Questões Sobre Período Entre-Guerras: Totalitarismos - História - concurso

No século XX, o fascismo e o comunismo emergiram como forças ideológicas que moldaram a política global. Dentro desse contexto, o VI Congresso da Internacional Comunista (Comintern), realizado em 1928, representou um momento crucial na definição das estratégias do movimento comunista internacional. Contrariamente à afirmação apresentada, o Comintern não classificou os social-democratas como aliados do proletariado, mas sim como adversários políticos. Na verdade, esse congresso marcou a adoção da linha "classe contra classe", que via a social-democracia como uma forma de "social-fascismo" e um obstáculo à revolução proletária. Portanto, a afirmação de que os social-democratas foram considerados aliados principais é incorreta, reforçando que a resposta correta é E) ERRADO.

No século XX, o fascismo e o comunismo emergiram como duas das principais correntes ideológicas que moldaram a política global. Embora ambos os sistemas tenham buscado transformações radicais na sociedade, suas visões sobre a luta de classes e o nacionalismo eram profundamente distintas.

O comunismo, baseado nas teorias de Karl Marx e Friedrich Engels, defendia que a luta de classes era o motor da história, impulsionando as mudanças sociais e econômicas. Para os comunistas, a superação do capitalismo e a abolição das classes sociais eram objetivos centrais, visando uma sociedade igualitária. Já o fascismo, em contraste, rejeitava a luta de classes como fator histórico, priorizando o nacionalismo extremo, a unidade do Estado e a hierarquia social. Líderes fascistas, como Mussolini e Hitler, buscavam suprimir conflitos internos em nome da coesão nacional e da expansão territorial.

Portanto, a afirmação de que comunistas e fascistas compartilhavam a convicção sobre a luta de classes como principal fator histórico e de contenção dos nacionalismos está errada. Enquanto o comunismo via a luta de classes como essencial, o fascismo a negava, enfatizando o nacionalismo e a submissão ao Estado como pilares de sua doutrina.

No século XX, tanto o fascismo na Itália quanto o comunismo stalinista na União Soviética utilizaram a lei como um mecanismo de controle social, subjugando os direitos individuais em prol do Estado. Esses regimes autoritários instrumentalizaram o sistema jurídico para consolidar seu poder, reprimir dissidências e impor uma ordem social alinhada aos seus ideais totalitários. Portanto, a afirmação de que a lei era um instrumento de controle social, e não de proteção do indivíduo, está correta.

No contexto italiano, sob Benito Mussolini, o Estado fascista promoveu uma legislação que suprimia liberdades civis e políticas, priorizando a obediência inquestionável ao regime. Da mesma forma, na URSS, Josef Stalin empregou o aparato legal para legitimar perseguições, expurgos e o terror como ferramentas de governança. Assim, em ambos os casos, a lei serviu ao controle autoritário, confirmando a alternativa C) CERTO.

O texto apresentado aborda os eventos que antecederam a Segunda Guerra Mundial, destacando as ações expansionistas de potências como Japão, Alemanha e Itália, bem como a resposta da comunidade internacional diante desses acontecimentos. A análise desses fatos históricos permite compreender o cenário de tensão e conflito que culminou no maior conflito armado do século XX.

No contexto do período entre guerras, o Japão buscou ampliar sua influência na Ásia ao atacar a China e anexar a Manchúria em 1931. Essa ação agressiva resultou em uma advertência da Liga das Nações, à qual o governo japonês respondeu abandonando a organização internacional. Esse episódio demonstra a fragilidade do sistema de segurança coletiva estabelecido após a Primeira Guerra e o crescente unilateralismo das potências expansionistas.

Paralelamente, a Alemanha nazista, sob o comando de Adolf Hitler, começou a violar sistematicamente as cláusulas do Tratado de Versalhes, remilitarizando a Renânia e iniciando seu processo de expansão territorial. Curiosamente, algumas nações europeias, como França e Inglaterra, adotaram uma política de apaziguamento, tolerando essas violações em parte por verem a Alemanha como um possível contrapeso à expansão do comunismo soviético.

A Itália fascista de Mussolini completou esse quadro ao invadir a Etiópia em 1935, contando com o apoio da Alemanha nazista. Essas ações coordenadas das potências do Eixo criaram um cenário internacional extremamente instável, onde as instituições multilaterais mostravam-se incapazes de conter o avanço do autoritarismo e do expansionismo territorial.

Portanto, o texto claramente trata dos antecedentes da Segunda Guerra Mundial (alternativa C), ilustrando como as ações agressivas do Eixo e a passividade das democracias ocidentais criaram as condições para o conflito global que se seguiria. Esses eventos históricos demonstram a importância da firmeza institucional e da cooperação internacional para a manutenção da paz mundial.

O Nazismo foi um regime totalitário que se consolidou na Alemanha durante a década de 1930, sob a liderança de Adolf Hitler. Suas características principais podem ser identificadas nas afirmações apresentadas, sendo as corretas I, II e III, conforme o gabarito indicado.

A primeira afirmação (I) destaca o uso intensivo da propaganda pelo regime nazista, que buscou exaltar a Alemanha, glorificar Hitler e justificar a perseguição a grupos como judeus, ciganos, comunistas e outras minorias, considerados "inferiores" ou "ameaças" à suposta pureza da raça ariana. Essa estratégia foi essencial para manipular a opinião pública e consolidar o poder do partido.

A segunda afirmação (II) ressalta a rejeição do Nazismo aos valores democráticos e racionais. O regime nazista era antidemocrático, antiliberal e contrário ao pluripartidarismo, defendendo um Estado unipartidário e centralizado sob o comando de Hitler. Além disso, rejeitava o Iluminismo e a razão, privilegiando o emocionalismo e o culto à força.

A terceira afirmação (III) corrobora a visão nazista de hierarquia racial e social, que pregava a superioridade da raça ariana e a subjugação ou eliminação dos considerados "inferiores". Essa ideologia justificava a violência e a supressão de direitos, colocando os "escolhidos" acima das leis universais.

Já a quarta afirmação (IV) está incorreta, pois o Nazismo era antagônico ao socialismo e aos movimentos republicanos. Durante a Guerra Civil Espanhola, os nazistas apoiaram os nacionalistas de Franco, que combatiam os republicanos e as forças de esquerda, evidenciando sua oposição ao socialismo.

Portanto, as afirmações corretas são I, II e III, correspondendo à alternativa A).

O regime totalitário nazi-fascista, que marcou a primeira metade do século XX, possuía características bem definidas, sendo o nacionalismo extremado uma de suas principais marcas. Essa ideologia pregava a exaltação da nação acima de tudo, muitas vezes associada a um sentimento de superioridade racial ou cultural, como no caso do nazismo alemão. O nacionalismo exacerbado servia como ferramenta para unir a população sob um mesmo ideal, justificando políticas expansionistas e a perseguição de grupos considerados "inimigos" do Estado.

As demais alternativas apresentadas não correspondem aos princípios do nazi-fascismo. A defesa dos ideais comunistas (B) é diametralmente oposta ao fascismo, que combatia veementemente o comunismo. A liberdade de expressão (C) e a existência de vários partidos (D) eram inexistentes nesses regimes, que suprimiam qualquer forma de oposição ou dissidência. Por fim, o incentivo à democracia (E) também não se aplica, já que o totalitarismo se caracteriza justamente pela concentração absoluta de poder e pela eliminação de instituições democráticas.

Portanto, a alternativa correta é A) o nacionalismo extremado, que reflete um dos pilares ideológicos do nazi-fascismo. Essa característica foi essencial para a construção de uma identidade nacional excludente e para a justificativa de políticas autoritárias e violentas.

O período entre guerras (1918-1939) foi marcado por profundas transformações políticas e sociais na Europa, com o surgimento e fortalecimento de regimes autoritários, como o nazismo e o fascismo. Esses regimes compartilhavam características comuns que os distinguiam das democracias liberais e dos sistemas políticos anteriores.

Entre as alternativas apresentadas, a opção E é a correta, pois reflete duas características centrais dos regimes nazifascistas: o estabelecimento da censura aos meios de comunicação e o caráter totalitário do Estado. Esses governos buscavam controlar todas as esferas da vida social, eliminando qualquer forma de oposição e manipulando a informação para manter o poder.

As demais alternativas estão incorretas por apresentarem contradições em relação às práticas desses regimes. Por exemplo:

• A alternativa A está errada, pois os direitos individuais eram suprimidos, não garantidos.
• A alternativa B é incorreta, já que a participação política era restrita, não ampliada.
• A alternativa C menciona a extinção da monarquia, o que não era uma característica comum a todos esses regimes.
• A alternativa D está equivocada, pois o Estado intervinha fortemente na economia.

Portanto, a resposta correta é a alternativa E, que sintetiza aspectos fundamentais do totalitarismo nazifascista: o controle da informação e a supressão das liberdades em favor de um Estado onipresente e autoritário.

A associação entre conceitos científicos e questões sociais e políticas é um fenômeno recorrente na história, muitas vezes marcado pela apropriação indevida de ideias pseudocientíficas para justificar discriminações ou ideologias. O texto apresentado destaca um exemplo clássico: a crença em diferenças genéticas como fundamento para hierarquizar seres humanos, uma noção amplamente desacreditada pela ciência moderna, mas que já foi utilizada para legitimar práticas segregacionistas e racistas.

Dentre as alternativas apresentadas, a que melhor exemplifica esse tipo de distorção é a C), que menciona movimentos neonazistas contemporâneos. Esses grupos se apoiam em teorias pseudocientíficas para defender a superioridade de certas "raças", perpetuando um discurso que já serviu de base para políticas eugenistas e genocídios no passado. A pseudociência, nesse caso, é instrumentalizada para validar preconceitos e promover a exclusão social.

As demais alternativas não se encaixam no contexto descrito. A política de cotas raciais (A) e as ações afirmativas norte-americanas (D) são medidas que visam corrigir desigualdades históricas, não reforçar divisões. Os movimentos religiosos contra pesquisas com células-tronco (B) envolvem debates éticos, não pseudociência. Já a Primavera Árabe (E) foi um movimento político com motivações sociais e econômicas, sem relação com falsas teorias científicas.

Portanto, a resposta correta é C), pois ilustra claramente como conceitos sem embasamento científico podem ser manipulados para fins ideológicos, reforçando estereótipos e discriminações.

O fascismo é uma ideologia política que surgiu no início do século XX, caracterizada por elementos como autoritarismo, nacionalismo exacerbado e a rejeição aos valores democráticos. Analisando as opções apresentadas, a alternativa que melhor reúne conceitos associados ao fascismo é a letra B.

Essa escolha se justifica porque:

• Antiparlamentarismo: o fascismo rejeita a democracia liberal e o sistema parlamentar, defendendo um governo centralizado e hierárquico.
• Autoritarismo: um dos pilares do fascismo é a concentração de poder em um líder ou elite, com supressão de liberdades individuais e dissidências.
• Nacionalismo: o fascismo exalta a nação acima de tudo, muitas vezes com um discurso de superioridade étnica ou cultural.

As demais alternativas apresentam contradições ou elementos incompatíveis com o fascismo. Por exemplo, o liberalismo (A) é antagônico ao fascismo, assim como o pluripartidarismo (D) e o representativismo (E). Já a ausência de culto ao líder (C) não condiz com a exaltação da figura do ditador, comum nesse regime.

Portanto, a resposta correta é B) Antiparlamentarismo; autoritarismo; nacionalismo, por sintetizar os princípios fundamentais do fascismo.

O conceito de "espaço vital" (Lebensraum) foi um dos pilares da ideologia expansionista do regime nazista na Alemanha. Como mencionado no trecho citado, Hitler justificava a guerra como um meio necessário para garantir o domínio territorial alemão, baseado em uma visão distorcida de necessidade histórica e sobrevivência nacional.

A alternativa correta é a letra A, pois o "espaço vital" nazista referia-se principalmente aos territórios a leste da Alemanha (como Polônia, Ucrânia e Rússia), considerados áreas de expansão natural para o povo alemão. Além disso, incluía as regiões cedidas à França após a Primeira Guerra Mundial pelo Tratado de Versalhes, que os nazistas desejavam reincorporar ao território alemão.

Essa visão expansionista não se limitava à recuperação de territórios perdidos, mas sim a uma ambição imperialista de dominação sobre a Europa Oriental, justificada por teorias racistas que consideravam os povos eslavos como inferiores. O conceito de "espaço vital" serviu, portanto, como base ideológica para a agressão militar nazista que desencadeou a Segunda Guerra Mundial.