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São fartas, nos ADIM [Autos de Devassa da Inconfidência Mineira], as evidências de que os inconfidentes divergiam quanto a temas absolutamente fundamentais no que tange aos acontecimentos subsequentes à decretação da derrama, cobrança de impostos acumulados há décadas. Não havia consenso sobre o destino a ser dado ao Governador, sobre o formato final da revolta em termos operacionais, sobre seu próprio teor, sobre o futuro da escravidão […], sobre o sistema de governo, natureza e dimensões da República a ser implantada […]

(João Pinto Furtado, Imaginando a nação: o ensino da história da Inconfidência Mineira na perspectiva da crítica historiográfica. Em: Lana Mara de Castro Siman e Thais França de Lima e Fonseca (orgs.), Inaugurando a História e construindo a nação; discursos e imagens no ensino de História.)

A partir do excerto, assim como do artigo citado, é correto afirmar que a Inconfidência Mineira

Resposta:

A alternativa correta é letra B) revelava a existência de dissensões e divisões internas que expressavam os diferentes interesses e inserções dos agentes na trama.

Vamos analisar cada alternativa para identificar a afirmação correta sobre a Inconfidência Mineira:

 

A) canalizava uma série de insatisfações da elite mineira, mas foi o setor popular que construiu e disseminou as ideias revolucionárias.

INCORRETO. O texto não sustenta a ideia de que o setor popular foi o responsável pela construção e disseminação das ideias revolucionárias. A Inconfidência Mineira foi um movimento liderado principalmente pela elite colonial, insatisfeita com a excessiva carga tributária imposta pela Coroa Portuguesa e influenciada pelas ideias iluministas difundidas na Europa. A participação popular, embora existente, não foi o motor principal da conspiração.

 

B) revelava a existência de dissensões e divisões internas que expressavam os diferentes interesses e inserções dos agentes na trama.

CORRETO. O texto aponta claramente para a existência de divergências entre os inconfidentes sobre temas fundamentais. Essas divergências refletem os diferentes interesses e posições dos conspiradores. A Inconfidência Mineira não foi um movimento homogêneo, mas reuniu diferentes segmentos da sociedade colonial, cada um com suas próprias demandas e expectativas.

 

C) explicava as dificuldades econômicas em Minas Gerais por causa da ausência de investimentos portugueses em tecnologia para explorar minas.

INCORRETO. O texto não menciona a ausência de investimentos portugueses em tecnologia para a exploração de minas como causa das dificuldades econômicas em Minas Gerais. O principal fator de insatisfação econômica era a derrama, cobrança de impostos atrasados que a Coroa Portuguesa impôs à região.

 

D) expunha ideais libertários, inspirados nas revoluções europeias, mas não permitia que membros das classes populares fizessem parte da conspiração.

INCORRETO. O texto não sustenta a afirmação de que membros das classes populares foram excluídos da conspiração. Embora a liderança do movimento fosse composta principalmente por membros da elite colonial, não há evidências de que a participação popular tenha sido proibida ou limitada.

 

E) contava com um seleto grupo de funcionários públicos fiéis à Coroa portuguesa e que defendia apenas a extinção dos tributos sobre o ouro.

INCORRETO. A Inconfidência Mineira não foi um movimento de lealdade à Coroa Portuguesa, mas uma conspiração contra ela. Os inconfidentes buscavam a independência de Minas Gerais e a implantação de uma república. Embora a questão tributária fosse um dos principais motivos de insatisfação, o movimento tinha objetivos políticos mais amplos.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

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