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Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

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841) Em ambas [as manufaturas têxteis e do ferro] a colônia contava com matéria-prima abundante e um mercado local de relativa importância. Já assinalei estas indústrias nos grandes domínios, incluídas na sua organização e produzindo só para eles. Mas, iniciadas aí, sua tendência era para se libertarem destes estreitos limites domésticos, tornarem-se autônomas, verdadeiras manufaturas próprias e comercialmente organizadas. Isto é particularmente o caso da indústria têxtil. Sobretudo em Minas Gerais, e também na capital do Rio de Janeiro, aparecem na segunda metade do século XVIII manufaturas autônomas e relativamente grandes. Dá-nos notícias delas o marquês do Lavradio, vice-rei do Rio de Janeiro, no Relatório com que entregou o governo ao sucessor em 1779. Mas, ao mesmo tempo, adverte contra o perigo de tais atividades, que não só faziam concorrência ao comércio do reino, como tornavam os povos da colônia por demais independentes. Enumera também os casos em que teve de intervir, suprimindo fábricas que se iam tornando por demais notórias, como a de Pamplona, em Minas Gerais, e outras.

  • A) após o processo contra os inconfidentes mineiros, alguns ministros portugueses perceberam a importância de garantir a autonomia econômica da capitania de Minas Gerais por meio do incentivo à produção de manufaturados em geral.
  • B) a partir da década de 1780 o governo português tem acordada com a Grã-Bretanha a troca de conhecimentos tecnológicos na área da indústria têxtil, e tais saberes chegaram ao Brasil por meio de uma grande imigração de industriais de Portugal.
  • C) a expansão industrial britânica, inaugurada com a Revolução Industrial, provocou entre os mercantilistas portugueses a preocupação em ampliar a produção de manufaturas nacionais, para o que contavam com ajuda decisiva da colônia americana.
  • D) poucos anos depois o alvará de 5 de janeiro de 1785 mandava extinguir todas as manufaturas têxteis da colônia, com exceção apenas das de panos grossos de algodão, que serviam para vestimenta dos escravos ou se empregavam em sacaria.
  • E) desde a última década do século XIX a Coroa portuguesa, por meio do Conselho Ultramarino, instituiu uma série de mecanismos com o objetivo de atender às necessidades da crescente manufatura têxtil no Brasil, inclusive com isenção tributária.

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A alternativa correta é letra D) poucos anos depois o alvará de 5 de janeiro de 1785 mandava extinguir todas as manufaturas têxteis da colônia, com exceção apenas das de panos grossos de algodão, que serviam para vestimenta dos escravos ou se empregavam em sacaria.

Essa alternativa é a correta porque o texto de Caio Prado Júnior menciona que o vice-rei do Rio de Janeiro, marquês do Lavradio, alertou sobre o perigo de as manufaturas têxteis se tornarem independentes e concorrerem com o comércio do reino. Em seguida, o texto afirma que "o alarma do vice-rei não caiu em surdos ouvidos", sugerindo que o governo português tomou medidas para controlar ou extinguir essas manufaturas. O alvará de 5 de janeiro de 1785, que proibiu as manufaturas têxteis na colônia, exceto as de panos grossos de algodão, é uma evidência disso.

842) Muitos jesuítas declaravam que estavam na América portuguesa em nome do rei e do Papa e que, em função disso, “exigiam” respeito e obediência de todos os moradores, inclusive, das autoridades políticas e religiosas. O padre Nobrega, em carta ao padre Simão Rodrigues, em 1550, afirmou que tinha dois desejos desde que havia chegado às terras brasileiras: o primeiro era ver os cristãos se comportando como tal e o segundo era que os índios aceitas sem a conversão verdadeiramente, adotando a Igreja católica como mãe.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra A) Certo

A afirmação está correta, pois os jesuítas, como o padre Nobrega, acreditavam que estavam na América portuguesa em nome do rei e do Papa, e que, portanto, tinham autoridade para exigir respeito e obediência de todos os moradores, inclusive das autoridades políticas e religiosas.

O padre Nobrega, em sua carta ao padre Simão Rodrigues, em 1550, expressou seus dois principais desejos: que os cristãos se comportassem como verdadeiros cristãos e que os índios aceitassem a conversão e adotassem a Igreja católica como mãe.

Essas afirmações demonstram que os jesuítas tinham uma visão de que estavam trabalhando em nome de uma autoridade superior e que tinham o direito de exigir obediência e respeito.

843) No Brasil colonial, o Estado reconhecia e acatava as leis da Igreja. Assim, os representantes do reino de Portugal executavam as sentenças dos tribunais religiosos, declaravam-se incompetentes em quaisquer litígios debatidos entre clérigos e só punia um eclesiástico se o crime fosse cometido contra um membro da nobreza. Apesar desses benefícios, não era permitido dar asilo nos templos ou mosteiros para os criminosos de qualquer tipo.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra B) Errado

Analisando o texto:

"No Brasil colonial, o Estado reconhecia e acatava as leis da Igreja. Assim, os representantes do reino de Portugal executavam as sentenças dos tribunais religiosos, declaravam-se incompetentes em quaisquer litígios debatidos entre clérigos e só punia um eclesiástico se o crime fosse cometido contra um membro da nobreza. Apesar desses benefícios, não era permitido dar asilo nos templos ou mosteiros para os criminosos de qualquer tipo."

O texto apresenta uma série de afirmações sobre a relação entre o Estado e a Igreja no Brasil colonial. A primeira parte do texto é correta, pois é historicamente comprovado que o Estado colonial brasileiro reconhecia e acatava as leis da Igreja. Os representantes do reino de Portugal de fato executavam as sentenças dos tribunais religiosos e se declaravam incompetentes em litígios debatidos entre clérigos.

No entanto, a parte que afirma que o Estado "só punia um eclesiástico se o crime fosse cometido contra um membro da nobreza" é parcialmente correta. O Estado colonial poderia punir um eclesiástico por crimes cometidos contra qualquer cidadão, não somente membros da nobreza. A punição poderia ser mais severa se o crime fosse cometido contra um membro da nobreza, mas isso não significa que os eclesiásticos estavam imunes a punições por crimes cometidos contra outros cidadãos.

A última frase do texto, "Apesar desses benefícios, não era permitido dar asilo nos templos ou mosteiros para os criminosos de qualquer tipo", é correta. A Igreja não tinha permissão para dar asilo a criminosos, independentemente da natureza do crime.

Portanto, considerando o texto como um todo, a afirmação é parcialmente correta e parcialmente incorreta. No entanto, como a questão não permite respostas parciais, a resposta mais adequada é ERRADO.

844) Durante o período colonial brasileiro, a escravidão foi uma instituição benigna e benéfica para os escravizados, proporcionando-lhes trabalho, abrigo e proteção.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra B) Errado

Analisemos a afirmação:

"Durante o período colonial brasileiro, a escravidão foi uma instituição benigna e benéfica para os escravizados, proporcionando-lhes trabalho, abrigo e proteção."

A escravidão, durante o período colonial brasileiro, foi uma forma de exploração de trabalho, e não uma instituição benigna e benéfica para os escravizados. A palavra "benigna", em geral, é usada para descrever algo que é gentil, benéfico ou não prejudicial, o que definitivamente não é uma descrição precisa da escravidão. Embora os escravizados tivessem trabalho, abrigo e alguma forma de proteção, esses "benefícios" eram resultados de sua condição de propriedade e não de uma relação benigna ou benéfica.

A escravidão era caracterizada pela violência, pela exploração e pela privação de direitos. Os escravizados eram propriedade de seus senhores, que tinham poder de vida e morte sobre eles. Eles eram forçados a trabalhar sob condições desumanas, muitas vezes até a exaustão ou morte, e eram sujeitos a castigos físicos brutais. Portanto, a escravidão não pode ser considerada benigna ou benéfica para os escravizados sob qualquer perspectiva.

Ademais, é importante notar que a forma como a questão está formulada pode levar o candidato a erro, pois usa palavras como "benigna" e "benéfica", que têm conotações positivas, para descrever uma instituição que foi marcada pela violência e pela exploração.

Portanto, o item está ERRADO.

845) As reformas pombalinas propuseram, em relação ao Brasil,

  • A) a expulsão dos mercedários e o afrouxamento das práticas mercantilistas.

  • B) a expulsão dos jesuítas e uma política de liberdade do indígena.

  • C) a criação de um sistema de intendências e a formação de companhias privilegiadas.

  • D) a subordinação da Igreja ao Estado e a permissão para o surgimento da imprensa.

  • E) o fomento às atividades manufatureiras na colônia e o combate aos espanhóis no sul.

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A alternativa correta é letra B) a expulsão dos jesuítas e uma política de liberdade do indígena.

Gabarito: ALTERNATIVA B

   

Sobre o período pombalino (1756-1777, período em que o Marquês de Pombal assumiu a proeminência entre os ministros de D. José I, iniciando uma série de reformas), é fundamental que o estudante tenha claro de que se trata de um momento de centralização do poder sobre todo império português, tendo no Marquês de Pombal o seu epicentro. Na América portuguesa, houve uma reorganização das estruturas administrativas, como a transferência da capital para o Rio de Janeiro e o aumento dos vínculos das autoridades coloniais com Lisboa. Assim, avaliemos as alternativas propostas.

 
  • a)  a expulsão dos mercedários e o afrouxamento das práticas mercantilistas.

Mercedários são os integrantes da Ordem de Nossa Senhora das Mercês; no entanto, o grande problema do Marquês de Pombal era contra os jesuítas, que tinham grande influência em áreas importantes do território. Além disso, não se tratava de um momento de afrouxamento do mercantilismo, política econômica por excelência do Antigo Regime, mas sim do seu estreitamento, impondo novas formas de controle sobre as colônias para fortalecer o reino e o poder central. Alternativa errada.

 
  • b)  a expulsão dos jesuítas e uma política de liberdade do indígena.

O embate entre o Marquês de Pombal e o alto clero foi um ponto importante desse momento da política portuguesa. Pombal entendia que, ao longo dos séculos, os jesuítas conseguiram atingir um posições muito avançadas dentro do império português sob o discurso da cristianização indígena. Com muito poder em suas mãos e posições muito bem estabelecidas, considerava Pombal, os jesuítas podiam ser a qualquer momento fatores de desestabilização para os seus planos de modernização do Estado. Assim, desmontar as suas estruturas de poder e acossá-los no mundo colonial foi uma das prioridades políticas pombalinas. Nesse contexto é que se insere a criação do Diretório do Índio, que pretendia diminuir a influência dos jesuítas ao colocar o Estado presente na questão indígena, que sempre foi uma das principais atuações da ordem cristã na América. Ou seja, além de expulsar a Ordem da Companhia de Jesus do espaço colonial, trazia para o Estado uma maior responsabilidade sobre os povos originários numa forma assimilacionista que se confundia com um discurso de libertação. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • c)  a criação de um sistema de intendências e a formação de companhias privilegiadas.

De fato, o período pombalino marcou, para o Brasil, a formação da Companhia do Grão-Pará e Maranhão e da Companhia de Pernambuco e Paraíba, que deveriam se dedicar ao comércio de escravos para equacionar os problemas de mão de obra na colônia. No entanto, o sistema de intendências havia sido estruturado no Brasil por volta da década de 1730 (ou seja, antes de Pombal), como forma de ampliar o controle metropolitano sobre a mineração e a cobrança de impostos. Alternativa errada.

 
  • d)  a subordinação da Igreja ao Estado e a permissão para o surgimento da imprensa.

Apesar dos grandes enfrentamentos com o clero, Pombal não chegou propriamente a subordinar a Igreja ao Estado português, que continuou marcadamente católico e ligado ao absolutismo monárquico. Consequentemente, a construção na alternativa é imprecisa quanto a isso, ainda que, sim, seja um fato decisivo do período pombalino a concentração de poderes sob o Estado e o esvaziamento do poder eclesiástico. No entanto, o controle rígido sobre a colônia pretendido por Pombal jamais permitiria o funcionamento de uma imprensa livre dentro do império português. Mesmo em Portugal as forças de oposição eram vistas com baixo grau de tolerância e isso jamais seria admitido para o espaço colonial, que enfrentou grande arrocho. Alternativa errada.

 
  • e)  o fomento às atividades manufatureiras na colônia e o combate aos espanhóis no sul.

É do período pombalino uma relativa estabilização entre os domínios português e espanhol na América do Sul, o que se deu, sobretudo, com a celebração de tratados territoriais como o Tratado de Madri e o Tratado de Santo Idelfonso. Portanto, ainda que houvesse, sim, escaramuças com as posições espanholas, não foi uma questão realmente importante no período em tela. No entanto, é completamente equivocado se pensar no fomento à manufatura nas colônias. Pelo contrário, Pombal estava buscando o fortalecimento das indústrias portuguesas e as colônias eram os mercados consumidores mais óbvios; então, jamais seria aceito este tipo de concorrência. Alternativa errada.

   

Portanto, está correta a ALTERNTIVA B.

846) Após o domínio holandês, na segunda metade do século XVII, a capitania do Rio Grande (do Norte) conheceu o:

  • A) maior levante indígena contra a colonização portuguesa que penetrava no interior potiguar.

  • B) começo da cultura algodoeira, motivada pela crise internacional, a partir da guerra de Secessão, nos EUA.
  • C) apogeu da exploração salineira nas regiões de Macau e Areia Branca para atender ao comércio externo.
  • D) declínio da atividade açucareira e algodoeira, uma vez que os holandeses deixaram a capitania arrasada.

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A resposta correta é a letra A) maior levante indígena contra a colonização portuguesa que penetrava no interior potiguar.

Após o domínio holandês, na segunda metade do século XVII, a capitania do Rio Grande (do Norte) conheceu o maior levante indígena contra a colonização portuguesa que penetrava no interior potiguar. Isso ocorreu porque os indígenas se sentiram ameaçados pela expansão portuguesa em seu território e decidiram se rebelar contra a colonização.

847) A guerra contra os holandeses, também conhecida como “guerra do açúcar” destacou alguns personagens. Faça a correlação entre os dois blocos.

  • A) 4, 2, 1, 3, 5
  • B) 5, 4, 2, 1, 3
  • C) 4, 5, 1, 2, 3
  • D) 3, 5, 2, 4, 1
  • E) 2, 3, 5, 1, 4

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A alternativa correta é letra C) 4, 5, 1, 2, 3

Gabarito: Letra C

 

Vamos comentar personagem por personagem.

 

André Vidal de Negreiros

 

Nascido na Paraíba, era filho de proprietário de engenho. Participou ativamente na guerra contra os holandeses, sendo considerado o principal elemento da resistência ao domínio batavo no Nordeste. Participou ativamente de todas as fases de ocupação dos holandeses. Um dos episódios mais conhecidos da narrativa sobre André Vidal de Negreiros foi o incêndio proposital no canavial de seu pai quando os holandeses iniciaram a ocupação da Paraíba.

 

Felipe Camarão

 

Era indígena, membro da população potiguar. Lutou ao lado dos luso-brasileiros na expulsão dos holandeses comandando um batalhão de indígenas.

 

Henrique Dias

 

Era negro liberto e comandou uma tropa de negros libertos na guerra contra os holandeses.

 

Domingos Fernandes Calabar

 

Tornou-se o símbolo da traição nas guerras holandesas. Ainda é um mistério para a historiografia saber os motivos pelos quais Calabar passou para o lado dos batavos. Foi decisivo em várias batalhas, atuando como guia, flanqueando o inimigo, furando cerco de guerrilhas, combatendo na linha de frente, inclusive em batalhas navais.

 

João Fernandes Vieira

 

Era português e na época da invasão holandesa vivia endividado e em grande penúria. Inicialmente lutou ao lado dos luso-brasileiros contra a ocupação batava. Mas depois que a derrota era inevitável passou para o lado dos holandeses e se tornou um grande colaborador dos mesmos. Nessa época contraiu muitos empréstimos para aumentar suas propriedades. Quando a Companhia das Índias Ocidentais resolveu cobrar as dívidas contraídas por muitos senhores de engenho, João Fernandes foi um dos primeiros a fazer resistência a essa medida, uma vez que também estava endividado. Passou para o lado dos luso-brasileiros, transformando-se em comandante de um exército de libertação.

 

Portanto, a sequência correta é 4,5,1,2,3.

(1) André Vidal de Negreiros

(4) Um dos aliados mais destacados que auxiliou os batavos a furar o cerco da guerrilha.

(2) Felipe Camarão

(5) Proprietário com grande dívida que queria livrar-se da Companhia das Índias Ocidentais. Transformou-se em comandante de um exército de libertação.

(3) Henrique Dias

(1) Paraibano, considerado o germe da resistência, chegou a incendiar os canaviais do próprio pai para manter viva a insubmissão nativista das terras do baixo Paraíba.

(4) Domingos Fernandes Calabar

(2) Conduzia índios e dizia estar em perseguição aos negros.

(5) João Fernandes Vieira

(3) Liderava um grupo de negros livres que simulava uma fuga.

 

Resposta baseada nas fontes:

 

VAINFAS, Ronaldo. Dicionário do Brasil Colonial (1500-1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

 

VAINFAS, Ronaldo. “Tempo dos flamengos: a experiência colonial holandesa”. In: GOUVÊA, Maria de Fátima e FRAGOSO, João Luís Ribeiro. O Brasil Colonial – volume 2 (1580-1720). Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 2017.

848) Texto para a questão.

  • A) Do início ao fim da colonização, o Estado português não abriu mão do controle total sobre o empreendimento, razão pela qual resistiu às investidas da iniciativa privada, no sentido de assumir papel relevante na exploração econômica da colônia.

  • B) A organização da vida econômica e social do Brasil no período colonial, assentada no inédito sistema de capitanias hereditárias, teve êxito — como atestam Pernambuco e São Vicente — porque o rígido controle estatal sobrepunha-se aos parcos poderes conferidos aos donatários.

  • C) A reprodução dos mecanismos políticos portugueses, a começar pela transposição das instituições metropolitanas para a colônia, tornou o Brasil imune a uma realidade marcante na América de colonização espanhola, o patrimonialismo, cujos desdobramentos chegam aos dias atuais.
  • D) Quer por seu exíguo território, quer por possuir apenas uma colônia na América, Portugal, diferentemente de sua vizinha Espanha, não sentiu diretamente os efeitos daquilo que o texto classifica de “amplo quadro da competição entre as várias potências”.
  • E) A opção pela agricultura como motor da colonização do Brasil foi decisão a que chegou Portugal, premido pelas circunstâncias, a começar pela inexistência de riquezas minerais na colônia, que serão descobertas apenas em fins do século XVII.

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A alternativa correta é letra E) A opção pela agricultura como motor da colonização do Brasil foi decisão a que chegou Portugal, premido pelas circunstâncias, a começar pela inexistência de riquezas minerais na colônia, que serão descobertas apenas em fins do século XVII.

Essa opção é a correta porque, de fato, Portugal optou pela agricultura como motor da colonização do Brasil, pois não havia riquezas minerais na colônia, ao contrário do que ocorria em outras colônias espanholas. A descoberta de riquezas minerais, como o ouro, só ocorreu no final do século XVII, com a descoberta das minas de ouro em Minas Gerais.

849) O bandeirismo explorou a maior parte do território brasileiro, atingindo ainda terras de alguns dos países que fazem hoje limites com o Brasil. Dentre os diversos fatores de seu surgimento, é incorreto afirmar:

  • A) A falta de recursos da Vila de S. Paulo nos primeiros tempos de sua história, obrigando seus habitantes a penetrarem no sertão, uma vez que a barreira representada pela Serra do Mar impedia a exportação de produtos coloniais.
  • B) A necessidade que tinham os engenhos do Nordeste de uma quantidade enorme de escravos para o trabalho na lavoura da cana.
  • C) A procura de riquezas minerais.
  • D) A necessidade de defesa do governo na colônia que não tinha tropas disponíveis à altura para enfrentar inimigos estrangeiros.
  • E) As dificuldades do governo colonial na solução dos problemas externos.

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A alternativa correta é letra E) As dificuldades do governo colonial na solução dos problemas externos.

O bandeirismo foi um movimento de exploração e conquista do território brasileiro que ocorreu no período colonial. Ele surgiu em decorrência de vários fatores, como a falta de recursos da Vila de São Paulo, a necessidade de escravos para os engenhos do Nordeste, a procura de riquezas minerais e a necessidade de defesa do governo colonial.

No entanto, a alternativa E) As dificuldades do governo colonial na solução dos problemas externos não é um fator que contribuiu para o surgimento do bandeirismo. O bandeirismo foi uma iniciativa privada, liderada por paulistas, que visava a explorar e conquistar o território brasileiro, e não uma ação do governo colonial para solucionar problemas externos.

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850) Durante o século XVII, os holandeses realizaram duas invasões ao Brasil: na Bahia e em Pernambuco. A partir de Pernambuco, os holandeses estenderam seu domínio a grande parte do Nordeste brasileiro, onde permaneceram por 24 anos.

  • A) FVFV
  • B) VFVF
  • C) VVVF
  • D) VVFV
  • E) FFVF

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A alternativa correta é letra C) VVVF

Gabarito: Letra C

 

(V) O interesse dos holandeses em invadir o Nordeste era garantir a dominação e o controle sobre a produção açucareira local.
 
Antes da União Ibérica (1580-1640) portugueses e holandeses eram importantes parceiros comerciais do açúcar. Tudo mudou quando D. Sebastião desapareceu na Batalha de Alcácer-Quibir e o trono português, sem quaisquer herdeiros, foi requisitado por Filipe II, da Espanha. A invasão holandesa ao Nordeste brasileiro está atrelada ao contexto de guerras europeias, isso porque os holandeses estavam em conflito pela independência contra a monarquia espanhola. Como Portugal passou a compor a monarquia espanhola, os holandeses entenderam Portugal como inimigo e decidiram ocupar o Nordeste para garantir diretamente o controle sobre a produção do açúcar colonial.

 

(V) Embora adeptos do calvinismo, os holandeses implantaram a liberdade religiosa, para evitar possíveis atritos com os luso brasileiros.


Os holandeses perceberam que necessitavam do apoio da população luso-brasileira para garantir a dominação. Assim, estabeleceram a tolerância religiosa, admitindo-se cultos católicos e instalando sinagogas do judaísmo.

 

(V) A capital da Paraíba, até então Filipéia, durante o domínio holandês, passou a denominar-se Frederica.

 

Quando os holandeses ocuparam a Paraíba a partir de 1634-1635 alteraram o nome da capital Filipéia para Frederica ou Frederikstad em homenagem ao príncipe Frederico de Orange.

 

(F) Os holandeses invadiram o Brasil pressionados pela necessidade de defender o monopólio africano do tráfico de escravos ameaçado pelo acordo comercial anglo- espanhol.

 

Como visto, os holandeses invadiram o Brasil como retaliação ao conflito contra os espanhóis, graças à ação da Companhia de Comércio das Índias Ocidentais que buscava colônias para lucrar. A invasão ao Nordeste visava controlar a produção do açúcar brasileiro sem a necessidade de negociar o preço com os portugueses, uma vez que poderiam produzir, transportar e vender diretamente na Europa. Mais tarde, a mesma Companhia de Comércio foi responsável por ocupar a colônias portuguesas na África para transportar a mão de obra escrava para o Nordeste.

 

Resposta baseada nas fontes:

 

MELLO, J. Otávio de A. História da Paraíba. A UNIÃO, João Pessoa, 2002.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: das sociedades sem Estado às monarquias absolutistas, volume 1. São Paulo: Saraiva, 2010.

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