Questões Sobre Período Colonial - História - concurso

A alternativa correta é letra C) no financiamento da produção dos engenhos – o refino, o transporte e a distribuição do açúcar brasileiro no mercado europeu.

Gabarito: Letra C
 

no financiamento da produção dos engenhos – o refino, o transporte e a distribuição do açúcar brasileiro no mercado europeu

A invasão holandesa ao Nordeste remonta a uma série de conflitos entre holandeses e espanhóis na Europa do século XVI.
 

Filipe II, monarca espanhol, era intolerante às demais religiões e determinou uma invasão do território holandês, que gozava de autonomia dentro do Império espanhol. Os holandeses, protestantes, responderam lutando pela independência política, econômica e territorial da monarquia espanhola cujo credo oficial era o catolicismo.
 

Ao mesmo tempo, a monarquia portuguesa, que era governada por D. Sebastião, passou por um processo de recomposição com a morte deste rei em campanha na África contra os muçulmanos. Sem sucessores, Filipe II reclamou a coroa portuguesa por parentesco com a família real e assim Portugal passou a fazer parte da monarquia Espanhola, período conhecido na historiografia brasileira como União Ibérica.
 

Nesse contexto, o governo espanhol restringiu as trocas comerciais entre holandeses, considerados inimigos do Império. As principais medidas foram os embargos comerciais nos principais portos, impedindo o comércio holandês com os portugueses. Entretanto, os portugueses dependiam dos holandeses na economia açucareira. Toda a montagem do engenho, onde os principais capitais e maquinários eram de origem holandesa, bem como transporte, refinamento do açúcar e redistribuição no mercado europeu era feita pelos holandeses.

Como resposta aos espanhóis, em 1621, o governo holandês criou uma empresa com capitais privados, a Companhia de Comércio das Índias Ocidentais para se apossar dos domínios ibéricos na África e América. Tentaram invadir Salvador em 1624, sendo expulsos em 1625. Voltaram com força em 1630, ocupando grande parte do Nordeste, conquistando Pernambuco, Ceará e Maranhão onde permaneceram até 1654.

Por que as demais estão incorretas?
 

Letra A: na fuga dos protestantes, judeus e cristão novos para o Brasil, perseguidos pelo Tribunal de Santa Inquisição medieval.

Os interesses da Companhia de Comércio holandesa eram interesses econômicos e não religiosos. A empresa estava interessada em manter os lucros obtidos com o comércio do açúcar que haviam declinado em função do conflito com os espanhóis.

Letra B: na ocupação do nordeste brasileiro, objetivando evitar a concorrência com o açúcar produzido nas Antilhas.
 

A ocupação do nordeste brasileiro tinha por objetivo controlar a produção açucareira da região, que era a principal fornecedora desse produto para o mercado europeu. Quando os holandeses deixam o Brasil em função das lutas de reconquista do território, montam a produção nas Antilhas e concorrem com o açúcar brasileiro.

Letra D: no apoio oferecido à aristocracia agrária brasileira na luta pela independência política contra a metrópole luso-espanhola.
 

Os holandeses não apoiaram os proprietários de terra brasileiros na luta pela independência contra a metrópole luso-espanhola. Pelo contrário, ocuparam o nordeste e decidiram governar essa área tentando negociar apoio dessa camada.

Letra E: na pressão pela abolição do tráfico negreiro, objetivando a ampliação do mercado consumidor em decorrência da industrialização europeia.
 

Os holandeses dependiam da mão de obra africana para a produção açucareira, tanto, que também se apossaram de territórios portugueses no continente africano em busca de escravos perpetuando e aumentando o tráfico negreiro.

Referências:

VAINFAS, Ronaldo et al. História: das sociedades sem Estado às monarquias absolutistas, volume 1. São Paulo: Saraiva, 2010.

A alternativa correta é letra B) aos riscos efetivos de perda territorial, o que a levou à luta contra os franceses.

Desde que Cabral aportou no Brasil, o domínio português sobre o território esteve ameaçado, muito em função de Portugal estar focado no comércio com as Índias.

Os franceses tentaram por duas vezes ocupar o Brasil. A primeira em 1555, no Rio de Janeiro, com a França Antártica. A segunda, a partir de 1612, no Maranhão com a França Equinocial.

 A Coroa Portuguesa passou a perceber que era necessário dar atenção ao território brasileiro, ainda mais em um contexto de conflitos europeus.

Devemos lembrar que a ocupação de uma parte do Maranhão pelos franceses está ligada ao contexto da União Ibérica (1580-1640), quando Portugal e Espanha estiveram governadas sob um rei espanhol. Foi um momento de conflitos religiosos, políticos e territoriais entre espanhóis, ingleses, holandeses e franceses.

Os franceses aproveitaram a pouca atenção que os espanhóis deram a essa região e ocuparam a região de São Luís e entorno fundando a sua colônia. Aproveitaram-se também da falta de defesa do território pelos portugueses.

Por que as demais estão incorretas?

Na letra A. Toda a colônia tinha algo a oferecer à Metrópole. A questão é que como Portugal estava sob tutela espanhola, os espanhóis concentraram-se no entesouramento de prata dos Andes, não dando muita atenção ao Brasil. Não é à toa que quem expulsou os franceses e holandeses do Nordeste foram os portugueses, colonos, índios e escravos.

Na letra C. O Maranhão foi recuperado em 1615 bem antes do fim da União Ibérica (1640)

Na letra D. Portugal só começou a buscar ouro com as primeiras notícias das descobertas no final do século XVII na região das “Minas Geraes”.

Na letra E. Em um tempo que não havia muitas estradas terrestres e que as principais rotas eram feitas através dos mares, é inconcebível criar uma rota que ligue o Maranhão no norte do país ao Prata no extremo Sul do país. É provável que o Maranhão tenha se integrado à rota comercial existente entre o Brasil e a Guiné.

A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito: CORRETO

No início do século XV, a expansão marítima correspondia aos interesses diversos de classes, grupos sociais e instituições que compunham a sociedade portuguesa. Para os comerciantes, era a perspectiva de um bom negócio; para o rei, era a oportunidade de criar novas fontes de receita; para os nobres e os membros da Igreja, servir ao rei ou servir a Deus cristianizando “povos bárbaros” resultava em recompensas e em cargos cada vez mais difíceis de conseguir, nos estreitos quadros da Metrópole; para o povo, lançar-se ao mar significava, sobretudo, emigrar, tentar uma vida melhor. Daí a expansão ter-se convertido em uma espécie de grande projeto nacional ao qual todos, ou quase todos, aderiram e que atravessou os séculos. Boris Fausto. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995. p. 23 (com adaptações).

Considerando o contexto histórico da época Moderna apresentado no texto precedente, julgue o próximo item.

• A exclusividade comercial do Brasil com a metrópole portuguesa foi rompida a partir da transferência da Corte portuguesa para o Brasil e da abertura dos portos às nações amigas.

O modelo de colonização típico da Idade Moderna se baseava no chamado pacto colonial, segundo o qual as colônias apenas poderiam comercializar com as suas respectivas metrópoles, que acumulavam tanto os ganhos sobre a produção colonial quanto os lucros advindos da exportação de mercadorias para as colônias. No caso brasileiro, o modelo vigorou com sucesso até 1808, quando D. João VI, ainda príncipe regente português, assinou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas.

Essa alteração profunda se deu no contexto da fuga da família real e da transferência da capital do império português para a América. Em 1807, as tropas francesas de Napoleão Bonaparte assediavam a Península Ibérica para derrubar as monarquias absolutistas de Portugal e Espanha. Uma vez conquistada a Espanha, Portugal não dispunha de meios básicos para resistir à invasão francesa, sendo a derrota absolutamente eminente. A Grã-Bretanha, maior aliada de Portugal, tampouco dispunha de meios terrestres para rechaçar a campanha napoleônica da Guerra Peninsular, mas tinha condições de escoltar uma fuga da família real pelo Atlântico até sua colônia na América.

A operação foi levada a cabo no final de 1807, mobilizando cerca de dez mil membros da corte (entre nobres e empregados) e transferindo parte significativa do patrimônio real português. Em janeiro de 1808, a esquadra aportou em Salvador, concluindo com sucesso a fuga e a primeira medida adotada por D. João VI foi determinar a abertura dos portos às nações amigas, o que tinha o efeito comercial de encerrar o monopólio metropolitano sobre a colônia. Tratava-se de uma exigência britânica, que tinha grande interesse no mercado brasileiro e que ainda pressionaria nos anos seguintes por vantagens comerciais nas suas exportações para o Brasil. Assim, item CORRETO.

A alternativa correta é letra A) ocupação de grande parte da região produtora de açúcar pelos holandeses.

Gabarito: Letra A

ocupação de grande parte da região produtora de açúcar pelos holandeses

O período conhecido como União Ibérica (1580-1640) remonta ao contexto no qual  o rei português, D. Sebastião da dinastia de Avis desapareceu nos combates contra os muçulmanos no norte da África (1578). Seu desaparecimento deixou o trono português vago, uma vez que o rei não tinha herdeiros. Portugal se viu em uma crise sucessória na dinastia. Com apoio de burgueses e de nobres portugueses, a Coroa ficou nas mãos do monarca espanhol Filipe II, que argumentou ser herdeiro do trono por ser neto por parte de mãe de D. Manuel, o Venturoso.

Filipe II uniu as duas coroas na chamada União Ibérica. Durante esse período, os espanhóis tiveram que lidar com várias guerras na Europa que misturavam os elementos políticos, econômicos e religiosos. Em uma delas, houve o choque de interesses entre holandeses e espanhóis em função da tentativa de retirada de autonomia política dos holandeses e da política de intolerância religiosa praticada por Filipe II.

Como resposta à tentativa de retirada de autonomia e dos ataques aos protestantes holandeses houve rompimento com a Espanha, que por sua vez decidiu decretar um embargo econômico a qualquer navio holandês.

Portugal foi envolvido nesse conflito entre espanhóis e holandeses, pois sendo parte da monarquia espanhola, ficou proibido de comercializar com os holandeses, principalmente o açúcar nordestino, importante produto vendido por Portugal aos holandeses que o revendiam no mercado europeu.

Assim, a Holanda entendeu Portugal como inimigo e decidiram ocupar grande parte do Nordeste para garantir diretamente o controle sobre a produção do açúcar colonial, sem necessitar comprar de Portugal.

Os holandeses permaneceram no Nordeste por 24 anos até que foram expulsos pelos luso-brasileiros em 1654.

Por que as demais estão incorretas?

Letra B: intervenção da Coroa na administração da produção aurífera do Centro-Oeste.

A intervenção da Coroa na administração da produção aurífera do Centro-Oeste, região de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso só ocorreu no período da mineração no século XVIII.

Letra C: transferência do eixo econômico do Nordeste para o Sul.

A transferência do eixo econômico do Nordeste para o Sul relaciona-se ao contexto da mineração, ou seja, a partir do século XVIII, e da maior atenção da Coroa à região produtora de ouro e minérios, no sentido de fiscalizar e administrar o território que compreendia Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Uma das medidas para garantir maior presença da Coroa na região foi a transferência da antiga capital Salvador para o Rio de Janeiro, devido à proximidade dessa cidade com a região mineradora.

Letra D: mudança da sede do governo geral, da Bahia para o Rio de Janeiro.

O governo geral foi abolido com a União Ibérica, que determinou a criação de dois estados, o do Brasil e o do Maranhão. Nesse contexto não houve mudança da sede do governo que ainda permaneceu no Nordeste.

Letra E: expulsão dos padres jesuítas do Maranhão.

A expulsão dos jesuítas do Maranhão e outras capitanias ocorreu durante a administração do Marquês de Pombal, que era uma espécie de primeiro-ministro da Coroa Portuguesa. Esse fato ocorreu na segunda metade do século XVIII.

Referências:

VAINFAS, Ronaldo et al. História: das sociedades sem Estado às monarquias absolutistas, volume 1. São Paulo: Saraiva, 2010.

A alternativa correta é letra A) França Equinocial.

Gabarito: ALTERNATIVA A

Leia o texto a seguir.

Eleito Jerônimo de Albuquerque por capitão-mor da conquista do Maranhão, como temos dito, se foi logo às aldeias do nosso gentio pacífico, e por lhes saber falar bem a língua, e o modo com que se levam, ajuntou quantos quis: contarei só do que houve em uma aldeia, para que se veja a facilidade com que se leva este gentio de quem os entende e conhece, e foi que pôs a uma parte bom feixe de arcos, e flechas, a outra outro de rocas, e fusos, e mostrando-lhos lhes disse: "Sobrinhos, eu vou à guerra, estas são as armas dos homens esforçados e valentes, que me hão de seguir; estas das mulheres fracas, e que hão de ficar em casa fiando; agora quero ouvir quem é homem, ou mulher'. As palavras não eram ditas, quando se começaram todos a desempunhar, e pegar dos arcos, e flechas, dizendo que eram homens, e que partissem logo para a guerra; ele os quietou, escolhendo os que havia de levar, e que fizessem mais flechas, e fossem esperar a armada ao Rio Grande, onde de passagem os iria tomar. ( ... )

Feito isto se embarcaram todos dia de S. Bartolomeu, 24 de agosto da era de 1614 anos, em uma caravela, dois patachos e cinco caravelões ( ... )

(Frei Vicente do Salvador)

• É correto afirmar que o relato do Frei Vicente do Salvador está relacionado à retomada do território que ficou conhecido como

Para um candidato que não conhecesse propriamente os fatos narrados por Frei Vicente de Salvador, o melhor caminho para a resolução da questão seria observar a caracterização geográfica e as balizas temporais: capitania no Maranhão em 1614. Portanto, deveria o candidato buscar a alternativa que remetesse a um fato histórico pertencente a esse universo. Assim, observemos as alternativas que seguem.

• a)  França Equinocial.

A França Equinocial foi o projeto colonial lançado pelo governo francês para estabelecer uma ocupação organizada na América em torno da linha do equador. Na prática, isso significou uma longa campanha de invasões da atual Guiana Francesa até a atual cidade de Belém. Originalmente, deveria ser em Belém o epicentro da França Equinocial e foi Jerônimo de Albuquerque o grande nome da reação portuguesa contra a invasão. As disputas na região se concentraram por volta do início do século XVII com importantes conflitos, que culminariam com a expulsão francesa do Pará e sua futura concentração na Guiana. ALTERNATIVA CORRETA.

• b)  França Antártica.

A França Antártica também foi um projeto colonial francês na América do Sul, mas não pertencia ao universo do Maranhão de 1614. O estabelecimento da França Antártica tinha como epicentro a Baía da Guanabara no Rio de Janeiro e seus principais combates se concentraram em meados do século XVI. Aliados com indígenas locais, os franceses tentaram estabelecer um núcleo de colonização que resistisse às investidas portuguesas, mas o projeto foi completamente debelado em 1570 com a derrocada dos franceses e da Confederação dos Tamoios. Alternativa errada.

• c)  Brasil holandês.

As invasões holandesas na América portuguesa foram posteriores aos feitos de Jerônimo de Albuquerque no Norte, concentrando-se entre 1630 e 1654. Ainda que tenham ocorridos outros focos de ação holandesa do Ceará à Bahia, foi na capitania de Pernambuco que o esforço holandês se concentrou e prosperou. Esse eixo da costa leste brasileira tinha integrações muito frágeis com a costa norte, então não é razoável se pensar no lançamento de uma contraofensiva sobre Pernambuco a partir do Maranhão no período colonial. Além do evidente descompasso cronológico entre o "Brasil holandês" e a expedição de Jerônimo de Albuquerque. Alternativa errada.

• d)  Quilombo dos Palmares.

Ora, o enunciado narra um feito que era baseado na ação naval para levar tropas para o combate; então, como poderia estar relacionado ao Quilombo dos Palmares, que ficava na Serra da Barriga no Planalto da Borborema? Localizado na então capitania de Pernambuco (atualmente estado de Alagoas), o Quilombo dos Palmares não guardava ligação alguma com as expedições de Jerônimo de Albuquerque. Além disso, cronologicamente os dois acontecimentos são bastante distantes: Palmares viveria o seu auge na segunda metade do século XVII e seria completamente destruído no início do século seguinte. Alternativa errada.

• e)  Cisplatina.

A província Cisplatina, grosso modo, correspondia ao atual Uruguai e foi foco de importantes disputas entre Portugal e Espanha bem como foi o motivo da primeira guerra do Brasil independente. A Guerra da Cisplatina se desenrolou entre 1825 e 1828, opondo Argentina e aliados uruguaios ao Império do Brasil num processo que culminaria com a independência do Uruguai. Ou seja, não guarda nenhuma relação cronológica ou geográfica com os feitos narrados no enunciado. Alternativa errada.

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.

A alternativa correta é letra B) embargo promovido pela União Ibérica contra a Holanda, impedindo esse último país de participar do comércio do açúcar brasileiro.

Gabarito: Letra B

(embargo promovido pela União Ibérica contra a Holanda, impedindo esse último país de participar do comércio do açúcar brasileiro.)

A invasão holandesa ao Nordeste remonta a uma série de conflitos entre holandeses e espanhóis na Europa do século XVI.

Filipe II, monarca espanhol, era intolerante às demais religiões e determinou uma invasão do território holandês, que gozava de autonomia dentro do Império espanhol. Os holandeses, protestantes, responderam lutando pela independência política, econômica e territorial da monarquia espanhola cujo credo oficial era o catolicismo.

Ao mesmo tempo, a monarquia portuguesa, que era governada por D. Sebastião, passou por um processo de recomposição com a morte deste rei em campanha na África contra os muçulmanos. Sem sucessores, Filipe II reclamou a coroa portuguesa por parentesco com a família real e assim Portugal passou a fazer parte da monarquia Espanhola, período conhecido na historiografia brasileira como União Ibérica.

Nesse contexto, o governo espanhol restringiu as trocas comerciais entre holandeses, considerados inimigos do Império. As principais medidas foram os embargos comerciais nos principais portos, impedindo o comércio holandês com os portugueses. Entretanto, os portugueses dependiam dos holandeses na economia açucareira. Toda a montagem do engenho, bem como transporte e refinamento do açúcar eram feitas por eles.

Como resposta aos espanhóis, em 1621, o governo holandês criou a Companhia de Comércio das Índias Ocidentais para se apossar dos domínios ibéricos na África e América. Tentaram invadir Salvador em 1624, sendo expulsos em 1625. Voltaram com força em 1630, ocupando Pernambuco, Ceará e Maranhão.

Assim, como holandeses e espanhóis já estavam em conflito, a união das coroas ibéricas fez com que Portugal fosse arrastado para a guerra, sendo proibido de comercializar com os holandeses.

Portanto, os holandeses passaram a articular um movimento para ocupar as áreas mais fracas do império espanhol, justamente as que pertenciam a Portugal. 

Primeiro, o Nordeste a fim de garantir o controle direto da produção açucareira. Depois, as colônias na costa da África para obter escravos e enviar ao Nordeste para trabalhar na lavoura da cana-de-açúcar.

Os holandeses permaneceram no Nordeste por 24 anos até que foram expulsos pelos luso-brasileiros em 1654. 

Por que as demais estão incorretas?

Letra A: fato de Portugal ter entrado na Guerra da Sucessão Espanhola na aliança contrária à Holanda.

A Guerra de Sucessão Espanhola foi um acontecimento posterior à invasão e ocupação do Nordeste pelos holandeses. Esse conflito que tinha como objetivo a sucessão do trono espanhol por famílias da Espanha e da França ocorreu no século XVIII.

Letra C: grande potencial de pau-brasil que a Mata Atlântica possuía, riqueza que a Holanda tinha desejo de explorar.

Os holandeses estavam participando do comércio do açúcar e quando esse comércio foi fechado pelo Império Espanhol, os holandeses decidiram ocupar o Nordeste para realizar o comércio sem a participação da monarquia portuguesa, que estava reunida com a espanhola.

Letra D vingança contra a derrota que os luso-brasileiros infligiram aos holandeses na Primeira Batalha de Guararapes.

A invasão é anterior às Batalhas de Guararapes. Essas batalhas se inserem no contexto de expulsão dos holandeses do Nordeste a partir de 1645.

Letra E: desejo dos holandeses de adquirir colônias de povoamento no continente americano para incrementar sua economia mercantilista.

Os holandeses desejavam adquirir territórios que eram estrategicamente importantes e faziam parte do comércio do açúcar. Daí invadirem o Nordeste, principal centro produtor de açúcar naquela época e depois as possessões portuguesas na costa africana, local de onde saíam os escravizados para a América.

Referências:

VAINFAS, Ronaldo et al. História: das sociedades sem Estado às monarquias absolutistas, volume 1. São Paulo: Saraiva, 2010.