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Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

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881) Após invadirem o nordeste brasileiro, os holandeses conquistaram o apoio de alguns importantes senhores de engenho e proprietários de terras. Esse apoio foi obtido com a ajuda de várias medidas empregadas pelo governo de Maurício de Nassau, dentre as quais podemos destacar

  • A) a introdução de novas técnicas de cultivo da cana e a organização de um governo democrático.
  • B) o estimulo à produção de diversas culturas, sem ênfase na exportação do açúcar, e ao desenvolvimento do mercado interno.
  • C) a tolerância religiosa e a distribuição dos lucros da Companhia das Índias Ocidentais entre a elite local.
  • D) a concessão de empréstimos e a taxação de impostos mais baixos que os cobrados por Portugal.
  • E) a urbanização das regiões dominadas e a igualdade de tratamento aplicada a holandeses, portugueses, judeus e negros.

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A alternativa correta é letra D) a concessão de empréstimos e a taxação de impostos mais baixos que os cobrados por Portugal.

Essa alternativa é correta porque Maurício de Nassau, governador holandês do Brasil, adotou medidas para conquistar o apoio dos senhores de engenho e proprietários de terras no nordeste brasileiro. Entre essas medidas, destacam-se a concessão de empréstimos e a taxação de impostos mais baixos que os cobrados por Portugal. Isso permitiu que os senhores de engenho e proprietários de terras se beneficiassem economicamente e, consequentemente, apoiassem a ocupação holandesa.

882) Durante o período da ocupação holandesa no território que hoje corresponde ao Rio Grande do Norte,

  • A) ocorreu grande crescimento da produção açucareira, superando Pernambuco e Bahia.
  • B) não houve crescimento econômico, restando dele, segundo Tavares Lyra, “apenas uma triste lembrança”.
  • C) iniciou-se, no litoral, a exploração do pau-brasil, produto de grande interesse comercial.
  • D) houve convivência pacífica entre indígenas tapuias e potiguares e colonos luso-brasileiros, unidos contra os invasores.
  • E) foi criada a primeira alfândega brasileira em Natal, para controlar a entrada de produtos europeus.

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A alternativa correta é letra B) não houve crescimento econômico, restando dele, segundo Tavares Lyra, “apenas uma triste lembrança”.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar a opção correta que corresponda ao período da ocupação holandesa no território que hoje corresponde ao Rio Grande do Norte.

 

A) ocorreu grande crescimento da produção açucareira, superando Pernambuco e Bahia.

INCORRETO. A produção açucareira no período da ocupação holandesa no território que hoje corresponde ao Rio Grande do Norte não superou a produção de Pernambuco e Bahia. Na verdade, a região do Rio Grande do Norte não era um grande centro produtor de açúcar. O foco dos holandeses era, principalmente, a região de Pernambuco, que era o maior produtor de açúcar na América Portuguesa. Alternativa errada.

 

B) não houve crescimento econômico, restando dele, segundo Tavares Lyra, “apenas uma triste lembrança”.

CORRETO. A ocupação holandesa no território do Rio Grande do Norte não trouxe um crescimento econômico significativo para a região. A exploração dos recursos naturais, principalmente o sal, não foi suficiente para impulsionar a economia local. A citação de Tavares Lyra é correta, pois o período da ocupação holandesa é lembrado como um período de lutas e resistência, e não de crescimento econômico. Alternativa correta.

 

C) iniciou-se, no litoral, a exploração do pau-brasil, produto de grande interesse comercial.

INCORRETO. A exploração do pau-brasil já havia se iniciado muito antes da ocupação holandesa, ainda no início do século XVI, e não foi um produto de grande interesse comercial durante o período da ocupação holandesa, que ocorreu no século XVII. Alternativa errada.

 

D) houve convivência pacífica entre indígenas tapuias e potiguares e colonos luso-brasileiros, unidos contra os invasores.

INCORRETO. A relação entre os indígenas e os colonos luso-brasileiros durante a ocupação holandesa não foi pacífica. Na verdade, houve muitos conflitos entre os colonos e os indígenas, que eram aliados dos holandeses. Alternativa errada.

 

E) foi criada a primeira alfândega brasileira em Natal, para controlar a entrada de produtos europeus.

INCORRETO. A primeira alfândega brasileira não foi criada em Natal durante a ocupação holandesa. A primeira alfândega brasileira foi criada em Salvador, na Bahia, ainda no século XVI. Alternativa errada.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

883) NÃO foi característica do governo de Nassau em Pernambuco a(o)

  • A) tolerância religiosa.
  • B) investimento em obras urbanas.
  • C) estímulo à vida cultural nos domínios holandeses.

  • D) concessão de crédito ao senhor de engenho.

  • E) expulsão dos calvinistas do território nordestino.

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A alternativa correta é letra E) expulsão dos calvinistas do território nordestino.

O governo de Nassau em Pernambuco, que ocorreu entre 1637 e 1644, foi caracterizado por uma política de tolerância religiosa, permitindo a coexistência de católicos, judeus e calvinistas no território. Além disso, Nassau investiu em obras urbanas, como a construção de estradas, pontes e edifícios, e estimulou a vida cultural nos domínios holandeses. Ele também concedeu crédito aos senhores de engenho para impulsionar a economia local.

884) A política externa de D. João VI, quando imperador do Brasil, determinou que se realizassem ações militares em territórios vizinhos ao Brasil. Esses territórios foram a

  • A) Guiana Francesa e a França Antártica.
  • B) Guiana Inglesa e a Província Cisplatina.
  • C) Guiana Francesa e a Província Cisplatina.
  • D) Guiana Inglesa e a França Antártica.
  • E) Guiana Francesa e a Guiana Inglesa.

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A alternativa correta é letra C) Guiana Francesa e a Província Cisplatina.

Gabarito: ALTERNATIVA C

 

 

A política externa de D. João VI, quando imperador do Brasil, determinou que se realizassem ações militares em territórios vizinhos ao Brasil. Esses territórios foram a

  • a)  Guiana Francesa e a França Antártica.

Sobre este assunto, é importante que o estudante se recorde sobre o motivo da fuga da família real portuguesa para o Brasil: a França napoleônica declarara guerra contra Portugal. Ou seja, ainda que transferindo a sede do império para o Rio de Janeiro, Portugal continuava em guerra contra a França. No entanto, a Marinha francesa fora arruinada na Batalha de Trafalgar (1805) e já não tinha capacidade de projetar poder de fato na América - consequentemente, suas colônias estavam vulneráveis. Nesse contexto, D. João VI ordenou uma invasão da Guiana Francesa (também referida como França Equinocial), alterando as fronteiras ao norte. No entanto, a França Antártica já não existia em 1808, uma vez que foi a colônia francesa estabelecida na América com a invasão do Rio de Janeiro em entre 1555 e 1570. Ou seja, não guarda nenhuma relação com o período joanino (1808-1821). Alternativa errada.

 

  • b)  Guiana Inglesa e a Província Cisplatina.

Ora, não haveria sentido Portugal agredir a Guiana Inglesa, uma vez que a Inglaterra era a mais importante aliada de Portugal. Inclusive, a Inglaterra fornecera a escolta naval para a fuga da família real portuguesa para a América, sendo que Portugal entrou em rota de colisão com a França napoleônica após se recusar a aderir ao bloqueio continental imposto contra a Inglaterra. Alternativa errada.

 

  • c)  Guiana Francesa e a Província Cisplatina.

A Província Cisplatina era um ponto de atrito histórico entre Portugal e Espanha na América do Sul; afinal, tratava-se de um ponto estratégico para a projeção na Bacia do Prata. Com a tomada da Espanha pela França, foi entronizado um Bonaparte como rei espanhol, o que fragilizou o controle metropolitano sobre todo o império colonial. As províncias do Prata estavam em franca movimentação para a independência frente ao controle espanhol e as tensões entre o extremo sul brasileiro e a Banda Oriental cresciam significativamente. Em 1811, evitando o controle de Buenos Aires sobre a região, D. João VI ordenou o envio de tropas e derrotou as forças de unificação do Prata. Em 1816, no entanto, decidiu-se por uma invasão com finalidade de anexação territorial, uma campanha militar que se estenderia até 1820, quando José Artigas é derrotado e a Cisplatina é anexada ao Reino do Brasil. Como comentado acima, a invasão portuguesa contra a Guiana Francesa estava inserida no contexto da guerra entre França e Portugal e foi amplamente incentivada pela Inglaterra. ALTERNATIVA CORRETA.

 

  • d)  Guiana Inglesa e a França Antártica.

Como comentado acima, o projeto da França Antártica fora esvaziado no século XVI e a Inglaterra era a principal aliada de Portugal. Alternativa errada.

 

  • e)  Guiana Francesa e a Guiana Inglesa.

Como comentado acima, a Inglaterra era a principal aliada de Portugal. Ou seja, não haveria sentido em agredir um território inglês. Alternativa errada.

 

 

Por fim, note o estudante que perceber que a Inglaterra era a principal aliada de Portugal seria mais do que suficiente para eliminar três das quatro alternativas erradas. Ou seja, mais do que propriamente conhecer as ações militares portuguesas durante o Período Joanino, seria interessante compreender o quadro básico das relações portuguesas no período, o que permitiria aumentar sobremaneira as chances de acerto. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

885)

  • A) se somente a afirmativa I estiver correta.
  • B) se somente a afirmativa II estiver correta.
  • C) se somente a afirmativa III estiver correta.
  • D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
  • E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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A alternativa correta é letra E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Gabarito: Letra E

 

Todas as afirmativas estão corretas.

 

Vamos analisá-las?

 

I. O quadro realiza uma alegoria da pacificação, presente no primeiro plano, com um ferido da batalha sendo atendido por uma mulher acompanhada de crianças, e os demais combatentes ajoelhados, em posição de prece, diante da representação do Rei. (CORRETA)

 

O quadro do pintor espanhol Juan Bautista Maíno intitulado Recuperación de La Bahía de Todos los Santos representa na visão do artista como teria ocorrido a expulsão dos holandeses da Bahia no ano de 1625. O quadro parece mostrar um momento posterior à expulsão. Notamos no primeiro plano, um homem ferido sendo atendido por uma mulher acompanhada de crianças. Para alguns estudiosos dessa obra, a mulher representaria a caridade que acolheria um soldado ferido. Os demais combatentes estão ajoelhados, em posição de prece, diante da representação do rei espanhol, Filipe IV, que está sendo coroado com uma coroa de louro, símbolo da vitória. Sua coroação é feita pela deusa da vitória, Minerva, e por Gaspar de Guzman, o conde-duque de Olivares.

  

II. À direita do quadro a representação do rei espanhol simboliza a restauração do domínio colonial sobre o Atlântico Sul e exalta triunfalmente o sucesso da campanha hispano-portuguesa contra os holandeses. (CORRETA)

 

O pintor buscou retratar o rei espanhol Filipe IV como um monarca vitorioso e principal nome da restauração do Brasil. A imagem do monarca é apresentada em uma tapeçaria aos combatentes através do comandante D. Fradique de Toledo, encarregado de expulsar os holandeses da Bahia. Interessante é que a pintura foi encomendada para representar os 10 anos da vitória das forças hispano-portuguesas na Bahia e ficou pronta no mesmo momento em que os holandeses já haviam conquistado Pernambuco.

 

III. No plano de fundo, a vista da baía, com barcos e tropas, mostra a importância da defesa e preservação da região por ser ponto estratégico da articulação comercial com a África e ponta de lança para atingir as demais capitanias do Nordeste. (CORRETA)

 

Essa baía era uma das áreas principais da Bahia e do Nordeste. Era local de desembarque de escravizados e de embarque dos principais produtos coloniais para o mercado externo. Naquele contexto de guerras, onde os principais combates se realizavam em navios, conquistar o mar e fechá-lo a invasores era ter controle total sobre o território.

  

Referências:

 

JUNIOR, Rafael Alves Pinto. A obra de arte como representação de vitória: Maíno e La recuperación de Bahía del Brasil en 1625. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais Maio/ Junho/ Julho/ Agosto de 2010 Vol. 7 Ano VII. nº 2

 

MUSEO DEL PRADO. La recuperación de Bahía de Todos los Santos. Disponível em: https://www.museodelprado.es/coleccion/obra-de-arte/la-recuperacion-de-bahia-de-todos-los-santos/6097f5ec-0faa-46b4-bee6-aa48043ab2c1

 

VAINFAS, Ronaldo. "Tempo dos flamengos: a experiência colonial holandesa". In: FRAGOSO, João Luís Ribeiro e GOUVÊA, Maria de Fátima (Orgs.). O Brasil Colonial. volume 2 . Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 2017.

886) Sobre a invasão e a presença holandesa no Pernambuco do século XVII, assinale a alternativa CORRETA.

  • A) Os holandeses permaneceram em Pernambuco, até o final do século XVII.

  • B) A presença holandesa no Nordeste se restringiu a Pernambuco, não ocupando outras capitanias.

  • C) O governo de Maurício de Nassau foi muito bem avaliado pela WIC.

  • D) Com a invasão, o interesse econômico maior dos holandeses era o acesso ao lucrativo comércio do açúcar.

  • E) A capital do governo holandês em Pernambuco foi a cidade de Olinda.

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A alternativa correta é letra D) Com a invasão, o interesse econômico maior dos holandeses era o acesso ao lucrativo comércio do açúcar.

Essa alternativa é correta porque a invasão holandesa em Pernambuco no século XVII foi motivada pelo interesse econômico em controlar a produção e o comércio de açúcar, que era um produto muito lucrativo na época. Os holandeses queriam ter acesso ao mercado de açúcar brasileiro e controlar a produção e a exportação desse produto.

As outras alternativas estão erradas porque:

  • A) Os holandeses não permaneceram em Pernambuco até o final do século XVII. Eles foram expulsos em 1654.
  • B) A presença holandesa no Nordeste não se restringiu a Pernambuco. Eles também ocuparam outras capitanias, como a Paraíba e o Rio Grande do Norte.
  • C) O governo de Maurício de Nassau não foi muito bem avaliado pela WIC (Companhia Holandesa das Índias Ocidentais). Nassau foi criticado por sua política de conciliação com os colonos portugueses e por não ter alcançado os objetivos econômicos esperados.
  • E) A capital do governo holandês em Pernambuco foi a cidade de Recife, não Olinda.

887) A primeira metade do século XVII em Pernambuco foi marcada pela invasão holandesa à capitania. A presença holandesa em Pernambuco durou 24 anos, estendendo-se de 1630 a 1654. Essa invasão foi motivada por vários fatores, dos quais é CORRETO destacar

  • A) o sucesso da colonização holandesa no sul da América e a vontade da Holanda de expandir seus domínios no Novo Mundo.
  • B) a necessidade de algodão, produto amplamente produzido na capitania de Pernambuco, por parte das indústrias têxteis holandesas.
  • C) o bloqueio da Coroa Espanhola ao acesso holandês ao comércio do açúcar produzido em Pernambuco.
  • D) a presença das tropas holandesas na Bahia, desde 1625.
  • E) os interesses dos comerciantes e senhores de engenho locais em comercializar com os holandeses, em detrimento dos portugueses.

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A alternativa correta é letra C) o bloqueio da Coroa Espanhola ao acesso holandês ao comércio do açúcar produzido em Pernambuco.

Gabarito: Letra C

 

(o bloqueio da Coroa Espanhola ao acesso holandês ao comércio do açúcar produzido em Pernambuco.)

  

A invasão holandesa ao Nordeste remonta a uma série de conflitos entre holandeses e espanhóis na Europa do século XVI.

 

Filipe II, monarca espanhol, era intolerante às demais religiões e determinou uma invasão do território holandês, que gozava de autonomia dentro do Império espanhol. Os holandeses, protestantes, responderam lutando pela independência política, econômica e territorial da monarquia espanhola cujo credo oficial era o catolicismo.

 

Quando Portugal ficou sem rei, pois D. Sebastião, que participou de uma campanha contra os mouros na África desapareceu, e seu sucessor, o cardeal D. Henrique faleceu dois anos depois, a coroa portuguesa passou a compor a monarquia espanhola por herança.

 

Assim, como holandeses e espanhóis já estavam em conflito, a união das coroas ibéricas fez com que Portugal fosse arrastado para a guerra, sendo proibido de comercializar o açúcar com os holandeses.

 

Portanto, os holandeses passaram a articular um movimento para ocupar as áreas mais fracas do império espanhol, justamente as que pertenciam a Portugal.

 

Primeiro, o Nordeste a fim de garantir o controle direto da produção açucareira. Depois, as colônias na costa da África para obter escravos e enviar ao Nordeste para trabalhar na lavoura da cana-de-açúcar.

 

Os holandeses permaneceram no Nordeste por 24 anos até que foram expulsos pelos luso-brasileiros em 1654.

 

Uma vez expulsos, os holandeses montaram uma colônia no Caribe e passaram a produzir açúcar com a experiência que tiveram no Brasil.

 

O açúcar caribenho passou a concorrer com o açúcar brasileiro que progressivamente foi perdendo prestígio no mercado europeu.

  

Por que as demais estão incorretas?

  

Letra A: o sucesso da colonização holandesa no sul da América e a vontade da Holanda de expandir seus domínios no Novo Mundo.

 

A colonização dos Países Baixos na América Portuguesa foi motivada pelo bloqueio comercial feito pelos espanhóis em função da guerra de independência das províncias unidas dos Países Baixos. Como os holandeses eram os principais negociadores do açúcar brasileiro e ficaram sem esse produto devido ao embargo espanhol decidiram organizar um projeto de colonização da região produtora de açúcar, no caso, o Nordeste.

  

Letra B: a necessidade de algodão, produto amplamente produzido na capitania de Pernambuco, por parte das indústrias têxteis holandesas.

 

Foi a necessidade de obter o açúcar, produzido amplamente por Pernambuco, que fez com que os holandeses invadissem essa área.

  

Letra D: a presença das tropas holandesas na Bahia, desde 1625.

 

A primeira tentativa de invasão holandesa foi sobre a Bahia, que era a sede do governo brasileiro. Essa invasão durou apenas um ano e não obteve sucesso, pois os holandeses foram expulsos em 1625.

  

Letra E: os interesses dos comerciantes e senhores de engenho locais em comercializar com os holandeses, em detrimento dos portugueses.

 

Os comerciantes e senhores de engenho passaram a comercializar com os holandeses após a invasão, portanto, trata-se de uma consequência. Não foi esse o motivo para a ocupação do nordeste pelos holandeses.

 

Referência:

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: das sociedades sem Estado às monarquias absolutistas, volume 1. São Paulo: Saraiva, 2010. 

888) Os holandeses desembarcaram em Pernambuco no ano de 1630, em nome da Companhia das Índias Ocidentais (WIC), e foram aos poucos ocupando a costa que ia da foz do Rio São Francisco ao Maranhão, no atual Nordeste brasileiro. Eles chegaram ao ponto de destruir Olinda, antiga sede da capitania de Duarte Coelho, para erguer no Recife uma pequena Amsterdã.

  • A) era a mais importante área produtora de açúcar na América portuguesa.

  • B) possuía as mais ricas matas de pau-brasil no litoral das Américas.

  • C) contava com o porto mais estratégico para a navegação no Atlântico Sul.

  • D) representava o principal entreposto de escravos africanos para as Américas.

  • E) constituía um reduto de ricos comerciantes de açúcar de origem judaica.

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A alternativa correta é letra A) era a mais importante área produtora de açúcar na América portuguesa.

Gabarito: Letra A (era a mais importante área produtora de açúcar na América portuguesa.)

 

As Províncias Unidas dos Países Baixos era composta por sete províncias. A mais conhecida era a província da Holanda. Essas províncias faziam parte do Império espanhol desde o reinado de Carlos V. Quando Filipe II, filho de Carlos V, assumiu o trono espanhol, decidido a retirar a autonomia dessas províncias e ao adotar uma política de intolerância para com as outras religiões não católicas, jogou as províncias para o conflito contra a Espanha, isso porque a religião predominante nos Países Baixos era o calvinismo.

 

Assim em 1579, as províncias entraram em guerra contra os espanhóis buscando a independência. No ano seguinte, Portugal ficou sem governante e passou a compor a monarquia com a Espanha, na chamada União Ibérica. Quando Filipe II decide impedir o comércio “holandês” em Portugal, a guerra recaiu sobre os portugueses também. 

 

Logo, os “holandeses” decidiram ocupar os territórios portugueses através de duas empresas: A Companhia das Índias Ocidentais, responsável por ocupar o Nordeste brasileiro e a África e a Companhia das Índias Orientais, que conquistou áreas portuguesas na Ásia.

 

A ocupação do Nordeste pelos “holandeses” ocorreu por interesses comerciais, a fim de garantir o controle da produção do açúcar para levar ao mercado europeu.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra B: possuía as mais ricas matas de pau-brasil no litoral das Américas.

 

Os “holandeses” ocuparam o Nordeste em busca da produção açucareira e não do pau-brasil. O comércio do pau-brasil foi muito lucrativo nas três primeiras décadas do século XVI, quando passou a ser substituído pela exportação de açúcar do qual os “holandeses” eram os principais comerciantes e transportadores na Europa.

 

Letra C: contava com o porto mais estratégico para a navegação no Atlântico Sul.

 

O Nordeste apresentava pontos de desembarques e embarques importantes para a navegação em direção ao Atlântico Norte, com correntes e ventos mais favoráveis para essa região.

  

Letra D: representava o principal entreposto de escravos africanos para as Américas.

 

O Nordeste era uma das principais áreas de desembarque de escravizados nas Américas e não uma área intermediária (entreposto).

 

Letra E: constituía um reduto de ricos comerciantes de açúcar de origem judaica.

 

Os ricos comerciantes de açúcar de origem judaica chegaram ao Nordeste após a ocupação “holandesa”, principalmente no governo de Maurício de Nassau, já que este administrador adotou uma política de tolerância religiosa em Pernambuco.

 

Referência:

 

VAINFAS, Ronaldo. “Tempo dos flamengos: a experiência colonial holandesa”. In: GOUVÊA, Maria de Fátima e FRAGOSO, João Luís Ribeiro. O Brasil Colonial – volume 2 (1580-1720). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.

889) “A presença dos intrusos prejudicava-os a todos os respeitos: nos mercados europeus, oferecendo os gêneros a preços mais vantajosos, pois não tinham quintos a deduzir, e levando-os diretamente aos mercados consumidores, pois não eram obrigados a parar em Lisboa.” (ABREU, Capistrano de. “Capítulos de História Colonial”. São Paulo: Publifolha, 2000. p.59)

  • A) a invasão holandesa durante o século XVII na região Nordeste, que teve como objetivo controlar a produção de açúcar.

  • B) a invasão francesa durante o século XVI, que teve como objetivo conquistar totalmente a colônia de Portugal.

  • C) a invasão francesa do Rio de Janeiro, que começou no ano de 1555 e teve como objetivo obter uma parcela da extração de pau brasil.

  • D) a invasão francesa do Maranhão, que começou no ano de 1594 e teve como objetivo a obtenção de parte do tráfico de escravos.

  • E) a invasão holandesa, que começou no ano 1630 e teve como objetivo enfraquecer Portugal, que era um rival político na Europa.

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A resposta correta é a letra A) a invasão holandesa durante o século XVII na região Nordeste, que teve como objetivo controlar a produção de açúcar.

Essa alternativa é a correta porque a invasão holandesa foi a mais duradoura e significativa no território brasileiro durante o período colonial. Os holandeses, liderados pela Companhia das Índias Ocidentais, invadiram a região Nordeste do Brasil em 1630 e permaneceram até 1654, com o objetivo de controlar a produção de açúcar, que era um dos principais produtos coloniais da época.

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890) Sobre o ensino do tópico a colonização litorânea: a colonização portuguesa e as tentativas de colonização de franceses e holandeses, previsto na Proposta Curricular do Conteúdo Básico Comum (CBC), analise as afirmativas e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F), de acordo com o Centro de Referência Virtual da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais.

  • A) F V V V F.
  • B) V F F V F.
  • C) V V F F V.
  • D) F F V F V.

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A alternativa correta é letra C) V V F F V.

Gabarito: ALTERNATIVA C

  

Sobre o ensino do tópico a colonização litorânea: a colonização portuguesa e as tentativas de colonização de franceses e holandeses, previsto na Proposta Curricular do Conteúdo Básico Comum (CBC), analise as afirmativas e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F), de acordo com o Centro de Referência Virtual da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais.

 
  • (V)   Analisar os conflitos entre as potências europeias pela posse de colônias no Novo Mundo é interessante para que o aluno perceba como a ocupação e manutenção das terras recém-descobertas por Portugal na América exigiram ações empreendedoras.

É difícil de definir com exatidão o que o avaliador queria dizer por "ações empreendedoras" num contexto tão distante da ideologia do empreendedorismo contemporânea. Sobre especificamente a longa jornada colonial portuguesa na América, há de se lembrar que os séculos XVI e XVII foram marcados por muitas dificuldades e pela concorrência com outras potências europeias. Ainda que as regiões de presença espanhola ficassem distantes das colônias portuguesas e isso lhes desse certa estabilidade, a América portuguesa foi alvo de importantes invasões e incursões de corsários nas suas primeiras décadas de instalação. França e Holanda organizaram expedições importantes contra áreas controladas pela colonização portuguesa, o que demandou um grande esforço militar e administrativo português para assegurar as suas posições. Além disso, a instalação da colonização em si também foi marcada por tentativas e por falhas bastante expressivas desde as capitanias hereditárias até o adensamento de uma governadoria geral. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 
  • (V)   O estudo desse tópico é importante por permitir o trabalho com a noção de colonização (incluindo a perspectiva metrópole-colônia), com as ações de ocupação do território, com a disputa pelo mesmo entre diferentes países e com a noção de posse efetiva.

Em grande medida, essa afirmativa apenas repete a anterior e, portanto, seu conteúdo já foi comentado. Cumpre apenas reforçar a questão da ocupação efetiva do território como uma componente importante desse processo. Ainda que tratados celebrassem os direitos de propriedade colonial da América entre as monarquias ibéricas, a prática reforçou a ocupação efetiva como um traço distintivo da geração de direito sobre o território. As dificuldades de comunicação e os grandes desafios de organização de um governo local exigiam que o estabelecimento de uma colonização efetiva fosse apressado para que a posse do território fosse de fato assentada. Não por acaso, no século XVIII, a ocupação efetiva do território seria critério decisivo para reorganizar as fronteiras coloniais entre Portugal e Espanha sob o princípio do uti possidetisAFIRMATIVA VERDADEIRA.

 
  • (F)   O estudo desse tópico não exige que o professor tenha trabalhado previamente com os alunos o descobrimento do Brasil e seu contexto, a divisão do Novo Mundo entre as coroas portuguesas e espanholas no Tratado de Tordesilhas e as primeiras ações do governo português para garantir a posse do território no período inicial da colonização.

A proposta da afirmativa é completamente absurda. A conformação territorial da América portuguesa e as invasões francesa e holandesa estão diretamente inseridas no processo histórico do descobrimento do Brasil e da colonização do Novo Mundo pelas Coroas ibéricas. Não se pode, portanto, divorciar o processo de colonização e o enfrentamento a outras potências desse enquadramento maior. AFIRMATIVA FALSA.

 
  • (F)   Portugal dispunha, no século XVI, de pessoal e recursos financeiros suficientes que pudessem garantir a inviolabilidade da colônia brasileira, e o Tratado de Tordesilhas (1494), assinado entre Portugal e Espanha garantia a posse dos territórios conquistados pelos lusitanos.

Essa afirmativa é absurda de várias maneiras e não se sustenta nem nos seus próprios termos. Se os portugueses só chegariam à América em 1500, como poderia um tratado de 1494 garantir a posse de territórios que nem eram conhecidos ainda? O Tratado de Tordesilhas dividia as terras atlânticas conhecidas e desconhecidas entre Portugal e Espanha, bem como disciplinava o comportamento das duas potências no contexto das Grandes Navegações. Além disso, se os recursos materiais e humanos portugueses fossem tão abundantes assim para "garantir a inviolabilidade" de suas posses coloniais, como se poderia explicar as décadas de invasão francesa e holandesa em diversos pontos da costa? Ainda que, de fato, as forças portuguesas tenham combatido com bravura os invasores, há de se ter clareza que as forças regulares portuguesas eram limitadas numericamente para o tamanho da empresa a que se propunha o império português por América, África e Ásia. Pequeno reino com cerca de um milhão de habitantes, Portugal precisou de muita desenvoltura para conseguir articular seu império com recursos humanos limitados, ainda que os ganhos comerciais fossem economicamente expressivos. AFIRMATIVA FALSA.

 
  • (V)   Outras nações europeias não aceitavam a divisão das terras de além-mar entre os países ibéricos, proposta pelo Tratado de Tordesilhas, e estavam dispostas a entrar na disputa pelo controle dos territórios do Novo Mundo.

Mais um recurso muito pobre da banca em termos de aferição de conhecimento. Ora, se o enunciado afirma a ocorrência das invasões francesa e holandesa na América portuguesa, como não observar que outras potências europeias não reconheciam a divisão da América pelas Coroas ibéricas? Potências como Inglaterra, França e Holanda foram retardatárias nas Grandes Navegações e precisavam buscar espaços e questionar a ordem do Novo Mundo estabelecidas pelos pioneiros ibéricos. A prática da pirataria e de invasões militares foi realidade durante séculos, impondo grandes desafios para Portugal e Espanha. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

 

Dessa forma, configura-se a sequência V - V - F - F - V.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a)  – – – – F.
b)  – – – – F.
c)  – – – – V.
d)  – – – – V.

 

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

1 87 88 89 90 91 135