Sabe-se o que era a mata do Nordeste, antes da monocultura da cana: um arvoredo tanto e tamanho e tão basto e de tantas prumagens que não podia homem dar conta. O canavial desvirginou todo esse mato grosso do modo mais cru: pela queimada. A fogo é que foram se abrindo no mato virgem os claros por onde se estendeu o canavial civilizador, mas ao mesmo tempo devastador.
FREYRE, G. Nordeste. São Paulo: Global, 2004 (adaptado).
Analisando os desdobramentos da atividade canavieira sobre o meio físico, o autor salienta um paradoxo, caracterizado pelo(a)
- A) demanda de trabalho, que favorecia a escravidão.
- B) modelo civilizatório, que acarretou danos ambientais.
- C) rudimento das técnicas produtivas, que eram ineficientes.
- D) natureza da atividade econômica, que concentrou riqueza.
- E) predomínio da monocultura, que era voltada para exportação.
Resposta:
A alternativa correta é letra B) modelo civilizatório, que acarretou danos ambientais.
Gabarito: Letra B
Trata-se de uma questão que exige interpretação dos candidatos e candidatas.
A resposta pode ser obtida através do trecho:
“A fogo é que foram se abrindo no mato virgem os claros por onde se estendeu o canavial civilizador, mas ao mesmo tempo devastador.”
Ou seja, antes do processo de ocupação e colonização do Nordeste, havia uma grande quantidade de mata. Quando começaram as primeiras instalações dos engenhos e dos canaviais percebeu-se a necessidade de destruir o bioma original para plantio de cana e a produção de açúcar.
Fundiu-se o modelo civilizatório com a destruição do meio ambiente. Progresso e retrocesso ao mesmo tempo.
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