Logo do Site - Banco de Questões
Continua após a publicidade..

A Coluna Prestes iniciou a marcha com cerca de 1500 homens, a maioria militar. Contudo, civis e mulheres adotaram o Levante. O movimento percorreu, aproximadamente, 25000 quilômetros e passou por 11 estados brasileiros. Por onde passaram, os integrantes da Coluna Prestes informavam à população as ações do Governo e a situação social do Brasil e apontavam suas propostas para melhorar o cenário político e social do País.

Disponível em: <https://www.infoescola.com/historia>.

Acesso em: abr. 2018. Adaptado.

A integração de regiões do interior do Brasil à dinâmica da política e do cotidiano brasileiro registra, além da Coluna Prestes,

Resposta:

A alternativa correta é letra B) a chamada “marcha para o Oeste”, na década de 40 do século XX, pensada, inicialmente, para a transformação das regiões Oeste e Norte em regiões agrícolas, voltadas para o abastecimento das áreas litorâneas.

Gabarito: Letra B

 

A chamada “marcha para o Oeste”, na década de 40 do século XX, pensada, inicialmente, para a transformação das regiões Oeste e Norte em regiões agrícolas, voltadas para o abastecimento das áreas litorâneas.

 

Podemos localizar a “marcha para o Oeste” entre os movimentos de integração de regiões do interior do Brasil à dinâmica da política e do cotidiano brasileiro.

 

A chamada "Marcha para o Oeste" foi empreendida pelo governo Vargas tendo como diretriz a integração territorial do país. Atuando nas regiões norte e centro-oeste, podemos definir a marcha como uma das faces da política econômica de Getúlio Vargas.

 

Entre os principais objetivos da Marcha para o Oeste estava a criação de colônias agrícolas, responsáveis por povoar espaços vazios do território nacional, potencializar o abastecimento de áreas litorâneas, através do aumento da produção, e ainda realizar uma espécie de reforma agrária.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: o povoamento produzido pelas expedições de Entradas e Bandeiras que, buscando o apresamento de índios e a descoberta do ouro e de pedras preciosas, transferiram populações urbanas do interior para o litoral do Brasil.

 

As Entradas e Bandeiras, iniciadas entre os séculos XVI e XVII, na busca por ouro ou metais preciosos e para o apresamento de índios levou ao desbravamento de áreas ainda não conhecidas pelos colonos e que portanto não possuíam nenhum tipo de urbanização. Assim sendo, não houve, com as Entradas e Bandeiras, a transferência de populações urbanas do interior para o litoral.  

Letra C:  a fundação de Brasília, na década de 60 do século XX, visando ocupar o pantanal brasileiro e impedir a atuação e expansão das guerrilhas armadas orientadas pelo Partido Integralista e financiadas pela Venezuela bolivariana.

 

A fundação de Brasília, na década de 1960, tinha objetivos produtivos, de ocupação do interior e de integração nacional, mas não visava ocupar o pantanal brasileiro (localizado no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), mas sim a região central, tendo Brasília sido construída dentro do Estado de Goiás. Também não pretendia impedir a atuação e expansão de guerrilhas armadas, muito menos orientadas pelos integralistas (visto que o Partido Integralista teve fim em 1938) e financiadas pela Venezuela bolivariana.

Letra D:  a abertura da estrada Transamazônica, na década de 70 do século XX, com o objetivo de salvar tribos indígenas primitivas da atuação de missionários protestantes e católicos de origem estadunidense e argentina, respectivamente, que agiam na região.

 

A abertura da estrada Transamazônica, na década de 1970, tinha por objetivos a integração nacional, o desenvolvimento econômico e a segurança nacional, e não a pretensão de salvar tribos indígenas primitivas da atuação de missionários protestantes e católicos estadunidenses ou argentinos.

Letra E:  o Projeto Xingu, criado pelos irmãos Vilas-Boas, que levou à ocupação e à urbanização do alto Xingu, na década de 80 do século XX, por meio da transferência de famílias sem-terra, oriundas da Região Sul do Brasil, para se dedicarem à plantação da soja.

 

O Projeto Xingu, iniciado em 1965, é um projeto de extensão universitária do Departamento de Medicina Preventiva, da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP). Não se trata de um projeto de transferência de famílias sem-terra, mas sim de um programa de saúde para assistir aos indígenas do Parque Indígena do Xingu (PIX), visando o cuidado com a saúde da população indígena (avaliação das condições de saúde da população e do quadro epidemiológico reinante, medidas curativas e preventivas), a produção de conhecimentos e práticas voltadas para o campo da saúde indígena, o fortalecimento e assessoria dos processos de formação e educação profissional de indígenas e não indígenas para o trabalho em saúde em contextos interculturais.

 

Referências:

 

CAMPOS, Flavio de. A escrita da história: ensino médio: volume único. 1ª ed. São Paulo: Escala Educacional, 2005.

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 2. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

DOSSIÊ O Governo de Juscelino Kubitschek. FGV CPDOC. Disponível em: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Brasilia/ConquistaOeste#:~:text=A%20criação%201937%20do%20Departamento,integração%20territorial%20para%20o%20país Acesso em 18 de fevereiro de 2022.

PROJETO XINGU. Sobre o Projeto Xingu. Disponível em: https://projetoxingu.unifesp.br/index.php/projeto-xingu/sobre-o-projeto-xingu Acesso em 04 de abr. de 2022.

SILVA, Daniel Neves. "Estado Novo e a Marcha para o Oeste"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/estado-novo-marcha-para-oeste.htm Acesso em 18 de fevereiro de 2022.

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

Continua após a publicidade..

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *