Questões Sobre Período Colonial - História - concurso
781) Leia as afirmativas a seguir:
- A) As duas afirmativas são verdadeiras.
- B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
- C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
- D) As duas afirmativas são falsas.
A alternativa correta é letra B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
A afirmação I é verdadeira porque, de fato, a cultura afro-brasileira tem suas raízes no período colonial, quando milhões de africanos foram trazidos ao Brasil como escravos, contribuindo para a formação da cultura brasileira.
Já a afirmação II é falsa, pois a orientação sexual é uma parte natural da vida e da saúde humanas, e não algo estranho a elas. A sexualidade é um aspecto fundamental da identidade e do bem-estar humano, e deve ser considerada como tal.
782) Leia as afirmativas a seguir:
- A) As duas afirmativas são verdadeiras.
- B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
- C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
- D) As duas afirmativas são falsas
A alternativa correta é letra B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
A afirmação I é verdadeira porque a cultura afro-brasileira é resultado da miscigenação de diferentes culturas, incluindo a indígena e a europeia, que se encontraram no Brasil durante o período colonial. Essa miscigenação cultural gerou uma rica diversidade cultural, que caracteriza a cultura afro-brasileira.
Já a afirmação II é falsa porque a avaliação deve permitir a utilização de diferentes códigos, como o verbal e o escrito, para que os alunos possam expressar seus conhecimentos de forma mais ampla e diversificada.
783) Leia as afirmativas a seguir:
- A) As duas afirmativas são verdadeiras.
- B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
- C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
- D) As duas afirmativas são falsas.
A alternativa correta é letra A) As duas afirmativas são verdadeiras.
Afirmativa I é verdadeira porque a origem distinta dos africanos trazidos ao Brasil, de fato, forçou-os a fazer apropriações e adaptações para que suas práticas e representações culturais sobrevivessem. Isso ocorreu porque os africanos vieram de diferentes regiões e grupos étnicos, o que levou à criação de uma cultura afro-brasileira única.
Afirmativa II também é verdadeira, pois o Carnaval e a Festa de Yemanjá são, de fato, festividades populares da cultura afro-brasileira. O Carnaval, por exemplo, tem raízes africanas e foi influenciado pelas tradições dos escravos africanos no Brasil. Já a Festa de Yemanjá é uma celebração afro-brasileira em homenagem à orixá Yemanjá, que é uma das principais divindades do candomblé.
784) Leia as afirmativas a seguir:
- A) As duas afirmativas são verdadeiras.
- B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
- C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
- D) As duas afirmativas são falsas.
A alternativa correta é letra C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
A explicação para essa resposta é que a afirmativa I é falsa, pois a sexualidade está diretamente relacionada com a interação do indivíduo com o meio e a cultura, influenciando e sendo influenciada por eles.
Já a afirmativa II é verdadeira, pois as expressões culturais mencionadas, como Samba, Jongo, Carimbó, Maxixe, Maculelê e Maracatu, são exemplos de influência afro-brasileira na cultura brasileira.
Portanto, a alternativa C é a correta, pois a afirmativa II é verdadeira e a afirmativa I é falsa.
785) Foi um conflito entre colonizadores e ameríndios que ocorreu entre os anos de 1555 e 1673.Nos territórios atuais da Bahia e do Espírito Santo. Foi resultado de conflitos iniciais de tentativa de escravização das populações indígenas e das entradas e bandeiras para extração e ocupação. De qual conflito trata o texto.
- A) Guerra dos Iguapes;
- B) Guerra dos Aimorés;
- C) Guerra dos Palmares;
- D) Revolta dos Bárbaros.
A alternativa correta é letra B) Guerra dos Aimorés;
Gabarito: Letra B
Guerra dos Aimorés
O nome dado a uma série de expedições para derrotar os indígenas aimorés do Espírito Santo e da Bahia acabou ficando conhecido como as guerras contra os aimorés. Aimorés era a denominação genérica usada pelos colonos para falar dos povos gren ou kren e que no século XIX passaram a ser identificados como botocudos.
De 1555 a 1673, os colonos empreenderam diversas campanhas para eliminar os aimorés desses territórios, pois resistiam ao avanço do povoamento e da exploração do interior das duas capitanias. Os aimorés constantemente atacavam os aldeamentos jesuítas, os engenhos e as casas dos fazendeiros, causando estragos na produção econômica. Assim, os principais representantes da Coroa Portuguesa no Brasil recorreram à guerra justa para eliminar os aimorés dessas regiões.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: Guerra dos Iguapes;
A Guerra de Iguape não foi propriamente uma guerra, mas uma série de combates ocorrido na vila de Iguape, litoral de São Paulo. Foram conflitos entre colonos de São Vicente e tropas indígenas organizadas pelo explorador espanhol Ruy Garcia Moschera. As batalhas duraram de 1534 a 1538 e um dos episódios mais marcantes foi a destruição da vila de São Vicente
Letra C: Guerra dos Palmares;
Trata-se de uma série de campanhas e expedições organizadas pela Coroa Portuguesa com o objetivo de destruir o quilombo dos Palmares, local que recebia escravizados, libertos e indígenas que resistiram à exploração portuguesa.
Letra D: Revolta dos Bárbaros.
Foi uma série de conflitos ocorridos no Recôncavo Baiano, na capitania da Bahia, entre os anos de 1651 e 1679 e mais tarde nos sertões das capitanias do Rio Grande, Paraíba e Ceará, entre os anos de 1687 e 1720.
Referências:
DOS SANTOS, Lara de Melo. Resistência indígena e escrava em Camamu no século XVII. Dissertação de mestrado em História. UFBA: Salvador, 2004.
GIANESELLA, Rubens. Gêneses urbanas do colonialismo: síntese de encontros culturais. Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Sér. v.20. n.1. p. 165-200. jan.- jun. 2012.
SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
786) […]. A Igreja recomendava aos pais batizar seus filhos assim que possível. O batismo de crianças livres ou escravas era ministrado por párocos ou capelães, sem delongas, para garantir aos inocentes que morressem a chance de ir direto ao Céu sem passar pelo Purgatório. Escravos adultos eram batizados em ritos extremamente sumários e, na maior parte, coletivos. Na intimidade, a preocupação com o crescimento dos filhos era recorrente. Testamentos feitos entre os séculos XVII e XVIII registram instantâneos de como se concebia a criação da prole: aos machos devia se ensinar a ler, escrever e contar. Às fêmeas, coser, lavar e os bons costumes; ambos deviam sempre ‘apartar-se do mal e chegarse ao bem […].
- A) seguiam as orientações da metrópole, a exemplo do respeito às tradições da Igreja Católica, que, ao estabelecer o batismo do escravo e sua posterior aceitação da fé, dotava-o de condições diferenciadas no universo colonial.
- B) estão evidenciados no papel atribuído à mulher nesse ambiente, tida como responsável pelo controle do lar, educação dos filhos e auxiliar do cônjuge nas questões de interesse público.
- C) permitiam aos habitantes da colônia, independente de sexo ou condição jurídica, aprender a ler, escrever e a contar, além de desenvolver bons costumes como rezar antes das refeições, toda manhã e à noite.
- D) pontuavam o curso regular das coisas cotidianas, o fundo permanente de pequenos e grandes acontecimentos diários, produzindo o tecido mesmo de existência humana daquela sociedade colonial.
- E) colocavam o batismo como um sacramento que protegia a criança colonial do universo do mal, ou seja, no caso de morte ela era guiada direta ao céu, rito frequente apenas em áreas da grande lavoura.
A alternativa correta é letra D) pontuavam o curso regular das coisas cotidianas, o fundo permanente de pequenos e grandes acontecimentos diários, produzindo o tecido mesmo de existência humana daquela sociedade colonial.
Gabarito: Letra D
(pontuavam o curso regular das coisas cotidianas, o fundo permanente de pequenos e grandes acontecimentos diários, produzindo o tecido mesmo de existência humana daquela sociedade colonial.)
Trata-se de uma questão que foi elaborada baseando-se no texto da historiadora Mary Del Priore, um dos textos que integram o volume da coleção História da Vida Privada, volume 1.
No texto, Mary Del Priore procura analisar a privacidade na América Portuguesa através de diferentes fontes documentais a fim de revelar como era o cotidiano dos colonos, quais acontecimentos, pequenos ou grandes se desenrolaram na esfera pública e privada e como eram os ritos de passagem da vida, aqueles ligados ao nascimento, casamento e morte, considerados como marcos importantes para a existência dos indivíduos.
Vamos citar a autora para corroborar a resposta:
“Entender o que significou o passado é reconhecer nas ações mais insignificantes, no gesto mais comezinho (plantar, colher, parir, despir, lavar, enterrar), na entronização do mundo visível e real, o prazer que é finito e pessoal. Certo, era esse o mundo da necessidade, das preocupações materiais, mas era também o gozo pela existência, pela descoberta de um sentido para a vida (…) É o contraste entre o cotidiano e o excepcional, renúncia de tudo o que, saindo do ordinário, continua inacessível ao comum dos mortais. Os ritos da vida privada pontuavam, assim, o curso regular das coisas cotidianas, o fundo permanente de pequenos e grandes fatos diários, o tecido mesmo de existência humana.”
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: seguiam as orientações da metrópole, a exemplo do respeito às tradições da Igreja Católica, que, ao estabelecer o batismo do escravo e sua posterior aceitação da fé, dotava-o de condições diferenciadas no universo colonial.
O mundo colonial possuía regras próprias que às vezes eram contrárias às orientações da metrópole.
Letra B: estão evidenciados no papel atribuído à mulher nesse ambiente, tida como responsável pelo controle do lar, educação dos filhos e auxiliar do cônjuge nas questões de interesse público.
A mulher na sociedade colonial era confinada ao espaço doméstico não tendo nenhuma participação na esfera pública.
Letra C: permitiam aos habitantes da colônia, independente de sexo ou condição jurídica, aprender a ler, escrever e a contar, além de desenvolver bons costumes como rezar antes das refeições, toda manhã e à noite.
Sabemos que na sociedade colonial ler, escrever e contar eram condições diferenciadas e permitidas a poucos habitantes da colônia, principalmente aos membros das elites econômicas e políticas. Alguns escravizados e indígenas sabiam ler, escrever e contar, mas a grande maioria não detinha esse conhecimento, de modo que a condição jurídica do indivíduo nessa sociedade importava bastante.
Letra E: colocavam o batismo como um sacramento que protegia a criança colonial do universo do mal, ou seja, no caso de morte ela era guiada direta ao céu, rito frequente apenas em áreas da grande lavoura.
O rito do batismo era frequente na sociedade colonial, seja em ambiente rural ou urbano.
Referência:
PRIORE, Mary Del. "Ritos da vida privada". In: SOUZA, Laura de Mello. (Orgs.). História da Vida Privada no Brasil – Cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. v.1.
787) Notava as coisas e via que mandava comprar um frangão, quatro ovos e um peixe para comer, e nada lhe traziam, porque não se achava na praça, nem no açougue, e, se mandava pedir as coisas e outras às casas particulares, lhas mandavam. Então disse o bispo: verdadeiramente que nestas terras andam as coisas trocadas, porque toda ela não é republica, sendo-o cada casa.
- A) pela ausência de empecilhos à sua constituição, haja vista a preocupação das autoridades portuguesas em estabelecer, por decreto, uma clara distinção entre esfera pública e esfera privada.
- B) por uma absorção da esfera privada pela esfera pública, em decorrência da baixa expressividade que os núcleos familiares possuíam no processo de produção e circulação de bens.
- C) pela grande diversidade quanto às suas formas de manifestação, tendo em vista a proliferação dos espaços públicos de sociabilidades, em detrimento dos espaços privados de convivência.
- D) por uma absorção da esfera pública pela esfera privada, como resultado da política de estatização dos espaços de satisfação das necessidades do consumo privado de bens e serviços.
- E) pela imbricação entre as esferas do público e do privado, que contribuía para a atribuição de funções de utilidade pública à esfera privada, nos arranjos de sociabilidades desenvolvidos entre os diferentes sujeitos.
A alternativa correta é letra E) pela imbricação entre as esferas do público e do privado, que contribuía para a atribuição de funções de utilidade pública à esfera privada, nos arranjos de sociabilidades desenvolvidos entre os diferentes sujeitos.
Gabarito: Letra E
(pela imbricação entre as esferas do público e do privado, que contribuía para a atribuição de funções de utilidade pública à esfera privada, nos arranjos de sociabilidades desenvolvidos entre os diferentes sujeitos.)
Trata-se de uma questão que foi elaborada baseando-se no texto do historiador Fernando Novais, um dos textos que integram o volume da coleção História da Vida Privada, volume 1.
No texto, o autor busca observar como se desenvolvem as relações entre as esferas pública e privada na América Portuguesa e como se manifestam a vida privada e pública em relação ao que a metrópole tenta legitimar.
Uma das características mais importantes das relações entre o público e o privado do lado de cá do Atlântico é a imbricação entre as duas esferas de existência o que permitia a atribuição de funções de utilidade pública à esfera privada e vice-versa pelos diversos sujeitos em suas variadas relações de sociabilidade.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: pela ausência de empecilhos à sua constituição, haja vista a preocupação das autoridades portuguesas em estabelecer, por decreto, uma clara distinção entre esfera pública e esfera privada.
O autor chama a atenção de que a imbricação (aglutinação) entre as duas esferas era uma característica da era moderna, mesmo que os reinos europeus buscassem distinguir as duas áreas.
Letra B: por uma absorção da esfera privada pela esfera pública, em decorrência da baixa expressividade que os núcleos familiares possuíam no processo de produção e circulação de bens.
Ocorre o contrário, uma absorção da esfera pública pela privada que às vezes acabava por se confundir na sociedade. As relações dentro do estado pareciam continuidade das relações familiares, de amizade e de compadrio.
Letra C: pela grande diversidade quanto às suas formas de manifestação, tendo em vista a proliferação dos espaços públicos de sociabilidades, em detrimento dos espaços privados de convivência.
Havia uma proliferação dos espaços públicos e dos privados. Nenhum dos dois se sobressaía mais do que o outro.
Letra D: por uma absorção da esfera pública pela esfera privada, como resultado da política de estatização dos espaços de satisfação das necessidades do consumo privado de bens e serviços.
De fato ocorreu uma absorção do público pelo privado, mas como resultado de uma autonomia dentro da América Portuguesa e não como resultado de uma política de estatização.
Referência:
NOVAIS, Fernando. “Condições da privacidade na colônia”. IN: SOUZA, Laura de Mello e. História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, volume 1.
788) A maior parte da diversidade genética dos povos précolombianos que habitaram os três estados do Sul e o Uruguai está conservada nas atuais populações urbanas, e diminuiu entre os membros de comunidades que hoje vivem em reservas indígenas. Pessoas que não se consideram indígenas apresentam quase cinco vezes mais linhagens de DNA mitocondrial (material genético herdado apenas do lado materno) originárias dos povos ancestrais. A situação descrita pela Biologia é aparentemente paradoxal, mas pode ser explicada por circunstâncias associadas ao processo de colonização empreendido pelos europeus desde o século XVI.
- A) da migração espontânea que levou muitos povos a saírem das suas reservas para morar nas cidades coloniais, deixando de se considerarem índios.
- B) da mortandade dos homens indígenas e nascimento de filhos de pais europeus e mães indígenas que preservaram linhagens genéticas ancestrais.
- C) do desaparecimento do código genético indígena por meio do processo de colonização empreendido pelos europeus na região do Cone Sul.
- D) da alteração dos critérios de identificação étnica, admitindo-se que somente o código genético pode determinar quem é indígena na América Latina.
A alternativa correta é letra B) da mortandade dos homens indígenas e nascimento de filhos de pais europeus e mães indígenas que preservaram linhagens genéticas ancestrais.
Gabarito: Letra B
da mortandade dos homens indígenas e nascimento de filhos de pais europeus e mães indígenas que preservaram linhagens genéticas ancestrais.
De acordo com o estudo, a explicação para a diversidade genética entre os grupos mestiços pode estar nas ações promovidas pela colonização na América entre os séculos XVI e XIX.
Os autores do estudo destacam dois processos que tiveram maior contribuição para essa diversidade. Em primeiro lugar, a morte da imensa maioria da população indígena, sobretudo, de homens, o que teria causado o desaparecimento de muitas linhagens de DNA entre a pequena parcela atual de remanescentes desses povos. O segundo ponto seria o nascimento frequente de filhos mestiços, de pai europeu e de mãe indígena, em cujos descendentes foi preservado um número elevado de linhagens genéticas maternas de origem indígena.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: da migração espontânea que levou muitos povos a saírem das suas reservas para morar nas cidades coloniais, deixando de se considerarem índios.
As migrações dos povos indígenas muitas vezes aconteceram de forma compulsória, quando tinham que se deslocar de uma região da América para outra em função de conflitos entre as monarquias ibéricas, ou por processos de reordenamentos de aldeias ou de atividades econômicas. Os indígenas ao migrarem para as cidades não perdiam essa identidade que a todo momento era reforçada pelo poder colonial quando havia uma política de distinção de grupos.
Letra C: do desaparecimento do código genético indígena por meio do processo de colonização empreendido pelos europeus na região do Cone Sul.
Nessa alternativa a banca não explicitou de quais europeus está falando e de qual momento histórico. Se estiver falando do processo de migração e ocupação de áreas da América por europeus no século XIX não estaria correta, pois a diversidade do material genético dos indígenas já estava em mutação desde os séculos anteriores.
Letra D: da alteração dos critérios de identificação étnica, admitindo-se que somente o código genético pode determinar quem é indígena na América Latina.
O estudo aponta para uma diversidade do código genético indígena durante o período da colonização que é quase que impossível determinar quem é indígena de fato na América Latina.
Referência:
GARCIA, Rafael Garcia. “Ancestralidade dispersa”, Revista Pesquisa Fapesp, ano 20, n. 281, julho 2019.
789) A elaboração de novos estatutos para a Universidade de Coimbra, em 1772, como a criação das faculdades de filosofia e matemática, valorização das ciências naturais, criação de laboratórios e adoção de métodos experimentais em medicina, relacionou-se ao ensino no Brasil, pois
- A) determinou que os estudos, desde as primeiras letras, fossem cumpridos na colônia.
- B) estabeleceu o fechamento das escolas ligadas aos religiosos, notadamente aos jesuítas.
- C) exigiu que as universidades em estados como Rio de janeiro, Bahia e Pernambuco fossem abertas.
- D) realizou as políticas pombalinas de fortalecimento do Estado e enfraquecimento da igreja.
A alternativa correta é letra D) realizou as políticas pombalinas de fortalecimento do Estado e enfraquecimento da igreja.
Vamos analisar cada alternativa, para identificar a relação entre a reforma da Universidade de Coimbra e o ensino no Brasil.
A) Determinou que os estudos, desde as primeiras letras, fossem cumpridos na colônia.
INCORRETO. A reforma da Universidade de Coimbra não determinou que os estudos fossem cumpridos na colônia. Na verdade, a reforma visava modernizar a universidade e torná-la um centro de excelência em aprendizagem e pesquisa. No entanto, essa reforma teve um impacto indireto no Brasil, pois a modernização da universidade tornou-a mais atraente para estudantes brasileiros, que passaram a buscar uma educação superior em Portugal. Alternativa errada.
B) Estabeleceu o fechamento das escolas ligadas aos religiosos, notadamente aos jesuítas.
INCORRETO. A reforma da Universidade de Coimbra não estabeleceu o fechamento das escolas ligadas aos religiosos. No entanto, o Marquês de Pombal, que foi o responsável pela reforma, era conhecido por suas políticas anticlericais e pelo seu desejo de reduzir o poder da Igreja na sociedade portuguesa. No entanto, essa política não foi parte da reforma da Universidade de Coimbra. Alternativa errada.
C) Exigiu que as universidades em estados como Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco fossem abertas.
INCORRETO. A reforma da Universidade de Coimbra não exigiu a abertura de universidades no Brasil. Na verdade, a primeira universidade brasileira só foi fundada em 1808, muito depois da reforma da Universidade de Coimbra. Alternativa errada.
D) Realizou as políticas pombalinas de fortalecimento do Estado e enfraquecimento da igreja.
CORRETO. A reforma da Universidade de Coimbra, realizada pelo Marquês de Pombal, estava alinhada com suas políticas de fortalecimento do Estado e enfraquecimento da Igreja. Pombal acreditava que a educação deveria estar sob o controle do Estado, e não da Igreja, e essa crença se refletiu na reforma da universidade. Além disso, a reforma também buscou modernizar a universidade e torná-la um centro de excelência em aprendizagem e pesquisa, o que estava alinhado com o desejo de Pombal de fortalecer o Estado português. Alternativa correta.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA D.
790) Texto associado
- A) a explicação apresentada pela Europa e pelos Estados Unidos para as suas realidades étnico-culturais tem sido utilizada com muita eficácia no entendimento de outras situações.
- B) a formação do Brasil foi baseada na cultura indígena, europeia e africana, por isso, desde o início, a construção do Estado nacional teve de considerar essa relação multicultural.
- C) o debate e a reflexão sobre a construção da identidade nacional começaram nos demais países a partir do momento em que o conceito foi elaborado pelos europeus e americanos.
- D) o destaque internacional dado a esse termo começou a partir do final do século passado, quando as questões étnicas se tornaram evidentes nas nações do primeiro Mundo.
A alternativa correta é letra B) a formação do Brasil foi baseada na cultura indígena, europeia e africana, por isso, desde o início, a construção do Estado nacional teve de considerar essa relação multicultural.
Vamos analisar cada alternativa, para identificar a que melhor se encaixa com as informações apresentadas no texto.
A) a explicação apresentada pela Europa e pelos Estados Unidos para as suas realidades étnico-culturais tem sido utilizada com muita eficácia no entendimento de outras situações.
INCORRETO. O texto não sugere que as explicações de Europa e Estados Unidos sobre suas realidades étnico-culturais têm sido eficazes no entendimento de outras situações. Na verdade, o texto sugere que esses países começaram a discutir diversidade étnica e multiculturalismo apenas quando foram "invadidos por povos não brancos", enquanto o Brasil já nasceu multicultural e diverso. Portanto, essa alternativa não está correta.
B) a formação do Brasil foi baseada na cultura indígena, europeia e africana, por isso, desde o início, a construção do Estado nacional teve de considerar essa relação multicultural.
CORRETO. O texto sugere que o Brasil nasceu multicultural e diverso, o que é consistente com a ideia de que a formação do país foi baseada na cultura indígena, europeia e africana. Além disso, o texto sugere que o Brasil está "150 anos à frente do Primeiro Mundo" na questão da diversidade étnica e multiculturalismo, o que implica que a construção do Estado nacional brasileiro teve de considerar essa relação multicultural desde o início.
C) o debate e a reflexão sobre a construção da identidade nacional começaram nos demais países a partir do momento em que o conceito foi elaborado pelos europeus e americanos.
INCORRETO. O texto sugere que o debate e a reflexão sobre a construção da identidade nacional começaram nos Estados Unidos e na Europa apenas quando esses países se viram "invadidos por povos não brancos". Não há indicação de que o debate e a reflexão sobre a identidade nacional nos "demais países" começaram a partir do momento em que o conceito foi elaborado pelos europeus e americanos.
D) o destaque internacional dado a esse termo começou a partir do final do século passado, quando as questões étnicas se tornaram evidentes nas nações do primeiro Mundo.
INCORRETO. O texto não fornece informações sobre quando o termo "diversidade étnica" ou "multiculturalismo" começou a ganhar destaque internacional. Além disso, o texto sugere que esses termos começaram a ser discutidos nos Estados Unidos e na Europa apenas quando esses países se viram "invadidos por povos não brancos", mas não especifica quando isso ocorreu.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.