Questões Sobre Período Entre-Guerras: Totalitarismos - História - concurso

Entre as principais características do Nazismo, destacou-se a sua concepção de uma "raça superior", rótulo que pertencia à raça ariana, isto é, a raça branca e perfeita que teria se perpetuado na linhagem sanguínea dos povos germânicos que deram origem ao Estado alemão. Associada a essa concepção racista, que contribuiu para o genocídio dos judeus, há uma ideia que também caracteriza a ideologia nazista.

Segundo esta ideia, deveria ser "eliminado" da sociedade qualquer tipo de pessoa que apresentasse alguma deficiência mental ou física. Assim também como aperfeiçoar geneticamente uma geração perfeita de homens e mulheres, adequados à raça ariana. A esse "projeto" nazista damos o nome de:

• A) Hitlerismo
• B) Agnostianismo
• C) Eugenia
• D) Sionismo

O gabarito correto é C) Eugenia.

A política de apaziguamento, adotada por diversas nações durante a década de 1930, foi uma estratégia diplomática que buscava evitar um conflito em larga escala com a Alemanha nazista. Diante do expansionismo agressivo de Adolf Hitler, países como Reino Unido e França optaram por concessões territoriais, acreditando que isso satisfaria as ambições alemãs e preservaria a paz.

A alternativa correta, conforme o gabarito, é a B), que define essa política como a cessão de territórios à Alemanha para prevenir a guerra. Essa abordagem ficou evidente em acordos como o de Munique (1938), no qual a Tchecoslováquia foi desmembrada sem consulta à sua população, entregando a região dos Sudetos aos nazistas. No entanto, longe de conter Hitler, o apaziguamento apenas adiou o inevitável, fortalecendo a máquina de guerra alemã e culminando na Segunda Guerra Mundial.

As demais alternativas apresentam equívocos históricos: a política não envolvia ajuda econômica direta (A), apoio ao comunismo (C), pactos germano-soviéticos (D) — que surgiram posteriormente com o Ribbentrop-Molotov — ou anexações voluntárias (E). O apaziguamento refletiu, sobretudo, o temor de repetir os horrores da Primeira Guerra e uma subestimação da ameaça nazista, tornando-se uma lição sobre os riscos de negociar com regimes totalitários.

O trecho citado de Carlos Lacerda, retirado da obra A República bossa-nova, faz referência às críticas do político em relação à lei eleitoral vigente durante o período de 1946 a 1964. Entre os "defeitos" apontados, o mais relevante e que justifica a resposta correta ser a alternativa E) é o sistema de votação em separado para os cargos de presidente e vice-presidente.

Naquela época, a legislação permitia que os eleitores escolhessem candidatos à presidência e à vice-presidência de chapas distintas, sem exigir que fossem do mesmo partido ou coligação. Isso frequentemente resultava em situações em que o presidente eleito tinha que governar com um vice de outra agremiação política, muitas vezes com projetos e ideologias completamente divergentes. Essa falta de alinhamento político entre os dois cargos mais importantes do Executivo gerava instabilidade e conflitos, como ocorreu, por exemplo, na eleição de 1960, quando Jânio Quadros (PTN) foi eleito presidente e João Goulart (PTB) como vice.

As demais alternativas apresentam informações incorretas sobre o sistema eleitoral da época. A alternativa A) está errada porque coligações eram permitidas para cargos majoritários. A B) também é incorreta, pois as eleições não ocorriam necessariamente no mesmo ano para todos os níveis. A C) está equivocada porque não existiam cláusulas de barreira como as atuais. Por fim, a D) é falsa, já que o segundo turno sequer estava previsto na legislação da época.

Portanto, a alternativa E) é a única que corretamente identifica um dos principais problemas da lei eleitoral do período, que era a possibilidade de eleição de presidentes e vices com projetos políticos antagônicos, contribuindo para a instabilidade política que marcou aquele momento histórico.

O trecho analisado de O Triunfo da Vontade, filme de propaganda nazista dirigido por Leni Riefenstahl em 1935, revela elementos fundamentais da ideologia e da estratégia política do regime hitlerista. A cena em que Hitler desce do céu como uma figura messiânica, acompanhada pela descrição poética da cineasta sobre o "céu hitleriano", ilustra claramente dois pilares do nazismo: o uso do cinema como ferramenta de propaganda e o culto à personalidade do Führer.

A opção C) destaca precisamente essas características. O cinema foi utilizado de forma sistemática pelo regime nazista como instrumento de doutrinação em massa, criando uma imagem mitificada de Hitler como líder salvador. A narrativa visual construída por Riefenstahl transformava eventos políticos em espetáculos grandiosos, onde o líder aparecia como figura central e quase divina. Essa estratégia de comunicação combinava avanços técnicos do cinema com elementos simbólicos retirados tanto da tradição religiosa quanto da estética modernista.

As demais alternativas não correspondem ao conteúdo do texto ou às características conhecidas do nazismo. O regime não desprezava manifestações de massa (eliminando A), não depreciava a natureza (eliminando B), não focava especialmente na migração rural-urbana (eliminando D) e certamente não apresentava Hitler como "homem comum" (eliminando E). Pelo contrário, todo o esforço propagandístico visava exaltar o líder como figura extraordinária, quase sobrenatural, utilizando para isso todos os recursos disponíveis, com destaque para o poder imagético do cinema.

O texto apresentado aborda um momento crucial da história alemã, quando Adolf Hitler e o Partido Nazista ascenderam ao poder em 1933, após conquistarem uma expressiva parcela dos votos nas eleições de 1932. Apesar de não terem obtido a maioria absoluta, a pressão política levou o presidente Paul von Hindenburg a nomear Hitler como chanceler, abrindo caminho para a consolidação do regime nazista.

Entre as características fundamentais do Estado nazista, destacam-se:

• O controle estatal sobre a imprensa e a educação, utilizados como instrumentos de propaganda e doutrinação.
• A imposição de um sistema de partido único, eliminando qualquer forma de oposição política.
• A perseguição violenta a minorias étnicas, especialmente judeus, ciganos e outros grupos considerados "indesejáveis".
• A rejeição do liberalismo político e da democracia, substituídos por um regime totalitário centralizado.
• A glorificação da violência e do militarismo como meios para alcançar os objetivos do regime.

Dentre as alternativas apresentadas, a opção E é a única que corretamente identifica traços marcantes do nazismo: o controle estatal da imprensa e da educação, além da política do partido único. As demais alternativas apresentam características diametralmente opostas ao ideário nazista, como liberalismo político, federalismo, não-violência ou tolerância étnica.

O nazismo representou uma ruptura radical com os valores democráticos e humanistas, estabelecendo um regime baseado no culto ao líder, na supressão das liberdades individuais e na perseguição sistemática daqueles considerados inimigos do Estado. A compreensão dessas características é essencial para evitar a repetição dos horrores perpetrados por esse regime totalitário.

O fascismo e o nazismo foram movimentos políticos que emergiram na Europa durante o período entre-guerras, marcado por uma profunda crise econômica e instabilidade social. Tanto na Itália quanto na Alemanha, esses regimes encontraram terreno fértil para ascender ao poder, aproveitando-se do medo e das inseguranças da população e das elites.

Entre as alternativas apresentadas, a opção D) é a correta, pois reflete um dos principais fatores que contribuíram para o crescimento desses movimentos: o temor das elites diante da possibilidade de uma revolução comunista, inspirada pelo sucesso da Revolução Russa de 1917. As classes dominantes, incluindo industriais, latifundiários e setores conservadores, viram no fascismo e no nazismo uma forma de preservar seus privilégios e conter o avanço das ideias socialistas.

Esses regimes se apresentaram como alternativas ao liberalismo e ao comunismo, prometendo ordem, estabilidade e a unificação nacional. Líderes como Mussolini e Hitler exploraram o discurso antissocialista, posicionando-se como defensores da propriedade privada e da hierarquia social, ao mesmo tempo em que desmontavam instituições democráticas e perseguiam opositores.

Portanto, o apoio das elites foi crucial para a consolidação do fascismo e do nazismo, que se beneficiaram do medo da revolução proletária para impor regimes autoritários, suprimindo direitos e liberdades em nome da suposta proteção da nação.

O período entre as duas guerras mundiais do século XX foi marcado por tensões e instabilidades que transformaram a aparente trégua em um prelúdio para um conflito ainda maior. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) não apenas deixou feridas abertas, mas também criou as condições para a eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Fatores como revanchismo, nacionalismo exacerbado e crises econômicas, especialmente a Grande Depressão de 1929, contribuíram para o cenário de hostilidades que culminou no maior conflito armado da história.

Em relação ao item apresentado, que afirma que a "frágil organização militar nazista e o despreparo das tropas formadas pelos comandados de Hitler explicam a rápida derrota alemã na Segunda Guerra Mundial", é importante destacar que essa afirmação está incorreta. A Alemanha nazista, sob o comando de Adolf Hitler, possuía uma máquina de guerra altamente eficiente e bem organizada, com táticas inovadoras, como a Blitzkrieg (guerra-relâmpago), que garantiu vitórias rápidas nos primeiros anos do conflito. Além disso, as tropas alemãs eram treinadas e equipadas com tecnologia avançada para a época.

A derrota alemã não pode ser atribuída a uma suposta fragilidade militar, mas sim a uma série de fatores estratégicos e logísticos, como a entrada dos Estados Unidos no conflito, a resistência soviética, os erros de cálculo de Hitler e a superioridade industrial e numérica dos Aliados. Portanto, a afirmação contida no item é ERRADA, conforme indicado pelo gabarito.

A radicalização política foi uma característica marcante do período entre as duas guerras mundiais, com o surgimento de regimes totalitários em diversos países, exceto em nações como EUA, Inglaterra e França, onde as democracias liberais se mantiveram. Nesse contexto, o antissemitismo emergiu como uma força violenta, especialmente na Alemanha nazista, sob o comando de Adolf Hitler.

O item em questão afirma que o antissemitismo, responsável pela implacável perseguição aos judeus antes e durante a Segunda Guerra Mundial, foi uma marca registrada do regime comandado por Benito Mussolini. No entanto, essa afirmação está incorreta. Embora o fascismo italiano tenha adotado políticas discriminatórias e colaborado com o nazismo em certos aspectos, o antissemitismo extremo e sistemático foi uma característica central do regime de Hitler, não de Mussolini.

Portanto, a alternativa correta é E) ERRADO, pois o antissemitismo não foi uma marca distintiva do governo de Mussolini, e sim do regime nazista alemão.

A radicalização política entre as duas guerras mundiais foi um fenômeno marcante do século XX, com o surgimento de regimes totalitários em diversos países, contrastando com as democracias liberais dos EUA, Inglaterra e França. Nesse contexto, as ditaduras fascistas rejeitavam veementemente princípios como parlamentarismo liberal, internacionalismo e luta de classes.

O parlamentarismo liberal, baseado na representação democrática e na divisão de poderes, era visto pelos fascistas como um sistema fraco e ineficiente. Eles defendiam um Estado centralizado e autoritário, liderado por um líder carismático, eliminando qualquer forma de pluralismo político.

O internacionalismo, especialmente na forma promovida por movimentos socialistas e comunistas, era considerado uma ameaça à identidade nacional. Os regimes fascistas exaltavam o nacionalismo extremo, a superioridade racial e o expansionismo territorial, rejeitando qualquer tipo de solidariedade internacional.

Por fim, a luta de classes, conceito central no marxismo, era combatida pelos fascistas, que pregavam a união nacional sob o Estado, suprimindo conflitos entre classes em nome da harmonia social. Essa visão antagônica aos valores democráticos e socialistas justifica a afirmação como CERTO (C).

A tendência à radicalização política foi uma das características mais marcantes do período entre as duas guerras mundiais no século XX. Durante esse contexto histórico, diversos países adotaram regimes totalitários, com exceção de nações como os Estados Unidos, a Inglaterra e a França, que mantiveram suas democracias liberais. Entre os regimes totalitários que emergiram nesse período, destacam-se o fascismo na Itália e o nazismo na Alemanha.

O fascismo italiano, liderado por Benito Mussolini, consolidou-se como um regime autoritário que exaltava o nacionalismo, o corporativismo e o controle estatal sobre a sociedade. Por outro lado, o nazismo alemão, sob o comando de Adolf Hitler, incorporou elementos racistas e expansionistas, promovendo a ideia de superioridade da raça ariana e buscando a dominação territorial.

Portanto, a afirmação de que o totalitarismo na Itália se identificou com o fascismo, enquanto na Alemanha assumiu a forma do nazismo, está correta. Esses dois regimes, embora compartilhassem características autoritárias e antidemocráticas, possuíam diferenças ideológicas e métodos de atuação distintos.

O gabarito correto é: C) CERTO.