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Vários foram os papéis da agricultura de subsistência na Colônia portuguesa que se implantava. Destacaremos dois: o de ocupar a terra, desbravando-a e povoando-a e, ainda, o de organizar-se sob formas de trabalho familiar para produzir excedentes e atender, progressivamente, às necessidades dos núcleos urbanos em expansão, além de suprir as frotas que se dirigiam ao sul e à África.

(Maria Yedda Linhares. “Pecuária, alimentos e sistemas agrários no Brasil (séculos XVII e XVIII). In: Tempo. Vol. 1, no 2, 1996.)

O excerto caracteriza a agricultura de subsistência no Brasil colonial como

Resposta:

A alternativa correta é letra B) parte importante na dinâmica de produção e circulação de mercadorias na América Portuguesa.

Gabarito: Letra B

 

parte importante na dinâmica de produção e circulação de mercadorias na América Portuguesa.

 

O trecho trazido pela questão revela que a agricultura de subsistência na América Portuguesa teve uma parcela importante na produção e circulação de mercadorias no território colonial e fora dele, pois segundo a autora também abasteciam o continente africano.

 

Ao lado dos produtos dedicados à exportação como o fumo, as drogas do sertão e o açúcar estiveram presentes na colônia produtos que atendiam ao mercado consumidor interno como a mandioca, que alimentava a população de Salvador e cujo excedente ainda permitia o transporte para o sul e para o continente africano. Destacamos também a importância do cultivo do milho na região amazônica e a batata doce no Brasil central.

   

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: destinada apenas ao fornecimento de alimentos para a população que vivia nos engenhos de açúcar do nordeste.

 

Pelo trecho podemos constatar que a agricultura de subsistência produzia artigos que eram destinados ao sul da América Portuguesa e também se dirigiam à África.

   

Letra C: determinante para o avanço da colonização na direção do interior do território e das áreas de ocupação espanhola.

 

A agricultura de subsistência era complementar tanto à pecuária quanto à agricultura de exportação, pois alimentava os trabalhadores desses outros setores econômicos, além de possibilitar a alimentação dos núcleos de povoamento que se instalaram nas regiões canavieiras. O erro dessa alternativa é a menção de que a agricultura de subsistência foi determinante para a ocupação do território da América Espanhola, quando isso ocorreu em função dos movimentos bandeirantes que buscavam metais, indígenas e pedras preciosas.

   

Letra D: responsável pelos principais lucros obtidos pela metrópole na colonização do território do futuro Brasil.

 

A agricultura de subsistência era responsável pelos lucros internos garantidos aos plantadores dos roçados. Os principais lucros obtidos pela metrópole eram oriundos da agricultura de exportação ou da mineração.

 

Letra E: epicentro de um dos ciclos econômicos característicos da colonização da América Portuguesa.

 

Ao trabalhar com a ideia de ciclos econômicos notamos que a agricultura de subsistência nunca foi epicentro, tal como a cana, o ouro ou o café. Esse tipo de atividade era complementar a essas produções tidas por uma historiografia como produtos centrais ou "produtos-reis".

   

Referências:

 

FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2ª edição. São Paulo: EdUSP, 1995.

 

LINHARES, Maria Yedda. “Pecuária, alimentos e sistemas agrários no Brasil (séculos XVII e XVIII). In: Revista Tempo. Vol. 1, no 2, 1996

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