Logo do Site - Banco de Questões
Continua após a publicidade..

No debate historiográfico, vários autores sustentam a tese de que, apesar de autoritário e repressivo, o Estado Novo brasileiro não pode ser considerado tipicamente fascista, pois lhe faltava

No debate historiográfico, vários autores sustentam a tese de que, apesar de autoritário e repressivo, o Estado Novo brasileiro
não pode ser considerado tipicamente fascista, pois lhe faltava

Resposta:

A alternativa correta é B)

O Estado Novo brasileiro (1937-1945), instaurado por Getúlio Vargas, frequentemente é objeto de comparação com regimes fascistas europeus da mesma época, como o de Mussolini na Itália ou o de Hitler na Alemanha. No entanto, análises historiográficas apontam diferenças fundamentais que impedem sua classificação como um regime tipicamente fascista. A alternativa correta (B) destaca três elementos ausentes no Estado Novo que eram centrais nos regimes fascistas: um partido de massas oficial organizado nacionalmente, o investimento em milícias paramilitares e uma política colonialista ou imperialista.

Diferentemente do fascismo italiano ou do nazismo alemão, o Estado Novo não possuía um partido único de massas com ampla mobilização popular. Apesar da existência de organizações como a Ação Integralista Brasileira (AIB), esta foi dissolvida após a Intentona Integralista de 1938. Além disso, o regime varguista não investiu em milícias paramilitares como força paralela às instituições estatais, mantendo o monopólio da coerção nas mãos do Exército e das polícias tradicionais. Por fim, o Brasil não adotou uma política externa expansionista ou colonialista, característica marcante dos regimes fascistas europeus.

Embora o Estado Novo compartilhasse com o fascismo traços como o autoritarismo, o anticomunismo e o nacionalismo, sua natureza era distinta. O regime brasileiro baseava-se mais em um corporativismo inspirado no modelo português de Salazar do que no fascismo clássico. A ausência dos elementos mencionados na alternativa B reforça a tese de que o Estado Novo foi um regime autoritário singular, adaptado ao contexto político e social brasileiro, mas não configurado como um regime fascista em sentido estrito.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *