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Quanto à economia no século XVI no Brasil, dadas as afirmativas,

I. A agromanufatura do açúcar forneceu a base econômica para a valorização colonial do Brasil.

II. Ao açúcar subordinavam-se o extrativismo do pau-brasil e a pecuária.

III. A utilização, em larga escala, de trabalhadores escravos, a disponibilidade de terras e a expansão do setor de consumo externo concorreram para o enriquecimento da classe proprietária e da burguesia comercial portuguesa e flamenga.

IV. Ainda, nesse período, persistiam os interesses metalistas.

verifica-se que está(ão) correta(s)

Resposta:

A alternativa correta é letra E) I, II, III e IV.

Gabarito: Letra E

 

As afirmativas corretas são: I, II, III e IV

 

Vamos analisar as proposições.

 

I. A agromanufatura do açúcar forneceu a base econômica para a valorização colonial do Brasil. (CORRETA)

 

A agromanufatura do açúcar foi o "carro-chefe" da colônia entre os séculos XVI e XVIII. Ela possibilitou que o Nordeste fosse a área mais importante nesse período, além de movimentar outras atividades econômicas, como a pecuária e a agricultura de subsistência. Além disso, por causa da produção açucareira houve a necessidade de importação de mão de obra escrava do continente africano para suprimir a demanda da força de trabalho uma vez que a mão de obra indígena estava sob proibição por legislação portuguesa e também porque a escravidão e as atividades ligadas a ela retornavam lucros para os participantes desse comércio.

   

II. Ao açúcar subordinavam-se o extrativismo do pau-brasil e a pecuária. (CORRETA)

 

O açúcar foi o principal produto fabricado na colônia e exportado para o mercado internacional. A extração de pau-brasil foi a primeira atividade econômica desenvolvida na colônia e sofreu declínio com a organização dos primeiros engenhos de cana-de-açúcar, mas continuou a ser explorado, porém em menor escala. A pecuária foi uma atividade econômica desenvolvida para abastecer o mercado interno e começou a ser organizada após a implantação dos engenhos de cana-de-açúcar. Como o gado não poderia ser criado no litoral da colônia, espaço destinado à plantação da cana, acabou sendo empurrado para o interior do sertão onde se expandiu.

   

III. A utilização, em larga escala, de trabalhadores escravos, a disponibilidade de terras e a expansão do setor de consumo externo concorreram para o enriquecimento da classe proprietária e da burguesia comercial portuguesa e flamenga. (CORRETA)

 

O comércio do açúcar possibilitou a alguns grupos enriquecerem, como, por exemplo, os proprietários de terras, os traficantes de escravizados e os comerciantes estrangeiros, portugueses , genoveses e flamengos. Agroindústria açucareira movimentou a economia em diversos setores. Podemos citar, os setores de financiamento/empréstimos, organizados por mercadores genoveses e flamengos que aplicavam capital na construção de engenhos, no transporte do açúcar e no refino do produto. Também não podemos esquecer que a fabricação do açúcar movimentou a captura, o tráfico e a venda de escravizados que saía do continente africano em direção às áreas de plantação da cana.

   

IV. Ainda, nesse período, persistiam os interesses metalistas. (CORRETA)

 

Mesmo com o açúcar sendo a principal mercadoria exportada pela colônia e que possibilitava lucros ao reino português, a Coroa, bem como os colonos ainda buscavam encontrar no território brasileiro metais preciosos, sobretudo em um momento de extrema valorização de prata e ouro, obtidos das minas da América Espanhola.

   

Referência:

 

SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

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