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Eu redijo um manifesto e não quero nada, eu digo portanto certas coisas e sou por princípios contra manifestos, assim como sou contra princípios (…). Eu redijo este manifesto para mostrar que é possível fazer as ações opostas simultaneamente, numa única fresca respiração; sou contra a ação pela contínua contradição, pela afirmação também, eu não sou nem para nem contra e não explico por que odeio o bom-senso. A obra de arte não deve ser a beleza em si mesma, porque a beleza está morta.Tristan Tzara, um dos protagonistas do Dadaísmo A resposta artística mais radical à guerra partiu de um grupo de pessoas que rompeu totalmente com as lealdades tradicionais e se reuniu na neutra Zurique em 1915 para ali fundar a ideia Dada – se é que se pode falar desta manifestação como uma ideia. (…) Eles negavam todo significado, até o seu próprio. O único sentido era a falta de sentido, a única arte a antiarte. EKSTEINS, Modris. A sagração da primavera. Rio de Janeiro: Rocco, 1991, p.269. Acerca da relação entre o Dadaísmo e a I Guerra Mundial (1914-1918), pode-se afirmar que aquele movimento artístico.I – evidenciou a desilusão dos europeus em relação à sua civilização diante dos horrores do conflito;II – representou nas artes a visão dos combatentes referente à irracionalidade intrínseca daquela guerra;III – tentou convencer o lado adversário da falta de lógica em seguir na luta mesmo sem esperança de vitória;IV – demonstrou, como mesmo em momentos de transformação social, as sensibilidades artísticas permanecem semelhantes.Estão corretas APENAS as afirmativas:

Eu redijo um manifesto e não quero nada, eu digo portanto certas coisas e sou por princípios contra manifestos, assim como sou contra princípios (…). Eu redijo este manifesto para mostrar que é possível fazer as ações opostas simultaneamente, numa única fresca respiração; sou contra a ação pela contínua contradição, pela afirmação também, eu não sou nem para nem contra e não explico por que odeio o bom-senso.

A obra de arte não deve ser a beleza em si mesma, porque a beleza está morta.
Tristan Tzara, um dos protagonistas do Dadaísmo
A resposta artística mais radical à guerra partiu de um grupo de pessoas que rompeu totalmente com as lealdades tradicionais e se reuniu na neutra Zurique em 1915 para ali fundar a ideia Dada – se é que se pode falar desta manifestação como uma ideia. (…) Eles negavam todo significado, até o seu próprio. O único sentido era a falta de sentido, a única arte a antiarte.
EKSTEINS, Modris. A sagração da primavera. Rio de Janeiro: Rocco, 1991, p.269.

Acerca da relação entre o Dadaísmo e a I Guerra Mundial (1914-1918), pode-se afirmar que aquele movimento artístico.
I – evidenciou a desilusão dos europeus em relação à sua civilização diante dos horrores do conflito;
II – representou nas artes a visão dos combatentes referente à irracionalidade intrínseca daquela guerra;
III – tentou convencer o lado adversário da falta de lógica em seguir na luta mesmo sem esperança de vitória;
IV – demonstrou, como mesmo em momentos de transformação social, as sensibilidades artísticas permanecem semelhantes.

Estão corretas APENAS as afirmativas:

Resposta:

A alternativa correta é A)

O Dadaísmo, movimento artístico surgido durante a Primeira Guerra Mundial, refletiu de maneira contundente a crise de valores e a desilusão que assolou a Europa diante dos horrores do conflito. Como expresso no manifesto de Tristan Tzara, o movimento rejeitava princípios, lógica e até mesmo a própria noção de arte, defendendo a contradição e o absurdo como formas de protesto. Essa postura radical foi uma resposta direta ao sentimento de desesperança e à percepção de que a civilização europeia, outrora orgulhosa de seu progresso, havia falhado catastróficamente.

A afirmativa I está correta, pois o Dadaísmo de fato evidenciou a desilusão dos europeus, questionando os fundamentos da cultura ocidental que haviam levado à guerra. Já a afirmativa II também é válida, já que o movimento capturou a irracionalidade da guerra por meio de uma arte que negava a própria racionalidade, espelhando o caos vivido pelos combatentes.

Por outro lado, a afirmativa III está incorreta, pois o Dadaísmo não tinha como objetivo convencer qualquer lado beligerante — sua postura era de total rejeição à guerra e à lógica que a sustentava, sem engajamento político direto. A afirmativa IV também é falsa, uma vez que o movimento representou justamente uma ruptura radical com as sensibilidades artísticas tradicionais, propondo uma antiarte em resposta ao contexto de transformação social.

Portanto, apenas as afirmativas I e II estão corretas, conforme indicado na alternativa A).

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