão comparativa entre as duas experiências: a aurífera e a açucareira. Ou seja, é bastante óbvio que seria necessário apresentar as formas de organização social predominantes em ambas as sociedades para, só então, compará-las. AFIRMATIVA VERDADEIRA.
- (V) Na região das minas não há uma separação rígida entre as atividades agrícolas e mineratórias, por exemplo, havia um espaço reservado tanto para a exploração mineral quanto para o cultivo agrícola.
A mineração na capitania das Minas Gerais no século XVIII se deu de maneira bastante desordenada em vários momentos, ainda que algumas regiões tenham alcançado uma organização econômica muito mais clara. A possibilidade de encontrar ouro de aluvião nos rios e a organização de áreas de lavras mais bem organizadas resultavam numa configuração territorial bastante heterogênea, com as atividades agrícolas, que precisavam vicejar para dar suporte à vida da mineração, acompanhando e se confundindo com as áreas de exploração mineral. AFIRMATIVA VERDADEIRA.
- (F) A sociedade mineradora, comparada à sociedade açucareira, era menos “flexível” e “democrática” em relação às possibilidades de ascensão social.
Essa afirmativa poderia ser abordada apenas com a compreensão da natureza das atividades que temos em tela. Ora, a mineração dá chance, ainda que a custos humanos devastadores, a toda sorte de aventureiros na ascensão socioeconômica: virtualmente, qualquer um pode enriquecer muito rapidamente com a mineração. Já na sociedade açucareira, a única possibilidade real de acumulação de riqueza é com a agroexportação, cujo acesso é extremamente restrito, uma vez que a cadeia produtiva do açúcar era baseada no latifúndio - ou seja, ideal para a formação de uma oligarquia de base agrícola. Ainda que seja exagero falar que a sociedade mineradora seja democrática, há de se observar sempre que a natureza da atividade dá muito mais possibilidades de ascensão e de transformação individuais do que aquelas verificadas nas estruturas da sociedade açucareira. AFIRMATIVA FALSA.
- (V) A sociedade que se constitui na região de Minas Gerais ao longo do século XVIII apresenta uma série de especificidades em relação à sociedade que, durante a colonização, dedicou-se à produção de gêneros agrícolas para exportação.
A afirmativa, mais uma vez, é bastante óbvia e repete algumas ideias expressas acima, o que dava grandes pistas sobre a sua solução. A sociedade surgida em Minas Gerais no contexto da produção aurífera demandou uma maior complexidade burocrático-administrativa, bem como tinha maiores possibilidades de mobilidade social por conta da própria natureza da mineração. A necessidade de controlar a extração de ouro demandou uma nova organização urbana com um novo corpo burocrático, o que também tracionou a formação de uma classe média baseada em profissionais liberais e comerciantes na vida colonial, algo que era muito mais rarefeito - ainda que existente - na sociedade açucareira. AFIRMATIVA VERDADEIRA.
- (V) Foi também na região das minas que a relação entre metrópole e colônia foi bastante tensa. De um lado, a coroa impondo o ideal colonizador através da administração da justiça e dos tributos. De outro lado, os atores coloniais também participando diretamente na construção da realidade colonial, seja a partir da adaptação das leis impostas, seja reagindo ao ideal colonizador através de revoltas e levantes.
As relações colônia-Metrópole sofreram transformações muito expressivas no século XVIII, o que teve um impacto muito significativo na formação da sociedade mineradora. Ao mesmo tempo em que, como dito acima, a atividade aurífera demanda uma nova forma administrativa para o cotidiano colonial, Portugal estava passando por uma grande reforma do seu Estado, ampliando os mecanismos de controle e aperfeiçoando as formas de centralização administrativa. Com um corpo burocrático bastante robustecido, Portugal conseguia estabelecer uma justiça mais atuante na vida colonial ao mesmo tempo em que diminuía os pontos de vazamento do seu sistema tributário, o que, obviamente, implicava em maiores encargos sobre os colonos na América. Ainda que continuassem existindo margens expressivas para a atuação dos atores coloniais, principalmente por terem se fortalecido muito rapidamente, os choques com a administração metropolitana também se tornaram mais recorrentes. AFIRMATIVA VERDADEIRA.
Portanto, temos a sequência V - V - F - V - V.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) F – V – F – V – F.
b) V – V – F – V – V.
c) F – F – V – F – V.
d) V – F – V – F – F.
Sem mais, está correta a ALTERNATIVA B.
713) O Conteúdo Básico Comum (CBC) de História para o Ensino Fundamental traz como eixo integrador o tema da Cidadania no Brasil. Estudar qual o significado de ser cidadão na América Portuguesa é essencial para refletir sobre a questão-problema a partir da qual o currículo foi montado: quais foram os processos históricos de construção da cidadania e da democracia, com as características como se apresentam hoje na sociedade brasileira? Em relação a como o Centro de Referência Virtual da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais orienta sobre o ensino desse tópico, assinale a alternativa correta.
- A) O conceito de cidadania de hoje se aplica à sociedade colonial.
- B) Todos os habitantes da cidade sempre eram ou poderiam ser considerados cidadãos, ou seja, podiam participar nos negócios públicos e, em especial, nas câmaras.
- C) Apesar de rigorosa, o cumprimento da legislação referente ao processo eleitoral das Câmaras Municipais nem sempre foi efetivo. As particularidades de cada região, as características das populações coloniais (sua dinamicidade, complexidade, multiplicidade de hierarquias etc.) e a distância do reino possibilitaram ou mesmo fizeram necessário, muitas vezes, o descumprimento dessa norma.
- D) Critérios como a pureza de sangue, o tipo de profissão exercida e também o critério do nascimento não impediam a participação dos indivíduos.
A alternativa correta é letra C) Apesar de rigorosa, o cumprimento da legislação referente ao processo eleitoral das Câmaras Municipais nem sempre foi efetivo. As particularidades de cada região, as características das populações coloniais (sua dinamicidade, complexidade, multiplicidade de hierarquias etc.) e a distância do reino possibilitaram ou mesmo fizeram necessário, muitas vezes, o descumprimento dessa norma.
Gabarito: ALTERNATIVA C
O Conteúdo Básico Comum (CBC) de História para o Ensino Fundamental traz como eixo integrador o tema da Cidadania no Brasil. Estudar qual o significado de ser cidadão na América Portuguesa é essencial para refletir sobre a questão-problema a partir da qual o currículo foi montado: quais foram os processos históricos de construção da cidadania e da democracia, com as características como se apresentam hoje na sociedade brasileira? Em relação a como o Centro de Referência Virtual da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais orienta sobre o ensino desse tópico, assinale a alternativa correta.
- a) O conceito de cidadania de hoje se aplica à sociedade colonial.
Este tipo de perspectiva é completamente falha por redundar na armadilha mais banal do anacronismo. Os quadros conceituais, as trajetórias e as demandas atuais são necessariamente diferentes daqueles existentes na sociedade colonial, portanto é certo que nos últimos séculos a cidadania brasileira tenha se transformado. Um exemplo central a esse respeito é a questão da escravidão: se atualmente a cidadania se estende a todos os brasileiros (por direito de nascimento, de naturalização ou de sangue), a cidadania na colônia excluía imediatamente os escravos. Bem como as mulheres só foram gozar de plena cidadania no Brasil durante o século XX e os analfabetos só tiveram direito ao voto a partir de 1988. Portanto, o conceito atual de cidadania não se aplica sequer ao início do século passado; está muito distante da vida colonial. Alternativa errada.
- b) Todos os habitantes da cidade sempre eram ou poderiam ser considerados cidadãos, ou seja, podiam participar nos negócios públicos e, em especial, nas câmaras.
Mais uma vez, a alternativa é muito frágil. Aos escravos era completamente vedada a cidadania, bem como aos estrangeiros durante o Pacto Colonial. Às mulheres, a noção de cidadania também era muito restrita na colônia e a sua participação direta nos negócios públicos era, no mínimo, altamente improvável. Alternativa errada.
- c) Apesar de rigorosa, o cumprimento da legislação referente ao processo eleitoral das Câmaras Municipais nem sempre foi efetivo. As particularidades de cada região, as características das populações coloniais (sua dinamicidade, complexidade, multiplicidade de hierarquias etc.) e a distância do reino possibilitaram ou mesmo fizeram necessário, muitas vezes, o descumprimento dessa norma.
Este é um ponto de vista que tem emergido nas pesquisas sobre a América portuguesa nas últimas décadas: a Coroa não tinha condições de fazer funcionarem todas as suas leis no território colonial, que era transformado pelas casualidades e pelos impulsos locais também. A formação das Câmaras Municipais não se dava por um poder independente, mas sim por juntas locais dominadas por aquela realidade política. Ou seja, as características de cada região, conforme descrito na alternativa, tinham uma capacidade alta de alterar os processos em torno dessas Câmaras sem que a administração portuguesa conseguisse fazer valer integralmente as ordens do poder central. E isso era uma característica importante do Antigo Regime português na vastidão do seu império: saber aceitar as maleabilidades impostas pela realidade sobre as ordens centrais sem que isso implicasse no descontrole administrativo completo. Ou seja, ainda que houvesse vazamentos da autoridade central frente à colônia, certas estruturas básicas conseguiam ser preservadas exatamente por conta dessa adaptabilidade descrita na alternativa. ALTERNATIVA CORRETA.
- d) Critérios como a pureza de sangue, o tipo de profissão exercida e também o critério do nascimento não impediam a participação dos indivíduos.
Ora, o Brasil colônia se deu sob o Antigo Regime português; portanto, a lógica aristocrática, ainda que amenizada em alguns pontos, era a dominante. Os privilégios de origem se reproduziam, mesmo que atenuados, na vida colonial, bem como a capacidade de viver nobremente era diretamente atrelada ao tipo de profissão e ao lugar do indivíduo na sociedade. A participação dos indivíduos era, sim, mediada por toda uma estrutura simbólica em que critérios de pureza de sangue e de nobreza de ofício eram cruciais na sorte individual. Ainda que houvesse algumas possibilidades de transgressão dessa ordem, a lógica estamental do Antigo Regime era a regra estabelecida. Alternativa errada.
Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.
714) O Eixo Temático I envolve o “sistema colonial” e a realidade efetiva da colonização: política metropolitana versus diversificação econômica e interesses locais. Sobre o ensino e aprendizagem desse tópico, segundo as recomendações do Centro de Referência Virtual, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
- A) I e III, apenas.
- B) II e III, apenas.
- C) I e II, apenas.
- D) I, II e III.
A alternativa correta é letra A) I e III, apenas.
Gabarito: ALTERNATIVA A
O Eixo Temático I envolve o “sistema colonial” e a realidade efetiva da colonização: política metropolitana versus diversificação econômica e interesses locais. Sobre o ensino e aprendizagem desse tópico, segundo as recomendações do Centro de Referência Virtual, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
- I. Muitos alunos saem do Ensino Fundamental e Médio sem saberem, por exemplo, que existiram outras atividades econômicas em Minas Gerais do século XVIII além da mineração, isso mesmo durante o período de apogeu da mineração.
Esta é uma dificuldade muito grave que o processo de ensino-aprendizagem enfrenta quando se insiste em organizar a história por ciclos fechados. No caso da História do Brasil, convencionou-se durante muito tempo que os ciclos econômicos seriam suficientes para explicar o processo histórico do período colonial, partindo do extrativismo do pau-brasil até a ascensão do café já no Império. No entanto, essa organização disciplinar tem um efeito absolutamente perverso: cerceia a imaginação histórica do estudante a tal ponto que ele não consegue sequer imaginar, por exemplo, que continuou existindo vida e (óbvio!) engenhos de açúcar no Nordeste brasileiro durante o ciclo do ouro: o ensino fez com que a indústria açucareira desaparecesse no tempo e no espaço quando se descobriu importantes veios de ouro no interior do continente. A apresentação dos ciclos econômicos cria a falsa impressão de que todas as demais atividades econômicas (e sociais) vividas na colônia sublimam junto com o fim de um ciclo ou que todas são completamente substituídas por um novo ciclo. No caso específico do chamado ciclo do ouro, o destaque absoluto dado à mineração acaba por eclipsar toda a incrível instalação de uma nova sociedade na capitania das Minas Gerais no século XVIII. A visão maniqueísta entre colônia e Metrópole organizada em torno da exploração aurífera dificulta muito que o estudante consiga visualizar a existência de toda uma sociedade nova em torno da mineração. AFIRMATIVA VERDADEIRA.
- II. É preciso que a ideia de colônia passiva seja construída e trabalhada dentro de sala de aula para que o aluno consiga compreender aspectos importantes da vida colonial, muitos deles inseridos nas propostas curriculares do Ensino Fundamental e Médio.
Nas últimas décadas, há um grande esforço historiográfico para superar as visões maniqueístas que contrapunham Metrópole e colônia como opostos inconciliáveis: a verdade é que havia inúmeras instâncias de negociação e de interpenetrações entre o poder central português e o cotidiano da vida colonial.Como exposto acima, havia uma tendência de eclipsar vários aspectos do período colonial, preferindo dar relevo às grandes estruturas e às formas mais esquemáticas em detrimento à organização social e ao cotidiano das coisas. E as novas prioridades curriculares exigem diretamente do professor estar atento à formação social brasileira; ou seja, exige-se exatamente o oposto: a compreensão de uma vida ativa na colônia para que se possa alcançar aspectos importantes da vida colonial. Afirmativa falsa.
- III. Não se enxerga mais a colônia como um simples apêndice, mas acredita-se que essa tinha vida e dinâmica própria.
Conforme comentado acima, há uma nova abordagem geral para o período colonial brasileiro, exatamente por refutar a ideia de uma reprodução perfeita das vontades metropolitanas sobre a realidade cotidiana da colônia. Refuta-se, portanto, a noção de que a colônia seria um apêndice metropolitano desprovido de dinâmica própria. AFIRMATIVA VERDADEIRA.
Portanto, são verdadeiras as afirmativas I e III.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III.
Note bem o estudante que havia uma clara consonância entre as afirmativas verdadeiras, com ambas abordando praticamente o mesmo tema. A afirmativa II praticamente invalidava as outras duas por defender a noção de uma "colônia passiva", o que era insustentável nas outras duas afirmativas. Ora, se as alternativas indicavam que existia, pelo menos, duas afirmativas corretas, isso implicava que não se poderia conciliar, de maneira alguma, a afirmativa II. Ou seja, a resposta poderia ser extraída de maneira lógica com um mínimo conhecimento sobre o tema. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.
715) Na América portuguesa, as irmandades eram espaços de:
- A) assistência aos negros que fugiam de seus senhores, providenciando alojamento e laços de solidariedade para arrecadar fundos para sua alforria, através da realização de festas de devoção aos seus santos padroeiros.
- B) congregação de negros, indígenas e brancos pobres, constituindo sociedades de auxílio mútuo para garantir um enterro digno aos seus membros e familiares, além de proteger seus membros das visitações da Inquisição.
- C) resistência ao catolicismo do regime de padroado, permitindo que os negros mantivessem seus cultos originais africanos após conquistarem sua alforria, proibindo a entrada de membros brancos e indígenas.
- D) auxílio mútuo, em caso de doença, enterro e assistência a órfãos e viúvas, e de arrecadação de recursos para alforria, servindo também para manter traços das culturas africanas, como forma de resistência à sociedade escravocrata.
- E) sociabilidade dos negros escravizados e libertos, compreendendo debates políticos de resistência à escravização, por meio da preservação das culturas e devoções africanas, o que gerou o primeiro ideário abolicionista.
A alternativa correta é letra D) auxílio mútuo, em caso de doença, enterro e assistência a órfãos e viúvas, e de arrecadação de recursos para alforria, servindo também para manter traços das culturas africanas, como forma de resistência à sociedade escravocrata.
Gabarito: ALTERNATIVA D
- Na América portuguesa, as irmandades eram espaços de:
Há um problema fundamental na construção do enunciado. A ideia de irmandades no período colonial remete à formação das irmandades leigas, livre associação de cristãos leigos (isto é, de fora do clero) em torno do tema religioso para adensar os rituais católicos, uma forma de criar um sentimento de pertencimento associativo a partir da vivência católica. Nas palavras da Profa. Dra. Vivian Ishaq:
As irmandades não estavam subordinadas a uma ordem religiosa como as ordens terceiras e se distinguiam das confrarias medievais que, via de regra, eram vinculadas a uma paróquia. Antes da publicação, em 1719, das Constituições primeiras do arcebispado da Bahia, que regulamentaria a vida religiosa do território português, as irmandades fundadas no ultramar era regidas pelas Ordenações do Reino. Esta legislação determinou que as irmandades fundadas por leigos e por eles dirigidas estavam subordinadas às autoridades civis, podendo os prelados visitá-las, porém, somente com "nossa licença, por assim serem de nossa imediata proteção", estabelecendo, ainda, limites da administração eclesiástica em relação a essas associações.
As irmandades são associações formadas por leigos dedicadas ao incremento da devoção aos santos e santas da Igreja católica.
No entanto, o avaliador estava preocupado com um tipo específico dessas irmandades: as chamadas "irmandades dos 'homens de cor'", estas sim congregando a indivíduos negros no universo colonial. Mais comuns a partir do século XVIII, essas irmandades ecoavam princípios básicos das irmandades em geral: noções de pertencimento, deveres de assistência mútua, assistência funerária, auxílio a órfãos e viúvas; enfim, a formação de um grupo social muito coeso e dedicado ao apoio mútuo, distinguindo seus membros do restante da sociedade.
Do ponto de vista religioso, essas irmandades especificamente se tornavam um espaço importante para a reativação dos rituais e das formas religiosas originais daqueles indivíduos. No entanto, já eram formas permeadas por expressões do catolicismo, compondo uma resultante sincrética e repleta de singularidades. Sobre a condição de escravo, os laços dentro de uma irmandade permitiam perspectivas de compra de alforria pela solidariedade inerente ao grupo, fazendo esforços para arrecadar recursos para esses procedimentos. No entanto, o contingente de libertos pela ação dessas irmandades foi bastante tímido e nunca esteve próximo de impor desafios reais à estrutura da escravidão como um todo. Assim, observemos as alternativas propostas.
- a) assistência aos negros que fugiam de seus senhores, providenciando alojamento e laços de solidariedade para arrecadar fundos para sua alforria, através da realização de festas de devoção aos seus santos padroeiros.
A assistência mais direta aos escravos fugitivos seria muito comum nas associações abolicionistas da segunda metade do século XIX. No contexto das irmandades, preferia-se insistir pelas vias legais para que a administração colonial não significasse um risco para os seus funcionamentos. Alternativa errada.
- b) congregação de negros, indígenas e brancos pobres, constituindo sociedades de auxílio mútuo para garantir um enterro digno aos seus membros e familiares, além de proteger seus membros das visitações da Inquisição.
Não era propriamente comum a presença de indígenas dentro dessas irmandades, porque a maior parte dos indígenas cristianizados estavam concentrados nos aldeamentos jesuítas. Além disso, o próprio pertencimento a irmandades destacadas era um símbolo importante de demonstração de lealdade à fé católica; o que, per se, já era um importante indicativo para que a Inquisição não precisasse se ocupar daqueles indivíduos. Alternativa errada.
- c) resistência ao catolicismo do regime de padroado, permitindo que os negros mantivessem seus cultos originais africanos após conquistarem sua alforria, proibindo a entrada de membros brancos e indígenas.
O regime de padroado era uma instituição tipicamente ibérica segundo a qual a Igreja entregava a administração das suas funções aos reis católicos. Tanto em Portugal quanto na Espanha, a construção de templos eram de incumbência do Estado ao mesmo tempo que o alto clero era nomeado diretamente pelos monarcas, sendo esses indivíduos tratados como funcionários públicos de altíssimo escalão, inclusive recebendo seus proventos dos cofres públicos. No entanto, as irmandades, como associações muito ligadas à Igreja e com atividades simbióticas com o clero, jamais se dedicariam a um combate sistemático do padroado. Além disso, a restauração dos cultos originais africanos, ainda que tenha ocorrido em certo grau, também passou por certos filtros das práticas católicas aprendidas pelos escravizados. Alternativa errada.
- d) auxílio mútuo, em caso de doença, enterro e assistência a órfãos e viúvas, e de arrecadação de recursos para alforria, servindo também para manter traços das culturas africanas, como forma de resistência à sociedade escravocrata.
Ainda que seja exagerado se falar em uma forma geral de resistência à sociedade escravocrata, é fato que as irmandades dos "homens de cor" tiveram um espaço importante para que aquelas pessoas pudessem se afirmar como tal: indivíduos pertencentes a uma certa cultura e a certas instituições. Como comentado acima, as funções assistenciais dessas irmandades eram concomitantes com os esforços de defesa cultural. Sem erros na alternativa.
- e) sociabilidade dos negros escravizados e libertos, compreendendo debates políticos de resistência à escravização, por meio da preservação das culturas e devoções africanas, o que gerou o primeiro ideário abolicionista.
Ainda que fossem polos importantes para os seus membros, as irmandades não evoluíram para a sistematização da resistência à escravidão ou para a elaboração de debates mais longos sobre a situação política. Já na segunda metade do século XVIII, as reformas pombalinas restringiriam o funcionamento das irmandades com um todo e aumentariam o poder estatal frente a elas. O ideário abolicionista só seria claramente definido já no século XIX; apesar dos valorosos antecessores da causa. Alternativa errada.
Como se pode notar, há gravíssimo erro no enunciado, que, por definição, tem de ser perfeito. Ainda que, por exclusão, fosse possível chegar a uma resposta correta; a forma como o enunciado foi construído exige uma definição ampla e geral do que eram as irmandades, o que é impossível de responder utilizando as alternativas propostas. Assim, a rigor, ainda que uma descreva um certo grupo de irmandades, não há resposta inteiramente correta para a pergunta; o que deveria implicar na ANULAÇÃO da questão.
Nosso gabarito: ANULADO
Gabarito da banca: ALTERNATIVA D
716) Por aqui lhe urdem os portugueses muitas brigas com que se desavêm umas nações com as outras, com o qual ardil os entramos e desbaratamos, que todos juntos ninguém pudera com eles […]
- A) Estímulo às rivalidades existentes entre grupos indígenas.
- B) Massacre sistemático das populações pré-cabralinas.
- C) Aldeamento dos índios pelos jesuítas.
- D) Aliança política com as elites indígenas.
A alternativa correta é letra A) Estímulo às rivalidades existentes entre grupos indígenas.
Gabarito: ALTERNATIVA A
Por aqui lhe urdem os portugueses muitas brigas com que se desavêm umas nações com as outras, com o qual ardil os entramos e desbaratamos, que todos juntos ninguém pudera com eles [...]
(Documento de 1580 citado por WEHLING, A.; WEHLING, M. J. Formação do Brasil Colonial. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.)
- O trecho do documento acima faz referência a uma estratégia largamente utilizada pelos portugueses na conquista da América, tanto para a incorporação de terras como para a escravização dos indígenas. Assinale a alternativa que apresenta essa estratégia.
Note bem o estudante o que pede o enunciado: que se faça um esforço de interpretação de texto sobre o trecho citado e aponte a alternativa que mais bem se adeque ao que foi solicitado. Ou seja, não se trata de algo para aferir conhecimento históricos, mas sim para decodificar adequadamente o documento citado. Assim, observemos que o autor indica as estratégias de conquista e de incorporação dos indígenas na empresa colonial: urdir desavenças para que lutem entre si, porque não seria possível enfrentá-los todos de uma vez só. Assim, observemos as alternativas propostas.
a) Estímulo às rivalidades existentes entre grupos indígenas.
b) Massacre sistemático das populações pré-cabralinas.
c) Aldeamento dos índios pelos jesuítas.
d) Aliança política com as elites indígenas.
"Urdir desavenças" nada mais era do que estimular as rivalidades já existentes entre as diferentes nações indígenas. Ainda que as outras medidas também tenham ocorrido, há de se compreender que apenas uma correspondia ao que solicitava o enunciado. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.
717) O Tropeirismo foi uma prática utilizada durante um período da história brasileira. A respeito desse fenômeno, todas as alternativas abaixo estão corretas, EXCETO UMA, assinale-a.
- A) A história do tropeirismo está associada com a ocupação portuguesa no sul do território colonial.
- B) O tropeirismo foi uma atividade isolada e contribuiu para o desenvolvimento de uma região limitada no extremo sul do território brasileiro, em virtude das charqueadas.
- C) O tropeirismo era uma atividade usual no extremo sul do território brasileiro destinado ao transporte de cargas.
- D) A história dos tropeiros está associada aos estágios iniciais das sociedades que se formaram a partir das fazendas que criavam gado, equinos e muares.
- E) Durante o percurso dos tropeiros, os mesmos utilizavam os pousos existentes ao longo das trilhas das tropas.
A alternativa correta é letra B) O tropeirismo foi uma atividade isolada e contribuiu para o desenvolvimento de uma região limitada no extremo sul do território brasileiro, em virtude das charqueadas.
Essa alternativa está incorreta porque o tropeirismo não foi uma atividade isolada, mas sim uma prática que contribuiu para a integração de diferentes regiões do território colonial brasileiro. Além disso, o tropeirismo não se limitou apenas ao extremo sul do território brasileiro, mas sim abrangeu uma área mais ampla, desde o sul até o nordeste do Brasil.
As outras alternativas estão corretas porque:
- A) A história do tropeirismo está associada com a ocupação portuguesa no sul do território colonial, pois foi durante o período colonial que o tropeirismo se desenvolveu.
- C) O tropeirismo era uma atividade usual no extremo sul do território brasileiro destinado ao transporte de cargas, pois os tropeiros eram responsáveis pelo transporte de mercadorias e animais.
- D) A história dos tropeiros está associada aos estágios iniciais das sociedades que se formaram a partir das fazendas que criavam gado, equinos e muares, pois os tropeiros contribuíram para o desenvolvimento de fazendas e comunidades rurais.
- E) Durante o percurso dos tropeiros, os mesmos utilizavam os pousos existentes ao longo das trilhas das tropas, pois os pousos eram locais de descanso e abastecimento para os tropeiros e seus animais.
718) “Para se tirar este óleo das árvores lhes dão um talho com um machado acima do pé, até que lhe chegam à veia, e como lhe chegam corre este óleo em fio, e lança tanta quantidade cada árvore que há algumas que dão duas botijas cheias, que tem cada uma quatro camadas. Este óleo [de copaíba] tem muito bom cheiro, e é excelente para curar feridas frescas, e as que levam pontos da primeira curam, soldam se as queimam com ele, e as estocadas ou feridas que não levam ponto se curam com ele, sem outras mezinhas; com o qual se cria a carne até encourar, e não deixa criar nenhuma corrupção nem matéria. Para frialdades, dores de barriga e pontadas de frio é este óleo santíssimo, e é tão sutil que se vai de todas as vasilhas, se não são vidradas; e algumas pessoas querem afirmar que até no vidro míngua; e quem se untar com este óleo há de se guardar do ar, porque é prejudicial.”
- A) o conhecimento de árvores e de ervas e o desenvolvimento de práticas medicinais e da cerâmica.
- B) a submissão aos conhecimentos científicos dos portugueses e a capacidade de observação da natureza.
- C) os cuidados com a diversidade da flora e da fauna e a limitação dos recursos hídricos disponíveis.
- D) o caráter religioso das práticas médicas e a dificuldade de reconhecer o avanço das doenças.
A alternativa correta é letra A) o conhecimento de árvores e de ervas e o desenvolvimento de práticas medicinais.
O texto de Gabriel Soares de Souza descreve a forma como os nativos brasileiros extraem o óleo de copaíba das árvores e suas propriedades medicinais. Isso demonstra que os nativos tinham conhecimento sobre as árvores e ervas e desenvolveram práticas medicinais eficazes. Embora o texto não mencione a cerâmica, a alternativa A é a que mais se aproxima do conteúdo do texto.
719)
- A) a estrutura socioeconômica que se destacou na história do Nordeste brasileiro no período colonial;
- B) a estrutura socioeconômica que se sobressaiu na história do Brasil imperial;
- C) a estrutura socioeconômica brasileira predominante até a República Velha;
- D) a estrutura socioeconômica brasileira que predominou tanto na produção de açúcar no período colonial quanto na produção do café no período Imperial;
- E) a estrutura socioeconômica da primeira atividade econômica realizada pelos portugueses em solo brasileiro.
A alternativa correta é letra A) a estrutura socioeconômica que se destacou na história do Nordeste brasileiro no período colonial;
A imagem apresentada caracteriza a estrutura socioeconômica da cana-de-açúcar, que foi a principal atividade econômica do Nordeste brasileiro durante o período colonial. A cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil pelos portugueses no início do século XVI e se tornou a principal fonte de riqueza da região, gerando uma estrutura socioeconômica baseada na produção de açúcar e na exploração da mão de obra indígena e africana.
720) Tanto na América espanhola como na portuguesa, a pregação da fé cristã aos nativos contribuiu para a dominação das populações indígenas por parte das metrópoles, uma vez que
- A) os indígenas endossaram coletivamente a concepção difundida pela Igreja de que subordinar-se ao rei, tornar-se um súdito da Coroa, era um privilégio divino.
- B) os jesuítas e demais missionários atuaram conjuntamente a serviço do Papa e do Rei, empenhando-se na dupla tarefa da conversão espiritual e submissão ideológica.
- C) os colonizadores lançaram mão da Guerra Justa, política deliberada de extermínio indígena virando o seguro branqueamento e a cristianização das populações mestiças.
- D) as autoridades coloniais reprimiram a proposta tolerante e libertária das Missões, e convenceram os padres de que o trabalho forçado imposto aos indígenas os tornariam mais humildes e devotos.
- E) os cristãos novos que se instalaram nas colônias, bem como os líderes indígenas convertidos foram responsáveis pela difusão da imagem positiva do rei, garantindo a brusca diminuição de revoltas.
A alternativa correta é letra B) os jesuítas e demais missionários atuaram conjuntamente a serviço do Papa e do Rei, empenhando-se na dupla tarefa da conversão espiritual e submissão ideológica.
Vamos analisar cada alternativa, para identificar a maneira pela qual a pregação da fé cristã contribuiu para a dominação das populações indígenas pelas metrópoles.
A) os indígenas endossaram coletivamente a concepção difundida pela Igreja de que subordinar-se ao rei, tornar-se um súdito da Coroa, era um privilégio divino.
INCORRETO. Não é correto afirmar que os indígenas endossaram coletivamente essa concepção. A resistência indígena à dominação europeia foi constante e variada, e muitos grupos indígenas resistiram à conversão ao cristianismo e à submissão ao rei. Além disso, a ideia de que a subordinação ao rei era um "privilégio divino" é uma interpretação eurocêntrica e não reflete necessariamente a visão indígena.
B) os jesuítas e demais missionários atuaram conjuntamente a serviço do Papa e do Rei, empenhando-se na dupla tarefa da conversão espiritual e submissão ideológica.
CORRETO. Os jesuítas e outros missionários, de fato, desempenharam um papel crucial na conquista espiritual e ideológica dos povos indígenas. Eles trabalharam tanto para converter os indígenas ao cristianismo quanto para promover a lealdade ao rei. A conversão religiosa foi usada como um meio de controlar e submeter as populações indígenas.
C) os colonizadores lançaram mão da Guerra Justa, política deliberada de extermínio indígena virando o seguro branqueamento e a cristianização das populações mestiças.
INCORRETO. A chamada "Guerra Justa" foi uma doutrina usada para justificar a conquista e a subjugação dos povos indígenas. No entanto, a afirmação de que essa foi uma "política deliberada de extermínio indígena" é uma simplificação excessiva e ignora a complexidade e a variedade das interações entre colonizadores e indígenas. Além disso, a ideia de um "seguro branqueamento" é problemática e não reflete a realidade histórica.
D) as autoridades coloniais reprimiram a proposta tolerante e libertária das Missões, e convenceram os padres de que o trabalho forçado imposto aos indígenas os tornariam mais humildes e devotos.
INCORRETO. Embora seja verdade que houve conflitos entre as missões e as autoridades coloniais, e que o trabalho forçado foi uma característica da colonização, a afirmação de que as autoridades coloniais "convenceram os padres" de que o trabalho forçado tornaria os indígenas mais "humildes e devotos" é uma simplificação excessiva. A relação entre a Igreja, as autoridades coloniais e os indígenas foi complexa e variada, e não pode ser reduzida a uma única narrativa.
E) os cristãos novos que se instalaram nas colônias, bem como os líderes indígenas convertidos foram responsáveis pela difusão da imagem positiva do rei, garantindo a brusca diminuição de revoltas.
INCORRETO. Embora os cristãos novos e os líderes indígenas convertidos tenham desempenhado um papel na disseminação da fé cristã e da lealdade ao rei, a afirmação de que isso levou a uma "brusca diminuição de revoltas" é uma simplificação excessiva. A resistência indígena à colonização continuou ao longo do período colonial, e a conversão ao cristianismo não necessariamente levou à aceitação passiva da dominação colonial.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.